Quando ouvi do que se tratava a notícia meu coração acelerou e o medo percorreu por todo o meu corpo. Liguei para Dean novamente:
     - Dean, você tem que ter cuidado quando estiver vindo. Tem um assassino solto pela cidade!
     - Oi, eu acabei de ouvir essa notícia. Meu chefe vai me liberar mais cedo do trabalho e eu vou correndo até aí.
     - Ok, Dean. Mas venha rápido por favor, eu estou com medo. - exclamei.
     - Elena, tranque toda a sua casa, feche as portas e janelas e pegue algo para você se defender. Não pense em sair para fora até eu chegar. Ouviu?
     - Ok, vou fazer isso agora. Dean, toma cuidado.
     - Pode deixar, Elena. Eu chego aí o mais rápido possível.
     Desliguei a ligação e fui fazer o que Dean me pediu. Fechei todas as portas e janelas e subi as escadas em direção ao quarto do meu irmão.
     Entrei em seu quarto e peguei o seu taco de basebol para me defender. Eu estava com muito medo então decidi esperar Dean em meu quarto.

[...]

     O telefone tocou, eu estava no quarto e não atendi, ele tocou novamente. Então dessa vez decidi atender, pois poderia ser Dean ou meus pais que estivessem ligando. Desci as escadas em direção à sala, quando peguei o telefone vi que era um número desconhecido.
     Com receio resolvi atender:
     - Alô?
     Passou alguns segundos e ninguém respondeu.
     - Alô? - indaguei novamente. 
     Então a pessoa respondeu:
     - Oi, meu nome é Jack. Eu gostaria de falar com Afonso. - disse ele do outro lado da linha.
     - Meu pai não está no momento. - respondi sem pensar.
     - Posso falar com sua mãe então? - perguntou. 
     - Ela também não está em casa. 
     - Eu viajei até aqui para entregar uma encomenda para eles, e hoje mesmo eu já volto para minha cidade. Eu posso deixá-la com você? - explicou ele.
     Encomenda? Meus pais não me disseram nada sobre isso. Pensei.
     - Desculpa, mas agora não é uma boa hora. Você pode trazer amanhã? - perguntei. 
     - É que eu não pretendo ficar aqui até amanhã, eu tenho que voltar o mais rápido possível. Por favor, eu prometo não demorar.
     - Tudo bem. - disse.
     - Obrigado, em alguns minutos estarei aí. 
     Desliguei o telefone, me arrependendo de aceitar seu pedido. Eu andava de um lado para o outro da sala, eu estava nervosa. 
     - Porque eu deixei ele vir? - perguntei para mim mesma. - Como eu sou burra. Dean ainda não chegou, porque ele está demorando tanto? 

Continua...