Rosas azuis.
Narrador pov:
"— Lockhart não deveria nem possuir uma varinha, aquele cara é um idiota. - Ivy falava um tanto irritada, a mesma andava ao lado de Cedric com os dedos entrelaçados nos do garoto, o loiro tinha acabado de buscá-la na porta da comunal da grifinória e agora ambos desciam as escadas para o café da manhã.
— Talvez ele nunca tenha trabalhado como professor antes.
— Mas isso é óbvio, quem que faz um teste perguntando a cor favorita dele? Isso é um absurdo. - Cedric acabou rindo e logo terminaram de descer toda a escadaria, em seguida se encontraram com Alina que estava olhando de forma desinteressada para as suas unhas enquanto estava encostada na parede, o uniforme da Sonserina sempre muito bem limpo e passado, seu cabelo era preto e liso, o mesmo era curto um pouco abaixo do ombro apenas. - Olha ela tentando ser malvada. - Ivy comentou assim que se aproximaram e a descendente de tailandês ergueu o olhar para o casal.
— Mas que demora a de vocês, pararam no caminho, foi? - Perguntou e se desencostou da parede se aproximando dos mesmos antes de deixar um beijo sobre a bochecha de Ivy e apenas dar um aceno de mão para Cedric.
— Mas nem demoramos. - O garoto falou quando voltaram a andar para o salão.
— A So-hyun nem aguentou esperar, dizendo que estava morrendo de fome.
— Mas ela está sempre com fome. - Ivy acrescentou olhando para Alina.
— Que nem você. - Alina e Cedric falaram ao mesmo tempo e Ivy fez uma careta para eles, mas sua careta aumentou quando entraram no salão e o encontraram cheio de corações, flores gigantes de cor rosa um tanto gritante e faixas rosas espalhadas, era algo horroroso e Ivy logo entendeu do que se tratava.
— Parece que a minha prima vomitou o quarto dela aqui. - Alina falou enquanto olhava com certo nojo para as coisas.
— Pra que isso tudo? - Cedric perguntou confuso enquanto olhava em volta.
— Feliz dia dos namorados! - Lockhart apareceu todo sorridente em seu terno roxo e seu cabelo loiro bem alinhado. - Tomei a liberdade para fazer essa surpresa para os meus alunos queridos e não acaba por aqui.
— Alina, se você quiser matar ele, eu te ajudo.
— Eu faria ele sofrer por estar quase fazendo meus olhos sangrarem.
— Garotas, algum professor pode ouvir. - Cedric repreendeu as duas, mesmo que não gostasse do professor não concordaria com isso, logo o professor bateu palmas e alguns anões aparecem com expressões fechadas, pareciam até que matariam um, se não fosse pela aparência deles, estavam com harpas em suas mãos e asas pelo o que parecia na cor dourada.
— Eles vão ficar entregando os cartões pelos corredores da escola. - Lockhart falou de forma animada. - E se quiserem entrar mais no clima, podem pedir ajuda para os meus companheiros, talvez pedir para Snape uma poção do amor ou até mesmo para o professor Flitwick, ele conhece vários feitiços de fascinação.
— Iiih, melhor ter cuidado Cedric, vai que alguém usa alguma poção do amor na Ivy. - Alina provocou e o mesmo fechou sua expressão e acabou trazendo a ruiva para mais perto de seu corpo, fazendo a morena rir. - Eu vou comer antes que acabe vomitando o nada com essa decoração.
— Cedric. - Ivy o chamou após ver a sua amiga ir para a mesa dos sonserinos.
— Sim?
— Está tirando o meu ar.
— Ah, desculpa. - O garoto falou envergonhado soltando um pouco o aperto. - Vamos comer?
