˖࣪ ❛ QUE DIABOS?
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SONNY SALTOU SOBRE os pés e sacudiu as mãos para tentar aliviar os nervos. Hoje era o dia em que Sonny lutaria pela vaga de capitã e ela estava quase enjoada só de esperar.

Eli, Chris, Nate e até Mitch estavam tentando acalmar Sonny, mas nada estava funcionando. Sonny lambeu os lábios nervosamente, drenando as palavras encorajadoras de Eli enquanto seus olhos estavam grudados em Johnny parado no deck de sparring.

Ela observou enquanto os olhos dele se moviam para frente e para trás entre ela e Sam antes de ele falar. — Já que Nichols ainda não está aqui, Thompson e LaRusso vão lutar. Quem vencer, luta com Nichols pela vaga de capitã. Isso é bom? — Johnny perguntou e quando ambas as garotas assentiram, Johnny franziu os lábios e assentiu de volta.

— Ótimo. Thompson, LaRusso, venham aqui. — ele disse, levantando as mãos e gesticulando para que as meninas subissem no deck de treino.

Sonny sentiu Chris atrás dela esfregar seus ombros de forma reconfortante, mas durou apenas alguns segundos antes de Sonny começar a se afastar em direção ao convés.

Quando os dois chegaram ao convés, eles trocaram um sorriso, e Sam deu a Sonny um único aceno de cabeça. — Que a melhor garota vença. — ela cantarolou e Sonny riu, acenando de volta para a garota. — Mal posso esperar para ganhar então. — Sonny brincou, fazendo Sam rir.

Johnny assentiu para ambas e então gritou: — Comecem!

Sonny conhecia Sam. Ela estava treinando com ela por quase dois anos e, embora Sam estivesse gostando dos ensinamentos de Eagle Fang, ela sempre ficava com Miyagi-Do primeiro. Então, Sonny atacou primeiro.

Sonny se lançou para frente, levantando o braço para socar Sam, mas ela se esquivou. Enquanto Sam se concentrava acima, tentando bloquear o golpe de Sonny, Sonny levantou a perna e chutou o lado de Sam.

— Aponta, Thompson! — gritou Johnny enquanto Sonny se afastava de Sam, voltando para seu lugar no convés.

Sam segurou-se ao seu lado e olhou para Sonny. Ela deu um pequeno aceno para a garota, silenciosamente dizendo a ela "bom trabalho", o que fez Sonny lutar contra um sorriso. Quando o próximo round começou, Sam atacou primeiro, tentando chutar Sonny, mas ela bloqueou. Imediatamente, Sam girou na outra direção, estalando a perna novamente em um chute giratório para trás que atingiu o meio do corpo de Sonny.

— Aponte, LaRusso! — Johnny gritou, e Sonny bufou. Cada uma delas respirou fundo para se acalmar, Sonny sacudindo as mãos dela nervosamente.

— Prontas? — Johnny perguntou enquanto olhava para as duas garotas antes de abaixar a mão. — Lutem!

Sonny correu em direção a Sam, dando soco após soco. Seus punhos ficavam mais e mais rápidos toda vez que Sam bloqueava um golpe.

Ela cerrou os dentes e lambeu os lábios antes que um de seus punhos finalmente passasse pelos golpes de Sam. — Ponto, Thompson! — Johnny gritou. Sonny tentou recuperar o fôlego, seu coração batendo forte enquanto ela voltava à posição. Estava 2-1, e Sonny só precisava de mais um ponto. Sam cerrou os punhos, bloqueando mentalmente os espectadores, até mesmo Johnny, até que restassem apenas ela e Sonny no tatame.

— Prontas? Lutem!

Sam não se conteve. Ela disparou para frente, fazendo Sonny recuar alguns passos enquanto ela começava a bloquear todos os socos que eram enviados em sua direção. Enquanto ela estava focada nos punhos de Sam, Sonny não esperava que Sam girasse de repente, chutando sua perna para fora e varrendo as pernas de Sonny para fora de baixo dela.

Sonny caiu no chão com um gemido e, concentrada demais na dor nas costas, não impediu Sam de correr até ela e dar-lhe um soco no estômago.

— Ponto, LaRusso! O próximo ponto é vitória! — Johnny anunciou.

Assim que Sonny se levantou novamente, uma respiração coletiva foi presa enquanto as duas amigas se encaravam. Johnny levantou a mão. — Prontas? Lutem!

