057
˖࣪ ❛ SOL E LUA
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DEPOIS QUE MIYAGI-DO venceu o desafio da plataforma, Sonny planejou originalmente ficar em seu quarto de hotel o resto da noite e terminar de ler o livro que ela trouxe, já que Yasmine e Moon estavam dormindo na casa dela e ela não queria interromper nada ligando.
Mas depois que Eli entrou correndo no quarto do hotel dizendo que Miguel e Johnny tinham voltado para casa, quase todos de Miyagi-Do foram para um bar local na praia. Sonny não iria; ela ia dizer a Eli que ficaria para trás com Sam, que decidiu ficar para trás e descansar, mas Sam encorajou a garota a ir e se divertir.
Sonny não achou que sentar em uma cabine com Devon, Eli e Demetri fosse tão divertido, considerando que Demetri estava brigando com ela e Eli. Ela queria sair da cabine e sentar com Robby no bar, mas Eli implorou para ela ficar, não querendo ficar preso com Demetri e Devon.
— O que vamos fazer agora que o Sensei Lawrence e Miguel se foram? — Devon perguntou, olhando entre os três mais velhos com expectativa.
Eli suspirou ao lado de Sonny, tirando o pequeno guarda-chuva da boca. — Ouvi dizer que eles vão voar. — ele deu de ombros e os olhos de Sonny se arregalaram. Antes que ela pudesse comentar, Demetri zombou do outro lado da cabine, revirando os olhos.
— É, porque o garoto que cagou nas calças vai salvar o dia. — ele murmurou e Hawk riu ao lado de Sonny.
Sonny olhou de soslaio para os dois garotos, tomando um longo gole de sua bebida enquanto eles continuavam a rir do que aconteceu com Kenny.
Assim que as risadas começaram a diminuir, Sonny abaixou sua bebida e inclinou a cabeça para os meninos. — Oh, obrigada pela sua opinião, peidorreiro mortal e xixi na cama. — Sonny disse secamente.
Os rostos de Hawk e Demetri caíram enquanto Devon ria do outro lado da cabine. Sonny sorriu pelo fato de que ela os fez parar de tirar sarro de Kenny. Ela levantou o copo para tomar outro gole de sua bebida e olhou para o copo quando sentiu apenas o gosto de gelo derretido.
Sonny suspirou, percebendo que seu copo estava vazio e começou a sair da cabine. — Vou pegar outra bebida. Alguém quer alguma coisa? — ela perguntou e os três balançaram a cabeça.
Sonny andou até o bar, sentando-se ao lado de Robby enquanto esperava o barman vir até ela. Ela deu ao garoto um pequeno sorriso que ele retribuiu muito fracamente enquanto girava a bebida em seu copo.
— Você está bem? — ela perguntou e Robby apenas cantarolou, talvez gemeu em resposta.
Sonny franziu a testa, movendo a perna dela para que o joelho dela batesse no dele. — Que tal você vir sentar com o resto da gente? Deve ser bem solitário aqui no bar. — Sonny sugeriu, mas Robby apenas balançou a cabeça, tomando um gole de sua bebida.
— Não, estou bem.
Sonny abriu a boca para falar, para parar Robby e tentar fazê-lo sentar-se com o resto do time, mas antes que as palavras pudessem sair de sua boca, outro corpo sentou-se do outro lado de Sonny.
— Olá, Sonny.
Sonny virou a cabeça para ver quem estava falando com ela, e sorriu para Maria. — Oh! Ei, Maria. — ela disse com um sorriso, embora quisesse voltar para sua conversa com Robby.
Maria olhou para trás, na direção da mesa de Miyagi-Dos e lentamente começou a sorrir. — O garoto com o moicano... Ele é solteiro? — ela perguntou, olhando de volta para Sonny. Desde que as duas garotas se conheceram, elas têm saído juntas de vez em quando; no aquário, no saguão do hotel, na sala de treinamento, então Maria conseguiu ouvir sobre Moon e saber que Sonny não estava namorando Hawk.
