29
Jaemin
Jaemin torce o anel várias vezes ao redor do dedo. Essa ação é irracional devido aos pensamentos acelerados em seu cérebro e à sensação de torção em seu estômago.
Ele não via Jeno desde o dia em que foi atacado por Sehun, e ele tinha uma quantidade infinita de perguntas que precisava desesperadamente fazer. Ele ficou se perguntando por que Jeno não tinha ido procurá-lo para ver se ele estava bem, mas ele rapidamente descartou isso. Ele dizia a si mesmo que certamente Jeno não seria capaz de entrar em um hospital com uma máscara facial e a segurança apenas permitir isso. E, apesar das esperanças de que a equipe não fosse tão cruel a ponto de expulsá-lo por causa de sua reputação, ele temia que tudo fosse plausível demais.
Ainda assim, ele fica timidamente na porta de Jeno, imaginando se talvez ele o tenha deixado sozinho no hospital e não queria vê-lo.
Ele respira fundo, mentalmente dizendo a si mesmo para se acalmar.
— Apenas faça. Apenas-
Antes que Jaemin consiga respirar adequadamente, a porta se abre abruptamente. Um homem alto e lindo, com um sorriso brilhante e quase tolo sorri para ele. Ele tem mechas douradas deliciosas que parecem extremamente macias e incrivelmente tentadoras para passar suas mãos. Mas por que ele está usando óculos escuros às oito da noite?
— Olá — ele diz brilhantemente.
— Uh... oi — Jaemin responde sem jeito: — Quem é você?"
— Este é Lucas — uma nova voz fala, — ele trabalha para o meu pai.
Jeno espia a cabeça por trás do ombro de Lucas e espia Jaemin.
— Oh... eu acho que eu deveria-
— Entre! — Lucas cantarola: — Eu adoraria conhecer um dos amigos de Jeno.
De repente, Lucas solta um pequeno grito e esfrega a caixa torácica no lado em que Jeno está.
— O que ele quer dizer é que ele vai esperar no meu escritório e continuar trabalhando no nosso projeto — afirma Jeno enquanto lança um olhar ao garoto mais alto.
— Certo, certo. Estarei no escritório — Lucas murmura.
Jeno acena com a cabeça em direção à escada e Lucas se afasta. Jeno suspira profundamente e balança a cabeça. Ele então olha para Jaemin e lança um pequeno sorriso acolhedor.
— Entre — Jeno o convida, — o que o traz aqui?
Jaemin morde o lábio inferior quando passa pela soleira e olha por cima do ombro para o mais velho — que agora está fechando a porta atrás de si.
— Tem certeza de que não estou me intrometendo? — Jaemin pergunta ansiosamente, ainda sem pensar girando seu anel repetidamente ao redor de seu dedo fino.
— Claro que não — responde Jeno, — Lucas e eu estávamos apenas tentando encontrar alguém para o meu pai. É uma longa história, mas sou perfeitamente capaz de cuidar das coisas enquanto atendo você.
— Oh... tudo bem — Jaemin murmura enquanto ele entra na sala de estar. Ele se afasta em direção ao sofá e se afunda nele. Para sua surpresa, Jeno ocupa o assento ao lado dele, e não a cadeira. A proximidade aparentemente aumenta o sentimento tenso e ansioso que se forma no peito de Jaemin.
— Então, como você está se sentindo? Você está bem? — Jeno questiona enquanto olha Jaemin profundamente em seus olhos.
— Eu-eu estou bem.
Jeno franze a testa levemente e inclina a cabeça enquanto o examina. A intensidade de seu olhar se torna rápida demais para Jaemin. Ele estava sentindo aquela sensação terrível que teve na primeira vez que Jeno olhou em seus olhos para examiná-lo. O cutucar nas regiões mais profundas de sua alma é muito intenso.
— Você tem outras coisas em mente, não é? — de repente ele fala em um tom muito mais baixo. Jaemin assente. — Então vá em frente, pergunte.
— Eu… — Jaemin murmura antes de se convencer a falar em um volume normal. — Eu estava me perguntando por que você nunca veio ver se eu estava bem.
— Eu queria... queria mesmo, mas tinha um trabalho muito importante que precisava fazer. É muito sensível ao tempo — responde Jeno com um tom solene.
— Que trabalho? — Jaemin pergunta.
— Eu... eu não posso te contar — o garoto o informa.
Jaemin puxa seu anel enquanto pensa em como responder. Por fim, ele escolhe não fazê-lo. Ele tinha outras perguntas que eram muito mais urgentes para perguntar.
— O que aconteceu na livraria? — Jaemin murmura.
— Uh-uh... um homem estava nos seguindo. Ele nos seguiu até o local, e quando tentamos correr, ele agarrou você de mim e jogou você do outro lado da sala. Você bate com a cabeça com força — explica ele — O homem tentou estrangular você, mas eu consegui lutar com ele.
— Mas, Jeno, eu juro que Sehun nunca colocou a mão em mim — Jaemin fala ao olhar para o garoto.
— Eu o vi estrangulando você — Jeno insiste: — Além disso, como você pode asfixiar sem que algo ou alguém o faça? Há até machucados no pescoço para provar isso.
Jeno estende a mão e arranca o lenço cinza escuro de Jaemin, revelando manchas roxas e amarelas em volta do pescoço. Jaemin agarra sua pele exposta e tenta apressadamente agarrar o material para se cobrir. Infelizmente, Jeno apenas tira a mão agressivamente.
— Uau... eles parecem piores do que quando eu os vi pela última vez — comenta Jeno em um quase sussurro. Seus dedos traçam cada contusão, tocando suavemente as áreas sensíveis. Ele se inclina para examiná-los um pouco mais perto, e Jaemin fica mais tenso. Ele está a meros centímetros de distância dele, e embora ele pareça estar checando as marcas, Jaemin não pode deixar de sentir seu pulso começar a acelerar.
— Eu... eu sinto muito, Jaemin — diz Jeno.
— Desculpa? — ele pergunta: — Para quê?
— Eu só… — ele começa, mas sua voz diminui quando seus olhos se encontram mais uma vez. Sua expressão é sem emoção, mas seus olhos brilham à luz de velas.
A mente de Jaemin volta às últimas lembranças que ele tinha antes de desmaiar. O som da voz em pânico de Jeno, seus apelos, a cessação de sua luta para respirar.
Sem um pensamento sólido e apropriado, Jaemin se inclina e abraça Jeno em um abraço. Ele descansa o queixo no ombro do garoto e o aperta com força nos braços.
— O que você está fazendo? — Jeno pergunta: — O que é isso?
— Estou vivo por sua causa — Jaemin sussurra, — você me salvou.
— Dificilmente — murmura Jeno, quase inaudível para Jaemin.
Quando Jaemin se afasta de Jeno, ele brevemente pensa em beijar sua bochecha, mas ele imediatamente descarta o pensamento. Ele não queria assustar sua única fonte atual de segurança e felicidade. Já era ruim o suficiente que Renjun se foi, ele não podia se dar ao luxo de perder seu único outro amigo.
— Eu... eu deveria voltar para casa — Jaemin murmura, — eu tenho certeza que você e Lucas têm muito trabalho a fazer e... e eu sei que minha tia vai me ligar a qualquer momento agora.
— Ok, bem... te vejo mais tarde, sim? — Pergunta Jeno. Jaemin lança um sorriso fofo para ele.
— Claro — ele cantarola.
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