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20. A Escuridão que ecoa na Alma

Andreas estava bem diante dos meus olhos, mas algo em mim não conseguia distinguir se aquilo que via era real ou algo além disso. O fato de que o choque de tudo o que ele nos revelou foi tão grande que mal conseguia retomar o controle sobre minhas ações. Era essa a essência de seu plano?

– Henry, siga adiante – A voz de Kaio ecoou ao meu lado, desfazendo aquele transe. – Mesmo que juntemos forças para lutar contra ele, não sabemos quanto tempo isso vai durar.

Ele estava certo. A Catástrofe, naquele instante, estava orquestrando algo grandioso usando nossa amiga. E agora que sabemos que ela tem a ajuda de uma aliada tão esperta, era questão de tempo para realizá-la com perfeição. Tínhamos que impedi-la o mais rápido possível, antes que seu plano de invadir os mundos se concretizasse

Conferi mais uma vez a criatura tenebrosa que estava ao lado de Andreas, e então percebi que a mesma possuía uma espécie de coleira envolta de seu pescoço, e dali uma corrente se originava e se estendia até o seu par, que estava no pulso de Andreas. Ou seja, ele a controlava como uma marionete, um cão na coleira. Isso só me fez repensar naquela ideia suicida do meu amigo. Eu não podia deixá-lo sozinho, enfrentando aquela coisa. Não mesmo

– Não se preocupe comigo. – acrescentou Kaio.

“Como ele sabia que estava pensando naquilo? Ele leu a minha mente? Não, ele apenas me conhece muito bem.”

Meus olhos se arregalaram no instante em que ouvi aquelas suas palavras.

– Apenas vá, eu me viro. Nosso objetivo é voltar para casa, lembra?

Sorri ao ouvir aquilo. Ele estava dizendo que queria voltar, mesmo com tudo de ruim que aconteceu com ele. Isso me deixou cheio de esperança, e mais que isso, com coragem pra dar um fim de vez naquilo tudo.

Logo, sem haver qualquer controvérsia de minha parte, concordo com o seu plano. Sentia que era possível vencermos, mesmo não me envolvendo diretamente em cada uma das etapas, pois o meu objetivo estava claro em minha mente: seria eu quem traria a liberdade de todos nós desse pesadelo, onde meus amigos deram a vida pela chance dessa conquista.

– Chega disso! – pronunciou Andreas que, com um movimento de seu pulso, ordenou que seu monstro de estimação nos atacasse.

Fiquei impressionado com sua velocidade, pois apesar de seu tamanho, ele era terrivelmente ágil. Seu avanço barulhento, que mais parecia ondulações de um terremoto, fez com que tomássemos uma posição defensiva, quase instintiva. No momento que iria sacar minha espada, Kaio foi mais ligeiro e, com uma força descomunal, me arremessou por cima dos nossos inimigos. Aterrissei, precisamente, a passos da porta de onde Andreas surgiu anteriormente.

Busquei focar somente no que havíamos combinado, que era impedir esse caos todo, cortando o mal pela raiz. Apesar da ação perspicaz pensada pelo meu amigo, não contávamos com as habilidades ocultas que nosso velho aliado detinha; ele instigou um avanço em direção a mim, que ainda tentava me recompor do arremesso de mais cedo. Então, mais uma vez, Kaio salvou minha pele. Após aferir um soco potente na criatura a fazendo se chocar na parede mais próxima, ele direcionou sua atenção agora para Andreas; foi esperto ao usar a mesma corrente mágica que o ligava com a criatura, dando um grande puxão, impedindo que ele desse mais um passo em direção a mim.

– Vai! É a sua chance! Tá esperando o quê?! – indicou Kaio, colocando a força de seus músculos visivelmente expostos em prática para aferir mais golpe.

Com um soco ainda mais potente, ele havia arremessado o nosso inimigo com o auxílio de sua arma mágica, que tomou uma forma similar a enormes luvas de ferro. Andreas se chocou numa velocidade impressionante contra a sua criatura, que ainda estava meio zonza devido ao golpe que Kaio lhe deu. O estilo de luta que meu amigo desempenhava era grotesco e explosivo, o que se destacava pela mistura de poeira e energia mágica presente no espaço em que estávamos.

Mesmo assim, e não tendo uma extensa experiência em batalhas como aquela, eu sabia que aquele golpe não seria suficiente para eliminar nossos anfitriões. Por tanto, me recompôs o mais rápido que pude. Me propus a seguir adiante para onde quer que aquela escadaria, com seu final tomado pela penumbra, me levasse. Só esperava chegar a tempo de fazer algo para virarmos esse jogo.

***

A escuridão era um desafio para prosseguir o caminho naqueles degraus rentes e perfeitamente alinhados uns com os outros, formando um trajeto único e em forma de espiral. Não haviam tochas ou qualquer outra fonte de luz para me auxiliar naquela tremenda tortura, e por consequência, quase tropecei na metade do caminho. Aquela era uma prova particular, uma mistura entre saber onde ir e não se perder de seu foco principal. Usando o fato das paredes estarem tão próximas de mim, juntei o que restava de força de vontade em mim e segui adiante, esperando alcançar o fim daquela tormenta interminável.

Houve um momento naquele trajeto estreito que senti que algo errado estava rolando, e depois que toquei uma rachadura na parede, a mesma que havia passado a pouco tempo antes, tive a certeza sobre as minhas suspeitas. Eu estava andando em círculos! Não era algo para se impressionar, já que duvidava desde o princípio que o breu do lugar serviria para algo além de me deixar desnorteado e claustrofóbico — uma cartada certeira vinda da Administradora, já que ela conhecia muito bem cada um de nós.

Sentia um peso enorme nos meus pulmões, parecia que não havia oxigênio suficiente ali. A falta de ar me fez ficar zonzo, adicionando um acréscimo do que já estava sentindo devido a minha fobia particular ao escuro. Me sentei no chão, desvencilhando por completo do alerta que aquele lugar obscuro me exigia, e cada vez que me esforçava para recuperar o fôlego, só piorava a situação. Teve um momento, nessa berlinda entre a vida e a morte, que considerei desistir de lutar por minha vida, pois não bastasse o que fizesse, tudo era em vão.

“Eu vou morrer aqui?”, “Vou ser o fraco que desistiu quase no fim do caminho?”, essas eram umas das muitas dúvidas que vagavam na minha mente, durante a minha perda de sanidade. Parecia até piada, o Escolhido que representa a luz tendo um ataque de pânico devido uma mínima amostra de escuridão que havia naquele lugar.

– Isso não é real. Abra seus olhos! – Uma voz alta surgiu no volume máximo dentro da minha cabeça, libertando por completo minha consciência daquela angústia sem sentido.

Então, ao abrir meus olhos, como a voz havia me pedido, percebi que tudo o que aconteceu nesse tempo todo era uma mentira. Não existia uma escadaria em espiral, ou paredes estreitas, a não ser, aquela escuridão maldita. Na verdade, nada do que eu passei desde que atravessei a porta de entrada para o andar seguinte foi real, as trevas ali presentes eram o verdadeiro obstáculo. Confesso, fui um tolo esse tempo todo.

– Não se martirize, garoto. Outros já caíram nessa mesma arapuca sorrateira. – A voz novamente havia surgido, porém, estava mais suave e, de alguma forma, mais real, como se fosse uma pessoa de carne e osso na minha frente.

No instante que busquei encontrá-la, me deparei com uma luz única sendo emitida acima de mim. Fiquei desconfortável por um momento com a luz, já que era normal devido ao tempo que estive perdido naquele breu. Quando meus olhos se acostumaram, notei que a fonte daquele singelo brilho provém da lâmina de minha espada. Sim, era a Excalibur, que a pouco tempo estava repousando em sua bainha no lado direito da minha cintura. Sua luz era intensa o suficiente para iluminar todo o lugar, eu sabia disso, mas ela, por alguma razão, escolheu apenas a mim.

– Por que está me encarando? – Ela indagou, revelando-se como a emissora daquela voz incomum, uma voz que já não era tão estranha para mim.

Eu recolhi a atenção por um instante, e ela continuou a me questionar:

– Por um acaso, esqueceu de suas promessas? – Ela conseguiu recobrar minha atenção. – Nesse exato momento todos ainda estão lutando por suas vidas há metros acima de nós. E por que você está perdendo tempo aqui?

Aquelas perguntas dela surtiram efeito em mim como socos precisos no meu estômago. Eu havia me perdido do meu foco, fui um fraco ao cair na perdição que a Catástrofe e sua aliada haviam me imposto. Estava envergonhado de mim mesmo, como eu pude ser tão imbecil?

– Não desista de alcançar o seu propósito, Escolhido, siga em frente. Olhe para frente e reivindique o seu verdadeiro papel nessa guerra inevitável, seja ele qual for…

Assim que ela concluiu o que falava, o brilho que a envolvia se apagou, e ela retornou para minhas mãos. Após isso, uma porta surgiu bem diante de mim, era a saída daquela escuridão e a entrada para o embate que tanto me esforcei para vivenciar.

“Espere por mim, Lydia. Eu estou indo te salvar!”

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