Capítulo 31: Você e eu para sempre
Enfim chegou o grande dia, era impressionante como o tempo passou rápido. Mesmo com todos os incidentes que aconteceram, eu resolvi não desistir do casamento. Tirei da minha cabeça todas aquelas teorias loucas e me concentrei em assumir essa nova etapa que estava chegando em minha vida. Um dia depois da invasão eu fui procurar Bárbara, a estilista que havia feito o meu vestido. Ela me atendeu cheia de empatia e atenção, e para a minha felicidade, me presenteou com um outro vestido de noiva igual ao que eu havia escolhido. Por sorte havia mais um no estoque, um único vestido de casamento e agora era meu.
Agradeci profundamente pela sua generosidade, foi o presente de casamento mais lindo e importante que havia ganhado.
Depois disso consegui ficar tranquila, sabendo que tudo estava resolvido. Passei os três dias com pensamentos positivos e pedindo a Deus que tudo desse certo. Enfim chegou o grande dia, após uma boa e longa noite de sono, acordei com uma linda e generosa bandeja de café da manhã, que minha mãe e meu irmão haviam preparado para mim. Hoje o dia seria longo, então acordar cedo era essencial para me preparar com tranquilidade. Logo pela manhã fui conferir como estava o andamento da organização do salão de festas e da igreja, e a cerimonialista e sua equipe estavam a todo vapor. Em seguida tinha um horário marcado com uma massagista, então me apressei para chegar ao local.
A manhã foi ótima, realmente todas as massagens e os banhos relaxantes fizeram muito bem para o meu corpo. Além de me deixarem calma e tirarem toda a tensão física, ainda me deixaram mentalmente tranquila. Era tão bom receber todos esses cuidados nesse dia tão especial, me deixava muito mais animada e disposta. Depois disso, o próximo programa da agenda era me encontrar com as minhas amigas para almoçarmos juntas, e foi o que aconteceu. Logo após o almoço fomos todas para o salão de beleza, elas seriam as minhas madrinhas, então nada mais justo do que convidá-las para curtir esse momento especial comigo.
Fizemos os procedimentos de beleza finais, passamos a tarde inteira no salão, cuidando das unhas, pele, maquiagem e cabelo. Estávamos perfeitas, elas eram as madrinhas mais maravilhosas e eu a noiva mais linda. Como a maquiagem seria responsável por transmitir toda a minha essência e personalidade, decidi escolher uma maquiagem com tons neutros esfumados. A ideia era que toda a minha beleza natural fosse valorizada, então os tons róseos e pastéis eram perfeitos para isso. A maquiadora deixou a minha pele iluminada e sedosa, usando apenas base, iluminador e blush. Depois escolhi um batom nude, um pouco acima do tom da minha pele. Logo veio a cabeleireira e me fez um penteado semi-preso, com mechas levemente soltas sobre o rosto.
Em seguida colocou a tiara, com cuidado para não desmanchar o penteado. Eu estava perfeita.
Após terminarmos, eu entrei no carro com as minhas amigas e fomos para a minha casa. Terminaríamos de nos arrumar lá. Chegamos e descemos do carro super animadas, indo até o meu quarto. Minha mãe também estava se arrumando no quarto dela, e meu irmão havia ido se arrumar na casa de Dean. Entramos e eu fui logo pegando a caixa com o meu vestido de noiva, a hora da cerimônia começava a se aproximar.
- Que vestido mais lindo, amiga! - Emily disse para mim, totalmente encantada. - Foi uma ótima escolha.
- Obrigada, Emily! - agradeci o seu elogio.
Madison veio até mim e me ajudou a colocar o vestido. Escutei o barulho da campainha tocar.
- Spencer, pode abrir para mim? - perguntei.
- É claro que sim. - ela disse e saiu do quarto correndo.
Me sentei sobre a penteadeira e Jesse, a namorada de Sam, veio até mim. Ela iria retocar a minha maquiagem.
- Feche os olhos. - ela disse e eu obedeci.
Enquanto isso, Emily e Madison começaram a trocar de roupa, vestindo os vestidos de festa. Os vestidos de todas eram iguais, compridos e de cor marsala. Logo em seguida também retocaram a maquiagem. Então Spencer voltou para o quarto.
- Quem era? - perguntei.
- Era da loja de acessórios, eles trouxeram o seu buquê. - ela disse e em seguida colocou o buquê em cima da cama.
Jesse terminou de me ajudar com a maquiagem e foi se trocar também, Spencer veio até mim para me ajudar a colocar o véu.
- Para de se mexer, Elena. Senão eu vou acabar desmanchando o seu cabelo. - ela disse, fingindo uma voz séria.
Eu dei risada, enquanto colocava os meus brincos e tentei ficar parada.
- Eu quero ficar o mais perto possível da Elena. - Madison disse. - Quem sabe se eu pegar esse buquê o Michael não toma uma atitude. - ela disse, brincando sobre o seu namorado.
Todas as meninas riram e continuaram se arrumando.
- Aqui está o seu sapato, Elena. - Emily me entregou a caixa e eu agradeci.
- Alguém viu o meu? - Jesse perguntou.
- Acho que ficou dentro do carro. - Spencer respondeu.
Jesse saiu para fora e Spencer pediu para ela aproveitar e pegar a sua bolsa que também havia deixado no carro. Emily e Madison estavam prontas e Spencer e Jesse estavam terminando de se arrumar. Eu passei um perfume e calcei os sapatos de salto, depois me olhei no espelho, estava pronta. Jesse chegou com a bolsa e os sapatos, e todas terminaram de se arrumar.
- Acho que estamos prontas. - eu disse, um pouco ansiosa, vendo que já era hora de irmos para a igreja.
- Você está linda, Elena! - Madison me elogiou.
Eu olhei para elas contente, nós cinco éramos amigas desde a escola e eu sempre soube que poderia contar com elas.
- Muito obrigada por tudo, meninas! - eu disse. - Muito obrigada por estarem presentes nesse momento tão importante para mim. Eu amo vocês!
Elas se emocionaram.
- Não precisa agradecer, amigas servem para isso. - Spencer disse.
- Nós também te amamos! - Emily disse.
- Vamos tirar uma foto, precisamos registrar esse momento. - Jesse disse e tirou o seu celular da bolsa.
Fizemos várias poses e Jesse tirou as fotos.
- Bom, acho que está na hora de irmos. - Madison disse.
Então minha mãe entrou no quarto.