— Vamos e não liga para o que a Alina falou, sabe que ela gosta de incomodar. - Ivy tentou o acalmar e o mesmo assentiu enquanto andavam para a mesa da grifinória, já que hoje era o dia do texugo se sentar com os leões, o casal logo se sentou junto com o trio de ouro, Ronald já estava reclamando de Lockhart junto com Harry, já Hermione o defendia com unhas e dentes, já Ivy apenas ria dos três enquanto se servia e Cedric fazia o mesmo mas em silêncio, o garoto sabia que Alina gostava realmente de implicar, mas também sabia que Ivy era um tanto ou até muito, admirada pelos garotos de Hogwarts. Muitas vezes o loiro viu os garotos e até mesmo algumas garotas se declarando para a ruiva antes de começarem a namorar oficialmente, Ivy sempre os dispensava de forma gentil e dizia que se sentia honrada pela pessoa ter tido qualquer sentimento por ela, agora isso não acontecia mais pelo menos não na frente dele, pois já ouviu por alguns alunos que alguém tinha tentado se declarar para a ruiva. Cedric também recebia muitas declarações, elas eram mais em forma de carta, já que algumas garotas tinham certo medo de Ivy, mas as cartas diminuíram quando começou a namorar e quase se tornaram nulas, o loiro apenas queria que isso acontecesse com a Ivy também, ainda achava que ela poderia acabar se "cansando" dele, o garoto as vezes não sentia que merecia o amor dela.
— Cedric? Cedric!
— Oi? - O loiro piscou algumas vezes se voltando para Ivy que estava o olhando. - Disse algo, amor?
— Harry recebeu uma declaração. - A mesma sorriu e abraçou o moreno que estava ao seu lado e levou uma de suas mãos até a bochecha do garoto e a apertou. - Nosso filho está crescendo tão rápido. - Fingiu chorar e o trio acabou rindo, Cedric soltou um riso fraco enquanto balançava sua cabeça em negação, Ivy tinha pegado o costume de falar que os mais novos, mais especificamente dos que ela gostava, eram filhos dela e do Cedric, o garoto já tinha perdido a conta de quantos filhos já tinha. Continuaram a comer e Cedric ficava completamente tenso quando algum dos anões passava por perto, o garoto pensava que algum iria entregar alguma carta, o café da manhã estava terminando e o mesmo começou a ficar mais tranquilo ao pensar que finalmente tinham entendido que Ivy era sua namorada. - Temos que ir para a aula de trato de criaturas mágicas agora. - A ruiva falou após olhar a sua grade de horários.
— Vamos então.
— Vocês já vão também? - Ivy perguntou olhando para o trio enquanto se levantava colocando a mochila sobre seu ombro.
— A gente vai para o outro lado do castelo. - Hermione explicou para a ruiva que concordou, logo se despediram e Cedric segurou a mão de Ivy como se sua vida dependesse disso.
— Ced, não precisa apertar minha mão. - A ruiva reclamou e o mesmo afrouxou o aperto em seguida. - Você está ficando paranoico.
— Como se você não ficasse do mesmo jeito. - Resmungou enquanto andavam em direção a saída do castelo.
— Até onde eu sei, não sou que estou apertando a sua mão todo nervoso. - Cedric revirou seus olhos discretamente e seguiram andando, assim que saíram do castelo a ruiva o puxou levemente para não ficarem no caminho dos alunos. - Ei, se acalma está bem? Nem uma poção do amor vai me fazer parar de amar você.
— Você sabe que as poções do amor fazem, aquilo não é amor e sim obsessão. - Ivy soltou a mão do garoto e o segurou pelo uniforme o puxando para mais perto e selando seus lábios em um beijo lento que o garoto não demorou para retribuir, aos poucos o beijo foi se encerrando e Ivy olhou de forma fixa o mesmo.
— Nem uma poção idiota vai me fazer trocá-lo, estamos entendidos? - Cedric que no momento tinha suas mãos na cintura da ruiva balançou sua cabeça positivamente.
— Estamos.
— Ótimo, agora vamos para a aula. - Assim o casal continuou a andar em direção a aula que era ao ar livre, o tempo se passou e a aula tinha sido finalizada, no momento estavam voltando para o castelo, Ivy estava um pouco mais à frente conversando com os gêmeos que estavam mostrando o novo produto deles e a ruiva era a compradora oficial para testar nos outros, na verdade ela nem precisava comprar pois Fred e Jorge gostavam com seus produtos, mas a garota comprava para os ajudar. Já Cedric andava um pouco mais atrás com seus amigos lufanos, eles estavam rindo por um deles ter contado uma piada, mas o riso do loiro foi se cessando ao ver um dos anões andando em direção aos três ruivos, Cedric começou a torcer que fosse para os gêmeos e realmente, os dois receberam duas cartas cada, mas então o anão entregou algumas cartas para Ivy e o loiro tinha certeza que tinha mais de cinco ali, a ruiva agradeceu ao anão que saiu resmungando por estar tendo que andar por todo o castelo.
