Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 27 - Casamento Real


Tudo ao meu redor era escuro, frio e taciturno.

As únicas coisas que me faziam lembrar de que eu não estava morto eram os finos raios de luz que entravam pelas frestas da janela durante o dia; o reflexo do fogo que iluminava o cômodo durante a noite e um criado ou outro que abria a porta para deixar refeições como se eu fosse um animal.

Tentei escapar daquela jaula de toda forma. Tentei arrombar as portas das sacadas ou quebrar os vitrais, mas tudo fora devidamente fechado com tábuas de madeira e grossas correntes com cadeados robustos.

Depois de alguns dias — ou talvez semanas —, eu apenas desisti de pensar em como sair dali. Em meus pensamentos, existia somente Saphira agora.

Tudo naquele quarto me lembrava da noite em que passamos juntos: as juras de amor, as risadas espontâneas e o modo como meu corpo ainda continuava clamando por ela e somente por ela.

No entanto, minha mente repetia com mais frequência o momento em que senti mais medo na vida, que fora exatamente quando os guardas a levaram à força por uma coisa que ela certamente não fez.

Saphira jamais envenenaria alguém, mesmo que esse indivíduo fosse seu inimigo mais mortal. Seu coração era bom e muito justo, suas intenções sempre eram coletivas, não importando quem fosse, como fosse, o quanto tinha ou de onde vinha.

Lembro-me completamente de seus olhos espantados pela abordagem tão repentina. Ela estava em choque e não foi capaz de resistir nem com palavras. Senti-me impotente por não conseguir protegê-la de tantos olhares e insultos maldosos vindos dos membros da Corte.

Os Céus sabem por quanto tempo eu tenho pedido para que não deixem que nada de mau aconteça a ela onde quer que ela esteja. Não quero vê-la nunca mais da forma que vi naquela noite desastrosa. Meu coração doía somente por pensar na possibilidade.

Zen foi longe demais dessa vez e eu me certificarei de que ele pague por toda injustiça cometida a Saphira, seus amigos e todos os civis de Spéir. Se ser rei significa proteger o reino contra suas perversidades, eu abriria mão de meus sonhos para sê-lo.

E quando eu, finalmente, me casar e cumprir as minhas obrigações específicas em relação ao matrimônio, não temerei em enfrentar a Corte e a Igreja para romper minha ligação com Suzan e, enfim, poder me casar com Saphira, a quem eu amo sem ressalvas.

Suspirei pesadamente e me levantei, sentando-me na ponta da cama. Meu olhar capturou a peça à minha frente e me senti ainda mais patético.

As chamas que crepitavam na lareira iluminavam parcialmente o traje que eu usaria amanhã. A farda imperial era branca com detalhes em azul e dourado impecavelmente planejados e recém-ajustados pelos alfaiates do palácio.

Como príncipe, eu sempre soube que me casaria uma hora ou outra e, ao contrário do que pensavam, sempre quis que esse momento fosse memorável para mim, mas jovens fantasiam demais a realidade quando pensam que se unirão à pessoa que verdadeiramente ama sem quaisquer empecilhos.

A veste era graciosa, quase como eu imaginava quando era apenas um garoto e meu desejo em usá-la ainda habitava em mim. No entanto, eu queria usá-la para finalmente dizer "sim" e cumprir o rito de união ao lado da única mulher que eu amava e amaria por toda eternidade, mesmo após a morte.

Inspirei o ar e tornei a me deitar na cama, frustrado por não conseguir pensar em algo para me livrar daquela situação. Mas desta vez, o sono veio fácil ao imaginar as risadas e os toques suaves e carinhosos dos dedos dela em meus fios negros.


✦✦


Como uma brava maré, a realidade me atingiu quando eu pisei na porta do salão de entrada principal e todos os olhares vieram para mim, o personagem principal de toda aquela peça.

Reconheci alguns nobres mais próximos da Família Real que estavam ali para prestigiar o belíssimo casamento e coroação dos futuros monarcas de Spéir. Estou realmente muito empolgado, claro.

Meus pés se moveram involuntariamente — mas certamente contra o meu coração —, levando-me até o altar de forma que eu mal consegui acompanhar a mim mesmo.

Próximo de mim, estavam o rei e a rainha, ambos vestidos conforme a ocasião em seus tronos e, à frente deles, no segundo degrau do altar, estava o clérigo orador da Corte.

Liam e Zen estavam um pouco mais distantes, mas ao lado do nosso pai e próximos o suficiente para agraciarem a minha união com a de Suzan.

E por falar na noiva, senti-me nervoso ao vê-la se aprontar para a entrada na porta do salão. E nervoso não pela expectativa, mas sim porque um dos momentos mais esperados da minha vida se transformaria em um pesadelo em alguns minutos.