O dojo ficou em silêncio enquanto as duas lutavam. De vez em quando, uma delas quase batia na outra antes que elas de alguma forma o bloqueassem ou manobrassem para longe dele.

Sam girou, levantando a perna para chutar Sonny, mas a garota Thompson pegou sua perna e a jogou para fora do caminho. Enquanto Sam tentava se segurar, Sonny tentou chutar Sam, mas ela se inclinou para fora do caminho bem a tempo.

Sam cambaleou para trás, bloqueando outro chute que Sonny tentou acertá-la. Sonny então tentou dar um soco, mas Sam bloqueou com seu antebraço, empurrando o braço de Sonny para longe e mantendo seu próprio peito completamente aberto.

Não querendo perder um segundo, Sonny levantou o braço livre e acertou Sam no estômago.

— Ponto! Vencedora!

Uma mistura de vivas e aplausos irrompeu quando Sonny e Sam abaixaram suas posições, ambas ofegantes e coradas. Apesar de sua derrota, Sam puxou Sonny para um abraço rápido. — Bom trabalho, capitã. — ela sussurrou, e Sonny sorriu, um pouco sem fôlego, suas mãos tremendo pela intensidade da partida enquanto ela se esticava para abraçá-la de volta. — Obrigada, Sam.

Johnny andou até as duas garotas e elas se afastaram do abraço. Johnny sorriu para as duas garotas e esfregou seus ombros. — Boa luta, vocês duas. — ele disse antes de olhar de volta para os outros alunos. — Vamos trazer Miguel e Robby aqui agora!

Os alunos aplaudiram as duas meninas que terminaram a luta e os dois meninos que estavam prestes a começar a luta quando as meninas saltaram do deck de treino.

Sonny ficou na primeira fila, ao lado de Devon, enquanto observava os dois garotos se curvarem para Daniel, que agora era o árbitro, antes de se curvarem um para o outro.

— Posições de luta! — Daniel gritou quando Sonny de repente sentiu alguém de pé ao lado dela. Ela se virou para ver quem estava ao lado dela e ficou um pouco chocada ao ver Demetri ali.

Sonny sentiu um nó se formando em seu peito e ela limpou a garganta, esperando se livrar dele. — Oh, ei. — ela murmurou, voltando-se para a luta para não ter que olhar para Demetri.

Mas Demetri manteve os olhos em Sonny, tentando ao máximo sorrir e fazê-la olhar para ele. — Ei. Você viu Tory? — ele perguntou e as sobrancelhas de Sonny franziram. Seus olhos deixaram a luta, olhando ao redor do dojo.

— Eu... Não tenho a mínima ideia. — Sonny murmurou. Essa era uma competição enorme pela vaga de capitão, não havia como Tory perder isso.

— Aponte, Diaz! — Daniel gritou, fazendo Sonny e Demetri voltarem rapidamente a atenção para a luta.

— Um ponto, Diaz. Zero ponto, Keene. Prontos? Lutem! — Daniel gritou, mas nenhum dos dois se moveu por um segundo, ambos esperando o outro atacar.

De repente, Robby girou e levantou a perna para chutar Miguel no rosto, mas Miguel se inclinou para trás antes que pudesse ser atingido. Robby tentou outro chute, mas Miguel bloqueou. Robby cambaleou para trás e Miguel foi dar um soco no peito de Robby e, enquanto ele bloqueava, Miguel o chutou no rosto, derrubando Robby no chão.

— Ponto, Diaz! Dois pontos. — Daniel gritou enquanto Robby estava deitado no chão por um segundo. Sonny levantou-se na ponta dos pés para tentar dar uma olhada melhor em Robby, querendo ter certeza de que ele estava bem. Enquanto ele lentamente começou a se levantar, Daniel falou novamente. — Mais um ponto e ele vence.

Robby bufou, tentando se concentrar na luta. Ele soltou um suspiro cansado e tirou o cabelo do rosto. Sonny observou enquanto todo o comportamento de Robby se iluminou e ele relaxou olhando para algo atrás dela. Ela se virou e seus olhos se arregalaram quando viu Tory caminhando até ela.

Conforme Tory se aproximava, Sonny notou os olhos vermelhos e inchados de Tory. Quando Tory ficou bem ao lado de Sonny, seus olhos grudados na luta, Sonny olhou para Tory.