— A gente vai indo Cedric. - Os amigos do mesmo se despediram ao sentir o clima que estava se formando.
— A gente também vai. - Fred falou enquanto guardava suas cartas.
— Depois a gente se fala. - Jorge acrescentou e restou apenas o casal ficando para trás, Ivy se virou para Cedric e o mesmo tinhas suas mãos em seus bolsos e ombros caídos, a ruiva se aproximou dele e deixou as cartas caírem no chão antes de abraçá-lo, que de forma lenta a retribuiu.
— Você é o melhor namorado que eu poderia pedir, nem uma carta vai fazer com que eu mude de ideia, é um garoto incrível que não precisa fazer nada para que eu me apaixone cada dia mais por você.
— As vezes eu penso que você poderia ter alguém muito melhor, você é tão incrível enquanto eu sou apenas eu. - Cedric murmurou a apertando em seus braços.
— Às vezes você é tão lufano. - Ivy deixou escapar um riso baixo e deixou um beijo na curvatura do pescoço do mesmo. - Eu nunca ia querer outra pessoa a não ser você, eu te amo mais do que tudo garoto.
— Eu também te amo.
[...]
Já tinha chegado a hora do almoço, Ivy, Alina e So-hyun estavam sentadas na mesa da Corvinal, conversavam e rindo de So-hyun pela mesma estar toda boba por ter recebido várias cartas, a ruiva estava tomando um pouco de seu suco de abóbora quando começou a ouvir murmúrios, coisa que a fez franzir sua testa.
— Pelas barbas de Merlin. - So-hyun falou toda sorridente olhando para além da ruiva, logo ela e Alina se viraram para poder olhar e Cedric se aproximava junto de Anne, a pequena ruiva estava carregando uma caixa de coração toda sorridente e o garoto tinha um buquê de rosas azuis.
— Olá princesa Ivy. - Anne falou para a irmã assim que se aproximaram.
— Olá princesa Cordélia, o que lhe traz aqui junto de sua alteza? - Ivy perguntou divertida enquanto os olhava, Cedric sorria para a mesma.
— O príncipe Diggory estava sem coragem para vir aqui, então eu como uma boa ajudante, vim ajudá-lo. - Anne o empurrou levemente que soltou um riso baixo.
— Primeiro queria lhe dar essa caixa de bolinhos, já que você apenas gosta de comer chocolate na Páscoa. - Cedric pegou a caixa das mãos de Anne e a entregou para Ivy que a pegou, tirando o laço e entrando vários mini bolinhos coloridos.
— Muito obrigada. - Soltou um riso baixo enquanto deixava a caixa na mesa.
— Suas flores favoritas, pois eu conheço muito bem a minha namorada. - Cedric falou a última parte um pouco mais alto, causando alguns risos nas amigas, Ivy as cheirou e acabou percebendo que tinha uma rosa falsa no meio do buquê.
— Por que tem uma falsa?
— Porque o meu amor por você vai durar até a última rosa morrer, mas sabemos que rosas falsas não podem morrer. - Ivy sorria de forma boba enquanto o olhava.
— Isso é tão romântico. - So-hyun e Anne falaram ao mesmo tempo enquanto os olhavam.
— Que meloso. - Alina murmurou e recebeu um tapa de So-hyun em seu braço.
— E por último, esse presente. - Pegou uma caixinha retangular de dentro de sua mochila e entregou para a garota, que pegou após colocar o buquê sobre seu colo, a mesma abriu a caixinha encontrando um delicado colar, sua corrente era prateada, o pingente tinha formato de coração com pequenas pedrinhas em volta de uma grande e vermelha no meio. - Esse é para representar o meu coração que é e sempre vai ser seu.
— Você ainda vai me desidratar. - Ivy brincou enquanto sentia seus olhos lacrimejarem e sorria olhando para o colar, a ruiva ergueu o colocar e entregou para Cedric que se sentou atrás dela que erguia o cabelo para o loiro colocar o colar, logo se virou para o mesmo lhe dando um selinho demorado. - Sempre e para sempre? - Cedric passou sua mão suavemente na bochecha da mesma enquanto sorria.
— Sempre e para sempre."
