06
A risada de Jeno começa pequena e ofegante, mas rapidamente se transforma em uma gargalhada alta de hiena. Jaemin, ainda chorando, senta-se e olha para Jeno com as sobrancelhas franzidas. Jeno se senta na frente de Jaemin enquanto ele continua rindo ao invés de machucá-lo.
— O-o q-quê? — Jaemin gagueja enquanto fica confuso. Jeno leva um momento para se acalmar antes de responder.
— Feliz Dia das Bruxas, Jaemin — Jeno ri.
— Que porra é essa? — Jaemin consegue sair, pois já pode sentir um fogo intenso começar a queimar em seu peito.
— Eu realmente tive você indo por um minuto lá, não foi? — Jeno ri.
— F-foi uma brincadeira? — Jaemin gagueja enquanto suas lágrimas diminuem gradualmente e a raiva substitui seu medo. Ainda assim, ele sente seu corpo continuar tremendo.
— Você aposta — responde Jeno com um sorriso orgulhoso — Eu costumo puxar coisas assim para assustar as pessoas, mas... você estava genuinamente aterrorizado e parte de mim se sentiu mal.
— Então o que foi tudo isso? — Jaemin pergunta.
— É realmente realmente surpreendente o quanto você pode aprender a fazer quando estuda em casa e a cidade inteira está com muito medo de incomodá-lo. — Jeno encolhe os ombros enquanto leva um pé e brinca com ele. — Eu aprendi muitos truques de efeitos especiais, e meu corpo sempre foi flexível o suficiente para fazer movimentos contorcionistas.
Ele joga o pé para Jaemin e, enquanto o esquiva no começo, ele o pega cuidadosamente para examiná-lo.
Foi feito de silicone.
— Você é um maldito idiota — Jaemin retruca enquanto dá um tapa em Jeno no bíceps com o pé. Jeno solta um pequeno grito, mas seu sorriso nunca sai do rosto.
— As pessoas costumam dizer que sou demônio, então tomo isso como um elogio — afirma Jeno com uma leve risada: — Mas você sabe por que não fui preso por assassinato?
— Porque as autoridades têm medo de você? — Jaemin resmunga.
— Bem, sim, mas também porque não há evidências para encontrar. Eu não mato pessoas — insiste Jeno, — Não sou um demônio como as pessoas dizem que sou. É impossível. Sou uma pessoa viva. Coisas como essas não existem no mundo real.
Jaemin pisca algumas vezes enquanto processa o quão verdadeiras são as palavras de Jeno. Demônios não existem. Ele era totalmente louco por pensar que isso era possível.
— Sim... acho que você está certo. — Jaemin murmura.
Os olhos de Jeno formam pequenos crescentes quando ele lança um sorriso fofo para Jaemin, e pela primeira vez naquela noite, Jaemin percebe o quão linda é a vista. Jeno era completamente louco, mas... talvez ele fosse legal, e talvez ele fosse fofo.
— Pare de pensar em como eu sou fofo. — Jeno brinca com um sorriso.
— O quê? Não! Eu não estava-
— Estou apenas brincando — Jeno interrompe antes que Jaemin, muito perturbado, se afunde um pouco mais.
— Que horas são? — Jaemin murmura na tentativa de mudar de assunto imediatamente.
— Uhhh — Jeno murmura enquanto tira o telefone do bolso da frente, — São três e seis da manhã.
— Oh, porra! — Jaemin grita: — Sinto muito, mas tenho que ir.
— Não se preocupe — responde Jeno quando se levanta e estende a mão para Jaemin. Ele ajuda a levantá-lo e Jaemin sente suas bochechas esquentarem com o gesto gentil. — Você pode voltar a qualquer hora que quiser. Apenas me dê um anel, e eu estarei pronto para você vir aqui.
— Mas eu não tenho seu número — destaca Jaemin.
— Então é melhor você vir buscar isso de mim antes de sair — Jeno responde maliciosamente.
Jaemin não pode deixar de sorrir para o garoto estranho. Ele pega seu próprio telefone e o desbloqueia. Ele sente os polegares tremerem enquanto tenta navegar para seus contatos.
Ele entrega seu telefone a Jeno e espera enquanto ele programa seu número. Um pequeno toque vem do telefone de Jeno antes de devolver Jaemin de volta com um sorriso radiante.
— Me manda uma mensagem mais tarde, sim? — pediu Jeno.
— Eu vou pensar sobre isso.
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