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˖࣪ ❛ ALIADOS IMPROVÁVEIS
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SONNY, ELI M, DEMETRI, Sam, Miguel e Bert estavam todos no quintal de Miyagi-Do, contando a Demetri o que aconteceu na festa na noite anterior.
Dizer que Demetri ficou chocado era pouco. Ele olhou freneticamente para os cinco adolescentes. — E-espera. Ok, então o Sensei Silver pagou o árbitro no All Valley e incriminou Kreese por um crime que ele não cometeu? — Demetri perguntou, e quando todos concordaram, seus olhos de alguma forma se arregalaram ainda mais.
— Não acredito que perdi isso e Sonny perdendo sua virgindade alcoólica. — Demetri gemeu.
O rosto de Sonny se enrugou, uma pequena careta crescendo em seu rosto enquanto ela balançava a cabeça para Demetri. — Por favor, nunca mais diga isso.
Demetri ignorou as palavras de Sonny e se virou para ela e Eli com um olhar suplicante. — Nunca mais me deixe perder uma festa. — ele implorou.
— O que eles vão fazer? Vimos o que aconteceu com meu pai quando ele confrontou Silver. Não quero que ele se machuque de novo. — Sam disse, cruzando os braços nervosamente sobre o peito. Sonny suspirou, balançando a cabeça em derrota. — Se esse árbitro e Stingray estiverem na folha de pagamento de Silver, eles nunca admitirão nada.
— Não tenho tanta certeza sobre isso. — Bert deixou escapar, dando um passo adiante no círculo. Todos os olhos se voltaram para ele enquanto ele continuava. — Eu sei que ele está em Cobra Kai e eu estou em Eagle Fang, mas Stingray ainda é meu amigo. Ele não mentiria para mim. Pelo menos, espero que não.
As sobrancelhas de Sonny franziram. Mantendo os olhos em Bert, ela se inclinou para Hawk ao seu lado. — Por que um homem adulto é amigo dele? — ela sussurrou. Sonny podia ver Hawk dar de ombros pelo canto do olho enquanto Miguel sorria, uma ideia surgindo em sua cabeça.
— Você acha que consegue fazê-lo falar?
•••
Hawk, Sonny, Demetri, Sam, Miguel e Bert estavam todos na porta da frente de Stingray. Bert estava na porta enquanto todos os outros ficavam contra a parede para que Stingray não os visse ao verificar o olho mágico.
Cerca de um minuto depois que Bert bateu, a porta finalmente se abriu.
— Bert! E aí, cara? Quer jogar um pouco de D&D? — Stingray perguntou. Sonny e todos os outros não conseguiam ver Stingray de onde estavam escondidos, mas conseguiam ver todos que estavam na casa de Stingray saindo com raiva.
— Esses, uh... Oh, lá estão eles. Esses noobs estavam entrando na luz e saindo da noite. — Stingray riu, tentando parecer legal na frente de Bert. Sonny franziu as sobrancelhas e olhou para Hawk ao lado dela. — Por que ele estava em Cobra Kai? — Sonny sussurrou, já tendo sido expulsa do dojo quando Stingray entrou.
Hawk apenas deu de ombros, sem nunca saber realmente como Stingray se juntou a ambos. De repente, Sonny levou uma cotovelada na costela. Ela se virou para Sam ao lado dela, que assentiu com a cabeça como uma deixa, e lentamente, todos saíram de seus esconderijos para se revelarem.
O queixo de Stingray caiu para os adolescentes parados na frente dele. — Miyagi-Fangs? Oh, isso é uma armadilha. — Stingray gritou, finalmente percebendo por que os adolescentes estavam em seu apartamento. Os adolescentes se viraram para Stingray quando seus olhos caíram em Bert, um olhar traído tomando conta de seu rosto. — Você me fez de Almirante Ackbar. Et tu, Bert-tay?
Sam revirou os olhos. — Pare com isso. Sabemos que Kreese nunca te machucou. — ela retrucou. Stingray virou-se para Sam, com um grande sorriso no rosto enquanto balançava a cabeça. — De acordo com meu depoimento em um tribunal, ele fez. Então... Leia a transcrição.
— Você mentiu para o tribunal. E mentiu para o meu pai. Mas você não vai mentir para nós. — Sam avisou, dando ao homem um olhar mortal enquanto cruzava os braços. Ela começou a andar para dentro de casa, empurrando Stingray para fora do caminho. Stingray observou Sam entrar em sua casa com os olhos arregalados. Ele se virou para as crianças em sua porta com o queixo caído.