O clima na casa dos Cullen estava um tanto tenso, Ivy estava sentada ao lado de Peter enquanto mexia no pingente de seu colar levemente para se distrair, Elizabeth estava sentada ao lado do sobrinho e arrumou sua postura ao olhar para Esme e Carlisle.
— Ivy me falou que Edward apareceu muito rápido perto dela e que parou aquela van, poderiam me dizer como um adolescente fez isso? - Elizabeth começou enquanto os olhava de forma séria.
— E como Ivy sendo uma adolescente também, conseguiu desaparecer da frente do meu irmão? - Rosalie perguntou de forma rude para a mais velha.
— Rosalie, tenha calma. - Esme pediu para a mesma a olhando e em seguida se voltou para Elizabeth. - Nós precisamos que vocês entendam que não é algo fácil de contarmos, na verdade não poderíamos, mas entendemos que o desconhecido pode assustador. - Ivy e Peter se olharam de forma discreta com certo deboche.
— O que minha esposa quer dizer, é que não somos humanos. - Elizabeth ergueu sua sobrancelha enquanto o olhava e os primos fizeram expressões confusas. - Primeiro quero que vocês saibam que nunca machucamos ninguém.
— Falar isso depois de dizer que não é humano, não cai muito bem. - Peter comentou e acabou fazendo com que Ivy soltasse um riso fraco que não passou despercebido por Edward que achou um tanto adorável.
— Talvez, mas é sempre bom frisar essa parte. - Carlisle falou gentilmente. - Eu e a minha família somos vampiros. - Um silêncio se instalou na sala, Edward começou a ficar nervoso com a reação que Ivy poderia ter, a mesma já não chegava perto dele, imagina agora sabendo disso?!
— Isso é muito irado. - Peter foi o primeiro a falar e olhava animado para os Cullen.
— Espera, não está assustado em saber disso? - Alice perguntou enquanto o olhava com certa confusão.
— Mas é claro que não, vocês são completamente diferentes dos que a gente já estudou.
— Como assim? - Jasper perguntou enquanto olhava para o garoto. - Vocês estudam sobre vampiros?
— Na antiga escola deles, são estudados os vampiros no primeiro, segundo e terceiro ano. - Elizabeth explicou os fazendo ficarem surpresos. - Você falou que nunca machucaram ninguém, então como se alimentam?
— Tomamos sangue animal, não é como o sangue humano mas podemos viver muito bem. - Carlisle a respondeu deixando a mais velha surpresa pelo autocontrole da família.
— Vocês sempre foram assim? - Ivy perguntou curiosa e Edward acabou tomando a frente para respondê-la.
— Nascemos humanos, mas alguns de nós passaram por momentos difíceis e até mesmo de quase morte, a imortalidade nos salvou disso. - A ruiva apenas balançou sua cabeça em concordância e desviou seu olhar em seguida.
— Mas e vocês? - Rosalie voltou a perguntar enquanto se mantinha de braços cruzados.
— Somos bruxos. - Elizabeth a respondeu e um certo silêncio se instalou de forma rápida, mas desapareceu da mesma forma que se formou.
— Caramba, você é uma bruxa?! Por favor, me faz flutuar, nunca te pedi nada. - Emmett pediu de repente completamente empolgado enquanto olhava para Ivy que fez uma careta para o vampiro.
— Eu não sou o Pennywise. - A ruiva resmungou para o vampiro.
— A cara de palhaça tu já tem. - Peter falou discretamente, mas Ivy escutou e acertou um soco em seu braço o fazendo resmungar.
— Me desculpe pelo Emmett. - Esme pediu enquanto olhava para Elizabeth.
— Está tudo bem.
— Mas vocês fazem aquelas coisas de bruxa, tipo pegar crianças e fazer pacto com o diabo? - O mesmo perguntou fazendo com que a família de vampiros se envergonhasse pelas perguntas, já Rosalie lhe deu uma cotovelada. - Aí ursinha.
— Isso são coisas que os trouxas inventaram por conta da caça às bruxas, não fazemos nada disso.
— Trouxas? - Rosalie perguntou para a mais velha.
— É como chamamos os não bruxos. - Ivy explicou para a loira. - Em outros lugares são chamados de non-magic e também tem os abortos.
— Abortos? - Esme perguntou confusa para a garota que balançou sua cabeça positivamente.
