˖࣪ ❛ FESTA DO PIJAMA
— 48 —

O KARATÊ HOJE foi bem fácil. Johnny estava no comando e decidiu chamar apenas duas pessoas por vez para treinar. Depois que Sonny treinou com Robby, Johnny chamou Sam e Tory.

Sonny pulou do deck de sparring e ficou ao lado de Johnny para assistir à luta das garotas. Ela franziu a testa enquanto Sam e Tory trocavam socos fracos e basicamente apenas circulavam uma a outra.

— Isso é difícil de assistir... — Sonny murmurou, cruzando os braços sobre o peito. Ela se virou e se afastou da luta em direção a Devon, Miguel e Robby, que também estavam observando as meninas.

— Suas namoradas estão quebradas. — Devon disse e Sonny assentiu em concordância, seus olhos não deixando Sam e Tory. — O que vocês dois fizeram com elas? — Sonny sussurrou, finalmente se virando para encarar Miguel e Robby.

— Nós não fizemos nada. Elas são apenas amigas agora. — Robby disse. Sonny olhou de volta para a luta e imediatamente balançou a cabeça. — Eu realmente não consigo olhar para isso. — ela murmurou, virando-se e indo em direção a Hawk, Chris, Nate e Kenny.

— Tudo bem, amanhã é o grande dia, rapazes. Finalmente vou descobrir qual país vai sediar o Sekai Takai. — Hawk disse enquanto Sonny se juntava ao círculo. Ele sorriu para Sonny, dando um passo para o lado para dar a ela algum espaço para ficar ao lado dele.

— Eu sempre quis ir ao Japão. — Sonny suspirou, com um pequeno sorriso no rosto enquanto todos no grupo concordavam animadamente com seu palpite, pensando que seria incrível ir para lá.

— Alemanha seria legal. Meu pai vai ficar lá no mês que vem. — Kenny disse e Hawk sorriu. — Doente. — ele suspirou quando Chris bateu no braço de Sonny, chamando sua atenção.

— Aposto em Taiwan. Vou pegar meu Din Tai Fung. — Chris disse, fazendo uma dancinha de alegria que fez Nate e Sonny apertarem os olhos para Chris.

— Tem um Din Tai Fung em Glendale. — Nate disse e os olhos de Chris se arregalaram.

— Glendale? — ele perguntou, Nate e Sonny assentindo. Chris olhou para o chão, tentando pensar onde o Din Tai Fung está quando Johnny gritou do outro lado do quintal.

— Lee! Ligue para seu pai! Diga a ele que você vai receber pessoas hoje à noite! — Johnny gritou antes de olhar para Sonny.

— Sunshine!

Sonny fez uma careta, balançando a cabeça enquanto olhava para Hawk, que começou a rir. — Oh, odeio o novo apelido. — ela murmurou, virando-se para Johnny.

— Façam as malas! Vocês, meninas, vão dormir na casa delas. — Johnny disse e Sonny olhou para Devon para encontrar a garota já olhando para ela, com um grande sorriso no rosto. Devon soltou um grito animado, correndo em direção a Sonny e puxando-a para um abraço.

•••

Depois do karatê, Sonny foi para casa e arrumou uma mala para a festa do pijama. Uma hora antes de ela estar na casa de Devon, Sam ligou para ela, perguntando se ela poderia ir até a casa dela para ajudá-la a fazer as malas.

Assim que Sonny terminou de ajudar Sam, as duas garotas foram de uber para casa e chegaram lá ao mesmo tempo que Tory. Enquanto caminhavam uma em direção à outra e pela entrada da garagem, Tory mostrou seu equipamento de karatê que ela empacotou.

— Alguém sabe se Devon tem um dojo em casa? — ela perguntou, fazendo Sonny e Sam rirem.

— Não faço ideia. Mas estou usando sapatos impermeáveis, caso Johnny nos jogue em um riacho ou areia movediça. — Sam disse e Tory ergueu as sobrancelhas, um pequeno sorriso crescendo em seu rosto. — Isso não é um pouco exagerado? — ela perguntou.

Sonny riu, fazendo com que Sam e Tory se virassem para ela. — Sensei Lawrence uma vez soltou cães raivosos em Cobra Kai. Aquele homem não se importa com a lei. — Sonny disse, fazendo-as rir enquanto tocava a campainha de Devon.