— Você vai deixá-la... — em vez de deixá-lo terminar a pergunta, Sonny começou a empurrar seu caminho para dentro de sua casa, o resto das crianças seguindo atrás dela. — Agora vocês todos estão entrando.
•••
O grupo provavelmente estava na casa de Stingray há cerca de uma hora, tentando arrancar alguma informação dele. Eles não tinham nada até agora. Bert, Demetri e Sonny estavam sentados na mesa de centro de Stingray, enquanto os outros alunos estavam atrás deles enquanto Stingray se sentava na frente deles.
— Ok, ok. Tudo bem. Vamos tentar mais uma vez, ok? — Demetri perguntou, e todos os adolescentes puderam dizer que, embora ele estivesse tentando o máximo para ficar calmo, ele estava ficando irritado com Stingray. — O que aconteceu naquela noite? Quem machucou você? — Demetri perguntou, sua voz cheia de sinceridade e uma pitada de aborrecimento.
Stingray ignorou a pergunta de Demetri, virando-se para olhar para Bert ao lado de Demetri. — Ei, Bert, como está se sentindo? — Stingray perguntou ao garoto mais novo, sua voz baixa e trêmula. Sonny apertou os olhos para a tentativa de Stingray de fazer Bert se sentir culpado. Hawk cerrou o maxilar e se inclinou para frente.
— Ei! Não fale com ele. Nem olhe para ele. — Hawk ameaçou, apontando para Bert por cima de Sonny.
Stingray ignorou as ameaças de Hawk, seus olhos começaram a lacrimejar. Demetri decidiu intervir, querendo experimentar o cenário de policial bom/policial mau.
— Olhe para mim. — Demetri disse calmamente e com uma voz encorajadora. Stingray ignorou as tentativas de Demetri também. — Esfaquear um homem adulto nas costas entre as omoplatas e olhar para o sangue escorrendo pelas costas? — Stingray perguntou. Bert lutou para não olhar para Stingray, começando a deslizar para baixo do assento com culpa.
— Deus, chega! — Hawk gritou, batendo as mãos na mesa de cada lado de Sonny, já que ele estava parado atrás dela. Os olhos de Stingray se voltaram para Hawk, que ainda tinha as mãos de cada lado de Sonny, inclinando-se sobre ela para parecer intimidador. — Chega de jogos.
Stingray engoliu em seco. Ele olhou para seu jogo enquanto Sam começava a falar. — Meu pai passou por muita dor por sua causa e Silver. Agora, muitas outras pessoas também passarão se você simplesmente ficar sentado e não fizer nada.
Stingray balançou a cabeça, desapontado consigo mesmo. — Mas se eu contar o que realmente aconteceu, você sabe, ele-ele vai descobrir. Eu não posso. Não é tão fácil, pessoal. — enquanto os rostos de todos caíam, o de Stingray começou a se iluminar; uma ideia surgiu em sua cabeça. — Na verdade, eu tenho trabalhado nessa nova campanha de D&D...
Miguel revirou os olhos do fundo do grupo. Ele balançou a cabeça e olhou para Sam ao seu lado. — Acho que não temos tempo para isso. — ele murmurou.
Os olhos de Sonny se arregalaram quando ela começou a entender o que Stingray estava insinuando. Ela se inclinou para a frente contra a mesa e olhou para o homem. — Espere um minuto. O que acontece na campanha, Stingray?
Stingray olhou para Sonny com os olhos arregalados, feliz por ter percebido. Ele olhou de volta para o tabuleiro e Demetri sorriu.
— Você é um gênio. — Demetri sussurrou, virando-se para Sonny ao lado dele. Sonny deu de ombros de forma brincalhona e indiferente enquanto os dois apertavam as mãos.
— Ok, então, era uma vez um monge anão. — Stingray colocou uma peça de personagem no tabuleiro. — E ele era um membro da guilda mais foda de toda a terra. Uh, ele foi banido por um tempo. Você sabe, uma típica porcaria de PC. — todos concordaram, observando enquanto ele representava o que estava dizendo durante o jogo.
— Mas, hum, uma vez que ele pagou sua penitência, ele retornou. Só então, a guilda estava sob nova liderança. E o monge foi impedido de retornar à guilda. E sem cerimônia, devo acrescentar.