- Como vocês estão lindas, meninas! - ela elogiou as minhas amigas. - E como está a noiva mais linda? - ela perguntou.
- Um pouco nervosa, mãe.
- Oh, não fique nervosa, querida. Lembre-se do que eu te disse, vai dar tudo certo.
Eu fiz que sim e então minhas amigas me abraçaram e se despediram com um "até daqui a pouco" e foram para a cerimônia. Minha mãe segurou as minhas mãos e me disse o quanto estava feliz. Eu a olhei emocionada e percebi como ela estava bonita para a festa.
- Eu quero te dar isso. - ela disse, me entregando uma caixinha.
Eu abri e havia um lindo colar dentro dela.
- É lindo, mãe! - eu disse, surpresa.
- Seu pai me deu quando nos casamos, eu quero que você use ele. - ela disse. - Seu pai ficaria tão orgulhoso se pudesse ver como você está linda.
Eu enxuguei uma lágrima.
- Para, mãe. - eu disse. - Não posso borrar a maquiagem.
Ela sorriu e colocou o colar em mim.
Escutei duas batidinhas na porta do quarto, John havia chegado para me buscar.
- Uau, como você está linda! - ele disse, adentrando o quarto.
- Obrigada! - eu agradeci.
Minha mãe também enxugou os olhos que haviam ficado úmidos e disse:
- Bom, eu já vou indo. Demorem um pouco para chegar, para causar um suspense.
Eu dei risada e ela se despediu. John e eu ficamos conversando por mais um tempo até dar a hora de irmos para a igreja. Fomos para fora e ele abriu a porta do Impala de Dean para mim, e eu entrei. Ele ligou o carro e partimos em seguida.
Narrado por Dean:
Acordei cedo e muito ansioso, nunca imaginei que ficaria tão preocupado assim. Fui tomar café da manhã com meu pai e com Sam, ambos estavam tão animados quanto eu, e não paravam de me dar conselhos. Depois disso, troquei de roupa e peguei a folha onde estava escrevendo os meus votos de casamento. Eu tentei a semana inteira decorar alguma coisa que estava escrita naquele papel, mas quando o li pela última vez, percebi que não precisava mais disso. Na hora do casamento eu queria falar uma coisa sincera, que eu realmente estivesse sentindo, e não algo decorado. Então amassei a folha e joguei fora.
Depois disso, precisava saber como estavam saindo os preparativos para a nossa noite de núpcias, então liguei para o hotel. Passei as últimas semanas pesquisando até encontrar um hotel sofisticado e que garantisse um serviço de qualidade, para que Elena e eu pudéssemos aproveitar ao máximo o nosso momento íntimo juntos. Elena passou por coisas horríveis, que não deveriam acontecer com ninguém, e o que eu quero agora é fazê-la feliz, proporcionar a ela tudo aquilo que ela não teve com Eldon. Quero ajudá-la a se curar de qualquer trauma, mostrando a ela todo o amor e carinho que eu consigo demonstrar.
Quero que a nossa primeira vez juntos seja inesquecível para ela, e vou me esforçar para que isso aconteça. Por isso tudo tinha que ser perfeito, e o hotel que eu escolhi me garantiu isso. Eles investiam em algo muito especial para os casais que se hospedavam para terem sua noite de núpcias, que era a decoração do quarto. Eles criariam uma decoração especial para a suíte que eu reservei, tornando o ambiente romântico, e isso contava com pétalas de rosas na cama, flores espalhadas pelo quarto, velas, aromas diferentes e ainda música ambiente. Fora isso, também trabalhavam com uma decoração personalizada, com fotos nossas e com coisas das quais nós mais gostamos. Além disso, o hotel dispunha de complementos para o quarto escolhido, como piscina, banheira, sauna e hidromassagem.
Isso era incrível, e sei que era tudo do que Elena sempre sonhava para quando chegasse o momento. Eu gostaria que ela aproveitasse tudo, depois do que nós passamos, merecíamos isso. O funcionário do hotel que atendeu a minha ligação me garantiu que tudo estava sob controle, e que eles estavam preparando tudo com muito carinho. E ainda iriam oferecer diversos itens, como garrafa de espumante, roupão para o casal, café da manhã no quarto e transporte gratuito entre hotel e aeroporto. Tudo estava mais do que especial, e eu agradeci pelo atendimento, encerrando a ligação.
Um pouco mais a tarde Sam, Jared e meu pai foram comigo até uma barbearia. Tivemos todos os cuidados especiais para o grande dia, cortei o cabelo e fiz a barba de um jeito adequado para o casamento, e eles fizeram o mesmo. Voltamos para a casa e ainda era um pouco cedo, mas mesmo assim eu queria deixar tudo preparado com antecedência, então fui até o meu quarto para deixar a roupa organizada, em seguida peguei meu celular e liguei para meu bom e velho amigo, Ben. Ele foi meu amigo de infância e trabalhava com a companhia de aviação de Michigan, era piloto.
- E aí, Ben? Está tudo certo com o voo de amanhã? - perguntei a ele.
- É claro que sim, Dean. Tudo vai sair conforme o planejado.
No dia seguinte ao casamento, no caso amanhã, Elena e eu faremos nossa viagem de lua de mel. Ben será o piloto do avião que nos levará até Miami, na Flórida. Passaremos uma semana passeando e aproveitando cada momento juntos em diversos pontos turísticos da cidade. Ficaremos em um hotel muito avaliado positivamente por turistas, onde poderemos descansar e aproveitar o tempo para aprofundarmos ainda mais a nossa relação. Pegaríamos o voo logo pela manhã, então teríamos de aproveitar bem o tempo para relaxarmos depois da festa de casamento.
- Que bom, isso me deixa mais aliviado. Obrigado por me informar, Ben. - eu disse e encerrei a ligação.
Depois disso entrei no banheiro e tomei um bom banho, saí embrulhado na toalha e me olhei no espelho por um tempo. Era hora de me arrumar. Comecei a vestir o meu smoking preto, que era composto por calça, paletó e gravata borboleta. Meu pai entrou no quarto, ele já estava pronto.
Desentortou a minha gravata, dobrou um lenço e colocou dentro do bolso do meu paletó. Coloquei meu relógio e passei um perfume, calcei os sapatos e arrumei meu cabelo, estava elegante. Sam e Jared também entraram no quarto, estavam prontos e ambos com ternos pretos.
- Uau, Dean. - Sam disse com um sorriso, talvez estivesse tirando sarro de mim. - Você está uma gracinha.
