˖࣪ ❛ OS SETES PRIMEIROS
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— BOM DIA! Pelo menos por enquanto. Reúnam-se. Estão todos aqui? — Sensei Barnes gritou de cima de uma mesa de piquenique, fazendo com que todos os alunos, mais Johnny e Daniel, se virassem para ele. Daniel olhou para todos os alunos antes de se virar para Barnes, balançando a cabeça como confirmação. — Sim. São todos.

— Bom. Ontem à noite, revisei minhas anotações. Garanti que os cinco restantes tivessem uma chance justa. — ele disse, olhando para Johnny em sua última frase. Ele olhou de volta para os alunos e juntou as mãos na frente dele. — Decidi que está muito perto para decidir. Então... Vocês todos terão outra oportunidade de provar a si mesmos.

— Duas bandeiras aguardam na floresta. Quem as trouxer de volta vence. — Barnes explicou, apontando para o caminho atrás dele que atravessava a floresta.

O rosto de Eli se contraiu. — Espere. É isso? — ele perguntou e Demetri ao lado dele tinha o mesmo olhar confuso. — E se dois de nós encontrarmos uma bandeira ao mesmo tempo? — ele perguntou e Barnes olhou lentamente para Demetri. — Você luta por ela.

— Tem árbitros aí? — perguntou Daniel do outro lado da multidão.

— Não, eles estão por conta própria. — Barnes disse e Daniel balançou a cabeça. — Mas como..?

— Não tem como ser mais objetivo. Nem Barnes está julgando isso. — Johnny interrompeu.

— Vencer é tudo, pura e simplesmente. Tirem alguns minutos, alonguem-se. Usem o banheiro. Liguem para suas mães. Quando voltarem, é hora de ir. — Barnes disse e os alunos começaram a se dispersar lentamente.

Miguel olhou para todos indo embora e seus olhos caíram sobre Sonny permanecendo em seu lugar, suas mãos cruzadas sobre o peito para mantê-las aquecidas enquanto ela chutava a terra sob seus pés. Miguel mordeu o lábio nervosamente antes de caminhar lentamente em sua direção.

— Como vai? — Miguel perguntou, fazendo Sonny sair de seus pensamentos e olhar para Miguel com as sobrancelhas levantadas.

Miguel não tão sutilmente se virou para olhar para Demetri do outro lado da floresta. As sobrancelhas de Sonny franziram e seus olhos seguiram os de Miguel. Quando ela viu que ele estava olhando para Demetri, ela suspirou e se virou para Miguel.

— Você ouviu? — Sonny perguntou e Miguel deu um sorriso torto, encolhendo os ombros.

— Acho que o time todo fez isso. — ele riu nervosamente, coçando a parte de trás da cabeça. Sonny suspirou com as palavras de Miguel, andando até a mesa do parque mais próxima e se jogando em um assento. Miguel franziu a testa para a garota, dando passos lentos em sua direção.

— Sinto muito, Sonny. O que Demetri disse não foi legal. — Miguel disse enquanto se sentava ao lado de Sonny. Ele observou enquanto ela olhava para as mãos com uma carranca, puxando os dedos.

— Você não acredita nele, certo? — Sonny perguntou baixinho, preocupado que se ela falasse mais alto, ela poderia azarar alguma coisa. Sua voz estava trêmula, pegando Miguel desprevenido. Ele rapidamente balançou a cabeça e se aproximou um pouco mais de Sonny para que ela tivesse que olhar para ele.

— Não! Não, claro que não. — Miguel disse e Sonny conteve uma risada cansada. Seus olhos se fecharam e ela balançou a cabeça.

— Ainda não tive notícias do MIT. — ela murmurou, pressionando a ponta do dedo no canto interno do olho para que as lágrimas não escorressem pelo rosto e estragassem a maquiagem. As sobrancelhas de Miguel franziram e ele continuou a balançar a cabeça.

— E tudo bem. Ainda não ouvi nada de Stanford e nós dois sabemos que Demetri estaria contando o mundo inteiro se já tivesse uma resposta do MIT. — Miguel disse, esperando fazer Sonny rir da segunda parte de suas palavras.