Sonny riu da pergunta, balançando a cabeça quase imediatamente. — Muito. — Sonny riu, seus olhos se movendo para Eli em seu estande, sua cabeça jogada para trás em tédio enquanto Demetri encurralava Devon em alguma conversa.
Quando Sonny se virou para Maria, as sobrancelhas das meninas estavam erguidas. — Então, tudo bem se eu o convidar para dançar? — Maria perguntou e Sonny sorriu, balançando a cabeça. — Eu digo, vá em frente. — ela sugeriu. Sonny nunca tinha visto Eli com ninguém e ele nunca falou com ela sobre nenhuma garota que ele estava saindo. Não ajudaria empurrar uma em sua direção, certo?
Nesse momento, o barman andou em direção às duas garotas. Maria se virou para o homem, acenando com a cabeça para Sonny. — Coloque a bebida dela na minha conta. — Maria disse e o homem assentiu.
Maria olhou para Sonny e murmurou um pequeno "até mais" antes de voltar para a pista de dança.
Sonny murmurou um pequeno adeus de volta e, assim que Maria se foi, Sonny pediu sua bebida e voltou para sua mesa. Ela fez Eli sair da cabine para que ela pudesse estar lá dentro quando Maria viesse chamá-lo para dançar e, embora ele estivesse um pouco confuso, Hawk saiu da cabine mesmo assim e deixou Sonny se sentar primeiro.
— O que você pegou? — Eli perguntou, pegando a bebida da garota antes que ela pudesse responder. Ele tomou um gole e imediatamente engasgou com o gosto. — Deixa pra lá. Não quero saber. — ele se encolheu, devolvendo a bebida para Sonny.
Sonny riu, seus olhos se movendo para trás de Eli, observando Maria encarar Eli. — Maria continua olhando para cá. — Sonny cantarolou, erguendo suas sobrancelhas para Eli enquanto levava seu copo aos lábios.
Hawk se virou para ver o que Sonny estava falando e suas bochechas ficaram vermelhas quando ele percebeu que Maria estava observando especificamente ele.
Quando ele se virou para encarar a frente, Sonny sorriu para ele, cutucando o cotovelo de brincadeira em suas costelas. — E você! Você deveria ir falar com ela! — Sonny ofereceu.
Os olhos de Eli quase saltaram das órbitas e ele se virou para encarar Sonny ao lado dele tão rápido que Sonny ficou chocado por não ter levado um chicote. — O quê? Não! — ele sussurrou e as sobrancelhas de Sonny franziram enquanto seu rosto inteiro se enrugou.
— Por que não? — ela perguntou baixinho, pensando que talvez o garoto estivesse apenas nervoso, especialmente quando Eli se esforçou para pensar em um raciocínio.
— Porque... Hum... — ele olhou para baixo, tentando pensar em algo, antes de levantar a cabeça novamente quando ele pensou em algo. — E se ela disser não?
Os olhos de Sonny se moveram para logo atrás de Eli e ela observou enquanto Maria começou a acenar. — Considerando que ela está vindo para cá, não acho que você tenha que se preocupar com isso. — Sonny disse, virando-se para Eli e se acomodando confortavelmente na cabine.
Eli olhou para trás para ver o que Sonny estava falando e quando viu Maria, ele se virou para frente, afundando nervosamente em seu assento. — Oh meu Deus.
Maria sorriu ao chegar aos quatro, encostada na parede da cabine atrás de Hawk. Seus olhos estavam em Sonny primeiro, girando os dedos como um aceno para a garota. — Oi, Sonny. — ela cantarolou e Sonny sorriu, animada por Hawk.
— Oi, Maria.
Maria olhou para o outro lado da cabine e deu um pequeno sorriso para Devon, que a menina mais nova retribuiu antes de focar sua atenção em Demetri e Eli. — Que tal, rapazes? Está se divertindo à noite?
— Sim, noite divertida. — Eli disse nervosamente, fazendo o sorriso de Maria se transformar em um sorriso irônico pelo fato de Eli ter sido quem respondeu.