Em segundos, a porta se abriu para uma Devon muito sorridente. — Você conseguiu! Estamos no porão. — ela disse, agarrando a mão de Sonny e puxando-a para onde Sonny supôs ser o porão. Sonny olhou de volta para Tory e Sam com um olhar confuso.

— Nós? — Sonny perguntou sem emitir som para as meninas, e ambas apenas deram de ombros.

Quando chegaram ao porão, as três meninas mais velhas pararam na escada quando viram Johnny, com as mãos erguidas para mostrar o cômodo. — Bem-vindas ao Miyagi-Do After Dark. — ele gritou e Sam franziu a testa, segurando sua bolsa um pouco mais forte.

— Não o chame assim. — ela disse e Johnny franziu a testa, franzindo os lábios enquanto pensava em um novo nome.

— Noites de Miyagi-Do?

Sonny imediatamente balançou a cabeça. — Não.

— Noite Escura? — Johnny perguntou enquanto Tory olhava ao redor do porão, notando rapidamente a comida, os jogos e os sacos de dormir. Ela se virou para Johnny e apertou os olhos. — Espera. Isso é uma festa do pijama?

Sonny franziu os lábios, inclinando-se um pouco mais para perto de Tory. — Bem, nós tivemos que fazer as malas para passar a noite. — ela murmurou e Johnny assentiu.

Devon correu, segurando uma cesta cheia de esmaltes diferentes. — Eu nunca tive uma festa do pijama antes. Eu não sabia de que cor de esmalte vocês gostam, então... Eu simplesmente peguei todos. — Devon disse, pulando de excitação.

— Já que vocês duas são amigas agora, podemos ter uma noite de garotas. — Johnny disse e Sonny levantou as sobrancelhas, segurando o riso. — Com você? — ela perguntou, uma pequena risada saindo no final.

Johnny sorriu, jogando os braços para o lado. — Eu sou pai de menina! Eu trouxe biscoitos, absorventes e tudo mais.

Sonny se encolheu, desviando o olhar do homem, mas ele não percebeu e, em vez disso, fez sinal para as meninas entrarem completamente no quarto. — Vamos. Peguem um saco de dormir. Mas o do Sr. T é meu. — ele disse, apontando um dedo de advertência para as meninas para que elas não pegassem seu saco de dormir.

Sonny suspirou e se virou para encarar Sam e Tory ao lado dela. — Acho que é melhor não fazermos perguntas. — ela sussurrou, descendo o resto das escadas e indo em direção à pilha de sacos de dormir para escolher.

•••

Depois de usar as máscaras faciais e fazer algumas guerras de travesseiros - que Sonny ganhou com toda a prática que teve com suas festas do pijama com Demetri e Eli - Devon pegou um tabuleiro Ouija e eles começaram a fazer perguntas, sua única regra era não fazer perguntas sobre o Sekai Takai.

Devon foi a primeira a fazer uma pergunta. Ela estava praticamente tremendo de excitação. Seus olhos estavam fechados enquanto ela tentava pensar em uma pergunta, as mãos de todos já estavam na peça, prontas para ela se mover. — Alguém nesta sala perderá um amigo no próximo mês?

Sonny olhou de lado para a garota mais nova ao lado dela, sem esperar que Devon perguntasse isso. — Isso foi sombrio, Dev... — ela murmurou. Devon se virou para ela e deu de ombros quando a peça começou a se mover.

Sim.

Sonny mordeu o lábio nervosamente com a peça, não gostando da resposta. Johnny sibilou baixinho, balançando a cabeça levemente. — Eh, uma droga para vocês. — ele resmungou antes de olhar ao redor da mesa. — Alguém quer ir?

— Eu vou. — Tory disse e Johnny assentiu. Todos olharam para a peça, esperando pela pergunta de Tory.

— Será que Mitch vai ganhar o All Valley? — Tory perguntou e Johnny se virou para a garota do outro lado da mesa com o rosto franzido. — Quem diabos é Mitch? — ele perguntou, fazendo todas as quatro garotas olharem para ele.

— Hálito de pênis. — Sonny disse em um tom óbvio e os olhos de Johnny se arregalaram. Ele empurrou a peça para "não", balançando a cabeça loucamente. — Não.

— Ok, ok. Minha vez. — ele disse assim que moveram a peça de volta para o centro.

— Tory quer que Sam caia de um lance de escadas e quebre todos os ossos do seu corpinho? — perguntou Johnny.

Os olhos de Sonny se arregalaram quando ela olhou para Tory ao seu lado. — O quê? — ela sussurrou baixinho enquanto Tory olhava para Johnny com uma expressão confusa. Johnny se virou para ela, dando de ombros inocentemente.

— Bem, vamos ver o que diz. — ele murmurou. Johnny tentou empurrar a peça para "sim", mas todas as garotas resistiram. Johnny xingou baixinho e usou sua segunda mão para empurrar a peça. Ele soltou uma careta falsa quando a peça pousou em "sim" e ele olhou para Sam, balançando a cabeça.

— Aí está. Isso é feio. — ele disse, ignorando os olhares de todas. Em vez disso, ele deu um grande sorriso. — Alguém quer ir? Não? Tudo bem, vou perguntar a outro.

Sonny olhou para Johnny enquanto ele olhava para frente e para trás entre Sam e Tory, ela não sabia o que ele estava fazendo, mas não gostou. — Se Sam pudesse descrever Tory em uma palavra, qual seria? — Johnny perguntou e imediatamente começou a mover a peça.

V... A... D...

Antes que a palavra pudesse terminar, todas as meninas largaram o pedaço e Tory e Sam zombaram do homem e se afastaram da mesa.

Johnny as observou ir embora com o queixo caído, as mãos estendidas ao lado do corpo defensivamente. — O quê? Poderia ter dito vadia! — ele gritou atrás delas.

Sonny olhou de soslaio para Johnny. Ela colocou os cotovelos na mesa e se inclinou em direção a ele. — O que você está fazendo? — ela perguntou e Johnny defensivamente levantou os ombros e balançou a cabeça. — Nada!

•••

Depois do incidente do tabuleiro Ouija, a pizza que todas pediram chegou. As meninas comeram, ignorando Johnny completamente e depois do jantar, Sam, Tory e Sonny estavam esparramados no sofá de Devon, Sonny descansando a cabeça no ombro de Sam enquanto mandava mensagens de texto para Moon atualizando como estava indo a festa do pijama.

De repente, o telefone de Sam começou a tocar e Sonny e Tory olharam para ver quem havia ligado para ela.

Os olhos de Sonny se arregalaram quando ela viu o nome de contato de Robby. Ela se reajustou em seu lugar, não mais se apoiando em Sam e, em vez disso, sentando-se ereta enquanto Tory olhava para Sam. — Por que Robby está ligando para você? — ela perguntou e Sam rapidamente deu de ombros.

— Não sei. Provavelmente só uma ligação qualquer. — Sam gaguejou, recusando a ligação imediatamente. Segundos depois, o telefone de Tory apita, mas como Sonny não estava sentado ao lado dela, ela não tirou os olhos do próprio telefone.

Mas Sam fez. Ela viu o olhar confuso no rosto de Tory e a curiosidade tomou conta dela. — O que é? — ela perguntou, intrigando Sonny.

— É uma mensagem de Miguel. — Tory murmurou e Sonny se inclinou um pouco mais perto de Sam para que ela também ficasse mais perto de Tory. — O que diz? — Sonny perguntou e Tory aproximou o telefone do rosto, quase como se estivesse lendo errado.

Miguel: Olá, Mamacita. Que tal você largar o zero e ficar com o herói?

Sonny não sabia o porquê, mas a vozinha em sua cabeça gritava para ela olhar para Johnny. Ela se virou e o viu segurando um telefone que não era dele. Assim que Johnny percebeu que Sonny estava olhando, ele escondeu o telefone atrás das costas e desviou o olhar dela.

Sonny se virou para Sam e Tory. — Ele está agindo estranho a noite toda, certo? — ela sussurrou, não querendo que ele ou Devon ouvissem. Sam e Tory olharam para Johnny antes de se virarem para Sonny. — Totalmente. — Tory respondeu enquanto Sam assentia.

Sem mais uma palavra, as três se levantaram e caminharam em direção a Johnny e Devon. Assim que viu as garotas vindo em sua direção, ele sorriu. — Ei, ei! O que está acontecendo?