O plano dele funcionou, Sonny riu da ideia de Demetri correndo pelo dojo, mostrando a todos sua carta de aceitação.

Sonny de repente sentiu alguém parado do outro lado dela. Ela levantou a cabeça e seus olhos se arregalaram para Hawk se movendo para sentar ao lado dela, sua mandíbula cerrada e um olhar distante em seus olhos. A conversa anterior de Sonny e Miguel mudou quase instantaneamente, ambos observando Hawk atentamente.

— O que houve com você? — Sonny perguntou e Hawk bufou.

— Eu contei para Demetri. — ele murmurou. Sonny se endireitou e seus olhos se arregalaram enquanto as sobrancelhas de Miguel franziam, sem saber do que Hawk estava falando.

— Meu Deus. Como ele reagiu? — Sonny perguntou, apenas confundindo Miguel ainda mais. Antes que Hawk pudesse responder à pergunta de Sonny, Miguel se intrometeu. — Contou o quê para Demetri?

Sonny e Hawk se viraram para Miguel e Hawk suspirou, desviando o olhar dele e de Sonny com culpa. — Eu não me inscrevi no MIT. — ele admitiu.

Os olhos de Miguel se arregalaram e seu maxilar caiu. Seus olhos se moveram para Sonny, perguntando silenciosamente se era verdade e quando Sonny assentiu, Miguel se virou para Hawk. — Por que você não se candidatou?

Antes que Hawk pudesse responder, Barnes gritou para os quatro alunos que competiam pelas duas últimas vagas aparecerem. Hawk observou enquanto todos começaram a se aglomerar ao redor e suspirou. Ele se virou para Sonny e deu a ela um sorriso cansado. — Preencha-o para mim?

Sonny assentiu e deu um pequeno sorriso para Eli. — Boa sorte. — ela sussurrou e Eli lhe deu um sorriso nervoso. Ele respirou fundo para controlar seus nervos antes de se levantar e caminhar em direção ao resto dos alunos para começar a corrida.

• • •

Depois que Eli, Demetri, Devon e Kenny correram para a floresta em busca das bandeiras, Sonny contou a Miguel que Hawk não havia se candidatado ao MIT, como ela havia dito que faria.

Ela estava mandando mensagem para Moon agora, contando como estava entediada e com frio quando Robby gritou de repente.

— Puta merda. Kenny venceu!

Todos se viraram aos gritos de Robby, observando Kenny correr pelo caminho, com a mão segurando o estômago. Sonny observou o garoto com as sobrancelhas franzidas enquanto ele ignorava todos que o aplaudiam e ia direto para o banheiro químico.

Ele começou a bater na porta, gritando para Bert deixá-lo entrar. O queixo de Sonny caiu ao ver aquilo, pois não queria ficar atenta e não conseguia desviar o olhar.

— Ah, merda. — ela murmurou baixinho enquanto Kenny continuava implorando para que a porta se abrisse.

Johnny riu a alguns metros de Sonny, ele e Daniel caminhando lentamente até ela e Miguel. — Oh, merda mesmo. — Johnny riu.

— Não acho que ele vá conseguir... — Daniel murmurou enquanto Kenny batia na porta.

— Abra! Por favor! Eu tenho que ir, por favor!

Sonny engasgou e desviou o olhar quando Kenny se cagou. Todos ao redor dela se encolheram, engasgaram. Ela olhou para o chão, querendo dar um pouco de privacidade a Kenny.

Johnny continuou a rir ao lado dela, Daniel e Miguel. — Alguém acabou de ganhar a faixa marrom. — ele sussurrou e Sonny fechou os olhos e respirou fundo para não rir acidentalmente das palavras do Sensei.

Ela olhou para cima para silenciar o homem, mas seus olhos caíram em Devon correndo em direção a eles logo atrás de Johnny. Os olhos de Sonny se arregalaram e um grande sorriso cresceu em seu rosto. — Ei, pessoal! É Devon! Ela venceu! — Sonny comemorou.

Todos correram em direção à garota para parabenizá-la. Devon observou todos correndo em sua direção com os olhos arregalados e quando Sonny veio abraçá-la, as sobrancelhas de Devon franziram. — Onde está Kenny? — ela perguntou.