— São pessoas que nasceram em famílias bruxas, mas não conseguem fazer magia. - Esme achou aquilo um tanto cruel, mas ficou em silêncio.
— A senhora falou que na antiga escola da Ivy e do Peter, eles aprenderam sobre vampiros, então é uma escola feita para vocês? - Jasper voltou ao ponto que estava curioso enquanto olhava para Elizabeth.
— Sim, existem várias escolas para bruxos e bruxas pelo mundo todo, mas a que eu e depois eles estudaram se chama Hogwarts.
— Então vocês apenas chegam lá e começam a estudar sobre magia? - Alice perguntou ficando mais interessada no assunto, assim como a sua família.
— Tem todo um processo, não aprendemos só magia, possuímos outras matérias. - Ivy começou enquanto a olhava. - Não sei como funciona nas outras, mas em Hogwarts assim que um bruxo ou bruxa nascem, já possuem uma vaga garantida na escola, quando completamos 11 anos uma carta chega em nossa casa dizendo que fomos aceitos, nela tem o que precisamos comprar de material e uniforme. - A ruiva explicava de forma calma. - Assim que chegamos na escola, somos selecionados para uma das quatro casas, que...
— Canta a música Ivy. - Peter pediu animado e a mesma apenas ignorou o fazendo ficar emburrado.
— Que são, Grifinória casa daqueles de coragem, bravura, determinação, ousadia, nobreza e lealdade. Depois vem a... - Ivy acabou hesitando e notaram isso, Peter logo tomou a frente por saber o motivo.
— Lufa-Lufa casa daqueles que possuem dedicação, jogo limpo, paciência, gentileza, tolerância, disposição, trabalho duro, lealdade e justiça. - Peter finalizou com um sorriso e empurrou a Ivy discretamente para continuar, a mesma respirou fundo antes de voltar a falar.
— Então temos a Corvinal, casa daqueles de inteligência, sagacidade, sabedoria, criatividade, originalidade, individualidade, nitidez e aceitação. Por último a Sonserina casa daqueles de ambição, sagacidade, inteligência, persuasão, sangue-puro, liderança, determinação e astúcia. - Ivy se arrumou no sofá enquanto os olhava. - O chapéu seletor é colocado em nossa cabeça e o mesmo vê em qual casa melhor nos encaixamos.
— Isso sim que é irado. - Emmett falou completamente impressionado. - Quais casas vocês ficaram?
— Eu fui da Sonserina, Peter da Lufa-Lufa, Ivy da Grifinória e a Anne é da Corvinal. - Elizabeth respondeu um tanto orgulhosa.
— Quem é Ann?
— É Anne com E. - Ivy corrigiu Rosalie. - E é a minha irmã mais nova, ela está no ano letivo dela ainda, pois Hogwarts possui dormitórios e é praticamente nossa casa.
— Espera, você tem uma irmã? - Alice perguntou completamente surpresa.
— Eu tenho.
— Por essa eu não esperava. - Emmett comentou e riu em seguida.
— Tem algo me deixando curioso. - Carlisle comentou um tanto vago antes de focar nos bruxos. - Essa escola de bruxo, foi a que teve o ataque?
— Infelizmente sim. - Elizabeth começou enquanto os olhava. - Nem todos os bruxos são bons, mas esse foi um dos piores que já tivemos, ele se chamava Voldemort. - Ivy desviou seu olhar para nem um ponto específico enquanto Peter abaixava sua cabeça. - Ele fez coisas horríveis, achava que trouxas deveriam ser extintos, que apenas bruxos puro-sangue eram merecedores.
— Puro-sangue...? - Edward perguntou confuso por notar a palavra sendo citada pela segunda vez.
— São aqueles que nasceram de famílias completamente bruxas coisa que é meio difícil pois em algum momento teve algum familiar trouxa ou até mesmo mestiço na linhagem, existem os nascidos-trouxas que são bruxos filhos de pais trouxas e os mestiços, filhos de bruxos com algum trouxa. - Elizabeth o explicou e o mesmo balançou sua cabeça positivamente. - Continuando, a muito tempo atrás existia uma profecia de que alguém conseguiria matá-lo, isso resultou em uma das piores épocas em que vivemos, muitos bruxos e bruxas foram mortos por não concordarem com a sua visão, na verdade qualquer um que entrasse em seu caminho tentando o impedir acabava morto.