— O que tem nas suas costas? — Tory perguntou. As sobrancelhas de Johnny franziram e ele balançou a cabeça. — Nada. Só minhas mãos. — ele disse e Sonny revirou os olhos. Sam pegou o telefone e começou a ligar para Miguel. Depois de alguns segundos, um toque pôde ser ouvido atrás de Johnny.

O homem soltou uma risada nervosa, inclinando-se para Devon, mas mantendo os olhos nas três garotas na frente dele. — Lee, seu telefone está tocando.

Então, Tory pegou o telefone e começou a ligar para Robby. Johnny forçou um sorriso no rosto. — Nossa, várias linhas. Eu não sabia que você era uma borboleta social.

Sam e Tory desligaram suas ligações e olharam feio para Johnny. — Você está nos enganando. — Tory estalou e ele apenas olhou para ela. — Eu não sei o que é isso, mas peixe-gato é nojento.

— Vocês ficaram brincando com a gente a noite toda. Agora vocês estão tentando nos fazer começar a brigar. — Sam disse e Devon franziu a testa, dando um passo para mais perto das garotas. — Nós só queríamos ajudar vocês a recuperarem sua vantagem para que as coisas possam voltar a ser como costumavam ser. É algo com vocês duas especificamente porque Tory e Sonny treinam muito bem. — Devon disse, gesticulando para Tory e Sam.

Tory levantou as sobrancelhas sarcasticamente e apontou para Sam ao lado dela. — Você acha que as coisas eram melhores quando nos odiávamos profundamente? — ela perguntou.

— Não. Talvez um pouco mais ao sul, como uma antipatia muito forte. — Johnny disse, fazendo Sam revirar os olhos e cruzar os braços.

— Achei que você fosse Miyagi-Do agora. — Sam murmurou desapontada e as sobrancelhas e ombros de Johnny se ergueram em defesa. — Eu sou Miyagi-Do! Olha, estamos lá dentro com travesseiros, chocolates e ar condicionado. — ele gritou, apontando para tudo que ele trouxe à tona.

Sam apenas balançou a cabeça, voltando-se para o telefone. — Vou chamar um Uber. — ela murmurou e Tory assentiu.

— Também.

Sonny observou Devon franzir a testa, ela começou a andar em direção a Tory e Sam, esperando pará-las, mas elas se viraram e saíram do porão dela. — Esperem, pessoal!

Assim que saíram de casa, Johnny gemeu. — Não acredito que não funcionou. — ele xingou baixinho. Sonny o observou com uma pequena carranca antes de dar um passo em direção a ele e Devon.

— Olha, eu entendo que queiram recuperar a vantagem, mas há maneiras diferentes de fazer isso. — Sonny disse, fazendo Johnny olhar do chão para ela.

— Isso... — Sonny disse, gesticulando para todo o porão. — Poderia ter terminado muito mal. Não podemos perder ninguém antes do Sekai Takai e não deveríamos deixá-los lutar se eles estão bem agora. — Sonny disse e depois de alguns segundos, Johnny suspirou.

Ele olhou para Devon e balançou a cabeça tristemente. — Sunshine está certa. Vamos nos desculpar. — ele murmurou. Sonny sorriu, orgulhosa de que ela realmente conseguiu dar um jeito de Johnny entender.

Os três saíram do porão e foram em direção à porta da frente. Assim que Johnny abriu a porta, os três congelaram, observando Sam e Tory discutindo na calçada.

— Você me atacou na escola!

— Você me atacou no baile!

— Está acontecendo. — Johnny murmurou animadamente, mas Sonny o ignorou, olhando para Sam e Tory.

— Eu tentei consertar as coisas e você me atacou de novo! — Tory gritou e Johnny se inclinou para mais perto de Devon e Sonny. — Lá vamos nós... — ele cantou e Sonny deu uma cotovelada nele, fazendo-o gemer.

— A primeira vez que nos conhecemos, você me acusou de roubar a carteira da sua mãe. E mesmo depois de saber que não era eu, você nunca se desculpou. Eu já era a garota nova sem amigos e então, assim que eu me conectava com alguém, você tinha que entrar e estragar isso. — Tory gritou e quase instantaneamente Sam caiu.

— Você está certa. Sinto muito. — Sam admitiu, sua voz embargada. Johnny gemeu e revirou os olhos, deixando a cabeça cair em uma das mãos. — Ah, vamos lá!