Sonny abriu e fechou a boca, olhando para o banheiro químico antes de se virar para Devon. Ela deu um pequeno sorriso para a menina mais nova e balançou a cabeça. — Vamos... Focar em você agora. — Sonny sussurrou e Devon assentiu, finalmente sorrindo e aceitando o abraço de Sonny.

Enquanto Sonny e Devon se abraçavam, Sam saltava na ponta dos pés, animada, esperando que elas se afastassem para que ela pudesse abraçar Devon.

Enquanto esperava, Sam viu Demetri descendo o caminho, a cabeça baixa e as mãos enfiadas nos bolsos. Sua excitação foi se dissipando lentamente enquanto ela observava o garoto se aproximar cada vez mais. — Demetri...

Sonny e Devon se afastaram do abraço com as palavras de Sam e todos se viraram para assistir o garoto caminhar lentamente em direção a eles. Com base em seu comportamento, Sonny poderia ter adivinhado que ele não recebeu a bandeira. Mas se esse fosse o caso, onde estava Eli?

Demetri não disse uma única palavra até estar de pé na frente de seu time. Ele levantou a cabeça, finalmente olhando para o grupo antes de tirar a mão do bolso e levantar a bandeira no ar.

Todos aplaudiram o garoto e Sonny sorriu, não correndo até Demetri como todos os outros fizeram. Ela sentiu algo puxando seu estômago. Ela queria correr até Demetri tanto. Ela queria puxá-lo para um abraço e dizer o quão orgulhosa ela estava dele.

Mas ela não podia mais fazer isso. O maxilar de Sonny se apertou ao ver todos os outros terem a chance de parabenizar Demetri enquanto ela ficava para trás.

Barnes andou até os alunos, batendo palmas lentamente para chamar a atenção de todos. — Eu lhes apresento o Team Sekai Takai do Miyagi-Do. — ele anunciou e todos os alunos rapidamente se alinharam, esperando que ele começasse a chamar todos.

— Miguel. Sonny. Sam. Robby. Tory. E agora, Devon. E Demetri. — Barnes disse, cada aluno se aproximando e recebendo seus próprios aplausos quando seu nome era chamado.

Sonny sorriu com os aplausos para ela e os outros seis. Sam agarrou a mão dela ao lado e deu um aperto forte.

Quando os alunos começaram a se dispersar. Sonny notou Hawk emergir da floresta e caminhar em direção a todos. Sonny franziu a testa para o fato de que ele não olhava para cima e ela caminhou lentamente em direção a ele.

— Ei... — ela murmurou e quando Hawk olhou para Sonny, ela pôde ver as lágrimas em seus olhos. Ela pôde vê-las por muito tempo antes de Hawk olhar de volta para o chão e continuar andando, ainda se certificando de manter o ritmo de Sonny para andar com ela.

— Eu, por exemplo, acho estúpido você não ter sido colocado. — Sonny disse e Hawk não disse nada, apenas continuou a andar até sua bolsa. — Você é um dos melhores lutadores que esse time tem. — ela continuou, mesmo sabendo que Hawk não responderia.

Quando chegaram à mesa do parque onde estava a bolsa de Hawks, Sonny suspirou. — Que tal irmos para minha casa e assistir um pouco de Harry Potter? — Sonny perguntou e Hawk congelou. Ele olhou para a mesa à sua frente por um segundo antes de se virar para Sonny.

Ele tentou o máximo sorrir e o mais perto que conseguiu foi os cantos dos lábios se inclinando levemente para cima. Quando ele assentiu, Sonny sorriu. Ela soltou um pequeno grito de alegria quando Hawk jogou a mochila por cima do ombro.

Ela pegou sua mochila e fez o mesmo e, quando começaram a andar, Sonny colocou o braço em volta dos ombros de Hawk.

A caminhada foi tranquila até que Hawk engoliu o nó na garganta quando viu o carro de Sonny começar a aparecer à distância.

— Obrigado. — foi tudo o que ele disse. Sonny sorriu, destrancando o carro dela com o clicker no chaveiro enquanto ela dava de ombros. — Para que servem os amigos?