Seu vestido era semelhante às minhas vestes: branco com detalhes em azul e dourado. Em suas mãos, ela trazia consigo uma única rosa vermelha que seria usada no rito tradicional do reino. Em sua cabeça, ela ostentava uma coroa que a reconhecia como Princesa de Lancaster, em um tamanho aproximado da que eu utilizava, caracterizando-me como Príncipe Herdeiro.

Tão rápido como deu o primeiro passo, apenas percebi Suzan ao meu lado quando a cumprimentei mecanicamente e lhe ofereci o braço para que se ajoelhasse junto a mim diante do clérigo.

Ela continha um sorriso genuíno nos lábios e aquilo me incomodou, não me fazendo ter o mínimo desejo de retribuir.

Eu não era tolo. Sabia que Suzan e sua mãe escondiam-se atrás de gestos supostamente gentis. As conversas e cordialidades forçadas não me compravam, principalmente depois que a vi conversando com Zen em um dos corredores do palácio. Algo acontece entre eles e eu apenas quero permanecer longe de ambos.

Minutos depois, o clérigo deu início à cerimônia, pregando algo como o amor puro e sagrado que é criado entre um homem e uma mulher, dentre outros tópicos católicos que eu sequer consegui manter a atenção por mais de dois segundos.

Quando acordei do transe profundo — diga-se de passagem, mais interessante que meu próprio casamento —, a pergunta que eu mais temia chegar infelizmente estava batendo à minha porta:

— Isaac Niëven Harrington e Suzan Catherine Sullivan, comprometem-se a seguir o caminho dos Céus, governando o reino, amando um ao outro e criando seus frutos pelos ensinamentos de Cristo?

Retesei-me e olhei de soslaio para Suzan, obrigando-me a falar no mesmo momento que ela. Infelizmente não teria mais volta depois dali e finalmente chegou a hora de compreender isso de uma vez por todas.

No momento em que gesticulei a boca para dizer o "sim" mais incerto de toda a minha vida, uma voz forte atravessou o salão:

— Eu protesto!

Todos se viraram para trás, espantados o suficiente para sequer conseguirem dizer algo e eu não estava muito diferente deles.

Meu coração batia insanamente por vê-la depois de tanto tempo, deixando-me aliviado ao mesmo tempo que surpreso.

Saphira estava ainda mais bela do que a última memória que eu possuía dela. Seu corpo estava perfeitamente moldado em um vestido azul-marinho, destacando as joias e os cabelos rebeldes armados em um coque elegante.

A coroa que trazia em sua cabeça era fina e delicada, ostentando a safira que ela sempre carregava consigo. Estremeci ao imaginar o motivo de um adereço que carregava grandes títulos em sua posse publicamente.

Atrás dela, não muito distante, estavam um homem e uma mulher, que pelas cores usadas, eu suspeitava serem nobres franceses. Seguido deles, estavam Bridget, senhorita Donovan e Fiore, uma das criadas de Saphira.

— COMO OUSA? — A voz do rei bradou pelo salão, ganhando a atenção dos convidados e fazendo a tensão da cena crescer. — Seu título não lhe concede o direito de protestar contra o futuro de Spéir!

Seu título? Céus, o que eu perdi?

Saphira avança até pouco mais da metade do salão com os outros atrás de si. O resquício de um sorriso cordial se espalhou em seus lábios.

— Independente de títulos, cresci nas terras de Spéir e por elas protestarei contra as injustiças cometidas para que esse casamento viesse a ocorrer. — seus olhos correram discretamente até Zen e a grã-duquesa.

— Injustiças? — meu pai disse com ironia, rindo. — Não posso reconhecer essa palavra vinda de alguém que me envenenou!

Murmúrios e olhares chocados se espalharam pelo local, concentrando-se diretamente em Saphira. Porém, ao contrário do que imaginei, ela permaneceu em uma pose convicta, característica que eu nunca havia visto nela com tanta veemência até então.

— Pois bem, diga isso a seu filho, príncipe Zen Erwin Harrington. — Respondeu, causando ainda mais comoção no salão.

Enquanto todos o encaravam, Zen mantinha-se irredutível com o braços para trás, mas o conhecendo, era possível perceber o ódio e a tensão corroendo em seu olhar.

— Está atacando abertamente o Segundo Príncipe sem quaisquer provas que confirmem a veracidade do que diz? — o rei tornou a confrontá-la, bastante irritado com a ousadia de Saphira.

— Sim, pois tudo isso aqui — ergueu os braços, mostrando o salão. — é uma farsa. O culpado pela prisão injusta de Athos Redmond e de todos os abusos e acusações que eu e meus amigos viemos sofrendo é o mesmo que roubou a sua encomenda e pretende acabar com a sua vida em alguns minutos.