A mão dela, que estava descansando atrás dele, moveu-se para roçar o lado do moicano dele. A cabeça de Maria se inclinou enquanto ela cantarolava. — Gostei do seu cabelo. É tão fofo.
Eli piscou, sua boca aberta, mas nenhuma palavra saiu. Depois de receber uma cotovelada nas costelas de Sonny, Eli finalmente saiu de seus pensamentos e respondeu. — Obrigado. — ele suspirou.
— Você quer dançar? — Maria perguntou, estendendo a mão para o menino pegar.
Sonny observou animadamente ao lado de Eli enquanto olhava para os olhos de Maria e sua mão estendida antes de finalmente fixar o olhar nos dela.
E então ele balançou a cabeça.
— Hum... Estou bem. — ele gaguejou.
Os rostos de Sonny e Maria caíram imediatamente. Maria se virou para olhar para Sonny e a garota mais baixa imediatamente começou a balançar a cabeça freneticamente enquanto seus ombros começaram a se levantar defensivamente.
— Eu não sei! — ela disse para Maria, chocada por Eli ter rejeitado a garota.
Maria piscou, não querendo mostrar o quanto a rejeição a afetou. Ela limpou a garganta e se virou para Demetri, seu sorriso irônico voltando imediatamente. — Bem, e você, garoto alto? — ela cantarolou, seus dedos roçando os ombros dele de forma sedutora.
Sonny esperava que Demetri rejeitasse a garota assim como Hawk fez. Ele era quem tinha um bom motivo para rejeitar a garota: ele tinha uma namorada em casa!
O que Sonny não esperava era que Demetri acenasse com a cabeça ansiosamente e imediatamente. — Sim! — ele praticamente gritou, fazendo os queixos de Eli, Sonny e Devon caírem.
Todos observaram enquanto ele agarrava a mão de Maria e a deixava puxá-lo para fora da cabine em direção à pista de dança.
Sonny olhou para o garoto em choque e magoada, nunca acreditando que Demetri faria isso com Yasmine. — Demetri! — ela gritou atrás dele.
Demetri olhou de volta para os três ainda na cabine, dando de ombros. — Estamos de férias! — ele gritou como se isso compensasse o que ele estava prestes a fazer.
O rosto de Sonny se contorceu em desgosto enquanto ela observava o garoto andar mais para dentro da pista de dança com uma garota que não era sua namorada. Ela estava prestes a tirar o telefone do bolso ali mesmo, mas congelou quando viu a carranca no rosto de Eli.
— Ei, você está bem? — Sonny perguntou, estendendo a mão para tocar o ombro de Eli.
Assim que os dedos de Sonny tocaram Eli, o garoto pulou como se a mão de Sonny estivesse pegando fogo. O movimento fez Sonny estremecer e ela piscou em choque quando Eli praticamente pulou da cabine, murmurando um pequeno. — Estou indo para casa.
Ele começou a correr para fora do bar e Sonny foi rápida em segui-lo. — Eu volto logo. Me mandem uma mensagem quando vocês forem embora. — Sonny disse a Devon, e a garota mais nova rapidamente assentiu com a cabeça, entendendo por que Sonny estava indo embora.
Assim que Sonny obteve a resposta que precisava de Devon, ela focou sua atenção completa em sua melhor amiga que se retirava. Ela abriu caminho pela multidão no bar e quando chegou do lado de fora, seus olhos rapidamente encontraram Eli correndo pela praia e de volta para o hotel.
Sonny nunca ficou tão grata por aquele moicano com bandeira americana.
— Eli! Eli, espere! — ela gritou enquanto tentava ao máximo alcançá-lo, mas Eli era rápido demais.
— Eli! — o peito de Sonny começou a apertar quando o álcool em seu sistema finalmente começou a atingi-la. Suas pernas doíam e Sonny tinha certeza de que seu coração poderia parar se ela continuasse correndo.
Sua corrida parou e Sonny colocou as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego, observando a figura de Eli se distanciar cada vez mais dela até que ele não estava mais em seu campo de visão.
— Merda!