— O que o monge fez? — Demetri perguntou. Stingray olhou para Demetri e lhe deu um sorriso agradecido antes de voltar ao seu jogo. — O monge, ele fez um pacto com um rei de cabelos prateados que usurparia o líder. — Stingray colocou outra peça no tabuleiro. — E foi bem cedo numa manhã, antes que qualquer um dos guerreiros tivesse chegado, que o rei derrubou o monge. De novo, e de novo, e de novo.
Stingray fez uma pausa, sua respiração começou a ficar esporádica enquanto ele se lembrava do ataque. Sonny sentiu um arrepio percorrer sua espinha com as palavras de Stingray. Ver o homem se emocionar recontando a história a fez sentir-se mal do estômago.
Stingray tentou lentamente recuperar o fôlego e se recompor antes de continuar. — Foi então que eles incriminaram o líder pelo ataque, e o líder foi acorrentado, e o rei de cabelos prateados assumiu a guilda.
A sala ficou em silêncio por um momento; ninguém ousou falar.
Finalmente, Demetri limpou a garganta. — E você estava... — Demetri parou, percebendo suas palavras e rapidamente se corrigiu. — O monge anão foi deixado de volta na guilda?
— Sim. Com benefícios. — Hawk murmurou. Sem se virar para encará-lo, Sonny levantou a mão e deu um tapa em seu estômago para calá-lo. Ela se inclinou para frente em seu assento, seus olhos cheios de simpatia e preocupação. — Então por que ele não pode simplesmente contar a todos o que realmente aconteceu?
— Ele não quer perder seus benefícios. — Sam retrucou. Stingray imediatamente começou a balançar a cabeça. — Não! — ele gritou, fazendo Sam cair, começando a se sentir mal por suas palavras. Stingray engoliu em seco, ainda balançando a cabeça. — Não. Eu faria... O monge devolveria tudo se pudesse, mas o rei de cabelos prateados, você sabe, ele... Ele quase matou o monge.
— E por quê? — ele perguntou retoricamente. — Para obter poder. — Stingray piscou para conter as lágrimas, olhando para todos os alunos à sua frente. — Então, sim, o monge teme o que aquele rei faria para manter esse poder. Eu acho que o monge apenas... O monge apenas queria reentrar na guilda porque ele pensou que poderia ser como um... Guerreiro orgulhoso e nobre.
Dessa vez, Stingray colocou toda a sua atenção apenas em Hawk. — Assim como você, Hawk. — os olhos de Stingray se moveram para Sam ao lado de Hawk. — Sam, todos vocês. O monge sempre foi fã de vocês.
Stingray se virou para o resto do grupo. Sua cabeça estava baixa e seus ombros caídos. — Mas o monge não é nem orgulhoso nem nobre. Definitivamente não é um guerreiro. Ele só fica sentado brincando com eles o dia todo. O monge está com medo. Eu simplesmente não consigo. Sinto muito.
— Isso é ótimo. Obrigada por nada. — Sam estalou, saindo do quarto pisando duro. Os outros adolescentes ficaram parados enquanto Miguel corria atrás dela. Sonny observou Sam sair do apartamento com uma batida de porta.
Ela se virou para Stingray e respirou fundo. — O monge tem que ser destemido. — ela falou. Sonny sentiu todos os olhares nela quando ela saiu abruptamente de seu assento. — Eu tenho um lugar para ir.
Sonny não olhou nos olhos de ninguém, confundindo Demetri e Eli. Ambos tentaram alcançá-la e agarrá-la, mas ela estava fora de alcance antes que pudessem.
•••
Sonny achou que perguntar a Miguel ou Robby onde Tory morava seria um pouco suspeito, então, em vez disso, ligou para Aisha. Ela contou tudo à garota pelo FaceTime a caminho da casa de Tory.
Quando Sonny chegou ao complexo de apartamentos de Tory e estacionou, ela respirou fundo. Ela realmente não sabia como Tory reagiria à sua aparição repentina.
— Você já chegou? — Aisha perguntou, tirando Sonny de seus pensamentos. Sonny virou-se para o telefone e o tirou do suporte no carro. — Sim. Acabei de estacionar.
Aisha sentiu o nervosismo de Sonny pelo telefone e rapidamente balançou a cabeça. — Não se preocupe. Se Tory entrasse em contato com você primeiro, tenho certeza de que ela gostaria de ouvir de você. Ela tem seus momentos maldosos, mas ela é realmente doce.
Sonny sorriu com as palavras de Aisha. — Obrigada. Vou te contar como foi. — ela observou enquanto Aisha pegava seu telefone da mesa em que estava encostada. — Okay, sinto sua falta, Sonny. Você tem que subir e me visitar.
— Eu vou levar todo mundo. — Sonny riu, seu nervosismo se dissipando completamente quando viu o quão animada Aisha ficou com a ideia de ver todos os seus amigos. — Perfeito. Boa sorte! Amo vocês. — Aisha comemorou ao telefone. Ela esperou até Sonny dizer "eu te amo" de volta antes de desligar.
Sonny não perdeu um segundo depois de terminar a ligação com Aisha para enfiar o telefone dela no bolso e sair do carro. Ela não queria perder essa repentina explosão de coragem.
Ela caminhou em direção ao apartamento que Aisha disse que Tory morava, respirou fundo, levantou o punho e bateu na porta. Sonny balançou a perna nervosamente enquanto esperava a porta abrir.
Quando Tory abriu a porta e viu Sonny parado na sua frente, suas sobrancelhas franziram. Ela se encostou na porta e observou Sonny com um olhar confuso. — Sonny? O que você está fazendo aqui?
Sonny juntou as mãos na frente dela, respirou fundo e deu a Tory um sorriso simpático. — Eu vim aqui para me desculpar pelo que Sam disse na outra noite e eu queria falar mais com você sobre Cobra Kai, se você estiver disposta. — Sonny sugeriu, tentando manter os olhos em Tory para que Tory soubesse que ela era genuína. Pelo canto do olho, Sonny notou que a mão de Tory estava enfaixada e o sangue estava escorrendo.
— Meu Deus! O que aconteceu? — Sonny arfou, indo alcançar a mão de Tory. Antes que ela pudesse tocar em Tory, a loira puxou sua mão e deu uma risada falsa para Sonny. — Ah, você sabe. Cobra Kai.
Ela observou o rosto de Sonny suavizar, um olhar que Tory não conseguia dizer que era tristeza ou pena. Para limpar o ar, Tory limpou a garganta e se aproximou da porta para que Sonny pudesse entrar. — Você quer entrar?
Sonny deu um rápido aceno para Tory e entrou em casa. Ela observou enquanto Tory se movia para sentar no sofá que ficava de frente para a porta, gesticulando para Sonny se sentar no sofá de dois lugares em frente a ela. Enquanto Sonny se movia em direção ao sofá de dois lugares, ela ouviu um eco de bipe de hospital muito familiar vindo do outro cômodo. Um arrepio percorreu a espinha de Sonny enquanto ela pensava nos momentos finais de sua mãe em cuidados paliativos em casa.
Ela olhou para o corredor e seu coração afundou quando viu o mesmo tipo de cama que sua mãe tinha em seu quarto.
Empurrando a tristeza para baixo, Sonny sentou-se no assento em frente a Tory. A garota Nichols não percebeu Sonny olhando para o quarto de sua mãe, ocupada demais pegando a bolsa de gelo que ela deixou na mesa de centro para colocar gelo em sua mão. — Eu queria ganhar o All Valley mais do que qualquer coisa. Quando eles me entregaram aquele troféu... Aquele foi o melhor momento da minha vida.
Tory olhou da mão para Sonny, seu rosto desolado e desapontado enquanto balançava a cabeça. — Mas então eu vi Silver e aquele árbitro, e isso simplesmente me matou. Eu me senti uma fraude. Eu queria tanto me vingar de Silver. É por isso que eu ouvi Kreese, mas então eu fui pega em mais mentiras. E agora minha vida é um inferno. — Tory parecia perto de chorar, abaixando a cabeça em sua última frase.
Sonny franziu a testa para a garota. Ela estava passando por tanta coisa e não tinha ninguém para recorrer. Sonny respirou fundo e inclinou a cabeça. — Eu não culpo você.
A cabeça de Tory se levantou rapidamente com as palavras de Sonny, seus olhos arregalados como se essa fosse a única coisa que ela precisava ouvir. Sonny deu a ela um sorriso empático e se reajustou em seu assento. — Eu sei o que você estava passando. — os olhos de Sonny se voltaram para o quarto da mãe de Tory, tempo suficiente para Tory notar, mas não o suficiente para parecer desrespeitoso. Sonny se virou para Tory e ergueu as sobrancelhas. — Mais do que apenas estresse de caratê.
Ela notou que os olhos de Tory estavam arregalados, encarando-a. Sonny conhecia aquele olhar muito bem. Era um olhar aliviado, de que havia alguém possivelmente passando pelo mesmo que ela, mas também era um questionamento silencioso sobre o que ela havia passado.
— Meu, hum... Meu pai morreu por causa de um motorista bêbado. — Sonny olhou para as mãos dela, mexendo os dedos, incapaz de encontrar o olhar de Tory. — Depois disso, minha mãe parou de se importar com a saúde dela. Ela ficou doente e agora... — um sorriso agridoce se formou no rosto de Sonny. — Ela está de volta com o homem que amava.
Foi como se peças de um quebra-cabeça se encaixassem na cabeça de Tory, sua boca formando um pequeno 'o'. — É por isso que você ficou tensa quando nos conhecemos. — ela murmurou baixinho, finalmente entendendo por que Sonny ficava tão desconfortável quando ela e Aisha bebiam álcool.
Sonny franziu as sobrancelhas enquanto um sorriso confuso tomava conta de seu rosto enquanto ela olhava das mãos para Tory. Ela se esqueceu de quando conheceu Tory no clube de campo e Tory zombou dela por não querer beber. — Estou surpresa que você se lembre disso.
Tory assentiu, dando a Sonny um sorriso torto. — Depois que Aisha e eu fomos embora, ela me disse para parar de beber perto de você. Imaginei que algo aconteceu que fez você não querer tentar, mas eu sabia que não era minha função pressionar. — ela olhou nervosamente para frente e para trás entre Sonny e sua mão machucada antes de dar a Sonny um sorriso verdadeiro. — Acho que somos mais parecidas do que pensávamos.
Sonny soltou uma risada leve, balançando a cabeça em concordância. — Sim, nós somos.
Tory respirou fundo, todo o estresse que estava pesando sobre seus ombros finalmente se dissipando depois de falar com Sonny. Ela assentiu com a cabeça confiantemente e olhou para Sonny ansiosamente. — Ok, como paramos Silver?
Sonny lambeu os lábios e assentiu. — Bem, nós conversamos com Stingray. — Sonny começou, fazendo os olhos de Tory se arregalarem enquanto ela se movia para sentar na ponta do assento. — Ele admitiu que foi Silver quem o agrediu no antigo dojo. Ele só está com medo de ir à polícia.
Tory abriu e fechou a boca em choque, sua cabeça balançando levemente. — Eu sabia que Silver estava envolvido, mas... Eu não tinha ideia de que ele fez isso com as próprias mãos. — ela murmurou, olhando para o colo, bufando e dando de ombros em derrota. — O problema é que não podemos provar.
Sonny franziu a testa para as palavras de Tory, seus próprios ombros caindo. Enquanto ela pensava no antigo dojo Cobra Kai onde Stingray foi atacada e seus dias lá antes de ser expulsa, os olhos de Sonny se arregalaram, uma ideia surgiu em sua cabeça.
Depois de um longo momento de silêncio, Tory levantou a cabeça, seus ombros se endireitando em excitação ao ver o olhar no rosto de Sonny. — Você tem um plano. — Tory disse, sem questionamentos em seu tom. Ela estava apenas começando a conhecer Sonny, mas ela sabia.
Sonny começou a sorrir, e a cada segundo que ela falava sobre seu plano, seu sorriso aumentava. — Eu não fiquei muito tempo no Cobra Kai, mas fui um dos primeiros membros. Naquela época, Hawk e eu éramos os únicos nerds de computador na equipe, então o Sensei Lawrence nos mandou instalar câmeras de vigilância. Tenho certeza de que depois que Kreese assumiu, ele continuou a usá-las. — Sonny disse, e imediatamente, Tory assentiu ansiosamente.
— Ele fez. Silver ainda usa a mesma empresa agora.
O sorriso de Sonny ficou ainda mais largo. Ela balançou a cabeça em descrença, chocada que seu plano pudesse realmente funcionar. — Então, tudo ainda está conectado à conta dele! Teremos apenas que pegar o vídeo e mostrar a todos. Não haverá como negar.
— Você está dizendo... — Tory perguntou, com um olhar nervoso no rosto. Sonny engoliu seus sorrisos e suspirou, balançando a cabeça com culpa. — Estou dizendo que deveríamos invadir Cobra Kai e pegar aquele vídeo.
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