— Prontos? Lutem! — Daniel gritou enquanto Sonny hesitava em tocar no ombro da garota. A mão de Sonny tremeu ao seu lado antes que ela decidisse não tocar na garota. — Ei, Tory. Você está pronta? — ela perguntou, sem saber se perguntar se ela estava bem era rude.

Tory não se virou para Sonny nem sorriu. Havia uma expressão sem emoção em seu rosto enquanto ela assistia à luta. Ela assentiu depois de alguns segundos. — Sim. Pronta para vencer. — Tory disse, sua voz sem emoção assim como sua expressão. Os olhos de Sonny se arregalaram ligeiramente, sem conseguir dizer se a garota a estava ameaçando ou apenas fazendo alguma brincadeira.

Sonny soltou uma risada nervosa e, enquanto ela olhava para Tory, os olhos de Sonny pousaram em Sam atrás das duas. Sonny se virou para encarar Sam completamente e as duas garotas tiveram uma conversa silenciosa com os olhos. Os olhos de Sonny ficaram um pouco maiores, olhando para Tory por um segundo antes de se virar para Sam, perguntando silenciosamente "você ouviu isso?"

Os olhos de Sam estavam tão arregalados quanto os de Sonny, olhando para as duas garotas antes de levantar os ombros sem entender nada.

— Ponto, Keene. Dois a um. — Daniel gritou. Sonny voltou-se para a luta e decidiu tentar prestar o máximo de atenção possível ao resto da luta; esta era agora a segunda vez que Sonny se distraia e perdia uma vitória.

Quando Daniel gritou. — Lute! — Miguel pulou, jogando sua perna para fora assim que Robby se abaixou, desviando do chute de Miguel. Quando ele pousou, Miguel correu para Robby. Miguel acabou encurralando Robby até o final do deck de sparring e quando ele tentou dar outro soco em Robby, ele empurrou Miguel para trás, dando a si mesmo mais espaço e tempo.

Robby desferiu vários socos em Miguel, e todos eles foram bloqueados até que Robby pulou e girou, acertando um chute bem no rosto de Miguel.

— Ponto, Keene! Tudo bem. Dois a dois. O próximo ponto vence.

— Quem você acha que vai ganhar? — Demetri perguntou, inclinando-se para o ouvido de Sonny para que ele pudesse sussurrar. Mesmo que Sonny não quisesse falar com Demetri, ela respondeu, tão absorta na luta que nem pensou sobre isso.

— Não tenho a mínima ideia. — ela murmurou enquanto os dois garotos iam e vinham. Quando os dois caíram no chão, Sonny engasgou, sua mão voando para a boca em choque. Robby levantou a perna e foi bater no peito de Miguel, mas Miguel agarrou seu tornozelo e rolou para longe de Robby.

Eles se levantaram ao mesmo tempo, ajoelhando-se com uma mão no chão enquanto se encaravam. Miguel correu até Robby e começou a dar mais um punhado de socos em sua direção. Miguel jogou sua perna para cima do ombro de Robby que jogou a perna de Miguel para fora de seu ombro, jogando Miguel no chão.

Assim que atingiu o chão, Robby correu em direção a Miguel e lhe deu um soco no estômago.

— Ponto. Vencedor! — Daniel gritou enquanto todos os adolescentes começaram a aplaudir. As mãos de Sonny cobriram sua boca e ela soltou um grito alto como um uivo para o garoto antes de começar a bater palmas. Daniel caminhou até os dois garotos e depois de dizer algumas palavras para Robby, ele ficou entre os dois, agarrou o braço de Robby e o levantou no ar. — Seu capitão masculino. Robby Keene.

Enquanto todos aplaudiam, Robby e Miguel saltaram do deck de sparring. Sonny respirou fundo, sacudindo as mãos ao lado do corpo.

Demetri se virou para olhar para a garota ao lado dele e franziu a testa para seu estado de pânico. Ele não queria que ela se estressasse muito com essa luta, não quando ela realmente poderia vencer. Ele abriu a boca para tranquilizá-la, mas antes que qualquer palavra pudesse sair, Johnny, que estaria lidando com a luta das garotas, gritou.

— Thompson, Nichols. Venham para cima. — Johnny disse, olhando entre as duas garotas enquanto gesticulava para que elas viessem até ele. Quando Sonny subiu no convés, ela lambeu os lábios nervosamente antes de se curvar para Johnny e para Tory.