— Isso é horrível. - Esme murmurou com pesar em sua voz.
— Possuímos três maldições imperdoáveis, uma delas se chama maldição da morte, até agora apenas uma pessoa sobreviveu a ela, é um garoto chamado Harry Potter e foi ele que matou Voldemort.
— Um garoto conseguiu matá-lo? - Edward perguntou impressionado, Ivy sem que ao menos percebesse deu um discreto sorriso com a fala do mesmo.
— Sim, mas muitas pessoas morreram no processo, até alguns meses atrás estávamos em guerra.
— Espera, então aquelas coisas misteriosas que estavam acontecendo por todo canto, eram vocês em uma guerra? - Carlisle perguntou surpreso e Elizabeth assentiu.
— Estávamos protegendo o mundo bruxo e o mundo dos trouxas.
— Vocês também participaram dessa guerra? - Jasper perguntou para os primos que assentiram ao olharem. - Vocês perderam alguém?
— Muitas pessoas. - Peter respondeu dando um sorriso fraco. - As pessoas que seguiam Voldemort quase conseguiam se igualar na maldade dele. - Um ar triste começou a rondar os primos e Edward pode notar que Ivy tinha seus olhos marejados, tinha vontade de falar algo mas não sabia como, então perguntou o que já estava rondando a sua mente desde a noite passada.
— Eu... posso perguntar uma coisa? - Edward olhou para Elizabeth após seu olhar se demorar um pouco na ruiva.
— Claro querido.
— Bom... nós não precisamos dormir e eu fui dar uma volta depois do jantar. - Suas palavras eram cuidadosas enquanto o mesmo falava. - Eu vi algo que parecia com uma raposa mas era azul, corria pelas árvores e desapareceu depois... que eu ouvi o riso da Ivy vindo dela. - A garota arregalou levemente seus olhos assim como sua família. - Isso seria de vocês?
— Maninho, o que você usou? - Emmett perguntou para o mesmo que revirou seus olhos, mas se manteve olhando a família.
— Ela era assim? - Ivy mexeu em seu casaco e pegou sua varinha, a apertando um pouco em sua mão. - Expecto Patronum. - A garota falou em quase um sussurro movendo sua varinha e o brilho azul saiu da ponta de sua varinha se transformando em uma raposa que correu pela sala no ar, os vampiros olharam maravilhados para a raposa que passava por eles e que logo parou no chão encarando Edward por um tempo antes de olhar para Ivy e andar em sua direção antes de desaparecer.
— Era... o que é?
— Um patrono corpóreo. - Ivy guardou sua varinha. - Também tem como fazer o não-corpóreo, vai da intensidade das boas lembranças do bruxo ou bruxa, é assim que se realiza o feitiço. Ele só pode acontecer se você tiver uma lembrança feliz e os corpóreos tem que ser a melhor que você tiver, são úteis contra dementadores, são criaturas que sugam toda a sua felicidade até não restar mais nada. - A ruiva respondeu de forma um tanto robótica. - Só não entendo como você o viu, não conjurei meu patrono.
— Mas eu vi, parecia que estava querendo... me chamar. - A garota estreitou seu olhar em direção ao vampiro e se levantou de repente.
— Até parece que ele iria te chamar, você apenas viu um patrono nada de mais nisso.
— Na verdade...
— Cala a boca, Peter! - Ivy mandou com raiva e no exato momento a televisão explodiu.
— Caramba... - Emmett sussurrou olhando o estrago que a televisão tinha ficado.
— Ivy! Já falamos sobre controlar a sua magia. - Elizabeth a repreendeu e a ruiva a encarou.
— Olha as coisas que esse garoto está falando, um patrono não chama por um desconhecido e muito menos aparece assim.
— Tem coisas que não conseguimos explicar. - Elizabeth tentava a acalmar após se levantar e olhou para os vampiros. - Me desculpem por isso, Ivy não anda bem...
— Para de me tratar como louca! - Ivy olhou para a madrinha irritada. - Eu tento todo dia, mas você acha que é fácil?!
— Aqui não é hora e nem lugar, Ivy. - O tom de Elizabeth se tornou mais sério, a ruiva engoliu a vontade de chorar e saiu a passos pesados para fora da casa. - Vocês não precisavam ter visto isso, me desculpem mesmo.
— Está tudo bem, Elizabeth. - Esme se aproximou deixando a uma mão sobre o ombro da mesma. - As vezes acabamos ficamos estressados, é normal.
— Mesmo assim, me desculpem. - Elizabeth pegou sua varinha e apontou para a televisão. - Reparo. - Movimentou sua varinha e logo a televisão estava nova em folha.
— Isso foi incrível. - Alice falou admirada enquanto olhava para a televisão.
— Bom, amanhã eu...
— Cadê o Edward? - Peter interrompeu sua tia ao notar a falta do vampiro, isso não ia dar coisa boa, o garoto pensou e do lado de fora da casa Ivy já estava praticamente em frente a sua e quando iria abrir a porta, uma mão foi colocada em seu ombro a fazendo se virar.
— Posso falar com você?
— Não, agora vai embora. - Ivy destrancou a porta e entrou, iria fechá-la se não fosse por Edward a segurar. - Isso é invasão a domicílio.
— Eu não invadi a sua casa. - O vampiro falou soltando um riso fraco.
— Está segurando a minha porta, está na minha varanda, então invadiu. - Ivy tentava fechar a porta, mas nem um esforço seu adiantava. - Vai embora!
— Não, quero entender isso tudo. - Edward exigia e acabou empurrando a porta sem muita força, mas conseguiu abri-la fazendo com que Ivy desse alguns passos para trás para se afastar, mas o vampiro continuou no mesmo lugar. - Só fala comigo e eu vou embora.
— Por que quer tanto assim que eu fale? Não pode simplesmente seguir a sua vida? - Edward a olhou por um momento.
— Porque... - O vampiro não sabia o que falar, não podia simplesmente falar que ela era a companheira dele, seria realmente possível dessa vez ela tentar fazer algo com ele, ainda mais sabendo que a ruiva era uma bruxa. - Eu não sei como responder isso.
— Eu tenho uma ideia então, você sai da minha casa, pensa em como falar e no meu leito de morte, você aparece e me conta.
— Ivy...
— Sai! Ou vou usar um feitiço contra você.
— Você não conseguiria.
— Para de falar desse jeito, para de se meter na minha vida, para de ser assim. - Ivy ficou completamente irritada e acabou puxando sua varinha. - Estupefaça. - A ruiva acabou falando e moveu sua varinha sem ao menos pensar direito e o corpo de Edward foi jogado para trás e caiu no chão de olhos fechados, a garota olhou apavorada para o corpo do vampiro e levou as mãos a sua cabeça não acreditando no que tinha feito. - Edward? - A mesma começou andar a passos vacilantes ao não vê-lo se mexer e deixou sua varinha cair no chão de casa, ele tinha batido a cabeça por acaso?! - Edward! - Ivy correu em direção ao vampiro e se ajoelhou, levando suas mãos até os ombros dele o balançando. - Edward! - O mesmo nem ao menos dava algum sinal e sendo um vampiro diferente dos que tinha estudado, não sabia dizer sua situação, seus olhos começaram a lacrimejar. - Por favor, por favor, por favor, acorda. - Pedia enquanto o balançava sentindo as lágrimas caírem. - Acorda!
— Não pensei que você ia fazer isso mesmo. - Edward finalmente voltou a falar enquanto abria seus olhos, o feitiço o deixaria inconsciente por pelo menos algumas horas, mas pelo mesmo ser um vampiro isso deveria ser diferente, já Ivy no momento nem se lembrava das aulas para se lembrar do fato do feitiço ser um de duelo, o vampiro começou a se sentar enquanto a ruiva apenas o olhava. - Por que... - Sua fala foi interrompida quando a garota o envolveu em seus braços, deixando alguns soluços escaparem, fazendo com que o mesmo ficasse sem reação.
— M-Me desculpa, eu não... queria machucá-lo, eu nunca... quis isso. - A mesma falava entre soluços, suas mãos estavam tremendo enquanto segurava na camisa dele, os vampiros tinham escutado o choro da garota e junto de sua madrinha e primo saíram da casa os vendo no chão, rapidamente se aproximaram e Elizabeth colocou sua mão sobre o ombro da mesma.
— Ivy? - A chamou de forma suave enquanto se agachava e a mesma a olhou.
— Ele... e-ele estava... no chão, eu não queria, eu juro. - Ivy balançou sua cabeça para os lados. - Eu pensei... eu pensei...
— Está tudo bem, ele está aqui e bem. - Elizabeth passou a mão no cabelo da mesma, Peter se sentia mal com a visão que estava tendo e se aproximou segurando sua prima a ajudando ficar em pé. - Leva ela pra dentro. - Peter concorda e começa a andar com a ruiva. - Sabe me dizer que feitiço ela usou? - Edward voltou a si e olhou um tanto perdido para Elizabeth.
— Foi estupefaça, se não me engano. - Elizabeth segurou o rosto do garoto e começou a examiná-lo.
— Isso é algo perigoso? - Esme perguntou preocupada enquanto os olhava e logo Elizabeth a olhou.
— Não, mas era para ele estar desmaiado a essa hora, mas pelo visto você está ótimo. - A mais velha o ajudou a se levantar. - Essa foi uma noite intensa. - A mesma colocou uma mecha atrás de sua orelha. - Eu queria me desculpar por tudo o que aconteceu hoje.
— Não tem com o que se desculpar, apenas se preocupe com a Ivy e se precisar de nós, não hesite em nos chamar. - Carlisle falou e a viu concordar com um sorriso cansado, logo se despediram e os Cullen voltaram para a sua casa, a família tentou falar com Edward mas o mesmo usou sua velocidade e foi para o seu quarto fechando a porta, não que adiantasse algo, o telepata estava completamente confuso, na verdade Ivy o deixava confuso. Como alguém que parecia odiá-la reagiu como se ele tivesse morrido? Não fazia sentido aquilo, passou sua destra de forma nervosa em seu cabelo e ficou perdido em seus pensamentos por um bom tempo, até que resolveu que iria ler algo, chegou próximo de sua prateleira que ficava próxima de sua janela, ficou procurando um livro quando por canto de olho viu o brilho azul do patrono, o mesmo virou rapidamente e novamente ouviu a risada de Ivy enquanto a raposa corria, Edward abriu sua janela e pulou por ela caindo perfeitamente no chão, em seguida começou a correr não muito rápido atrás da raposa, notou que ela começou a diminuir sua velocidade até parar, o vampiro fez o mesmo e encontrou um rapaz parado olhando para o céu na parte aberta da floresta, usava uma camisa de mangas longas branca e calça de moletom, seus pés estavam descalços e suas mãos estavam em seus bolsos, o mesmo estava de costas para Edward e o vampiro conseguiu perceber que era ele que estava no quarto de Ivy na noite anterior.
— Quem é você? - Edward perguntou após ver a raposa parar ao lado do desconhecido, o mesmo abaixou um pouco sua cabeça como se estivesse olhando para frente.
— Ela não gosta que fiquem exigindo as coisas dela. - O desconhecido falou ignorando a pergunta do vampiro. - Ela não o detesta, apenas acha estranho isso tudo.
— Você está falando da Ivy? Como a conhece? - Tentou saber mas o rapaz começou a andar para longe com a raposa ao seu lado. - Ei, me responda!
— Rosas azuis são as suas favoritas. - Falou por fim desaparecendo assim como a raposa, Edward olhou para todos os lados enquanto tentava entender, aquela pessoa estava... o ajudando?
Mano, vocês tem que me amar mas tipo, me amar muito pois eu literalmente passei o dia todo escrevendo 👺👺
Agora...
Cedric é gente como a gente, pode ser um maravilhoso mas tem insegurança o bebê 🥺
E eu preciso de um Cedric na minha vida, infernooooo.
Sim, bruxos aprendem sobre vampiros tá gente, não é loucura não.
Já sabem a razão da Ivy ter ficado daquele jeito ao ver o Eduardo caído né ;-;
E espera, o Eduardo tá recebendo ajuda? É isso mesmo produção?
"Wolf, hoje tem memes e rede social dos personagens?" Não, maaaas, tem vídeos do YouTube que eu sou apaixonada e queria compartilhar com vocês.
Lembrando que eu não fiz nem um, crédito para os donos originais, beleza? Beleza.
(Sou muito apaixonada nesse vídeo Cheryl)
Cr: Tasha Maria
(Eu amo sincronia desse vídeo)
Cr: luneedit
(Das quatro casas para não ter briga u.u)
Cr: Meluviel
Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz
-W
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