Enquanto Sonny se deixava recuperar o fôlego, ela finalmente percebeu que não estava sozinha na praia. Seus olhos se moveram para a direita, pousando em Axel, capitão dos Dragões de Ferro enquanto ele praticava seu kata.
Sonny engoliu sua respiração pesada, sua garganta queimando de tanto correr. — Desculpe, eu não queria te distrair do seu kata. — Sonny murmurou, sua voz um pouco rouca enquanto movia suas mãos dos joelhos e dava alguns passos em direção ao garoto.
Axel encarou Sonny como se tivesse sido pego fazendo algo que não deveria. Ele piscou, sua boca abrindo e fechando em choque antes de desviar o olhar de Sonny como se isso a fizesse desaparecer. — Eu... Eu não devo falar com o oponente.
As sobrancelhas de Sonny franziram. — Não estamos no tatame e... Não vejo seu sensei em lugar nenhum. — Sonny disse, olhando ao redor da praia. Eles estavam completamente sozinhos, as pessoas mais próximas eram aquelas que estavam do lado de fora do bar de tapas de onde Sonny tinha acabado de sair correndo.
Sonny se virou para Axel e apontou para o bar. — Está bem tarde para treinar, não é? Tem um bar do outro lado da rua se você quiser entrar e descansar um pouco. — ela ofereceu e Axel balançou a cabeça.
— Sempre há tempo para treinar. Além disso, eu não bebo. — ele recusou a oferta e Sonny assentiu, subestimando a decisão de Axel de não querer beber.
Ela deu mais um passo em direção a ele, sorrindo compreensivamente. — Eu entendo. — ela disse e Axel olhou para ela. Quando seu time decidiu sair hoje à noite, Zara e alguns outros companheiros de time zombaram dele por decidir não ir ao bar e querer treinar em vez disso. Ouvir alguém não apenas entender, mas apoiar sua decisão foi legal.
Ele deu um sorriso nervoso e, depois de encará-la sem vergonha por alguns segundos, Axel se moveu para pegar sua camisa do chão.
Suas costas apareceram para Sonny e ela engasgou com os grandes hematomas vermelhos por todas as costas dele. Ela deu um passo em direção a ele, estendendo a mão, mas sem tocá-lo enquanto seu coração disparava. — Oh meu Deus. O que aconteceu com suas costas? — ela sussurrou preocupada e quase instantaneamente, Axel se levantou, murmurando nervosamente "uh" e "um" enquanto ele colocava sua camisa de volta.
— Competição de cajados Bo. — ele respondeu e Sonny apenas olhou para ele. Ela se lembrava muito bem da competição de cajados bo e se lembrava especificamente de Hawk enfrentando Axel e nunca ter marcado um ponto sequer nele.
— Considerando que você meio que destruiu meu companheiro de equipe naquela competição, eu sei que não foi isso. — Sonny disse e Axel engoliu em seco, olhando para o chão.
Sonny franziu a testa, balançando a cabeça enquanto se lembrava do dia em que viu Axel e seu sensei treinando: — Olha, o que seu sensei está fazendo com você não é...
— Meu sensei quer que eu seja o melhor. É por causa dele que eu nunca perco. — Axel interrompeu, como se tivesse sido treinado para dizer isso. Sonny apenas olhou para o garoto, balançando a cabeça em choque. — É, mas você está sentado aqui em... — ela tirou o telefone do bolso e silenciosamente se encolheu na hora, ela deveria estar voltando para o hotel em breve.
Mas esse não era seu foco principal agora. Agora, o foco principal de Sonny era esse garoto sendo machucado por alguém em quem ele deveria confiar, — Treinamento da meia-noite. Você tem uma vida fora de deixar seu sensei orgulhoso? — Sonny terminou sua frase. Ela balançou a cabeça, uma risada ofegante saindo de sua boca enquanto ela pensava na luta de Axels. — Quero dizer... Não me entenda mal, você é muito bom em lutar.
Axel corou com o elogio, balançando a cabeça nervosamente. — Obrigado. Você é linda... Seu dojo é muito bom também. — ele tropeçou para fora e Sonny se encolheu um pouco, mas escondeu balançando a cabeça.
— Mas isso não significa que você deva se esforçar muito. — Sonny disse, observando o rosto de Axel desanimar, não de tristeza, mas de compreensão.
Ele olhou para trás, na direção do hotel, antes de se virar para Sonny e sorrir. — Se importa se eu me juntar a vocês então? Eu estava voltando para o hotel. — ele perguntou, apontando para onde Eli tinha corrido.
Sonny fez uma pausa. Ela não queria ser rude e dizer não, considerando que ambos estavam indo para o mesmo lugar e acabariam caminhando juntos mesmo que Sonny dissesse não, mas Sonny não conhecia esse garoto.
Ela percebeu que tinha demorado muito para responder e rapidamente assentiu, apesar de algo em seu intestino lhe dizer não. — Hum... Claro.
Axel sorriu com a resposta dela, gesticulando com a mão para o hotel para que Sonny pudesse caminhar lado a lado com ele. Sonny deu um sorriso tenso e caminhou em sua direção. Quando começaram a andar, Sonny pegou o telefone e rapidamente mandou uma mensagem para Devon.
Sonny: Estou indo para o hotel. Por favor, fique de olho na minha localização.
Toda a equipe informou uns aos outros suas localizações, algo que Sonny insistiu em fazer, considerando que estariam em um país onde nenhum deles jamais havia estado antes.
Devon respondeu quase instantaneamente, enviando um "<3" que a acalmou.
Sonny empurrou o telefone de volta para o bolso no momento em que Axel se virou para olhar para Sonny.
— Eu sou Axel, a propósito. — ele disse com um sorriso e os olhos de Sonny se moveram para o garoto, enviando-lhe um pequeno sorriso. — Sonny. — ela se apresentou e as sobrancelhas de Axel franziram enquanto um sorriso confuso crescia em seu rosto.
— Sonny? Tipo... — Axel olhou para trás e para frente entre Sonny e o céu antes de apontar para cima, com as sobrancelhas erguidas. — O Sol? — ele riu e Sonny riu, balançando a cabeça.
— É. — Sonny murmurou em meio à risada, seus olhos se movendo para o chão para observar o cascalho a seus pés. Ela pensou na primeira vez em que se apresentou a Johnny e ele perguntou se seus pais estavam chapados quando a batizaram.
Sonny riu da lembrança, fazendo Axel olhar de volta para ela. — O que você acha de Barcelona? — ela perguntou quando sua risada morreu e Axel assentiu, olhando para a frente deles.
— Me lembra Koh Samui. — ele disse e os olhos de Sonny se arregalaram de interesse. — Você foi para a Tailândia? Isso é tão legal. — Sonny suspirou como uma criança, o que fez Axel cantarolar. Ele assentiu e deu um passo maior do que o normal. Seu corpo se virou para que ele andasse para trás, de frente para Sonny.
— E Japão, China, Malásia, Índia, todos os países da Europa. — Axel disse e o queixo de Sonny caiu. Ela olhou para o garoto na frente dela em choque por alguns segundos antes de soltar uma risada sufocada.
— Uau. O mais longe que viajei para fora de Los Angeles foi Las Vegas quando eu tinha uns seis anos. Minha irmã e eu ficamos no parque de diversões dentro do Circus Circus enquanto meus pais jogavam um pouco. — Sonny disse, colocando as mãos nos bolsos da jaqueta quando uma brisa fria atingiu o beco por onde ela e Axel estavam andando.
Ela sentiu os olhos dos meninos sobre ela, mas Sonny manteve os olhos para a frente. Ela não sabia por que estava contando tudo a ele. Talvez ela só precisasse contar a alguém e Axel simplesmente ficou preso. Talvez fosse o fato de que ela sabia que depois dessa competição, Sonny nunca mais o veria, então ela pode ser completamente transparente.
— Estou feliz por poder estar aqui. Vou para a faculdade do outro lado do país no outono e estar aqui... Isso realmente abriu meus olhos sobre o mundo, sabe? Me fez sentir um pouco melhor sobre estar longe de casa. — Sonny deu de ombros enquanto se movia para olhar para o garoto caminhando com ela.
Axel sorriu. — O que você espera ver enquanto estiver aqui? — ele perguntou e Sonny riu, balançando a cabeça.
— Literalmente tudo. Tenho arrastado minha equipe para... Todos os pontos turísticos que esse lugar tem.
— E você vai terminar essa viagem com uma luta pelo torneio mundial de caratê? — Axel cantarolou, suas sobrancelhas erguidas em diversão. Sonny suspirou, um sorriso cansado em seu rosto. Deus, ela esperava que ela ganhasse. Condensação deixou seus lábios com seu suspiro e ela assentiu. — Espero que sim.
— Ah... Hora de brincar com o time rival.
Sonny parou de andar com a nova voz. Sua cabeça virou e seus olhos se arregalaram quando ela viu Cobra Kai começando a circular ela e Axel. Os olhos de Sonny examinaram o time, silenciosamente implorando para que Tory não estivesse lá com eles.
Quando ela só via garotos, isso só assustava Sonny mais. Ela poderia ter se sentido melhor se Tory estivesse lá.
O capitão, Kwon, caminhou até Sonny enquanto Yoon foi até Axel.
Sonny podia sentir a resistência de alguém atrás dela, então ela sabia que não podia simplesmente se virar e correr. Sonny deu um passo à frente, esperando apenas passar por Kwon e Yoon, mas os dois garotos se aproximaram um do outro, bloqueando o caminho de Sonny.
Sonny olhou para Kwon, sua mandíbula cerrada, o que fez o garoto sorrir. — Diga as palavras mágicas. — Kwon cantarolou.
— Saia da minha frente, porra. — Sonny cuspiu.
Os garotos atrás dela riram e Kwon olhou para Yoon como se dissesse silenciosamente "você acredita nela?" antes de se virar para Sonny.
— Errado! — Kwon gritou, dando um passo em direção a Sonny. A garota deu um passo para trás, seus olhos continuando grudados no garoto na frente dela. — Você não tem mais ninguém para atormentar? — Sonny perguntou e Kwon riu.
— Nós vamos... Mas não iremos até que você diga por favor. — Kwon disse e Sonny de repente sentiu seu estômago revirar de desgosto.
Ao mesmo tempo, os punhos de Sonny e Axel se cerraram. Yoon foi capaz de perceber os dois se preparando para lutar e imediatamente entrou em ação. Yoon deu um soco em Axel assim que Sonny deu um soco em Kwon.
A cabeça de Kwon voou do punho de Sonny, sem esperar que ela realmente fizesse o primeiro movimento. Ele tinha visto a garota lutar, mas não tinha realmente conversado com ela e tido a chance de ver o que acontece quando a irrita.
Sonny olhou para os garotos atrás dela e chutou o garoto parado ali bem no peito, mandando-o para o chão. Para garantir que ele ficasse no chão, Sonny girou, mandando um chute circular na cabeça do garoto para que ele não se levantasse de novo para continuar lutando com ela.
Ela podia ouvir sirenes de polícia quando se virou para Kwon, o garoto esfregando o maxilar de dor. Sonny observou enquanto o garoto começava a ficar mais bravo a cada segundo e soltou um grito de guerra antes de dar um soco em Sonny.
A garota levantou os braços para frente e para trás, bloqueando os socos repetitivos de Kwon direcionados à sua cabeça. Enquanto seus braços estavam erguidos, Sonny envolveu suas mãos ao redor da cabeça do garoto e a abaixou no momento em que ela levantou o joelho, batendo a cabeça do garoto nele.
Yoon agarrou o braço de Kwon quando Sonny o soltou e começou a puxá-lo para longe de Axel e Sonny. — Merda! São os policiais. Não podemos ser pegos — Yoon gritou enquanto começava a arrastar Kwon para longe.
Sonny olhou para Axel, que parecia ileso e começou a bater em seu cotovelo. — Axel, vamos lá. — Sonny suspirou. Axel pulou no contato da menina, sem saber se era outro agressor ou não.
Quando percebeu que era apenas Sonny, Axel assentiu e os dois correram para fora do beco pelo mesmo caminho de onde vieram, em direção à praia.
Sonny olhou para trás quando seus sapatos tocaram a areia, verificando para ter certeza de que nenhum dos Cobra Kai os seguiu. Quando não viu ninguém por perto, Sonny diminuiu o ritmo, suas mãos se movendo para os joelhos para recuperar o fôlego.
— Aqueles babacas. — Sonny suspirou, passando a mão pelos cabelos. Ela se levantou dos joelhos e se endireitou, a cabeça caindo para trás para deixar o ar fresco da praia bater em seu rosto em chamas.
Ela podia ver Axel observando-a pelo canto do olho e ela esticou a cabeça o suficiente para olhar para ele e ele sorriu. — Bom chute. — ele disse e Sonny riu, virando-se para encará-lo, ou melhor, para a saída do beco de onde eles tinham acabado de sair correndo.
Seu foco estava na estrada, ainda se certificando de que nenhum Cobra Kai estava atrás deles. — Obrigada. Acho que a costa está limpa, podemos começar a voltar, não...
Sonny olhou de volta para Axel e quando percebeu que o garoto estava se inclinando em sua direção para beijá-la, ela pulou para trás e soltou um grito alto.
Axel pulou para trás quando o coração de Sonny martelava em seu peito de susto. Ela pode ter exagerado quanto mais pensava sobre isso, mas ela estava apenas assustada e chocada ao ver um menino se mover para beijá-la.
— Sinto muito. Eu pensei... — Axel suspirou e Sonny imediatamente balançou a cabeça. — Estou em um relacionamento. Sinto muito se te dei a ideia errada. — Sonny disse, colocando a mão no peito enquanto pensava sobre as interações dela e de Axel. Ela estava apenas sendo legal, ele realmente interpretou isso como flerte?
Axel piscou em choque quando Sonny disse que ela já estava em um relacionamento. Ele sentiu sua boca ficar seca e engoliu rapidamente para aliviar a sensação. — Já passou do toque de recolher. Eu... Eu preciso ir. Desculpe. Tchau.
Com isso, Axel saiu correndo e voltou para o hotel. Sonny não o impediu, apenas o observou sair com as sobrancelhas franzidas.
— Que diabos foi isso? — Sonny sussurrou para si mesma, olhando ao redor como se outra pessoa estivesse lá com ela para reagir com ela. Sonny olhou de volta para o hotel e suspirou. Estava ficando tarde e tudo o que ela queria era deitar.
Quando ela começou a caminhar de volta para o hotel, Sonny tirou o telefone do bolso para ligar para Moon. Ela estava se segurando para ligar para a garota a noite toda, já que ela estava tendo uma festa do pijama com Yasmine, mas agora que Sonny tinha que contar a Moon sobre Axel e contar a Yasmine sobre Demetri, Sonny decidiu apenas ligar para a garota.
Ela apertou o botão do FaceTime e chutou a areia sob seus pés enquanto caminhava de volta para o hotel, o ar da noite fazendo pouco para acalmar a energia nervosa borbulhando em seu peito. Depois de um momento, o rosto de Moon apareceu na tela, seu cabelo caindo em ondas soltas sobre seus ombros e um sorriso enorme em seu rosto ao ver sua namorada.
— Oi, baby! — Moon cumprimentou com um sorriso suave. — O que foi? Já voltou para o hotel?
Sonny exalou bruscamente, passando a mão pelo cabelo. — Hum... Não. Estou voltando agora, mas algo aconteceu, e eu queria falar com você sobre isso. — Sonny disse, tentando ao máximo não soar nervosa e assustar Moon.
A expressão de Moon mudou instantaneamente, preocupação suavizando suas feições. — O que aconteceu? Você está bem? — ela perguntou e Sonny assentiu.
