17
— Então o que você gostaria? — Jeno pergunta quando eles se aproximam da cabine do prêmio com a bolsa de Renjun cheia até a borda com bilhetes.
Embora ele não diga nada, os olhos de Jaemin voam para um grande urso de pelúcia com pêlo branco e um laço azul. Ele estava olhando por horas e tentava desesperadamente coletar o máximo de ingressos possível para obtê-lo. Infelizmente, foram 250.000 ingressos.
— Temos o suficiente para isso, você sabe — murmura Jeno.
Jaemin franziu as sobrancelhas.
— O quê? — ele responde em um tom confuso.
— Aquele urso — especifica Jeno, enquanto acena para o ursinho que Jaemin estava querendo.
— Oh, não. Está tudo bem. Consiga o que você quer. A maioria dos nossos ingressos veio do seu dinheiro de qualquer maneira — diz Jaemin com um aceno de cabeça.
Um homem de camisa preta se aproxima dos dois garotos. Ele tem um crachá vermelho no peito que diz 'Sehun'.
— Bilhetes, por favor — ele continua sem entusiasmo em sua voz.
Jeno coloca a bolsa de Renjun no balcão de vidro e abre o cordão. Ele começa a entregar a Sehun os ingressos seção por seção, e o funcionário os coloca em uma máquina roxa profunda que conta os ingressos.
Jaemin fica à toa enquanto Jeno olha fixamente para a máquina enquanto entrega os ingressos. Quando chegam aos últimos, Jaemin sente-se ansioso por ouvir a contagem final.
— 250.050 ingressos — anuncia Sehun. — O que posso trazer para vocês dois?
— Aquele urso com o laço azul — responde Jeno, apontando para o urso que Jaemin queria.
— Jeno — Jaemin praticamente lamenta.
— E dois desses anéis — continua Jeno. Ele aponta para uma caixa cheia de pequenos anéis de plástico com várias formas em uma variedade de cores.
Sehun coloca o urso no balcão e se agacha para alcançar a lixeira.
— Quais você quer?
— Uma estrela azul e uma lua vermelha — responde Jeno.
Sehun vasculha e tira os dois. Ele os coloca ao lado do urso, e Jeno os pega primeiro. Ele desliza a lua vermelha em seu dedo anelar, surpreendendo Jaemin pelo fato de seus dedos serem esbeltos o suficiente para encaixar um anel destinado a uma aliança neles. Ele então pega a mão de Jaemin e coloca o anel de estrela azul em seu dedo. É um anel muito barato, mas o tom vibrante de azul é calmante e as manchas de glitter o tornam fofo.
— Jeno... — Jaemin suspira enquanto examina o anel de brinquedo.
— De nada — Jeno responde antes de pegar o grande urso de pelúcia e entregá-lo a Jaemin, que hesitantemente o leva. Ele envolve os braços com segurança em torno do animal de pelúcia como uma criança pequena e sorri para Jeno.
— Obrigado — ele murmura.
— Tenham uma boa noite! — Sehun murmura enquanto os dois garotos caminham em direção à saída.
****
Jaemin e Jeno caminham lado a lado pela calçada. O sol já se pôs há muito tempo, e Jeno insistiu em levar Jaemin para casa, para garantir que ele chegasse lá com segurança. Apesar dos protestos de Jaemin. Embora parte dele não se importasse. Ele preferia acompanhá-lo após os eventos da noite anterior.
— De jeito nenhum. O terror é um dos piores gêneros de filmes — argumenta Jaemin.
— Como é que é? — Jeno ri.
— Eles são terrivelmente aterrorizantes. Eu não sei por que você se colocaria nisso — Jaemin estremece.
— Não é tão ruim assim. Vi coisas piores na vida real do que sustos baratos que não levam a nada — Jeno encolhe os ombros: — Mas ainda é um bom entretenimento.
— Se você diz — Jaemin ri.
— Ah, sério? Então, qual é o melhor gênero? — Jeno cantarola de uma maneira desafiadora.
— Fácil. Musicais! — Jaemin responde com um ar de confiança.
— Por que não estou surpreso com essa resposta? — Jeno comenta.
— E o que isso quer dizer? — Jaemin bufa.
— Você parece o tipo de cara que gosta de filmes mais alegres. Ou pelo menos aqueles que cantam seus problemas — Jeno ri.
— Surpreendentemente, você não está errado — Jaemin admite com uma pequena risada. Mas o humor leve desaparece rapidamente quando ele se vira e se instala onde estão. — Minha parada é aqui — ele murmura em um tom sombrio.
— Uh... — murmura Jeno. — Então acho que é aqui que dizemos adeus.
Jaemin franze a testa profundamente no começo, mas logo lança um meio sorriso.
— Se importa se nos encontrarmos em breve? — Jaemin pede.
— Apenas me avise quando e onde — Jeno cantarola.
— Irei — responde Jaemin. — E obrigado por hoje. Me diverti bastante.
— Eu também. Foi bom estar de fora pela primeira vez — diz Jeno enquanto seus olhos formam aqueles crescentes fofos mais uma vez. Jaemin apenas deseja poder ver o sorriso que se esconde por baixo da máscara.
— Estou feliz — diz Jaemin. — Eu te envio uma mensagem mais tarde.
— Tudo bem — Jeno responde com um aceno de cabeça.
— Tchau — Jaemin suspira.
— Tchau — Jeno responde com um ar de constrangimento. Jaemin ri levemente dele antes de ir para sua casa, já antecipando o momento, ele estaria lá dentro e seria capaz de enviar uma mensagem de texto.
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