Pouco antes de Johnny começar a briga, Sonny rapidamente caminhou em direção a Tory. Ela deu um pequeno sorriso à loira enquanto Tory observava Sonny com um olhar confuso. Ela deu um sorriso a Tory, esperando relaxá-la do que quer que a estivesse sacudindo.

Sonny franziu os lábios e sorriu, levantando o punho para a garota bater o punho. — Como essa luta for, sem ressentimentos? — Sonny perguntou. Os olhos de Tory encararam o punho de Sonny e depois de alguns segundos, Tory olhou para os olhos dela e trêmula encontrou o punho dela no meio.

Mas Sonny não achava que Tory estava bem. Suas sobrancelhas se franziram no meio enquanto ela voltava para seu lugar. Sonny levantou os punhos e engoliu em seco enquanto observava Tory ficar mais irritada a cada segundo.

— Lutem! — Johnny gritou e Tory correu em direção a Sonny, gritando enquanto imediatamente tentava chutá-la.

Sonny gritou e desviou do chute de Tory antes que seu pé atingisse seu rosto. Quando ela saiu do caminho, Tory mandou soco após soco em direção a Sonny.

Quando Sonny se abaixou para desviar do chute de Tory, Sonny colocou as mãos no chão e esticou o pé, chutando Tory no estômago.

— Ponto, Thompson!

Tory xingou, batendo as mãos no tapete antes de disparar do chão. Sonny caminhou de volta para seu lugar e observou nervosamente enquanto Tory andava de um lado para o outro no convés.

Johnny mal deu tempo para as meninas, assim que Tory chegou em seu lugar, ele começou o round. — Lutem!

Tory correu para Sonny, dando tantos socos que podia, o mais forte que podia. Sonny soltou um pequeno grito enquanto bloqueava todos os socos de Tory.

Acostumando-se ao ritmo que Tory estava dando socos, Sonny não esperava que Tory chutasse seus pés para longe dela até que Sonny começou a sentir uma dor aguda no lado do corpo.

Sonny gemeu, curvando-se um pouco enquanto ela agarrava seu lado. — Ponto, Nichols! — ela podia ouvir Johnny gritar antes de Tory varrer as pernas de Sonny para longe dela.

Ela podia ouvir o dojo ofegar enquanto suas costas batiam no chão. Sonny ofegou por ar com a dor surgindo em suas costas, mas de alguma forma Tory ainda não tinha terminado. Ela correu em direção a Sonny e deu um soco em seu estômago.

Sonny, trêmula, levou a mão à barriga enquanto seus olhos se moviam para olhar para Tory, a garota nem pareceu se importar por não só ter começado a briga cedo demais, mas também por ter chutado a amiga no chão quando não era necessário.

Daniel observou tudo acontecer com os olhos arregalados, chocado que Johnny não tivesse repreendido Tory pelo que ela tinha acabado de fazer. Sua cabeça começou a balançar loucamente, olhando para Johnny. — Isso não deve ser...

— Eu cuido disso, LaRusso. — Johnny interrompeu. Seus olhos se moveram para a loira, dando-lhe um pequeno olhar. — Isso é um aviso. O próximo é uma dedução, entendeu?

Quando Tory assentiu, os olhos de Johnny se moveram para Sonny. Ele ficou um pouco nervoso quando viu a garota ainda no chão, segurando o peito e tentando recuperar o fôlego.

— Você está bem para continuar, Thompson? — Johnny perguntou, com a voz um pouco trêmula.

Sonny olhou para a multidão. Seus olhos pousaram em Sam e Eli parados um ao lado do outro. Ambos assentiram para Sonny, dizendo silenciosamente que ela conseguiria fazer isso enquanto Sam lhe dava um pequeno sorriso e Eli lhe dava dois polegares para cima.

Sonny engoliu em seco, respirando fundo com coragem antes de olhar de volta para Johnny. Depois de alguns segundos controlando seus nervos agora loucos, Sonny assentiu. — Claro que sim, Sensei.

Quando ela começou a se levantar, Johnny assentiu, pronto para voltar à luta. — Isso é um para um. Preparadas? Lutem!

Assim como nas outras rodadas, Tory correu para Sonny para socá-la. Sonny agarrou os dois braços de Tory, levantou a perna dela e chutou o estômago de Tory.

— Ponto, Thompson. Dois a um. — Johnny gritou enquanto Sony apertava sua trança. Tudo o que ela precisava era de mais um ponto e aquela vaga de capitã seria dela.

— Posições de luta. Preparadas? Lutem.

Sonny imediatamente correu para Tory e pulou. Quando ela começou a girar no ar, ela levantou a perna para chutar Tory, mas a loira se abaixou, desviando do chute. Ela caiu no chão, esperando varrer os pés de Sonny de baixo dela quando ela aterrissasse, mas ela planejou sua varredura muito cedo, Sonny aterrissando logo depois que Tory esticou o pé.

Tory se levantou e soltou um grito de guerra enquanto corria em direção a Sonny. Enquanto ela bloqueava todos os socos de Tory, ela agarrou seu braço e a jogou no chão. Sonny caiu no chão e mal teve tempo de registrar a dor nos joelhos antes de ver Tory levantar a perna para bater nela.

Sonny engasgou e, enquanto ela rolava para fora de Tory antes que ela pudesse ser atingida, ela não percebeu Amanda correndo para o marido, após um telefonema para o hospital.

Quando ela começou a se levantar, Tory correu até ela e, em vez de socá-la, agarrou os ombros de Sonny com força suficiente para fazê-la estremecer.

Tory apoiava Sonny a cada passo, seu aperto no ombro da garota ficando cada vez mais forte enquanto sua mão livre se erguia em punho para marcar seu ponto final contra Sonny.

Sonny tentou se livrar do aperto de Tory, olhando para trás. Ela percebeu que estava a apenas três passos de distância antes de cair do convés. Seus olhos se moveram para Tory, antes de se fecharem, aceitando seu destino de cair do convés ou ficar com um novo olho roxo.

Mas nenhum dos dois veio. A luta parou quando Daniel correu para o convés e agarrou o punho de Tory.

— As brigas acabaram. — Daniel sussurrou e os olhos de Sonny se abriram lentamente. Tory arrancou a mão do aperto de Daniel, balançando a cabeça freneticamente. — Isso não é justo! Isso poderia ter sido um ponto!

Daniel balançou a cabeça, com um olhar triste no rosto. — Não podemos fazer isso agora. Não na frente de todo mundo. — ele sussurrou.

As sobrancelhas de Sonny franziram, olhando para frente e para trás entre Daniel e Tory. A menina balançou a cabeça, seu lábio tremendo. — Não pare a luta. Por favor. — ela implorou, mas Daniel a ignorou, caminhando até a borda do tatame e gesticulando para que eles se abaixassem.

— Vamos. Por favor, meninas. Saiam do convés. Vamos. — ele disse, mas nenhuma das meninas se moveu. Ela andou para frente, mais perto de Tory e Daniel enquanto Johnny zombava. — Não diga a elas o que fazer. Eu também sou o sensei delas! — Johnny gritou e Daniel se virou para encará-lo.

— Bem, então, acabem com a luta. — Daniel estalou e Sonny só ficou mais confusa. Ela balançou a cabeça um pouco, virando-se para Tory. — O que está acontecendo? — Sonny perguntou, mas Johnny a ouviu e olhou para Daniel com raiva. — É, por que parar a luta?

— Porque minha mãe morreu! — Tory gritou, fazendo com que todos no dojo se virassem para ela.

O rosto de Sonny caiu, seu coração batia tão alto em seu peito que ela começou a sentir em seus ouvidos. Daniel suspirou, caminhando de volta para as meninas. — Tory, eu... Eu sinto muito pela sua perda. Mas não podemos continuar essa luta. Não é o momento. — Daniel disse e Tory se virou para Daniel, um olhar desesperado em seus olhos.

— Sim, é! Tenho que lutar agora. — Tory implorou, apontando para o chão. Daniel suspirou, não querendo ter que empurrar Tory muito longe quando ela já estava caída. Ele olhou para trás para Johnny e acenou com a cabeça, gesticulando para que ele pulasse. — Sensei Lawrence, alguma ajuda aqui, por favor.

— Não depende de nós. Se Nichols quer lutar, ela deveria. — Johnny disse, fazendo todos se virarem para ele. Daniel olhou para Johnny, balançando a cabeça. — Nós encontraremos outra maneira de nomear a capitã. — Daniel disse, mas Johnny o ignorou e olhou para as duas garotas atrás dele.

Tory deu um passo defensivo para trás, separando-se de todos os outros, especialmente Sonny, que continuava tentando fazer Tory olhar para ela. — Encontrar um jeito? Não! Vocês não entendem! Nenhum de vocês entende!

Tory se virou e correu em direção a Amanda e Robby, um pequeno gemido saindo de seus lábios. — Minha mãe, ela teria querido isso. Se eu não lutar. Eu tenho que fazer isso. Eu tenho que fazer isso por ela. — Tory implorou.

Sonny andou em direção a Tory, gentilmente agarrando sua mão. Tory estremeceu com o toque, mas se acalmou quando percebeu que era apenas Sonny. — Se você quer lutar, vamos continuar lutando. — Sonny sussurrou.

Ela podia sentir todos olhando para elas, mas Sonny manteve os olhos em Tory. Ela observou enquanto os olhos de sua amiga suavizavam, mais lágrimas crescendo em seus olhos. Sonny apertou as mãos de Tory, seus próprios olhos lacrimejando enquanto ela pensava em como ela agiu quando sua mãe morreu.

Sonny não falou por um longo tempo depois que sua mãe morreu. Demetri e Eli falavam por ela, ambos sempre sabendo o que ela queria dizer sem que ela precisasse tentar. Às vezes, era difícil e Demetri ou Jess ficavam irritados com ela, mas eles nunca a forçaram a falar. Ela tinha pessoas que a deixavam sofrer como ela precisava. Agora, Tory precisava de alguém assim.

— Você sofre como precisa, Tory. Está tudo bem. — Sonny sussurrou, sua voz falhando um pouco. Os olhos de Tory pularam ao redor, sem saber para onde olhar. Quando seus olhos finalmente pousaram em Sonny, ela assentiu. Se houvesse alguém a quem ela quisesse recorrer com isso, seriam Sonny e Devon; eles também passaram por isso.

Sem pensar, Tory puxou Sonny para um abraço, suas mãos tão apertadas em volta da cintura de Sonny que Sonny perdeu o fôlego por um momento. Ela ficou congelada, chocada que Tory a abraçou, mas lentamente, Sonny a abraçou de volta.

— Está tudo bem. — Sonny sussurrou, esfregando as costas de Tory.

De repente, Sonny sentiu uma mão agarrar seu ombro e puxá-la para trás, para longe de Tory. Sonny se virou com os olhos arregalados, chocado que alguém a tiraria de confortar Tory.

Ela olhou para Daniel como se ele fosse louco, mas o homem não reagiu. — Sonny, não. — Daniel disse e Sonny apertou os olhos, balançando a cabeça. Ela abriu a boca para falar, mas antes que pudesse, Johnny o fez, caminhando até se juntar aos três. — Ainda bem que não é sua decisão.

Daniel ignorou as palavras de Johnny, olhando entre Tory e Sonny. — Estamos encontrando uma maneira diferente de decidir sobre a capitã. — Daniel disse, começando a se afastar.

— Você quer que essa luta acabe? — Tory gritou atrás de Daniel, fazendo o homem parar no meio do caminho. Ela estava tremendo e lambeu os lábios para que eles não pudessem vê-los tremendo. — Tudo bem! Acabou!

Quando ela saiu do deck de treino, Sonny rapidamente começou a segui-la com os olhos arregalados, querendo estar lá para Tory.

— Tory... — Sonny sussurrou, pulando do deck de sparring. Ela estava a cerca de três polegadas de agarrar o ombro de Tory para pará-la antes que alguém agarrasse sua mão e a puxasse de volta.

— Deixe-a ir. — Demetri sussurrou, segurando Sonny com força enquanto Tory começava a se afastar. — Você precisava de tempo antes de começar a andar perto de mim e Eli de novo. Dê tempo a ela. — Demetri sussurrou.

Sonny relaxou nos braços de Demetri, sabendo que ele estava certo. Antes que ela começasse a andar com Demetri e Eli novamente, Sonny não os viu por semanas. Talvez Tory precisasse do mesmo espaço.

•••

Daniel precisou puxar Johnny para dentro do dojo, insistindo para que falasse com ele em particular e, depois de alguns minutos, os dois homens voltaram, nenhum deles parecendo feliz com o outro.

— Juntem-se, por favor! — Daniel gritou enquanto ele e Johnny caminhavam em direção ao deck de sparring. Os sete primeiros - ou os seis primeiros, já que Tory não estava lá - se alinharam na frente enquanto o resto da classe ficou atrás deles.

Assim que Johnny e Daniel estavam na frente de seus alunos, eles começaram. — O treinamento para o Sekai Takai tem sido difícil para todos nós. Mas agora, o treinamento acabou e, embora a maioria de vocês não vá para Barcelona, ​​sabemos que estarão lá conosco em espírito. — Daniel disse, sorrindo para todos os alunos atrás dos seis, principalmente sua filha.

Johnny assentiu em concordância. — Já que Tory não irá conosco, decidimos que Hawk ficará no lugar dela. — Johnny disse. Os olhos de Sonny se arregalaram. Ela se esticou para aplaudi-lo com o resto da classe batendo palmas enquanto Hawk começou a caminhar até a fila de alunos indo para o Sekai Takai.

Ele ficou ao lado de Sonny e virou-se para a frente. Sem nem olhar, os dois sorriram, batendo os punhos um no outro enquanto Daniel e Johnny continuavam.

— Vocês sete lutarão por Miyagi-Do. Será o desafio mais difícil que vocês já enfrentaram. E para vencer, todos nós precisaremos estar lá uns pelos outros. — Daniel disse e Johnny assentiu.

— Todos nós. Como um time. — ele acrescentou antes que seus olhos saltassem para frente e para trás entre seu filho e Sonny. — Capitães, avancem. — ele gritou, levantando a mão e gesticulando para que eles andassem em sua direção.

Sonny deu um passo incerto para frente. Embora estivesse feliz por ter sido capitã, era a mesma sensação: não parecia certo. Ela não sentia que realmente tinha vencido.

Enquanto Johnny andava até Robby e Daniel andava até Sonny, ele olhou para Chris na multidão de trás. — Chris, traga as faixas oficiais de capitão do Sekai Takai.

Chris correu até seu Sensei e capitão, com uma maleta na mão. Daniel abriu a maleta para mostrar as duas faixas de cabeça.

Daniel agarrou a faixa de Sonny e se virou para ela. Ele sorriu para a garota, uma de suas primeiras alunas. Embora estivesse triste por Sam não ter conseguido o posto de capitã, ele estava orgulhoso por Sonny ter conseguido.

Quando ele levantou os braços para amarrar a faixa em volta da cabeça dela, ele congelou antes que o tecido pudesse tocar a testa de Sonny.

Sonny observou a cor lentamente sumir do rosto de Daniel. Suas sobrancelhas franziram. — Sr. LaRusso? — ela perguntou, fazendo Johnny, que tinha acabado de amarrar a faixa de Robby, se virar para eles.

A respiração de Daniel engoliu e, trêmulo, ele deu um passo para trás e para longe de Sonny. Seus olhos se moveram para Johnny por apenas um segundo antes de ele empurrar a faixa de cabeça de Sonny nas mãos do homem e correr para o dojo.

Todos os olhos observaram o homem sair do quintal e, assim que ele fechou a porta atrás de si, Sonny se virou para Johnny.

O homem pigarreou desajeitadamente, caminhando em direção a Sonny. — De qualquer forma... — ele murmurou, levantando a faixa e amarrando-a em volta da cabeça de Sonny.

Ele sorriu para a garota, lembrando-se da primeira vez que ela pisou em Cobra Kai e vendo-a agora. Johnny estava orgulhoso dela.

Assim que a faixa de cabeça estava segura na cabeça de Sonny, as mãos de Johnny caíram e ele sorriu. — Bom trabalho, Sunshine. — ele disse e Sonny sorriu para o antigo apelido, balançando a cabeça.

— Obrigada, Sensei.

•••

— E você tem certeza de que empacotou tudo?

Hoje era o dia em que Miyagi-Do iria para Barcelona. A mãe de Eli estava pegando Sonny para deixar os dois no aeroporto e Moon veio para garantir que Sonny não esquecesse nada e para se despedir.

Sonny riu, fechando o zíper da mala e se virando para a namorada. — Nós checamos três vezes, baby. — Sonny murmurou entre as risadas e Moon suspirou, caminhando em direção à cama de Sonny e sentando-se. — Eu sei. — ela suspirou.

Sonny andou em direção à cama, sentando-se ao lado dela, fazendo Moon se aproximar um pouco mais. — Só estou preocupada com você. Vocês fizeram essa coisa parecer assustadora. — Moon explicou e Sonny respirou fundo, balançando a cabeça. — É. — ela murmurou.