A agitação pela incredulidade dos presentes perante a afirmação de Saphira tomou proporções gigantescas. Perguntas como quem ela era ou se aquilo era mesmo verdade se ouviam de todas as partes.

Inspirando fundo, meu pai se levantou do trono. Seu maxilar e olhar estavam duros e irritadiços, indicando o que viria a seguir.

— Está me dizendo que meu filho é o autor de toda essa asneira que está a me dizer? — disse firmemente, calando as vozes ao redor por completo. — Faça-me rir, criança.

— Pois não é somente seu filho. Ele tem cúmplices dentro do palácio. — Virou-se na direção de Elga. — Seu envenenamento foi encomendado única e exclusivamente pelo Império Britânico. A grã-duquesa Sullivan e a Princesa de Lancaster espalharam o veneno por todo o jardim das rosas, expondo não somente você, como também os outros residentes do palácio.

No mesmo momento, a grã-duquesa arregalou os olhos, mal acreditando no que estava ouvindo. Bem, creio que tanto eu como o restante do salão estejam ainda mais surpresos do que a própria.

— Antes que pergunte, basta verificar o jardim, especificadamente na área da placa memorial da falecida princesa Marine Klemaant. — Saphira se apressou em dizer com convicção.

— O que a faz acreditar que eu e minha filha cometeríamos tal absurdo contra o rei de Spéir? — a voz aguda e carregada de sotaques de Elga ecoou com desdenho. — Não atribua sua culpa a inocentes!

— Oh, o motivo? Simples. — Saphira a encarou com naturalidade e propriedade. — Querem o trono e, por isso, armaram o último ato hoje não só para matar o rei, como também para eliminar o futuro governante de Spéir.

Oh, Céus! Estavam planejando me matar? Possivelmente, eu diria.

Sempre suspeitei das disputas internas entre mim e Zen por conta do trono. Eu o cederia, caso ele fosse alguém de bom caráter, mas infelizmente a situação é a mais contrária possível e eu não estava surpreso por saber daquilo. No entanto, certamente não estava preparado para o que viria a seguir.

O silêncio desconfortável que abrigava o salão foi inesperadamente quebrado pelo gesto brusco de Suzan.

Eu não sei como e nem o momento, mas quando tomei consciência da proporção da situação, Suzan cravava seus olhos violentos em mim e em sua mão continha um punhal que vinha como um raio em direção ao meu peito.

Tudo foi muito rápido desde ali. Senti meu corpo se chocar contra o chão e meus olhos continuarem vidrados na cena que se formava lentamente à minha frente.

Saphira segurava o pulso de Suzan com força.

O barulho dos gritos pareceu invadir meus ouvidos outra vez quando pude escutar a voz de Zen ordenando:

— CERQUEM O PALÁCIO!

Imediatamente, os guardas sob seu comando invadiram o salão, cercando a todos nós, mas não duraram muito tempo.

Ruídos de armas começaram a ecoar pelo local, dando início a uma batalha perigosa. Encabeçando o combate, estavam Hawkins Donovan e Delfine Targ.

O choque pela gama de informações que estava ocorrendo ali ao mesmo tempo fizeram meu corpo quase aderir às escadas nas quais eu ainda estava caído.

Saphira lutava bravamente contra Suzan e Elga, tendo Bridget e Heilee ao seu lado. E embora eu quisesse ajudá-la e protegê-la, simplesmente não pude no momento em que sua voz se dirigiu a mim:

— ISAAC! SEUS PAIS E LIAM! RÁPIDO!

Minha cabeça finalmente processou o que ela disse quando escutei o grito de minha mãe há alguns passos de mim.

— Zen, pare! Eu ordeno que pare, agora! — ela gritou enquanto meu pai a protegia atrás de si.

Liam empunhava uma espada na direção de Zen, impedindo que ele chegasse perto do rei e da rainha.

Céus, Liam não sabe lutar. Ele morrerá!

Levante-se, Isaac! Levante-se! Eles precisam de você!

Obrigando-me a sair dali, consegui ter forças para me levantar tão rápido quanto passei por meu pai, retirando a espada repousada na bainha de seu cinto.

Empurrei Liam para trás e confrontei Zen de uma só vez, criando uma tensão crescente entre nossas armas.

— Diga-me apenas um motivo para tudo isso, Zen! — gritei para ele, cravando meu olhar em seu azul gélido.

— Eu, Isaac! Eu sou o motivo! — rebateu com toda uma fúria que eu nunca havia visto em seu olhar.

Zen aumentou a força em sua espada, empurrando a minha para trás e deferindo golpes nocivos e certeiros sobre mim.

Desviei-me de todos eles com dificuldade, rendendo-me alguns rasgos nas minhas vestes. Ao fundo, pude escutar os gritos desesperados da rainha, implorando para que parássemos.

Permaneci na defensiva, evitando atacá-lo por mais que eu estivesse quebrado pelo que ele estava fazendo comigo, com a nossa família. Acima de tudo, meu coração ainda insistia em vê-lo como meu irmão e não um inimigo da Corte.

Zen continuou investindo contra mim, não mostrando qualquer traço de misericórdia. Recuei mais alguns passos para trás até não sentir mais o chão sob meus pés.

Meu corpo sentiu a pancada da queda na escada, mas meus sentidos não deixaram minha atenção se concentrar nas dores quando a espada escapou de minhas mãos.

Zen vinha urgentemente em minha direção com a lâmina preparada para o golpe final. Bastava apenas um movimento e seria meu fim.

Fixei meu olhar no seu, transmitindo toda a reprovação e mágoa que havia em mim pelo que ele estava fazendo com quem o amava, apesar de todos os seus erros. Se ele fosse me matar, precisava que ele sentisse o quanto eu sentia pelo caminho que ele estava escolhendo.

Contudo, o ataque não veio e sim a voz de Liam:

— Não vou deixar que mate Isaac! — gritou, bradando a espada para cima no intuito de atacá-lo.

Habilmente, Zen se virou, acertando-lhe um chute no abdômen. O corpo de Liam foi arrastado aos pés do trono junto com sua arma. Ao vê-lo se contorcer de dor, tomei a minha espada em mãos e me forcei a levantar para socorrê-lo.

No entanto, quando conseguir ficar de pé, senti meu corpo enrijecer diante da cena que se formou em minha frente.

Minha mãe estava caída no colo de Liam enquanto o sangue vermelho e quente escorria de seu peito perfurado pela espada de Zen. Meu pai erguia a mão trêmula na direção dela, ajoelhado a alguns passos dali.

E a dor se espalhou em mim.

A mágoa se espalhou em mim.

O desespero se espalhou em mim.

Apertei o cabo da espada em meu punho e gritei, gritei como nunca havia gritado antes porque a minha alma chorava e o meu ser se contorcia pela ferida funda e obscura que se abria gradualmente em meu coração.

Quando cheguei até um Zen chocado demais para me impedir, o tempo pareceu congelar tudo ao meu redor em uma lentidão torturante.

Feri-o nos braços, que involuntariamente tentaram proteger seu corpo da lâmina furiosa. Zen caiu os meus pés quando o empurrei para o chão, cravando a espada em uma das pernas para que não se movesse.

Larguei seu corpo ali mesmo e corri desesperado até minha mãe, caindo de joelhos para verificá-la.

— Mãe! Fale comigo, mãe! Resista, por favor! — peguei seu rosto entre as minhas mãos, balançando-o delicadamente.

Seus olhos se abriram minimamente para mim e algumas lágrimas escorreram deles, molhando seu rosto pálido novamente.

Seus lábios se moveram de forma que pude identificá-la dizer um "eu te amo" para, em seguida, fechar os olhos novamente.

A dor me afligiu novamente, quase como se houvesse arrancado meu coração para fora.

Ordenei a Liam que a levasse dali e que buscasse criados para tirar meu pai de toda aquela confusão que estava próxima de se encerar.

Os piratas de Hawkins e as meninas de Mama haviam acabado de render os últimos guardas sob o comando de meu irmão, passando a socorrer os convidados que ali restavam.

Aproximei-me de Zen, ainda caído ao chão, retorcendo-se pela lâmina que atravessava sua perna e fazia o sangue escorrer lentamente por ali. Eu mal conseguia formular uma palavra em sua direção.

Não muito distante dali, Heilee acabava de amarrar as mãos ensanguentadas de Elga e Suzan, enquanto Bridget tratava de apagá-las com um pano embebido por algum líquido.

Próxima ao altar, estava Saphira. Seus cabelos estavam embaraçados, suas vestes desalinhadas e suas mãos banhadas por sangue.

Assim que meu olhar se cruzou com o dela, soltei um suspiro longo e fui incapaz de impedir as lágrimas que caíram de meus olhos assim que seus braços me envolveram firmemente em meio a tanta frieza naquele salão.

A grande maré, enfim, havia passado e, a partir de agora, eu rogava aos Céus que iluminassem o porto de Spéir.


Demorei, mas voltei. E aí, sperianas? Como estão? Confesso que não estou nada bem depois desse capítulo...

O que realmente acontecerá no final de tudo isso? Vamos então de contagem regressiva com esse capítulo, que é o #5 até chegar ao gran finale das nossas terras irlandesas mais amadas do wattpad! Até sexta liberarei o tão aguardado final! (já estou chorando por ter que me despedir dos meus filhos 😢 é duro! )

Obrigada pelas estrelinhas e comentários! Até o próximo capítulo! ♥ 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro