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˖࣪ ❛ PARA MIM
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SONNY SENTOU-SE ENCOLHIDA no banco do passageiro do carro de Moon enquanto sua namorada a levava para Miyagi-Do, um pé batendo loucamente contra o chão do carro. Ela mexeu na bainha de seu moletom - ou no moletom de Moon como uma forma de se impedir de cutucar suas unhas recém-feitas.
Moon lançou um rápido olhar para Sonny, um pequeno sorriso puxando seus lábios, pegando Sonny no meio da agitação. — Por que você está tão nervosa? — Moon perguntou, sua voz leve enquanto suas sobrancelhas franziam juntas.
Sonny piscou, assustada, saindo de seus pensamentos. — O quê? Por que eu ficaria nervosa? — ela se mexeu no assento, tentando disfarçar, mas sua voz estava tensa e um pouco falha.
Moon soltou uma risada suave, dando a ela um olhar de cumplicidade enquanto ela parava no dojo. — Sonny, estou surpresa que essa manga ainda esteja intacta com o quanto você tem mexido nela.
Sonny abaixou a mão dela imediatamente, suas bochechas esquentando. — Okay... — ela murmurou através de seu suspiro, virando-se para encarar Moon. — Recebi um e-mail do MIT. — Sonny começou e os olhos de Moon quase saltaram de sua cabeça. Ela se virou para encarar Sonny completamente, seu corpo inteiro se virando para olhá-la.
— E eu ainda não abri. — Sonny disse e todo o comportamento de Moon caiu.
Ela balançou a cabeça loucamente, inclinando-se para mais perto da namorada. — O quê? Sonny, você tem que abrir!
Sonny afundou-se mais no assento, puxando o capuz sobre a cabeça como um escudo. A dor familiar se instalou em seu peito. A lembrança das palavras de Demetri ecoou no fundo de sua mente, afiada como vidro: Você não é boa o suficiente!
— E se... — Sonny hesitou, olhando pela janela. — E se Demetri estiver certo? E se eu não for boa o suficiente para o MIT?
Moon franziu a testa, seus ombros caíram e sua cabeça se inclinou. Sonny contou a Moon sobre o que Deemtri havia dito a ela na noite em que aconteceu. Isso quebrou Sonny. E Moon sabia que a voz de Demetri não havia parado de ecoar na cabeça de Sonny. — Você trabalhou duro para isso, meu amor. — ela disse, sua voz suave, mas firme. — Se o MIT não vê isso, eles são idiotas.
Sonny olhou para o telefone e abriu lentamente a notificação intitulada "Decisão de admissão do MIT".
O nó em seu peito apertou e sua respiração parou. Era isso.
Moon olhou para a tela, depois de volta para o rosto de Sonny. Ela estendeu a mão e deslizou a mão na de Sonny. — Seja lá o que for que diga, não muda o quão inteligente você é. — Moon sussurrou. Seu polegar acariciou um círculo lento contra as costas da mão de Sonny. — Se eles não conseguem ver o quão incrível você é? A perda é deles.
Sonny assentiu, seu polegar pairando sobre o e-mail. Ela respirou fundo, tão forte que queimou. Ela fechou os olhos por um segundo, então tocou na tela.
Cara Sonny,
Estamos felizes em lhe oferecer admissão no Instituto de Tecnologia de Massachusetts...
Os olhos dela ficaram turvos. — De jeito nenhum. — ela sussurrou, seu pulso acelerado. — De jeito nenhum.
Moon se inclinou para mais perto, tentando ler a tela enquanto a antecipação começava a preenchê-la também. — O que diz? — ela perguntou, sua respiração quente contra a bochecha de Sonny.
Sonny ficou olhando para o telefone por mais alguns segundos, incapaz de se mover, antes de finalmente se virar para Moon.
Com base em sua expressão, Moon não conseguiu dizer se Sonny entrou ou não. Seus olhos estavam arregalados, seu queixo estava caído e ela visivelmente empalideceu. Mas então, sua voz falhou enquanto um sorriso crescia em seu rosto. — Eu entrei!
O rosto de Moon se iluminou, seus olhos arregalados como os de Sonny. — Você entrou!? — ela praticamente gritou, batendo no volante de excitação.
Sonny olhou de volta para o telefone enquanto ela assentia. — E eu ganhei uma bolsa! — Sonny deixou escapar, ainda sem fôlego, suas mãos tremendo de adrenalina. Sem pensar, Sonny se jogou sobre o console e a beijou. Não foi perfeito - dentes estalaram, e seu nariz bateu desajeitadamente contra o de Moon - mas nenhuma das duas se importou.
Quando se separaram, as duas garotas estavam rindo e sorrindo tão abertamente que seus rostos doíam. Moon colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Sonny enquanto seu rosto se suavizava. — Eu disse. O MIT tem sorte de ter você.
Sonny suspirou, ainda tonta e sobrecarregada enquanto ela se acomodava em um sorriso. Seus olhos se moveram para o relógio no rádio e seus olhos se arregalaram na hora. — Eu tenho que ir. — Sonny disse e então seus olhos de alguma forma se arregalaram ainda mais.
— Eu tenho que contar a todos. — ela disse, pulando em seu assento como se tivesse cinco anos. Ela pegou sua bolsa aos seus pés e sentou-se em seu colo. — Todos eles precisam saber - eu preciso contar a Eli!
Moon riu, balançando a cabeça diante da excitação de Sonny. — Vá contar a todos. Eu te pego depois.
Sonny assentiu e a beijou mais uma vez, rápido e docemente, antes de abrir a porta do carro. — Eu te mando uma mensagem mais tarde! — ela gritou por cima do ombro enquanto saía do carro.
Enquanto Sonny corria para o quintal Miyagi-Do, seu sorriso não saía do rosto. Seus olhos caíram sobre Sam, Miguel, Hawk e Demetri e ela imediatamente correu em direção a eles, nem se importando que Demetri também estivesse lá. Se alguma coisa, ela o queria lá. Ela precisava esfregar na cara dele que ele estava errado sobre ela.
Ela chegou aos quatro no momento em que Demetri levantou as mãos defensivamente para Hawk. — Ei, cara, só estou dizendo que você erra 100% dos arremessos que não dá. — ele disse, quase soando condescendente.
Sonny deu um passo para ficar entre Eli e Miguel, juntando-se à conversa. O sorriso em seu rosto era impossível de apagar. Ela levantou a cabeça e empurrou os ombros para trás. — Demetri está certo. — ela disse, fazendo os quatro se virarem para ela.
Ela olhou para eles antes de seus olhos pousarem em Demetri. Sua cabeça inclinou-se um pouco, quase condescendentemente, e deu a ele um sorriso doce e enjoativo. — Se eu nunca tivesse me candidatado ao MIT, nunca teria conseguido provar que Demetri estava errado.
Embora todos os seus amigos já estivessem olhando para ela, Sonny observou todos eles olharem duas vezes. Eli estava ao lado dela, seus olhos tão arregalados quanto pires, o canto dos lábios enrugando-se para cima apenas ligeiramente. — O quê? — ele perguntou e Sonny se virou para ele, seu sorriso tão largo que seu rosto começou a doer.
— Eu entrei no MIT! — Sonny gritou, empurrando o telefone no peito de Hawk para ler, mas ele ignorou completamente, jogando os braços em volta de Sonny e puxando-a para um abraço.
Miguel pegou o telefone de Sonny; ele, Sam e Demetri, todos lendo o e-mail. Sam sorriu enquanto lia, olhando para Sonny no momento em que ela e Eli se afastavam do abraço. — Bolsa de estudos e tudo. — Sam suspirou antes de soltar uma risada e puxar Sonny para um abraço.
— Sonny! Isso é incrível. — Miguel disse e Sonny sorriu para ele por cima do ombro de Sam. Quando Sam a puxou para fora do abraço, os olhos de Sonny encontraram os de Demetri. Parecia que ele temia o momento em que seus olhos se encontraram, mas ele queria que isso acontecesse. Seus olhos pareciam apologéticos e culpados, mas ambos sabiam que seria uma luta se desculpar.
