Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2 - Entre as Nuvens

A paz tentara habitar aquele corpo, sem nenhum sucesso. Ansioso, o rapaz tateava as vestes escuras que escolhera para ir ao local marcado. Mais cedo, vasculhando o amontoado de roupas espalhadas no grande armário empoeirado, encontrara aquele terno — grande demais para o seu corpo — e conferiu-lhe alguns toques de vermelho, com um lenço de bolso e uma faixa no colarinho.

Mesmo que fosse improvável, talvez alguém compreendesse a sua real intenção de parecer-se com um vampiro. Todavia, o mais verosímil era que o confundissem com algum tipo de presidente de um cerimonial fúnebre.

— É — disse ele, olhando seu reflexo no espelho —, acho que serve.

Infelizmente, não havia conseguido folga no emprego, o que o deixara com pouquíssimo tempo para se preparar. O espírito de Halloween não aplacara seu chefe sovina.

Kaleo deu um beijo na mãe, que estava sentada na sala, tricotando uma peça azulada. O televisor aceso nem as paredes entretinha.

— Volta tarde? — perguntou, com os óculos na ponta do nariz e as pupilas na parte superior dos olhos.

— Tudo depende dela. — Ele sorriu confiante.

— Dela?

— Uma pessoa que conheci. Uma pessoa, não! — Ergueu os olhos para o teto. — Um anjo.

— Os anjos não andam pela terra neste dia — ela zombou, arrancando um riso nasalado do filho. — Vai sozinho?

— Não. Luca vai comigo. A senhora sabe... — Ele sacudiu a cabeça para os lados. — Para o caso de tudo dar muito errado.

— Cuide-se. O céu é meio longe — retrocou, em tom de galhofa.

Kaleo espreitou o relógio, já passavam vinte minutos das onze. Não demorou a deixar a residência e correr porta afora.

O rapaz suspirou aliviado ao ver o amigo já pronto no portão de casa. Sem abrandar o ritmo apressado, Kal puxou-o sem anunciar-se. O loiro quase deixou cair o celular com o susto.

— Está louco?

— Venha, é por aqui. Vamos! Estou atrasado.

Luca sorriu matreiro, começando a suspeitar da existência de uma mulher por detrás do entusiasmo do amigo. Ele aquiesceu, e deixou ser-se guiado.

Um bando de crianças fantasiadas surgia, aqui e acolá, mas nenhuma delas parecia ter acabado de sair de algum parque. As faces pintadas entristecidas encaravam os baldes vazios. A coleta de doces já estava fraca e os estômagos pareciam clamar por mais.

— Ei — Luca segurou em seu braço —, aquela não é a Cassandra?

O loiro sorriu animado, apontando discretamente para o outro lado da rua, onde uma moça ruiva, com sardas nas faces rosadas, caminhava.

Kal percebeu pelo olhar embevecido do amigo que a "ruiva sedutora" do dia anterior era a Cassandra, uma antiga colega de escola dos dois e um primeiro amor, não correspondido, de Luca. Ele, afinal, continuava batendo na mesma tecla.

— Não temos tempo, por favor...

O garçom olhou inquieto para o relógio. Tudo parecia conspirar contra o seu tão sonhado encontro do paraíso.

— Vai na frente. — Luca não retirava os olhos da garota. — Eu encontro você lá.

— Sabe onde é?

— Acho uma tarefa muito difícil encontrar um parque de Halloween — o amigo ironizou.

Kaleo meneou a cabeça, mas sem conseguir culpar o amigo. Ele também tinha deixado levar-se pelo feitiço de uma bela mulher. O rapaz deu um leve toque no ombro de Luca e desejou-lhe sorte, antes de o abandonar, esperando que fosse possível os dois serem abençoados naquela noite.

Assim que o relógio marcou exatas 23:45, Kaleo viu-se iluminado pelas luzes que gritavam do parque. O letreiro do Souls' Park tremeluzia de uma maneira estranha, quase hipnótica.

— Hey. — A voz melodiosa arrepiou-o. — Você chegou.

A moça trazia um vestido negro, totalmente antagónico ao da noite anterior. A maquiagem do rosto era marcada num vermelho vivo, tornando a sua beleza mais sombria. Ela não poderia estar mais distante da imagem de um anjo, mas Kal recusava-se a ver o óbvio.

O rapaz sentiu o frio da mão dela envolver a sua e o coração falhou uma batida. Ele era puxado para o túnel assustador e imaginava-se arrastado para um céu ensolarado com um esplendoroso arco-íris.

O palhaço tragou-os aos dois, sem que fossem deixados vestígios para trás.

— Onde estão as crianças?

As diversões chiavam vazias com a passagem do vento. As luzes piscavam inúteis, quase magoando os olhos. Para uma estrutura majestosa como aquela, ele imaginara centenas de pessoas caracterizadas e pequenas criaturas pedindo gostosuras.

— Ôh, Kaleo. — Ele ficou confuso, já que ainda não havia dito o seu nome. — Não temos crianças, aqui.



728 palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro