38
Jeno
— Seus olhos estão brilhando — Xuxi aponta enquanto envolve as mãos em bandagens.
Jeno pisca rapidamente os olhos e balança a cabeça, mas apenas diminui o brilho para se parecer com o das últimas brasas fumegantes de um incêndio em extinção. E, assim como as brasas, o fogo dentro de Jeno é perigosamente fácil de reacender, se não for cuidadoso.
— Obrigado pelas notícias. Que tal discutirmos questões mais importantes? — sussurra Jeno.
— Com o que diabos havia de errado com Jaemin?
— Provavelmente foi uma febre — Jeno descarta, — O que eu quis dizer é que precisamos discutir a ideia que você teve.
— Mas ele me queimou! E eu pensei que você disse-
— Eu sei o que eu disse, e mantenho isso. Mas Xiao me contou sobre esta caverna no purgatório que poderia ter toda a magia de luz que precisamos — Jeno murmura enquanto ele verifica sua coleção de livros em busca de um no purgatório.
— M-mas, Mestre, aquela caverna é um mito na melhor das hipóteses! — Xuxi exclama enquanto caminha até Jeno: — Ninguém sabe se é real! Todas as almas que foram procurá-lo nunca mais voltaram!
— Então isso significa que eles devem ter conseguido encontrá-lo ou foram destruídos ao tentar — responde Jeno enquanto coloca um livro em seu pódio e o abre em uma página aleatória.
— Ou nunca existiu e eles desapareceram — Xuxi responde ansiosamente.
— No momento, é nossa melhor opção — Jeno bufa enquanto olha para Xuxi, — Nossa única opção.
— Mestre, nossa melhor opção é o menino. Sabemos que ele existe, e você o tem na palma de suas mãos — ele objeta com um sussurro alto, apontando para o quarto de Jeno.
— Eu não vou machucá-lo! — Jeno berra enquanto bate com os punhos nas páginas abertas de seu livro e seus olhos brilham em um vermelho brilhante. No segundo que seus punhos entram em contato com o livro, as páginas explodem em chamas.
Jeno imediatamente começa a tentar apagar a chama em pânico. Ele não tinha certeza de em qual página estava, mas perder qualquer tipo de informação certamente o prejudicaria muito no futuro. Mas para sua consternação, seu sopro só parece fazer as chamas ficarem mais altas e mais brilhantes. Xuxi pega o livro e o fecha com força.
Ele fecha os olhos com força, e uma expressão de dor cresce em seu rosto. Gelo começa a cobrir o livro, saindo lentamente das mãos de Xuxi até que tudo esteja congelado. De repente, ele abre os olhos com um suspiro alto e deixa cair o livro no chão com um grande estrondo. O gelo se quebra, mas uma leve geada ainda cobre o livro. Xuxi fica de joelhos, soltando respirações tensas.
— Você está... perdendo. Controle... de seu ... poderes — ele ofega.
Jeno corre rapidamente para o lado de Xuxi e se ajoelha ao lado dele.
— Você está bem? — ele pergunta com os olhos arregalados, agora de volta ao castanho profundo que deveriam ser.
— Eu estou... bem — Xuxi responde — Eu não estou destinad ... a... usar meu poder. Fora do... p-purgatório. Eu fico… fraco.
— Você é um idiota do caralho, então"
— Jeno suspira enquanto pega o livro. Ele o abre, mas não encontra nada. Todas as páginas estão queimadas em uma torrada preta. Ele os destruiu. Ele destruiu seu único livro que pode ter qualquer tipo de informação sobre a caverna do purgatório. — Porra!
Ele fecha e volta sua atenção para Xuxi e suspira profundamente.
Prefiro que seja eu — Jeno fala em voz baixa.
— O que? — Xuxi pergunta.
— Não vou machucar Jaemin. Prefiro arriscar minha própria segurança e me machucar no processo do que ser ele. Posso me defender sozinho. Estou acostumada à dor. Ele não está. Ele só conhece as lutas humanas e a dor humana — explica ele, — se rasgar minha alma parece que estou quebrando todos os ossos do meu corpo, então para ele será como cortar lentamente sua perna sem anestésicos enquanto usa uma faca dentada e enferrujada.
— Isso é estranhamente específico — Xuxi aponta, — mas... é muito gentil da sua parte ser tão atencioso com o menino.
— Não se importe muito com isso — Jeno resmunga, — Além disso, temos um grande problema.
— Você destruiu o seu livro — respira Xuxi.
— E agora só temos um recurso para nos contar mais sobre aquela caverna — Jeno murmura categoricamente, — Xiao.
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