Moon se virou para Sonny, com uma expressão nada divertida que silenciosamente dizia: — Sério?

Sonny soltou uma risada nervosa, limpando a garganta. — Desculpe. — ela murmurou enquanto Moon continuava.

— Além disso, vou sentir sua falta. — ela admitiu e o coração de Sonny apertou.

Ela chegou ainda mais perto de Moon, deslizando a mão para a dela e descansando a cabeça no ombro de Moon. — Mas nós falaremos o tempo todo? — ela perguntou.

Sonny cantarolou, levantando a cabeça para olhar para Moon. Ela tinha um pequeno sorriso no rosto enquanto se inclinava para mais perto da namorada. — O Sensei vai ter que arrancar meu telefone das minhas mãos. — ela disse e Moon riu, inclinando-se para frente e pressionando seus lábios nos de Sonny.

As mãos de Moon se moveram para o maxilar de Sonny enquanto as de Sonny se erguiam para o pescoço de Moon. Quando Moon se afastou, os lábios de Sonny seguiram os dela, não querendo terminar o beijo.

Moon sorriu, movendo a mão para a bochecha de Sonny e gentilmente esfregou o polegar na pele. — Jess, Brandon, Yas e eu estamos todos tendo uma pequena festa de observação para celebrar vocês. — Moon riu, o que fez Sonny sorrir. Ela sabia que Miyagi-Do iria fazer uma festa de observação no LaRussos, mas a deixou feliz saber que sua irmã e Moon também estariam assistindo juntas.

— Você vai se sair muito bem, Sonny. — Moon sussurrou. Mesmo que a sala contivesse apenas as duas, Moon queria manter esse momento entre elas. Sonny não conseguiu esconder o sorriso crescendo em seu rosto e, em vez de responder, Sonny se inclinou e beijou novamente.

Os braços de Moon envolveram Sonny, puxando-a para mais perto, seus dedos correndo pelos cabelos de Sonny. Por um momento, nenhuma das duas quis se afastar, como se se afastassem, Sonny já desapareceria para Barcelona.

A buzina alta de um carro os fez se afastar lentamente. Sonny sentiu o telefone apitar e olhou para baixo. A mensagem de Eli dizia que ele estava lá fora para procurá-la.

Sonny suspirou e olhou para Moon. — Essa é minha carona. — ela murmurou e Moon franziu a testa. Quando Sonny começou a se levantar, pegando suas malas para sair de casa, Moon a seguiu.

Antes que Sonny pudesse pegar suas malas, Moon a puxou para um abraço apertado. — Eu te amo, Sonny. — ela disse na curva do pescoço de Sonny e Sonny puxou Moon para mais perto, seus olhos se fechando para impedi-la de chorar.

— Eu também te amo, Moon. — ela sussurrou de volta.

Quando eles se afastaram, Moon fungou e rapidamente enxugou os olhos. Ela agarrou a alça da mala de Sonny e sorriu. — Eu te acompanho até a saída.

•••

Entrando no Sekai Taikai, o queixo de Sonny caiu diante da sala grande e das luzes brilhantes brilhando ao redor da arena. — Oh meu Deus... — ela sussurrou baixinho enquanto seu time alcançava a borda do tatame e se alinhava, Devon, Demetri, Hawk, Sonny, Miguel, Sam, Robby e seus sensei's.

Sonny olhou para todos os times do mundo todo se alinhando ao redor do tatame. Toda aquela excitação desapareceu quando ela viu três garotos em kimonos Cobra Kai passarem por seu time. Sonny engasgou, fazendo Hawk e Miguel ao lado dela se virarem para ver para quem ela estava olhando.

Ela observou com os olhos arregalados enquanto eles se moviam para o local bem em frente a Miyagi-Do no tatame.

— Que diabos? — Hawk murmurou. Os olhos de Sonny rapidamente se moveram para ele e ela observou enquanto ele olhava para alguém que tinha acabado de passar pelas crianças Cobra Kai. Sonny olhou para trás para ver o que Hawk viu e sua respiração engatou ao ver John Kreese se aproximar dos Cobra Kai.

E então, o coração de Sonny afundou até o estômago quando Tory saiu pela mesma entrada que Kim e Kreese saíram. Sua cabeça estava erguida quando ela deu um passo para ficar de pé com Cobra Kai.

Sonny engoliu em seco para aliviar a garganta seca e soltou um suspiro trêmulo. — Que diabos?