010
˖࣪ ❛ PENSAMENTOS SELVAGENS
— 10 —
O GRUPO ESTAVA sentado no parque. Demetri, Sonny, Miguel e Aisha sentados em um banco enquanto Hawk lutava com Bert atrás deles.
Miguel ainda estava chateado com o garoto aleatório com quem Sam estava jantando. O tempo todo no parque até agora, ele resmungou sobre a possibilidade de Sam estar traindo ele. — Vamos, coma alguma coisa. Vai fazer você se sentir melhor. — Demetri gemeu do outro lado de Sonny, esperando que o menino ficasse irritado com a chateação e apenas comesse.
— Eu disse a vocês, não estou com fome, cara. — Miguel murmurou e Demetri revirou os olhos. — Eu ainda acho que você está exagerando.
— Não estou exagerando, cara. Sonny, você não acha que estou exagerando, acha? — Miguel disse, virando-se para Sonny, que abriu e fechou a boca em estado de choque antes de balançar a cabeça. — Não me envolva nisso. Não sei o que você viu.
— Tudo bem, então você a viu jantando com algum cara. — Hawk disse atrás do banco enquanto chutava Bert no rosto. — Provavelmente era apenas o irmão dela ou algo assim. — Hawk tentou tranqüilizá-lo, mas Miguel negou com a cabeça. — Irmãos não olham para irmãs assim.
— Depende da parte do país em que você está. — Demetri murmurou, resultando em Sonny gemendo de desgosto. — Só não quero que o que aconteceu com o Sensei aconteça comigo. — Miguel resmungou.
— Tudo bem, então você vai até esse garoto e bate em sua bunda para que ele não tenha a chance. — Hawk disse e Sonny balançou a cabeça. — Não! Sem bater na bunda de algumas crianças inocentes. — Demetri acenou com a cabeça junto com Sonny, olhando para frente. — Não dê ouvidos a Eli.
— É Hawk. — Hawk estalou para Demetri, que apenas revirou os olhos. — Sim, tanto faz. O fato é que Sam não deu a você nenhuma razão para não confiar nela.
— Aquela vadiazinha! — Aisha gritou enquanto olhava para o telefone. — O que? — Miguel perguntou e Aisha se virou para o grupo com raiva.
— Sabe aquele vídeo que postei de mim quebrando aquele tabuleiro? — todos concordaram instantaneamente com a cabeça e ela passou o telefone para Miguel. — Olha o que Yasmine comentou.
Sonny olhou para o telefone por cima do ombro de Miguel. 'Impressionante... Não posso acreditar que o cinto ficou em volta da sua cintura.'
Sonny suspirou desapontado com a loira enquanto Miguel estremecia. — Ah merda.
— Eu tenho que fazer algo. — Aisha resmungou. — Que tal sequestrá-la e fazer o meu menino Rico tatuar 'vadia' em seu rosto? — Hawk disse e Sonny girou a cabeça para encará-lo. — Não. — Demetri balançou a cabeça para o menino. — Acalme-se, Hawk.
— Tudo bem, ouvi como você está dizendo isso e não gosto disso. — Hawk atirou no menino enquanto Aisha acenava com as mãos. — Espere, espere, espere. Eu tenho uma ideia melhor. Olhe. — Aisha mostrou o telefone às quatro. — Yasmine dará uma festa no Canyon mais tarde. — Miguel resmungou e Aisha assentiu. — Não se nós atacarmos primeiro.
★
— Tudo bem! Certifique-se de estocar bem. — Aisha aplaudiu enquanto pegava um monte de latas de Pringles enquanto Sonny vagava para o corredor de doces com Demetri. — Estou convidando a todos. VIP apenas a minha bunda.
Demetri suspirou, inclinando-se sobre o corredor para Aisha e Bert. — Ainda não entendo como vamos comprar álcool. — Sonny balançou a cabeça com as palavras dele. Ela não estava nada bem com eles comprando álcool e bebendo. Ela mordeu o lábio, olhando para baixo com tristeza antes de pegar uma barra de 3 mosqueteiros e ir para o caixa.
Aisha se virou para Demetri com as sobrancelhas franzidas, fazendo-o suspirar, virando-se para olhar para Sonny, que estava dando uma olhada. — O pai dela... — Aisha rapidamente fez um 'o' com a boca, lembrando-se do acidente envolvendo Ross Thompson e um motorista adolescente bêbado. — Não deveríamos pegar o álcool? — ela perguntou baixinho e Hawk, ouvindo a pergunta de Aisha enquanto ele passava e não percebendo a chateada Sonny perto do caixa, zombou. — Oh, por favor. O que é uma festa sem álcool?
Hawk foi até a geladeira, pegou duas caixas de cerveja e caminhou em direção ao caixa. Foi quando ele percebeu Sonny e sua expressão sombria quando o homem deu o troco e ela rapidamente saiu do minimercado.
Quando ela saiu, Miguel estava a poucos metros da porta, ligando para Sam pela milésima vez. Sonny suspirou, caminhando até o carro e pulando para o lugar dela atrás do banco do motorista.
Ela se sentou sozinha no carro silencioso por alguns minutos antes de ouvir a porta traseira do passageiro se abrir e alguém se arrastar ao lado dela. Sonny sabia que era Aisha e virou ligeiramente a cabeça dela, enviando-lhe um sorriso suave. Aisha devolveu o sorriso antes que seu rosto se transformasse em um simpático. — Você sabe que não precisa beber, certo? Se alguém tentar pressioná-lo, eles terão que me enfrentar.
Sonny riu do comentário dela, fazendo Aisha sorrir triunfante. — Eu sei disso. Só estou preocupada com todo mundo. Não quero que algo ruim aconteça. — Sonny sussurrou e Aisha rapidamente a envolveu com um braço. — Que tal isso... Você e eu temos uma frente unida. Nada de beber. — Sonny suspirou, balançando a cabeça. — Você não tem...
— Não, eu quero. Então, frente unida? — Aisha perguntou, seu braço estendido para Sonny apertar. Sonny revirou os olhos, reprimindo um sorriso antes de apertar a mão de Aisha. — Frente Unida.
★
Sonny e Aisha fizeram o que prometeram um ao outro, nenhum dos dois estava bebendo. Aisha estava observando Miguel que parecia não parar enquanto Sonny tentava arrastar Demetri para se divertir e se soltar em vez de ficar sozinho no canto.
Depois de tentar e tentar novamente fazer com que ele fizesse algo realmente, Sonny desistiu e caminhou em direção aos refrigeradores para um Mr. Pibb. Enquanto ela tomava um gole, ela podia ouvir o som de um carro se aproximando, fazendo-a virar em direção à entrada do Canyon e instantaneamente sorrir quando Moon saiu do carro. Mesmo que a garota tivesse aparecido com alguns dos piores inimigos de Sonny, Sonny subiu correndo a pequena colina, agarrando a mão de Moon e arrastando-a de volta para a festa enquanto Yasmine gritava atrás deles.
— Moon, o que diabos você está fazendo? — Yasmine gritou do topo da colina e Moon mal se virou para encarar a loira. — Eu só vou pegar uma cerveja.
— Temos cerveja! Sonny! Traga Moon de volta aqui! — Yasmine gritou e Sonny mal se virou, seu rosto se contraiu, ela sentiu Moon apertar sua mão, mas ela não pensou muito nisso. — Uh... Estou bem. Mas divirta-se na festa, Yasmine. Todos estão convidados. — Sonny gritou de volta, sua boca se transformando em um sorriso malicioso para a loira furiosa. Quando ela se virou, ela perdeu Moon no mar de crianças. Sonny franziu a testa, suspirando em derrota. — Bem, merda.
★
Agora era noite e Sonny não tinha visto Moon desde que ela apareceu. Em vez de querer andar por aí com um bando de adolescentes bêbados e suados, Sonny se afastou alguns metros da festa, deitando-se na grama e olhando para o céu, seus olhos pousando na coisa mais brilhante na noite escura. A lua.
Sonny sorriu, levantando o braço dela como se fosse agarrá-lo até sentir alguém se aproximar dela antes de se deitar ao lado dela. — O que você está fazendo? — Moon cantou e Sonny podia sentir o cheiro de álcool saindo dela, até mesmo um pouco de maconha, mas Sonny manteve os olhos no céu. — Apenas observando as estrelas.
Moon cantarolou, chegando mais perto de Sonny. — Você vê alguma coisa? — Sonny reprimiu o sorriso enquanto ela balançava a cabeça. — Não. As luas brilhantes demais para eu ver qualquer coisa.
Os dois se viraram um de frente para o outro, seus rostos a centímetros de distância e assim que seus olhos se encontraram, eles imediatamente começaram a dar risadas altas. Sonny ergueu a cabeça para olhar para o céu enquanto Moon mantinha os olhos em Sonny. Quando suas risadas morreram, Moon encarou Sonny, a garota sentindo os olhares de Moon, virou-se para olhar para ela. — O...
Sonny foi interrompido por Moon batendo seus lábios nos de Sonny. Suas sobrancelhas levantaram em choque quando fogos de artifício explodiram em sua cabeça e ela sentiu seu coração praticamente pular do peito, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Moon se afastou. Sonny lentamente abriu os olhos, suas bochechas queimando enquanto observava Moon, que ainda estava com os olhos fechados.
Quando Moon abriu os olhos, ela parecia quase assustada, fazendo o coração de Sonny cair. Moon disparou de seu lugar, balançando a cabeça enquanto murmurava palavras sob sua respiração. — Eu não deveria ter feito isso. Oh, Deus. Eu não deveria ter feito isso. — ela murmurou e Sonny sentou-se quando Moon começou a se levantar. — Moon, ei. Moon, está tudo bem. — Sonny falou baixinho enquanto Moon continuava a sacudir a cabeça. — Não, não é.
— Moon, estou bem. Está tudo bem...
— Não! Não está tudo bem, Sonny! Porque eu não queria fazer isso! — Moon interrompeu, sua voz áspera e alta, fazendo Sonny pular um pouco para trás. A visão de Sonny começou a ficar turva, fazendo com que seus olhos se voltassem para o chão. Moon respirou fundo, balançando a cabeça novamente enquanto seus olhos caíam no chão. — Eu não... Eu só... Estou bêbado... Tenho que ir. — e com isso, Moon foi embora, deixando Sonny sozinho na grama, ainda sentindo os lábios de Moon nos dela.
★
Sonny ficou imóvel por um tempo, repassando a cena em sua cabeça enquanto um nó começou a se formar em sua garganta. Ela estava muito preocupada para abrir a boca caso um gemido escapasse. Ela mordeu o lábio para trás, engolindo o caroço antes de se levantar. Ela passou pelo mar de crianças, saindo dos Canyons para ir para casa. Ela só queria ficar sozinha.
— Sonny! Sonny, espere! Aonde você está indo? — Miguel gritou, correndo até ela, Sonny se virou, fungando quando ela olhou para a xícara de Miguel em sua mão. — Isso é cerveja? — ela nem deu tempo de Miguel para responder antes de tirá-lo de sua mão e beber o resto. — Eu pensei que você e Aisha estavam fazendo alguma frente unida. — Miguel murmurou, preocupado com a garota. Sonny deu um pequeno suspiro trêmulo, jogando o copo fora. — Dane-se a frente unida. — Sonny resmungou, virando-se para subir a colina.
Miguel, embora também estivesse muito bêbado, sabia que algo estava errado com seu amigo e estendeu o braço, impedindo Sonny de sair. — Ei, o que aconteceu? — Sonny fungou de novo, olhando para os pés dela e balançando a cabeça. — Nada. Nada. Eu só preciso ir para casa. — ela se virou, subindo a colina, seus olhos caíram na direção de seus pés, fazendo-a não notar uma certa Sam LaRusso e seu menino misterioso descendo a colina a poucos metros dela.
Quando Sonny chegou ao topo da colina, ela tirou o telefone do bolso para ligar para Jess pedindo uma carona. Ela olhou para seu telefone, a hora, 1:38 da manhã brilhando em seu rosto. Ela bufou antes de se decidir e ligar para Jess.
'Ei, você ligou para Jess! Se eu não atendi o telefone, ou não me importo ou não me importo, a menos que você seja minha irmã ou um de seus amigos idiotas, então estou ocupado ou provavelmente ainda não me importo. Desculpe.'
Sonny suspirou com a mensagem de voz, tentando ligar para ela mais uma vez quando ouviu gritos na festa lá embaixo, mas imaginando que eram apenas todos se divertindo, ela ignorou. Quando Jess não respondeu de novo, Sonny soltou uma risada seca, encostando-se no carro mais próximo dela.
Dois pares de passos rápidos podiam ser ouvidos subindo a colina e Sonny rapidamente tentou limpar seu nariz e olhos, mas as duas pessoas já a haviam segurado; a garota do par olhando para ela com olhos preocupados. — Sonny? Você está bem? — a voz de Sam ecoou no ar frio.
Sonny acenou com a cabeça e virou a cabeça para olhar para o carro em que ela estava encostada, praguejando baixinho quando percebeu que estava encostada no carro da família LaRussos. — Merda. Desculpe. — Sonny murmurou, sua voz falhando um pouco, fazendo Sam correr até ela, envolvendo a garota em um abraço. — Você não tem que me dizer o que aconteceu, mas quer uma carona para casa? — Sam perguntou baixinho no ombro da garota e Sonny se afastou, olhando para Sam com os olhos arregalados. — Mesmo?
Sam sorriu, deixando escapar uma risada leve. — Claro. Você está a apenas três casas de distância da minha. — Sonny assentiu antes que seus olhos pousassem no garoto misterioso atrás de Sam. Sonny ficou desconfortável com o fato de que um cara que ela nunca tinha visto antes e seus amigos sempre falavam mal de quem estava assistindo a conversa inteira. Ela enviou-lhe um sorriso estranho, de lábios apertados, enquanto acenava com a cabeça para ele. — Uh... Oi. Eu sou o Sonny.
O menino riu, acenando com a cabeça para ela. — Robby. — Sonny assentiu enquanto Sam se virava para ela. — Você está pronta para ir? — Sonny deixou escapar um pequeno sim antes de caminhar até o carro de Sam, pulando no banco de trás.
★
A viagem até a casa de Sonny foi tranquila. Para Sonny, foi um silêncio confortável enquanto ela descansava a cabeça no banco de trás, mas para Sam e Robby, era um silêncio constrangedor, sem saber se estava tudo bem falar ou não.
Quando Sonny chegou em casa, ela silenciosamente abriu a porta e viu todas as luzes acesas enquanto uma Jess nocauteada estava deitada no sofá. Sonny suspirou, apagando todas as luzes, uma por uma, até chegar a Jess. Ela rapidamente agarrou o cobertor fofo na beira do sofá e colocou-o sobre a irmã antes de desligar o resto das luzes e se dirigir ao seu quarto.
Assim que a porta do quarto de Sonny se fechou, ela imediatamente sentiu seus olhos lacrimejarem, ela não era de chorar e odiava quando o fazia.
Ela não estava chorando porque Moon se afastou, ou por causa de suas palavras depois; ela poderia ter lidado com o desgosto da rejeição, mas o que não a ajudou a se sentir melhor foi o fato de que ela pode ter perdido Moon como amiga por causa disso.
Ela não sabia como a garota reagiria na próxima vez que se vissem. Por tudo que ela sabia, Moon poderia estar dizendo a Yasmine que Sonny veio até ela e amanhã, todos estariam do lado de Moon. Mesmo que uma pequena parte de Sonny soubesse que Moon nunca faria isso, ela deixou sua mente correr solta enquanto tentava recuperar o fôlego.
Seus olhos caíram para sua cama azul bagunçada, seu pelúcia Sid do Sloth da Golf N 'Stuff aninhado em seus travesseiros. Ela rapidamente correu para a cama, envolvendo os braços em volta do bichinho de pelúcia e escondeu o rosto na pilha de travesseiros e cobertores.
Sonny não sabia o que realmente era um desgosto até aquela noite e ela odiava isso.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro