37
Jaemin
— Jaemin! Jaemin acorda!
Jaemin grita a plenos pulmões. Seu corpo está rígido e suas mãos agarram os lençóis de cetim preto de Jeno com tanta força que os nós dos dedos começam a ficar brancos. Seus olhos estão fechados, a imagem de uma silhueta com olhos vermelhos brilhantes elevando-se sobre ele, assombrando seu sonho. A figura não o toca, ela simplesmente observa, mas Jaemin pode sentir seu corpo inteiro queimando como se estivesse pegando fogo.
— Jaemin!
Mas ele ainda não acordou.
Uma luz brilhante começa a emitir de todo o seu corpo, envolvendo a figura até que ele não pode mais vê-la. Só então ele finalmente consegue abrir os olhos.
Jeno está parado perto dele com uma expressão desconcertada; um que limita a confusão. Jaemin tenta se sentar, mas ele sente sua cabeça começar a latejar agressivamente, então ele é forçado a descansar a cabeça de volta na fronha.
Ele pode se sentir praticamente encharcado de suor e todo dolorido.
— O que aconteceu? Você está bem? — Jeno pergunta.
— E-eu não sei — Jaemin gagueja, — Eu t-tive esse pesadelo... uma silhueta... olhos vermelhos.
Jeno de repente se senta ao lado de suas pernas, franzindo a testa profundamente. Ele coloca a mão no joelho de Jaemin e esfrega o polegar sobre ele, sem pensar.
— Foi apenas um pesadelo — garante ele — Você está bem. Você está seguro.
— Eu me senti como... como se eu estivesse sendo queimado vivo — afirma Jaemin.
— Você provavelmente está com febre alta — Jeno responde prontamente — Isso explicaria o pesadelo, a doença e as queimaduras, certo?
Jaemin balança a cabeça lentamente, embora não tenha muita certeza de que seja esse o caso. Mas o que mais poderia explicar isso? Ele não sabia, portanto a explicação de Jeno era tão plausível quanto qualquer outra.
— Então aí está — responde Jeno, — Você só precisa de muito descanso, líquidos e cuidados.
— Ok-kay, — Jaemin sussurra fracamente, ao que o garoto moreno oferece a ele um pequeno sorriso e um aceno de cabeça.
— Você gostaria de ligar para sua tia para que ela saiba que você está bem? Tenho certeza que ela provavelmente está preocupada s-
— N-não! — entervem Jaemin.
— Não? — Jeno pergunta enquanto seu sorriso rapidamente vacila.
— Ela sabe que estou bem — mente Jaemin.
Jeno olha profundamente em seus olhos, e Jaemin começa a ter aquela sensação novamente. Por que ele sempre o faz sentir como se estivesse buscando respostas de sua alma através de seus olhos? Ele rapidamente desvia o olhar e se concentra na mão de Jeno, que ainda está apoiada em seu joelho.
— Jaemin? — ele fala em um volume bastante baixo. Quando o mais jovem não responde, ele continua mesmo assim. — O que você está escondendo?
Jaemin balança a cabeça, recusando-se a responder. Jeno suspira profundamente.
— Você me pede para confiar em você, mas você nem mesmo confia em mim — ele murmura.
— N-não é assim — Jaemin deixa escapar defensivamente.
— É exatamente assim — Jeno ri secamente, — Tanto faz. É problema seu. Tente descansar um pouco mais. Quando se sentir bem o suficiente para andar por conta própria, você pode ir para casa.
Ele se levanta da cama e caminha em direção à porta.
— J-Jen-no! — Jaemin grita, mas ele não escuta. Ele continua saindo da sala e fecha a porta atrás de si.
Jaemin não conseguia entender por que Jeno estava tão inflexível em saber o que estava acontecendo com sua tia. Ele se recusou a contar a ele sobre seu pai, então por que ele foi obrigado a contar a ele sobre sua vida familiar?
Ainda, Ele sentiu um vazio estranho encher seu peito no segundo em que Jeno fechou a porta. Até certo ponto, ele sente uma espécie de anseio por sua volta. Ele tenta racionalizar isso como seu medo de não querer ser deixado sozinho.
Com a partida de Renjun, ele realmente só tinha Jeno sobrando.
Trágico.
Ainda mais trágico foi o fato de ele desejar não ter que voltar para casa. Ironicamente, ele se sente muito mais seguro aqui na casa do 'demônio'. O verdadeiro demônio não era ele, era sua tia. Pelo menos Jeno se preocupa com ele.
Certo?
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