— É, só... Esse cara tentou me beijar e bem... Eu gritei na cara dele. Tipo, literalmente gritei de terror e pulei para longe, mas eu ainda queria te contar sobre isso.
Os olhos de Moon se arregalaram brevemente, mas em vez de raiva, havia calma em seu tom. — Oh, Sonny. Você está bem? — Moon perguntou e Sonny imediatamente assentiu com a cabeça para tentar não preocupar Moon.
— Estou bem. — Sonny assegurou-lhe, embora sua voz tremesse um pouco, mas era mais por causa do frio. — Isso só... Me pegou desprevenida, sabe? Eu não esperava por isso.
Moon assentiu lentamente, seu tom gentil. — Sinto muito que isso tenha acontecido. Você o conhecia?
— É, ele era só um cara de um dos outros times. — Sonny explicou, mordendo o lábio. — Além disso... Yasmine está no quarto com você? — Sonny perguntou, suas sobrancelhas franzindo.
Moon hesitou por meio segundo antes de inclinar o telefone. — Yas? Sonny está no telefone para você. — Moon disse e quando o rosto de Yasmine apareceu de repente no quadro, Sonny sentiu o buraco em seu estômago afundar ainda mais.
— O que foi, Sonny? — Yasmine perguntou, confusa, mas animada por ouvir de Sonny. Elas estavam trocando mensagens desde que Sonny foi para Barcelona, mas elas não tinham ligado, então ela ficou feliz em ouvir da garota.
Sonny se endireitou, seu estômago se contorcendo nervosamente. — Eu, uh, algo aconteceu hoje à noite, e você merece saber. — Sonny gaguejou e Yasmine levantou uma sobrancelha. — Okay...
Sonny fechou os olhos e respirou fundo em encorajamento. Sua mente passou pela Demetri furiosa que ela teria que enfrentar no futuro, mas ela sabia que precisava contar a Yasmine. — Demetri estava dançando com outra garota no bar.
Sonny engoliu em seco enquanto observava o rosto de Yasmine cair. Foi sutil - seus lábios se apertaram, sua postura endureceu - ela não deixou muito transparecer, mas Sonny percebeu.
— Você é minha amiga. — Sonny disse trêmula. — Você e Demetri são dois dos meus amigos mais próximos, e mesmo que ele fique tão bravo comigo, eu sabia que você faria o mesmo por mim. Eu só pensei que você merecia saber.
Yasmine olhou para ela por um momento, então soltou um suspiro lento, acenando para ela. — Obrigada por me contar. — Yasmine disse, sua voz baixa. Sonny relaxou um pouco, seu coração ainda estava acelerado.
Yasmine murmurou algo baixinho sobre Demetri, então disse: — Com licença, preciso fazer uma ligação muito furiosa. — ela desapareceu da tela, deixando Sonny e Moon sozinhas novamente.
Moon suspirou, dando a Sonny um olhar nervoso pela tela. — Você está bem? Tipo, bem mesmo? Você está bêbada ou algo assim? Onde está o resto do grupo para andar com você?
Sonny balançou a cabeça, um pequeno sorriso puxando seus lábios. — Sam e Eli estão no hotel e Robby, Demetri e Devon ainda estão no bar. E eu não estou bêbada. E eu tenho minha carteira, meu telefone - está tudo bem.
Os ombros de Moon relaxaram. — Ok, ótimo. Você quer que eu fique no telefone enquanto você anda? Eu não gosto de você ficar aí sozinha. — Moon disse e o sorriso de Sonny se aprofundou. Ela ia pedir para Moon ficar no telefone com ela durante a caminhada dela de qualquer jeito.
— Sim, por favor. E obrigada. — Sonny murmurou e o sorriso de Moons suavizou, sua cabeça inclinando-se enquanto observava a garota. — Sempre, baby. — Moon cantarolou, sua voz suave como se estivesse cantando.
Durante o resto da caminhada até o hotel, Sonny contou a Moon tudo sobre sua noite: Miguel e Johnny saindo, Maria pedindo para Eli dançar e então Eli saindo correndo e qualquer outra coisa que ela pudesse pensar.
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