Meu pai e Jared também deram risada.
- Cala a boca, Sam! - eu disse, mas em tom de brincadeira.
Continuei me olhando no espelho e Jared veio se observar também. Ajeitou o paletó e passou a mão em seu cabelo liso.
- Daqui a um tempo vocês dois estarão se casando também. - meu pai disse, se referindo a Sam e Jared.
- Não tem jeito. - Jared disse. - A Claire não quer nem saber de mim.
Seu tom era triste, mas não muito preocupado.
- Mas ainda é cedo para falar de casamento, você vai conhecer outras pessoas também. - Sam disse e Jared deu de ombros.
- E você, pensa em pedir a Jesse em casamento? - perguntei a Sam.
Ele pensou por um tempo e então respondeu:
- Quem sabe quando eu me mudar para a Califórnia e terminar a faculdade em Stanford.
Balancei a cabeça e fiquei em silêncio.
- Bem, é melhor irmos. - meu pai disse. - Tenho que deixar vocês na igreja e voltar para buscar Elena.
Todos nós concordamos, então meu pai veio até mim e colocou as mãos sobre os meus ombros.
- Dean, eu estou muito orgulhoso de você, meu filho!
Eu sorri para ele e ele me abraçou, então saímos do quarto e fomos para fora. Entramos no carro e meu pai nos levou até a igreja. Quando cheguei, observei a multidão de convidados que já estavam chegando. A cerimonialista veio até nós e nos guiou até uma área distante da visão dos convidados. Ela precisava arrumar em uma fila a ordem das pessoas que iriam entrar. Primeiro eu entraria com Valentina, como a minha mãe havia morrido quando eu era criança, eu convidei a mãe de Elena para me levar até o altar. Depois entrariam os padrinhos da minha parte e da parte de Elena e as daminhas de honra. E por último era a vez da noiva, Elena entraria com o meu pai.
- Tudo pronto, podemos iniciar a entrada? - a cerimonialista perguntou.
Eu respirei fundo e respondi que sim. Então fomos em fila até a porta da igreja que estava fechada, e quando a porta se abriu eu entrei de braços dados com Valentina. Os bancos da igreja estavam repletos de convidados e todos diziam elogios enquanto caminhávamos lentamente até o altar. Eu tinha um sorriso alegre no rosto e quando paramos de caminhar, Valentina sorriu para mim e foi para o lado esquerdo do altar. Eu continuei parado, olhando para os convidados e sorrindo para os mais próximos. Além de mim, todos estavam maravilhados com a decoração da igreja. Em seguida a porta se abriu novamente e os padrinhos começaram a entrar, eles caminhavam lentamente pelo tapete e depois se sentavam no lado da noiva ou do noivo.
Sam foi meu padrinho e entrou com Jesse, alguns outros amigos meus e de Elena também entraram como padrinhos e madrinhas. Logo após, a daminha de honra entrou, trazendo as alianças em um linda e pequena almofada. A menina era linda e devia ter uns cinco anos, todos os convidados se admiraram com tamanha fofura. Ela chegou até o altar e ficou parada ao lado. Depois dela entrou um pequeno menininho que parecia ter a mesma idade, ele segurava uma placa que dizia: "Aí vem a noiva!", então meu coração acelerou. Escutei o toque da noiva começando e então a porta da igreja foi se abrindo como em câmera lenta para mim. Me preparei para observar Elena entrando, e quando ela colocou os pés dentro da igreja uma lágrima de emoção escorreu pelo meu rosto.
Narrado por Elena:
Quando John estacionou o carro já estávamos em frente à igreja. Ele desceu e abriu a porta para mim, segurou a minha mão e me ajudou a descer do carro. Como o meu vestido era meio pesado, se locomover com velocidade se tornava um pouco difícil. Depois fechou a porta e fomos para a entrada da igreja, a cerimonialista veio até nós e nos posicionou. Eu estava um pouco nervosa e minhas mãos tremiam.
- Calma, respira fundo. - John disse para mim. - Vai dar tudo certo.
Eu fiz como ele me pediu e respirei fundo.
- Eu estou muito orgulhoso de vocês dois, e tenho certeza de que Dean não poderia ter escolhido uma pessoa melhor para se casar que não fosse você. - ele sorriu.
- Você não sabe como é bom saber disso! - eu respondi.
Estava muito emocionada, a ponto de ter um ataque e transbordar em lágrimas.
- Está tudo pronto, agora é a entrada da noiva. - a cerimonialista falou para um funcionário que estava cuidando da porta, e também falou por um radinho para o que supostamente estaria cuidando do som.
Então escutei o toque começando e a porta da igreja se abriu. Observei que os bancos da igreja estavam lotados, todos os convidados estavam presentes. A decoração estava linda e quando olhei para frente e vi Dean parado no altar, meu coração se encheu de alegria e um sorriso enorme apareceu em meu rosto. Encaixei o meu braço sobre o de John e segurei firme o buquê de flores. Então começamos a caminhar lentamente pelo tapete vermelho e os convidados ficaram em pé, enquanto os fotógrafos tiravam várias fotos. Eu sorria delicadamente para cada convidado que via, revelando o quanto estava feliz. Continuamos caminhando enquanto escutava que algumas pessoas comentavam: "como ela está linda" ou "que vestido mais lindo", e todos esses comentários me enchiam de felicidade.
Quando nos aproximamos de Dean eu percebi que ele estava com os olhos vermelhos e enxugava uma lágrima, estava emocionado. Eu sorri docemente para ele e ele veio até mim, logo deu um abraço apertado em seu pai e o mesmo se distanciou de nós, ficando do lado direito do altar. Depois Dean beijou a minha mão e então eu coloquei o meu braço junto ao dele.
- Você está linda! - ele sussurrou para mim.
- Você também! - eu sorri e disse o mesmo para ele.
Então fomos juntos até o altar, onde ficamos de frente com o padre.
- Estamos aqui reunidos nesta noite para celebrar a união desse querido casal, Elena Gilbert e Dean Winchester... - o padre iniciou a celebração.
Um longo e emocionante discurso foi feito pelo sacerdote, arrancando lágrimas e suspiros de todos os que estavam presentes. Dean e eu a todo momento trocávamos olhares. O padre então encerrou o seu discurso e passou o microfone para Dean, era a hora dos nossos votos de casamento. Dean segurou o microfone com as mãos firmes, de início sua voz saiu meio embargada mas logo foi ficando normal.
- Elena... - ele iniciou. - Sabemos que o amor é uma das únicas coisas que não conseguimos definir em palavras, apenas sentimos. Mesmo sendo um sentimento tão simples e puro, foi capaz de causar em mim uma experiência que eu jamais havia sentido, somente quando conheci você. - ele soltou uma lágrima e sorriu para disfarçar a emoção. - Eu prometo admirar o seu jeito de ser, porque é isso que a torna única e maravilhosa. Prometo ajudá-la em todos os desafios, pois não há nada que não possamos enfrentar, se ficarmos juntos. Prometo ser o seu parceiro para todas as coisas, trabalhando em unidade com você. - senti meus olhos lacrimejarem de emoção, conforme ele discursava e enxuguei meu rosto. - Eu prometo beijar você todos os dias, como fazemos hoje, com amor e ternura. Que cada beijo que compartilharmos a partir de agora, seja uma lembrança dos nossos votos de casamento, da nossa alegria e de tudo o que compartilhamos. Finalmente, prometo a você o amor perfeito e a confiança para uma vida. Te amo eternamente!
Ele me deu um enorme sorriso e eu só conseguia pensar em como tive sorte em encontrar uma pessoa tão especial como ele em um mundo tão grande. Realmente ele me faria feliz, assim como eu espero fazê-lo também. Após seu discurso os convidados bateram palmas, estavam impressionados com as palavras encantadoras de Dean. Agora era a minha vez de recitar os meus votos, então o padre me passou o microfone e eu respirei fundo.
- Dean Winchester... - comecei. - Quando eu assistia a contos de fada, eu via os príncipes chegando a cavalo com toda a sua elegância para salvar a princesa. Fui crescendo e o príncipe a cavalo não chegava, então eu entendi que o meu príncipe estava bem do meu lado, e não tinha um cavalo e sim um celular. E as mensagem que chegavam não eram poemas, mas sim convites para sair. E diferente dos contos de fada eu não precisava ser salva. Até que tudo se transformou, e eu descobri aos pouquinhos que fui salva sim, você curou o meu coração, me deu acalento quando precisei, e ainda me cura das tristezas quando elas chegam. Você é o meu príncipe moderno, que sabe compartilhar a vida e fazer o amor ser leve. Eu prometo amar você de todo o meu coração e de todas as formas possíveis e imagináveis, agora e para sempre. Obrigada por ser o meu porto seguro, o meu ponto de refúgio, e por ser tão incrível comigo. Espero comemorar por muitos e muitos anos esta nossa união, que me faz ser tão feliz e transbordar de tanto amor!
Quando terminei de falar estava totalmente emocionada e tive que enxugar rapidamente os meus olhos que insistiam em liberar lágrimas. Dean estava mais emocionado ainda e batia palmas junto dos convidados. Consegui notar em seu rosto o quanto estava feliz e o quanto as minhas palavras haviam preenchido o seu coração. Então o padre voltou a comandar a cerimônia.
- Muito bem. - ele disse. - Dean Winchester, é de livre e espontânea vontade que deseja se casar com Elena Gilbert? - perguntou.
- Sim! - Dean respondeu.
Então o padre se direcionou a mim.
- Elena Gilbert, é de livre e espontânea vontade que deseja se casar com Dean Winchester?
- É claro que sim! - eu respondi.
- Ótimo, tragam as alianças. - ele disse.
Então a pequena daminha de honra, minha priminha, veio até nós e nos entregou as alianças em uma almofada. Dean pegou uma das alianças e colocou sobre o meu dedo, repetindo a famosa frase: "ao colocar essa aliança em seu dedo, uso-a como símbolo de nossa união e me caso com você". Eu fiz o mesmo, coloquei a aliança em seu dedo e repeti a frase. Depois disso o padre se voltou para nós e disse:
- Pelo poder a mim estabelecido, eu declaro vocês, marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva.
Dean e eu nos olhamos e então ele se aproximou, passou a mão pelo meu rosto e me beijou. Um beijo lindo e apaixonado, que arrancou muito mais suspiros dos convidados e fechou nossa celebração com chave de ouro. Sentir os seus lábios nos meus, agora como casados, me trouxe a certeza de que ficaríamos juntos por muito tempo, e de que realmente Dean era o homem da minha vida. Então nos afastamos e levantamos os braços em sinal de alegria, enquanto todos batiam palmas. Agora, mais abraçados do que nunca, conseguimos dizer um para o outro o quanto nos amávamos. Os convidados saíram da igreja e então nós também saímos rapidamente. Estávamos tão animados, e quando colocamos os pés para fora, fomos surpreendidos por uma chuva de arroz. Sorrimos e abraçamos vários convidados e eu finalmente pude dizer: "deu tudo certo".
[...]
Depois da cerimônia na igreja era hora de animar um pouco o casamento com uma "festinha", então todos os convidados partiram para o salão de festas. Dean e eu permanecemos mais um pouco na igreja para encerrarmos alguns outros assuntos matrimoniais com o padre, e também para tirarmos várias fotos com o fotógrafo. Seríamos os últimos a chegar na festa, típico dos noivos. Depois disso, Dean e eu fomos sentados no banco de trás do Impala, enquanto John dirigia e minha mãe sentava ao lado dele. A todo momento nós trocávamos carinhos e dizíamos um ao outro o quanto estávamos felizes por tudo ter dado certo. Quando chegamos na festa, fomos recebidos animadamente pelos convidados, que aplaudiram nossa entrada.
É claro que depois disso os amigos de Dean apareceram e perguntaram se poderiam roubá-lo de mim um pouquinho. Minhas amigas fizeram o mesmo e me levaram até a área externa do salão, onde uma linda decoração de luzes nas árvores iluminava todo o jardim. Paramos no gramado e era a hora de jogar o buquê de flores. Era incrível como as minhas amigas conseguiam animar a festa, o que chamou a atenção dos outros convidados e de Dean e seus amigos para verem quem pegaria o buquê.
- Se preparem, meninas. - eu disse animadamente, e atrás de mim se formava um aglomerado de moças que empurravam umas às outras para tentar pegar o buquê sem eu ainda ter jogado. - É agora, 3... 2... 1. - contei e joguei o buquê.
Me virei para trás, vendo o alvoroço que se formou quando eu joguei o buquê de flores para cima. As meninas se empurravam, parecia um jogo de futebol americano, e adivinha só quem conseguiu pegar... Sim, Madison. Espero que agora o Michael acorde e peça logo ela em casamento. Em seguida, voltamos para dentro do salão e eu fui cumprimentar os convidados que ainda não tinha cumprimentado. Minha mãe veio até mim, acompanhada de seu irmão, tio Fred e a esposa dele, tia Margareth. Eles ficaram algum tempo viajando para outros países, tempo demais.
- Parabéns, Elena! - tia Margareth disse, me abraçando. - Que casamento mais lindo!
Eu a abracei de volta e agradeci por eles terem vindo a festa.
- Olha, vocês fizeram um ótimo trabalho, essa festa está incrível. Vou pegar mais uma taça de champanhe. - tio Fred disse e se retirou.
Então eu finalmente pude abraçar as pequenas crianças, filhas dos dois. A linda Sophia e o pequeno Arthur, eram gêmeos e tinham cinco anos. Foram eles que entraram como daminha e daminho de honra no meu casamento. Eram os priminhos mais fofos que alguém poderia ter. Continuei circulando pelo salão, enquanto músicas lindas tocavam ao fundo. Alguns casais dançavam na pista de dança, enquanto outros convidados saboreavam as comidas deliciosas do buffet. Todos faziam brincadeiras com Dean e comigo, principalmente nossos amigos mais próximos. Vários presentes chegavam e o fotógrafo registrava uma imensidão de fotos com cada convidado, sairá um belo álbum de casamento.
Dean veio até mim e parou em minha frente, no mesmo instante escutei que a música que estava tocando havia acabado e uma nova música começava, dessa vez mais lenta.
- Me concede esta dança? - ele perguntou com um sorriso cavalheiro e estendeu sua mão para mim.
- Seria uma honra. - eu respondi e segurei em sua mão.
Ele me guiou até o centro da pista e então nos abraçamos e começamos a dançar no ritmo lento e tranquilo da música. Era uma valsa muito envolvente e dançávamos muito bem.
- Eu já te disse que você está linda hoje? - ele me perguntou com um sorriso bobo no rosto.
- Deixa eu pensar... eu acho que ainda não. - brinquei.
Ficamos cada vez mais próximos enquanto ele me olhava completamente encantado.
- Bom, então eu digo quantas vezes for necessário que você está linda! E agora é minha esposa. - ele estava feliz
- E você é meu marido. - eu disse. - E eu espero que você cumpra a promessa que fez de me beijar todos os dias. De manhã, quando acordarmos... a tarde... e principalmente a noite. - eu depositava vários beijos em sua boca no final de cada frase.
Ele deu novamente aquele sorriso bobo que o deixava cada vez mais fofo, e me abraçou mais apertado.
- Não será uma promessa difícil de cumprir com você me olhando desse jeito. - ele sorriu e piscou para mim, me arrancando um sorriso tímido e bobo ao mesmo tempo. - Gostei de saber que eu sou o seu príncipe encantado moderno, e que os meus convites para sair como "amigo" não foram em vão.
- E no fundo eu sempre quis que fossemos mais do que isso, e conseguimos.
- É, conseguimos. - ele disse.
Então eu encostei minha cabeça sobre o seu peito e assim ficamos abraçados por longos minutos, até a música acabar. Depois que a música acabou, fomos juntos até uma das mesas, eu belisquei alguns petiscos e Dean nos serviu uma taça de champanhe. Ficamos conversando por mais um tempo até sermos puxados por nossos amigos de novo. Dean estava em um canto, conversando com Sam e os outros rapazes e eu fui puxada rapidamente pelas minhas amigas, que tinham muitas fofocas para me contar.
Conversávamos muito e dávamos risadas alegres, era muito bom estar com elas. Tínhamos intimidade, então falávamos sobre tudo. Fiquei muito feliz em saber que Emily e seus pais estavam finalmente se entendendo, e que Spencer tinha conhecido alguém novo. Depois de falarmos sobre vários assuntos, eu pedi licença a elas, pois precisava ir ao banheiro para retocar a maquiagem. Quando atravessava por entre as mesas para chegar ao banheiro, fui parada pelo pequeno Arthur que veio até mim.
- Elena? - ele me chamou com a sua doce voz de criança.
- Oi, meu amor? - eu respondi e me abaixei para ficar da sua altura.
- Me mandaram te entregar esse bilhete. - ele disse e me entregou um pequeno pedaço de papel.
Eu peguei o papel da sua mão e o desdobrei, e o que eu li me deixou totalmente assustada. O bilhete dizia em palavras claras: "Eu estou observando você". Fiquei apavorada e me voltei ao menino de novo.
- Quem te entregou esse bilhete, Arthur? Quem? - perguntei.
O menino ficou um pouco assustado e se virou, apontando com o dedo para um lugar qualquer e disse:
- Aquele moço ali.
Então eu me levantei e comecei a olhar para todos os lados, tentando encontrar algum estranho, que não fazia parte da minha lista de convidados. Até que observei no meio dos convidados uma pessoa vestida totalmente de preto, e logo em seguida ela foi se retirando do meio da multidão.
- Vai até sua mãe e fica perto dela, Arthur. - eu disse para ele e saí apressadamente atrás dessa pessoa.
Hoje eu descubro quem é você! Pensei.
Segurei meu vestido e o levantei para conseguir andar mais rápido, a pessoa me viu indo em sua direção e começou a andar apressadamente. Eu a seguia por toda parte e passava com pressa pelo meio das pessoas, que ficaram sem entender nada. Olhava para todos os lados, tentando não perder ela de vista, até que ela cruzou a porta do salão. Eu não pensei duas vezes e saí do salão também, não poderia perder a oportunidade de descobrir quem era essa pessoa que estava me atormentando a tanto tempo. Mas quando parei sobre o gramado não vi mais sinal algum daquele capuz preto, e não havia ninguém ali fora, todos os convidados estavam dentro do salão.
Não é possível, como ele conseguiu desaparecer tão rápido? Me perguntei.
Eu estava nervosa e assustada, meu coração batia acelerado e eu estava com uma leve sensação de que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer. Olhei ao redor mais uma vez, enquanto sentia o meu corpo tremer. Até que senti uma mão forte puxando o meu braço e me virei rapidamente, pronta para dar um soco na cara de quem quer que fosse.
- Elena, o que está acontecendo? - Dean perguntou, totalmente confuso.
Eu coloquei as mãos sobre a boca para abafar um grito.
- Você quer me matar de susto? - perguntei. - Ainda bem que é você! - eu disse e o abracei rapidamente.
- Eu vi você procurando alguém no meio da festa, e do nada você saiu correndo. O que está acontecendo? Porque você está agindo estranho? - ele perguntou.
Eu respirei fundo e coloquei o bilhete em sua mão.
- Aqui, leia isso. Quem você acha que mandou? - perguntei, enquanto ele lia atentamente. - O Arthur me entregou e disse que um "moço" o mandou.
Dean me olhou totalmente pasmo e indignado.
- Depois que eu terminei de ler o bilhete, eu vi uma pessoa diferente na festa. Ela estava de preto e assim que me viu indo em sua direção ela correu para fora. - contei a ele. - Eu estava certa, a sensação ruim que eu estava sentindo não era coisa da minha cabeça. Parecia até que eu estava prevendo que algo assim fosse acontecer.
- Você ficou maluca?! - ele me perguntou, indignado. - Não podia ter saído correndo atrás dessa pessoa assim desse jeito, não sozinha. Essa pessoa... ou homem, ou sei lá quem seja é muito perigosa. E eu não quero ver você correndo perigo de novo, entendeu? Você devia ter me chamado.
Eu fiquei séria enquanto ele falava, realmente eu entendia o seu lado e me colocava no seu lugar. Mas eu tinha que descobrir quem era, não podia perder essa chance, que infelizmente acabei perdendo.
- Tudo bem, mas eu tinha que ter feito alguma coisa. E na hora eu só pensei em sair correndo atrás de respostas, mas eu sei que devia ter pensado melhor antes. - admiti.
Ele só me olhou fixamente e concordou.
- E agora, o que devemos fazer? - perguntei.
- Eu acho que nós devemos manter a calma e agir naturalmente, tentar pelo menos. Vamos deixar isso nas mãos da polícia e amanhã pensamos melhor a respeito. Estamos com um salão cheio de convidados e não podemos causar pânico em todos eles dizendo que um psicopata invadiu a festa.
Eu pensei por uns segundos.
- Você está certo.
- Eu vou ligar para a polícia e contar a eles o que aconteceu, mas ninguém pode saber. Também não queremos que luzes e sirenes espantem a pessoa, eu acho que a polícia deve agir disfarçadamente para conseguir capturar quem quer que seja.
Eu concordei e ele continuou:
- Agora volta para a festa, eles já devem estar sentindo a nossa falta. Eu vou ficar fazendo a ligação, enquanto você enrola os convidados sobre qualquer pergunta.
- Tudo bem, mas não demore muito aqui fora.
Ele concordou e pegou o seu celular, eu cruzei os braços e voltei para a festa. Algumas pessoas me olhavam de uma forma estranha, mas ignorei. Então minha mãe veio até mim com seu olhar preocupado.
- Você está bem, filha? - ela perguntou.
- Sim, mãe. Está tudo bem. - eu respondi.
Ela me olhou, insistente.
- Tem certeza?
- Sim. - não queria preocupá-la.
Tentei disfarçar o que havia acontecido, conversando com algumas pessoas. Alguns minutos depois, Dean retornou para dentro e veio até mim, dizendo que tinha resolvido tudo. Eu concordei e então fomos para um canto e continuamos conversando sobre o homem de preto. Então vimos algumas crianças brincando juntas na festa, e Arthur estava brincando com elas. Dean olhou para mim, estávamos pensando a mesma coisa. Talvez se questionássemos o menino de um jeito certo, poderíamos obter algumas informações.
Então nos aproximamos das crianças cautelosamente, como se não quiséssemos nada. Puxamos assunto para disfarçar e perguntamos do que elas estavam brincando. Depois de nos responderem que estavam brincando de pega-pega, eu chamei Arthur e disse que precisava falar com ele. O menino concordou e inocentemente segurou na minha mão, enquanto andávamos com ele até uma mesa. Ele se sentou em uma das cadeiras e nós fizemos o mesmo, começamos perguntando sobre outros assuntos antes de irmos direto ao ponto. Arthur era uma criança muito tagarela e gostava de conversar, então decidimos iniciar as perguntas.
- Arthur, você se lembra daquele moço que te entregou o bilhete? - eu perguntei de maneira simples.
Ele não demorou muito pensando e então respondeu:
- Eu me lembro dele. Ele disse que não tinha sido convidado, mas que mesmo assim não ficou triste, pois estava curtindo a festa de longe.
Quando ele falou isso, Dean e eu nos entreolhamos. Ok, isso estava me deixando com medo.
- Você pode nos dizer como esse homem era? - Dean perguntou.
Arthur olhou para ele e respondeu:
- Não, ele estava usando uma máscara preta por baixo do capuz.
Dean soltou um suspiro de frustração.
- Ele conversou comigo, parecia uma pessoa legal. - Arthur continuou. - Ele disse também que é melhor vocês se lembrarem dele da próxima vez que fizerem uma festa.
Cada vez mais eu me surpreendia, que tipo de pessoa era essa? Parecia ser obsessiva demais em relação a Dean e eu.
- Me escuta bem, Arthur. - Dean disse, aconselhando o pequeno menino. - Você precisa ter mais cuidado com quem você conversa. Se afaste de pessoas estranhas que você não conhece, é perigoso demais.
O menino ficou em silêncio e balançou a cabeça em concordância.
- Dean tem razão. - eu disse para ele. - Agora você pode voltar a brincar com seus amigos, mas não se afaste muito dos seus pais, tudo bem?
- Tudo bem. - ele disse e se levantou.
Deu um abraço em mim e tocou a mão de Dean, e quando estava quase se afastando eu o chamei de volta.
- Só mais uma coisa. - eu disse. - Não conte sobre a nossa conversa para ninguém.
O menino fez que sim e correu de volta para seus amigos. Dean se levantou e tinha uma expressão novamente de frustração.
- Não conseguimos nada. - ele disse.
Eu entendia o seu desejo de conseguir respostas, mas me aproximei dele e tentei acalmá-lo. Passei a mão pelo seu ombro para que relaxasse. Eu também estava triste com o que havia acontecido, mas ainda assim eu queria que aproveitássemos o resto da festa, aliás não era qualquer festa, era a festa do nosso casamento, da qual esperamos muito tempo. Depois nós encontrariámos uma forma de resolver isso.
- Ei... - eu disse. - Nós não conseguimos nada agora, mas eu sei que vamos descobrir alguma coisa em breve.
Ele concordou.
- Só vamos aproveitar o resto da festa, tudo bem?
- Você tem razão, vamos aproveitar a festa.
Então ele me abraçou e caminhamos juntos pelo salão, voltando ao ritmo da festa. Dançamos mais um pouco enquanto luzes coloridas piscavam, e aproveitamos muito. Depois era a hora de cortarmos o bolo, Dean e eu nos aproximamos da mesa e cortamos o bolo juntos, depois demos os primeiros pedaços aos nossos pais, como uma forma de agradecimento por estarem sempre ao nosso lado. Em seguida fizemos um brinde junto de todos os convidados. Já era tarde e a festa tinha tomado parte da madrugada, Dean se aproximou de mim e disse que estaria pronto para ir embora quando eu quisesse.
Eu concordei com ele e me perdi em meus próprios pensamentos, comecei a ficar ansiosa, imaginando que quando fossemos embora teríamos a nossa primeira noite juntos. O nervosismo e a sensação de borboletas no estômago se tornaram presentes nesse momento. Eu passei as últimas semanas tentando me preparar para quando a hora chegasse, e agora eu sentia que realmente estava pronta, mas mesmo assim, sempre aparecia uma pitada de nervosismo. Estava pronta para ficar com Dean, entregar todo o meu amor a ele era o que eu mais queria. Mas eu também precisava dele e do seu carinho, e esse primeiro contato mais íntimo era o que estava faltando para completar a nossa relação, agora de casados. Cheguei até ele e disse que estava pronta para ir embora.
- Vamos? - eu perguntei.
- Vamos. - ele sorriu e concordou.
A festa estava incrível e muito divertida, porém tínhamos de ir embora, não só por causa da noite de núpcias, mas também porque faríamos a nossa viagem de lua de mel pela manhã, então não poderíamos ficar até muito tarde. Dean e eu nos aproximamos dos convidados e nos despedimos de cada um deles, entregando as nossas lembrancinhas de casamento, e então encerramos a nossa participação na festa. Eu procurei a minha mãe para lhe dar um abraço e também para receber dela os seus últimos conselhos, e creio que Dean fez o mesmo. Abracei o meu irmão e me despedi das minhas amigas, e então fomos para fora. Entramos no carro e acenamos para todos que estavam vendo a nossa partida. Alguns convidados também estavam indo embora, enquanto outros ficariam um pouco mais, aproveitando a festa.
Agora era apenas Dean e eu, no carro, com destino ao paraíso. Enquanto ele dirigia tranquilamente pelas ruas, eu esfregava as minhas mãos. Pela primeira vez em muito tempo ficamos sem jeito de puxar assunto, poucas palavras eram trocadas. Até tínhamos sobre o que conversar, mas ambos estávamos tão perdidos em pensamentos que acabávamos preferindo ficar em silêncio. Talvez estivéssemos pensando demais nas coisas que iriam acontecer nos próximos minutos, e isso nos deixava sem palavras. Eu olhava para Dean enquanto ele segurava no volante, e não conseguia deixar de reparar no quanto ele estava lindo. Cada vez que ele me observava com o seu olhar charmoso e sedutor eu me sentia arrepiada, e um calor subia pelo meu corpo.
- Chegamos. - ele disse, quebrando o silêncio.
Paramos em frente ao hotel e Dean desceu do carro, foi até o lado do carona e abriu a porta para mim. Era fofo e engraçado como ele tentava e conseguia ser tão cavalheiro e romântico, ele se esforçava muito para me agradar e eu reconhecia isso. Ele segurou em minha mão e me ajudou a descer do carro, em seguida tiramos as nossas bagagens do porta malas e um manobrista apareceu para levar o nosso carro até o estacionamento. Dean entregou a chave a ele e então adentramos a recepção do hotel, outro funcionário levava as nossas malas até o nosso quarto, enquanto fazíamos o check-in no balcão. Depois de resolvermos tudo sobre a hospedagem, o recepcionista me entregou o cartão eletrônico do quarto e então senti as mãos de Dean me pegando no colo em um ato de surpresa.
Ele me ergueu com muita agilidade, enquanto eu esboçava um sorriso divertido e uma expressão de surpresa. Passei as minhas mãos em volta do seu pescoço e ele sorriu para mim, enquanto arrumava todo o tecido do meu vestido em seus braços. Tanto os funcionários quanto os demais hóspedes do hotel que estavam ali se viram impressionados com a nossa cena romântica de um casal recém casados e bateram palmas, enquanto Dean me carregava no colo até o elevador. Entramos no elevador e eu apertei o botão, Dean ainda me segurava nos braços, eu estava impressionada com a sua força e atitude, e só conseguia acariciar o seu rosto e admirá-lo. Então o elevador parou e a porta se abriu, saímos de dentro dele e fomos procurar o quarto, era o número 42. Passei o cartão eletrônico na porta e ela se abriu, revelando um quarto lindo e decorado, então Dean e eu entramos, fechando a porta em seguida. Ele me carregou até a cama e me sentou delicadamente sobre ela e fez o mesmo.
Era como se eu estivesse sob algum tipo de encanto, pois não parava de admirar a grandeza e a sofisticação do quarto. A iluminação a luz de velas tornava o ambiente muito mais romântico. Passei a mão pela cama, sentindo a sua maciez e vendo que ela estava repleta de pétalas de rosas. Outros arranjos de flores estavam espalhados por todo o quarto, enquanto fotos nossas estavam dispersas nas paredes.
- Deixaram tudo tão lindo! - eu disse, admirada.
Dean sorriu enquanto estava abraçado comigo e concordou.
- Está perfeito, não está? - ele disse. - É tudo o que você merece!
Eu olhei para ele totalmente feliz e lisonjeada.
- Obrigada, meu amor! Nós dois merecemos.
Ele sorriu e se levantou, eu continuei sentada enquanto observava atentamente cada movimento dele. Ele escolheu uma música e foi até uma mesa cheia de comidas sofisticadas e doces, como morangos cobertos por chocolate. A música que ele havia escolhido era lenta e romântica, e inevitavelmente me fez levantar de onde eu estava sentada. Deixei que os sons me invadissem e comecei a dançar docemente pelo quarto, enquanto Dean me olhava admirado. Eu me movimentava lentamente e segurava o meu vestido enquanto girava, estava dançando graciosamente como uma princesa em um baile. Dean não podia conter o seu sorriso e eu soltei uma risada para ele, enquanto brincava com a dança.
Ele nos serviu uma taça de champanhe, enquanto eu continuava observando a decoração do quarto. Sentia um aroma agradável, poderia dizer até, afrodisíaco. Fizemos um brinde e logo Dean largou a taça e segurou em minhas mãos, ele me puxou para mais perto e então começamos a dançar lentamente com o som da música ao fundo. Estávamos tão próximos, conectados, e eu conseguia sentir o cheiro delicioso e marcante do seu perfume.
- Eu estou feliz por tudo ter dado certo. - ele disse. - Estou feliz em estar aqui com você, vendo o quão linda você fica quando sorri e como consegue ser tão graciosa quando está dançando.
Eu me senti incrível com as suas palavras.
- Eu também estou feliz por ter chegado até aqui com você, por termos conseguido passar por qualquer dificuldade juntos. - eu disse. - E agora podemos aproveitar um ao outro como sempre sonhamos, estou feliz porque finalmente poderei ter você por inteiro.
Ele sorriu e me abraçou, continuamos dançando, juntinhos. Eu reencostei a minha cabeça em seu peito, enquanto ele me segurava pela cintura. Era incrível a sensação de afeto que tínhamos um pelo outro, dançávamos devagar e em silêncio. A nossa conectividade era tanta que não precisávamos dizer nada, pois ambos já sabíamos de tudo sem ao menos dizer uma palavra. Senti a sua respiração em meus ouvidos e me virei para olhá-lo de frente. Penteei os cabelos dele com os meus dedos, massageando os seus fios claros e macios. Ele fechou os olhos como se precisasse do meu toque como eu precisava do dele.
Ele acariciou o meu nariz com o seu, senti o seu hálito quente bem próximo e então os seus lábios macios tocaram os meus, em uma mistura de ternura e desejo. Uma de suas mãos pousou em minha cintura e a outra acariciou o meu pescoço, meu rosto. As batidas aceleradas do meu coração estavam entregando o meu estado ansioso, enquanto nos envolvíamos cada vez mais naquele beijo lento e cheio de emoção. Dean também estava aproveitando aquele momento como se fosse o último para nós dois por um longo tempo. Então ele se afastou e olhou em meus olhos, enquanto em minha mente eu implorava para que ele continuasse. Seus olhos expressaram uma leve hesitação e era como se perguntassem se eu estava mesmo preparada para aquilo.
- Eu estou pronta. - eu disse, confiante. - Estou preparada para entregar o meu amor a você.
Ele me deu um sorriso e concordou, então os seus lábios aveludados finalmente voltaram a tocar os meus, e eu me senti pisando em nuvens. Senti as suas mãos grandes passando ao redor das minhas costas e abrindo lentamente o zíper do meu vestido. Um frio na barriga surgiu quando os tecidos volumosos desceram pelo meu corpo até chegarem ao chão, revelando minha linda lingerie branca. Os olhos de Dean percorreram por todo o meu corpo, admirando cada detalhe e ele sorriu, mordendo os lábios. Nos aproximamos de novo, eu estava presa àquele beijo e não queria me soltar por nada. Minhas mãos ajudaram a tirar o paletó de Dean, e em seguida a sua camisa. Admirei o seu corpo lindo e senti o seu calor em mim quando suas mãos forçaram o meu pescoço para aproximar-me ainda mais dele.
Eu estava hipnotizada e não tinha mais o controle do meu corpo, só queria que ele me tocasse cada vez mais. Então Dean me levou até a cama e me deitou lentamente sobre ela, enquanto ainda me beijava. Senti o calor do seu corpo sobre o meu e o puxei para ainda mais perto, eu precisava dele, precisava do seu toque. Suas mãos se moveram pelo meu corpo e acariciaram as minhas coxas, me provocando uma sensação incrível de prazer. Ele sussurrava palavras doces e também provocantes no meu ouvido, deixando-me cada vez mais arrepiada. O cheiro embriagante do seu perfume me fazia querer tê-lo cada vez mais próximo de mim.
- Eu te amo de verdade, Elena! - ele sussurrou em meu ouvido com a sua voz sincera e sedutora.
Ele me ama!... Não me abandone, por favor... me leve para o paraíso com você.
Seus braços fortes continuaram se envolvendo em meu corpo e seus lábios brincavam com os meus. Sua língua pedia cada vez mais passagem em minha boca, enquanto nosso beijo se intensificava. Ah, como aquilo era bom! Sentia o gosto viciante do seu beijo e não podia mais viver sem ele. Minhas mãos passeavam pelas suas costas e iam até a sua nuca, eu tocava cada parte do seu corpo. Seus lábios beijavam o meu rosto, meu pescoço, e desciam até os meus ombros, eu já estava ficando maluca com as sensações que ele me proporcionava.
- Eu também te amo... De verdade! - sussurrei.
E naquele momento nada mais no mundo importava além de nós dois. Então ele se entregou a mim de corpo e alma, me dando todo o seu amor e o carinho de que eu precisava. Eu fiz o mesmo e me entreguei a ele com todas as minhas forças, deixando que o meu corpo demonstrasse tudo o que eu estava sentindo. Eu estava orgulhosa de mim mesma e feliz, tendo a certeza de que agora eu estava no lugar certo, com a pessoa certa. Dean era essa pessoa em minha vida, meu grande amor, e eu nunca me cansarei de dizer isso ao mundo. Nos entregamos um ao outro, deixando que todo o amor e o prazer nos invadisse, e naquele momento nos tornamos um. Nos permitimos viver essa experiência intensamente, a noite inteira, nos perdendo entre os lençóis finos de seda.
Nossos corpos se moviam em sintonia e cada movimento de Dean sobre mim me fazia delirar. Sentia uma sensação incrível demais para conseguir descrever, minha mente viajava criando fantasias enquanto Dean explorava o meu corpo. Tudo estava dando certo, e eu respondia positivamente aos estímulos que ele me proporcionava. Sentia meu corpo inteiro se arrepiando e soltava gemidos baixos de prazer com cada movimento delicado que ele fazia, como o deslize de seus dedos e de sua língua. Observar o seu rosto sobre mim era tão maravilhoso, e só me fez constatar o quanto ele era perfeito.
Tudo aconteceu perfeitamente, superando as minhas expectativas. Foi melhor do que em qualquer imaginação que eu já tive, Dean conseguiu fazer tudo parecer mágico demais para conseguir imaginar. Aproveitamos demais até perdermos a noção das horas, e então eu adormeci sobre os braços de Dean. Dormi tranquilamente, sabendo que agora eu estava segura ao lado da pessoa que eu amava e então continuei nossa noite em meus sonhos.
Continua...
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