Parecia que ele queria dizer algo. Sua boca se abriu e sua cabeça se levantou um pouco antes de... — Tudo bem! Façam um círculo! — Johnny gritou, fazendo todo o comportamento de Demetri cair. O sorriso de Sonny começou a morrer lentamente enquanto ela e todos se aglomeravam em volta de Daniel e Johnny na entrada do Miyagi-Do.
— O Sekai Taikai precisa da nossa lista final em três dias. E agora que sabemos quem vai, é hora de nomear capitães e capitães. — Johnny disse, e Sonny lentamente começou a bater o pé nervosamente. Ela soltou um pequeno suspiro para acalmar os nervos, um que ninguém ao redor dela conseguiu ouvir.
— Os capitães não são apenas os líderes do time. Eles são os que lutarão nas finais se conseguirmos chegar tão longe. — Daniel explicou e Johnny apontou para ele com o polegar em concordância. — Além disso, eles vão lutar na TV ao vivo. Quem sabe o que vem depois disso? Caixas de Wheaties, filmes de chop-socky, vídeos do ZZ Top. O céu é o limite.
— Vocês todos receberão a glória se vencermos, mas sim, os capitães estarão no centro das atenções. Eles precisam representar o melhor que Miyagi-Do tem a oferecer. E Sensei Lawrence e eu queremos garantir a vocês que a decisão será completamente imparcial. — Daniel explicou, certificando-se de olhar para todos os sete alunos escolhidos.
Johnny bateu palmas, balançando a cabeça. — Isso mesmo. Em dois dias, Sonny e Sam vão se enfrentar. A vencedora vai levar Tory para a vaga de capitã feminina. E Robby e Miguel vão lutar para a vaga de capitão masculino. — ele explicou, apontando entre as três garotas antes de apontar para Miguel e Robby.
— Todos nós sabemos que vocês já lutaram muitas vezes antes, mas agora que estamos do mesmo lado, esta ainda é a melhor maneira de ver quem progrediu mais. — explicou Daniel.
Johnny sorriu para os cinco adolescentes parados bem no centro de todos os seus alunos, apontando para eles com ambas as mãos. — Vocês cinco, entrem. Vou dar uma surra em suas bundas. — Johnny disse, ignorando o rosto chocado de Daniel e, em vez disso, abrindo a porta para as crianças entrarem.
•••
Depois de criar e ensinar aos alunos seu próprio kata inapropriado e fazê-los assistir a um filme, Johnny levou os cinco alunos para fora.
A essa altura, o resto do Miyagi-Do já havia partido e Daniel decidiu ficar para trás e assistir ao que Johnny havia planejado para os sete alunos.
Johnny andou em direção ao extremo oposto do quintal, onde estava um boneco de socos. Ele se virou para os alunos. — O Sr. Miyagi lutou pela América. Vocês vão ter que fazer o mesmo.
Ele colocou sua bolsa no chão e começou a procurar por ela. Depois de alguns segundos, ele tirou uma camiseta com a bandeira francesa, uma boina e um marcador.
Sonny puxou os lábios em uma linha e olhou para baixo enquanto Johnny jogava a camisa e o chapéu no boneco. Ela olhou para cima no momento em que Johnny desenhava um bigode em seu rosto.
Johnny se virou para seus alunos e apontou para Robby. Ele se afastou do boneco, gesticulando para Robby em direção a ele e silenciosamente dizendo para ele se aproximar.
Robby deu um passo à frente e praticou todos os chutes e socos que conhecia. Depois, Johnny disse para ele dar um passo para trás e ele trocou a roupa do boneco, e limpou o bigode.
Agora, o boneco estava usando a bandeira da China. Johnny se afastou do boneco e acenou para Miguel. — Diaz, você está pronto.
Enquanto Miguel atacava o boneco, Johnny virou-se para Robby, Sonny, Tory, Sam e, finalmente, Daniel, já que ele estava assistindo. — Crianças estrangeiras não falam inglês. Mas elas falam karatê. Então vocês vão ter que chutar mais alto e mais forte do que nunca.
Johnny trocou a roupa do boneco novamente, o manequim agora usando um gorro e uma camiseta com a bandeira canadense. Tory se adiantou dessa vez e quando terminou, Johnny trocou a roupa do boneco novamente. Dessa vez, não tinha nada além de uma camiseta com a bandeira da União Soviética.
Sonny suspirou ao ver aquilo, cruzando os braços enquanto Sam se aproximava para bater no boneco.
— Johnny, a União Soviética nem existe mais...
— Quieto! — Johnny gritou, interrompendo Daniel.
Depois de dar a Sam algum tempo para atacar o boneco, Johnny assentiu, silenciosamente dizendo a ela que estava tudo bem. Antes de começar a trocar a roupa do boneco novamente, Johnny olhou de volta para os alunos - especificamente Sonny, como se estivesse escondendo algo dela.
As sobrancelhas de Sonny franziram enquanto ela observava Johnny pegar um pedaço de papel e fita adesiva. Ele se virou para o boneco e colou o papel no rosto dele, mas Sonny não conseguia ver o que estava escrito no papel, já que seu corpo o estava bloqueando.
Miguel, que tinha uma visão perfeita do boneco, engasgou com a risada. Sonny olhou para Miguel com um olhar confuso antes que Johnny finalmente saísse do caminho do boneco e Sonny pudesse ver o que ele colocou nele.
Ela bufou enquanto todos os outros alunos riam de uma foto de Demetri colada no rosto do boneco. Sonny olhou para Johnny com um olhar irritado enquanto Tory tentava abafar suas risadas ao lado dela.
— Sério? — Sonny perguntou, nem um pouco divertida com o que Johnny tinha feito.
Johnny deu de ombros enquanto olhava para Sonny inocentemente, como se não tivesse feito nada de errado. — O quê? Eu sei que você está puta com ele. Finja que esse idiota é ele. Chute a bunda dele. — Johnny disse, gesticulando para o idiota.
Daniel suspirou decepcionado atrás dos alunos. — Sério, Johnny? Vamos, isso não é...
— Quieto! — Johnny gritou, interrompendo Daniel novamente enquanto Sonny caminhava até o boneco.
Ela olhou para o boneco por um segundo - olhou para o rosto de seu melhor amigo antes de sentir uma bolha de calor em seu peito. Seu rosto se contorceu em algo raivoso antes de seu punho bater no torso do boneco.
Ela firmou os pés e atacou novamente. O boneco balançou sob a força dos socos, mas ela nunca mirou na foto em seu rosto. Seus socos e chutes atingiram os ombros, o peito, os lados - mas nunca o rosto dele. Era como se seu corpo soubesse de algo que ela não queria admitir. Não importava o quão furiosa ela estivesse, algo dentro dela não a deixava tocá-lo - nem mesmo um pedaço de papel com o rosto dele.
Seus olhos ficaram grudados na foto, mas não importava o quanto tentasse, ela não conseguia mirar nela. Em vez disso, ela ficou ali, seus punhos cerrados com tanta força que suas unhas cravaram em suas palmas e seu peito arfava.
— Bom, Thompson! — Johnny gritou, um pouco chocado com o quão agressiva Sonny ficou, mas ele ainda estava orgulhoso. Quando ela se afastou do boneco, Johnny olhou ao redor do dojo e quando seus olhos caíram na prancha de equilíbrio flutuando no meio do lago de carpas, ele sorriu.
Sem dizer uma palavra, ele começou a andar em direção a ela. Os cinco adolescentes se viraram para olhar uns para os outros, olhares confusos em todos os seus rostos antes de começarem a seguir o homem.
Quando eles estavam encostados na parede perto do lago de carpas, Sonny finalmente notou a máquina de arremesso de beisebol e uma pilha de garrafas de cerveja de vidro do outro lado do lago.
— Oh, não... — Sonny murmurou, observando enquanto Johnny andava em direção à máquina e se virava para os alunos. Sonny estava prestes a se esconder atrás de Miguel quando Johnny apontou para Sam.
— LaRusso! Venha para cima! — ele bateu palmas, apontando para o quadro. Sam suspirou, caminhando em direção ao lago de carpas.
— A chave para o Miyagi-Do é o equilíbrio. Você tem que ficar de pé, não importa o que a vida lhe traga. — Johnny explicou enquanto Sam subia na prancha de equilíbrio. Então, Johnny pegou uma garrafa vazia de Coors Banquet e colocou-a na jarra.
Sonny arfou, pulando para trás quando o vidro foi atirado para longe e em direção a Sam. — Ele não pode estar falando sério, certo? — Sonny ouviu uma voz perguntar ao lado dela.
Ela virou a cabeça para Tory, os olhos das meninas Nichols estavam arregalados enquanto ela olhava para frente e para trás entre Sonny e Johnny, que jogou outra garrafa de vidro na direção de Sam. Sonny apertou os lábios em uma linha e balançou a cabeça.
— Infelizmente. Esta não seria a primeira vez que ele colocaria seus alunos em perigo por causa de vidro quebrado. — ela murmurou, lembrando-se de quando Johnny levou Cobra Kai para um ferro-velho abandonado quando o dojo abriu pela primeira vez.
Depois de um tempo, Johnny chamou Tory. Ele mal esperou que ela recuperasse o equilíbrio na prancha antes de começar a atirar garrafas em sua direção. Tory desviou de um copo dando um tapa para longe dela. Tory gemeu com a queimação na palma da mão e apertou sua mão loucamente para parar a dor.
— Bom trabalho, Nichols! — Johnny gritou, ignorando completamente que Tory havia se machucado.
Robby foi atrás de Tory, desviando das duas garrafas em vez de atirá-las para longe dele. — É isso, Robby! — Johnny gritou.
Robby e Miguel trocaram de lugar e, assim que Miguel se levantou, Johnny jogou uma garrafa no jarro e o copo voou em direção ao garoto.
Sonny engasgou quando Miguel pegou a garrafa com uma mão enquanto Johnny gemia. — Desvie, não pegue! — ele estalou, colocando outra garrafa no jarro. Miguel jogou a garrafa que pegou para o lado e se virou para a que estava indo direto para seu rosto.
Miguel arfou, caindo no chão e deitando-se em uma tábua na tábua e Johnny gemeu novamente. — Levante-se, Diaz! — Johnny gritou e Sonny levou a mão à boca para cobrir suas risadas.
Quando Miguel se levantou, Johnny olhou para o último aluno. — Thompson! Você agora! — Johnny gritou.
Sonny suspirou, caminhando em direção ao lago enquanto Miguel subia para fora. — Boa sorte. — ele murmurou enquanto Sonny passava por ele, pulando na água fria. Assim que ela subiu na prancha de equilíbrio, Sonny encontrou o equilíbrio muito mais facilmente do que Miguel e Tory, considerando quanto tempo ela estava em Miyagi-Do, ela dobrou os joelhos, se preparando para as garrafas que seu sensei lançaria nela.
Johnny colocou uma garrafa no jarro e ela disparou em direção a ela em tempo recorde.
Sonny soltou um pequeno suspiro, abaixando-se antes que a atingisse. Ela não sabia dizer se teria acertado seu rosto ou ombro pela rapidez com que estava indo, mas não queria arriscar.
Quando ela se levantou corretamente novamente, mal teve tempo de reagir antes que Johnny jogasse outra garrafa em sua direção.
Ela podia dizer que a garrafa estava se movendo mais para o lado esquerdo dela e deu um passo para o lado um pouco longe demais para a direita para bloqueá-la. Como ela agora estava desequilibrada na prancha, a madeira balançou e Sonny caiu na água.
Considerando que era meados de dezembro, a água do lago estava tão fria que a atingiu como um tapa. O frio atingiu sua pele instantaneamente, fazendo sua respiração ficar presa na garganta.
Ela surgiu ofegante, piscando para tirar água dos olhos. O ar parecia mais frio agora e seu capuz grudado na pele só a fez se sentir pior.
Sonny estremeceu enquanto seus amigos e Daniel se aglomeravam ao redor da borda do lago, ajoelhando-se para ver como ela estava. — Sonny! — Robby gritou, com os olhos arregalados e estendendo a mão para ajudá-la a sair.
Sam pairou ao lado dele com os olhos arregalados, observando a garota tremer enquanto Robby a ajudava a sair da água. — Você está bem? — ela perguntou e Sonny assentiu, ainda tremendo enquanto seus braços se envolviam em volta de si para se aquecer um pouco mais.
— Perfeita. — voz dela gaguejou um pouco, mas Sonny deu um pequeno sorriso, silenciosamente tentando dizer que estava tudo bem. Ela estava apenas chocada.
— Atta garota! — Johnny, que não tinha se movido do lado do jarro, entrou na conversa, com um grande sorriso no rosto.
Daniel se virou para encarar o homem do outro lado do oceano, balançando a cabeça. — Johnny!
•••
No dia seguinte, na escola, Robby se preocupou com Tory - aparentemente ela nunca foi à escola e Miguel e Sam gentilmente perguntaram a Sonny se ela poderia praticar em outro lugar em vez de com o Sr. LaRusso - eles não queriam que ela e Sam percebessem os movimentos uma da outra.
Isso foi meio ruim para Sonny. Robby conseguiu praticar com Tory e Miguel conseguiu praticar com Sam. Hawk estava ocupado, Chris estava trabalhando, e ela não estava falando com Demetri, então Sonny ficou presa praticando seu kata e karatê em geral na sala de estar enquanto Jess e Brandon estavam sentados no sofá, seus olhos indo e voltando entre Sonny e seu filme.
Brandon tinha esquecido completamente do filme que ele e Jess estavam assistindo e olhou de soco para a garota mais nova socando o ar. — Você está realmente comprometida com isso. — ele murmurou, olhando para Sonny com olhos arregalados e nervosos.
Jess desviou o olhar do filme, pausando a TV enquanto se recostava no sofá para assistir à irmã mais nova. — Você já tem o MIT, por que quer tanto isso? — Jess perguntou. Ela entendia que Sonny gosta de caratê, mas não entendia por que queria tanto ser capitã.
Sonny parou de socar o ar e se virou para encarar os dois. Ela passou as costas da mão na testa e suspirou. — Para mim... Eu acho. — Sonny suspirou.
Ela viu as sobrancelhas de Jess e Brandon franzirem e Sonny bufou, caminhando em direção ao sofá para sentar-se ao lado da irmã.
— Eu não tive uma chance justa. — Sonny disse enquanto se jogava ao lado da irmã. Sua cabeça caiu no encosto do sofá para olhar para o teto. — Meu primeiro All Valley, um garoto deslocou meu joelho antes que eu pudesse lutar pelas semifinais. E ano passado, Cobra Kai trapaceou. — Sonny explicou antes que sua cabeça se virasse para que ela pudesse ver Jess e Brandon.
— Eu quero realmente ver do que sou feita sem que alguma coisa maluca aconteça e me impeça. — Sonny murmurou, encolhendo os ombros timidamente.
Ficou em silêncio por alguns segundos, tanto Jess quanto Brandon assentindo para silenciosamente dizer a Sonny que a entendiam. Então, para acalmar os nervos de sua irmã, Jess falou.
— Isso é brega.
— Cale a boca. — Sonny fechou os olhos, abaixando a cabeça enquanto ria, enquanto Brandon segurava a própria risada, batendo gentilmente no braço de Jess
Quando sua risada diminuiu, Sonny sentiu um peso sendo tirado de seus ombros e não se sentiu tão nervosa quanto estava há alguns minutos.
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