Sonny não conseguiu ouvir Sam e Tory depois disso, pois elas estavam falando muito baixo, mas quando elas se abraçaram, Sonny sorriu.

Mas Johnny praticamente estremeceu, balançando a cabeça freneticamente. — Não! Essa noite poderia ficar pior? — ele sussurrou e Sonny revirou os olhos, olhando para Johnny e sorrindo. — Ah, vamos lá. Tenha um coração. Isso foi fofo.

•••

— Então aquela festa do pijama foi um desastre? — Demetri perguntou no dia seguinte no karatê. Sonny tinha acabado de lhe dar um resumo completo da noite enquanto eles se esticavam. Ele notou o cansaço nas palavras dela e as bolsas sob seus olhos e interpretou isso como se tivesse terminado mal.

Mas Sonny não achava que a festa do pijama não poderia ter sido melhor. Na verdade, o motivo pelo qual ela estava tão cansada era porque as quatro ficaram acordadas a noite toda fofocando e assistindo filmes, o que realmente irritou o Sensei.

Sonny olhou além de Demetri e para Sam e Tory. Eles estavam realmente lutando no convés de sparring. Sonny sorriu e olhou de volta para Demetri. — Não foi um desastre total.

— Ei, pessoal. Reúnam-se! O anúncio acabou de sair. — Hawk gritou, correndo em direção ao deck de sparring. Quando todos começaram a se aglomerar em volta de Hawk, que estava segurando um iPad com um vídeo dos patrocinadores do Sekai Takai, Hawk olhou para sua equipe com um sorriso animado. — Tudo bem. Quem está pronto para descobrir para onde estamos indo para o Sekai Taikai?

— Parabéns pela sua admissão no Sekai Takai. Estamos animados em finalmente anunciar o anfitrião da competição deste ano. As artes marciais sempre tiveram uma história rica no Oriente. E o Sekai Taki realizou muitos torneios por toda a Ásia.

Chris comemorou para si mesmo, envolvendo cada um dos braços em volta dos irmãos Red. — Bolinhos de sopa, baby. — ele cantou e Sonny balançou a cabeça, olhando para o menino. — Tem que ser o Japão.

— Mas nos últimos anos, as equipes europeias abalaram o cenário competitivo, trazendo um estilo totalmente novo ao evento.

— Estou sentindo a Alemanha. — Sonny ouviu Kenny murmurar, mas seus olhos permaneceram grudados no vídeo. Ela tinha a mão segurando o antebraço de Demetri para se segurar e não pular de excitação.

— Dentro dessa região, há uma nação que continua a se destacar entre os demais por seu crescimento e domínio em competições júnior e sênior. É um grande prazer anunciar que o Sekai Taikai deste ano será realizado em Barcelona, ​​Espanha.

O time inteiro aplaudiu e Sonny soltou um pequeno grito, puxando Demetri para um abraço. O garoto tinha um grande sorriso no rosto enquanto a abraçava de volta.

— Meu Deus! — ela gritou e quando se afastou do abraço, olhou para Eli, que tinha um grande sorriso no rosto. — Incrível!

— Enquanto você se prepara para sua jornada, também apresentaremos as regras de inscrição. Pretendemos testar a qualidade do seu dojo, não a quantidade, e cada dojo deve selecionar sete lutadores para competir.

Em segundos, os rostos de todos caíram. Sonny soltou Demetri e olhou ao redor para ver os rostos de todos, pensando que talvez ela tivesse ouvido mal o homem. — Espere, o quê? — ela sussurrou enquanto Miguel, que estava do outro lado dela, balançava a cabeça.

— Sete? — ele perguntou, fazendo Sonny olhar para ele. Os dois se viraram de volta para o iPad, com os rostos caídos.

— Esses sete lutadores participarão de eventos de equipe, com um garoto e uma garota servindo como capitães para entrar em competições individuais, que serão televisionadas para o mundo todo. Desejamos um bona sort caloroso a todos os competidores e estamos ansiosos para vê-los em Barcelona.

O vídeo terminou e, lentamente, Eli desligou o iPad e o colocou atrás de si. Sonny olhou para Demetri, os dois se encarando, mas absolutamente sem palavras.

— O que exatamente isso significa? — Robby perguntou e Miguel, atordoado, virou-se lentamente para ele.

— Isso significa que nem todos nós podemos ir.