Capitulo Onze - Louis?
If I Could Fly aqui ficaria legal, mas vocês sabem como é no youtube agora ¬¬
Boa leitura, gasparzinhos!
~o~
Eu estou suando. Acordei no meio da noite por causa de um pesadelo.
Louis sorria para mim e eu chorava querendo tocá-lo, mas não conseguia.
Não importa o quanto eu tentasse.
- Hey! – Zayn me pegou pelos ombros.
Estamos indo para o pátio de alimentação.
- Ei, Zee – coloquei o braço ao redor dele. – Quais são as novas?
- Acho que a Casey está se dando bem com o Niall.
Eu parei de andar bruscamente e se estivesse tomando ou comendo algo, já teria cuspido e sujado o chão. Zayn teve que parar junto comigo e me olhou com inocência e curiosidade.
- O que foi? Tá passando mal?
Eu engoli em seco, não conseguindo deixar de arregalar os olhos.
- Ei, cara – ele balançou a mão em frente a minha visão e eu nem pisquei.
- E aí, lads! – escutei Niall, dando um pulo e se enfiando no nosso meio. – O que estão falando?
Fiquei mais nervoso ainda.
- Eu estava falando com o Harry e ele parou do nada – Zayn franziu a testa, colocando as mãos nos bolsos da calça.
- Você não entende de computação, não é, Zayn? – Niall brincou, colocando a mão no ombro dele. – Já tentou reiniciar?
- O quê?
- Eu estou bem – os interrompi. – Sério – assegurei quando os dois me olharam em desafio.
- Se você diz – Niall saiu, passou da gente e foi para a fila.
- Então, o que foi isso? – Zayn quis saber e andamos lado a lado.
- Tipo, como você está? – perguntei antes de tudo.
- Como assim? Estou bem – ele riu. – Obrigado e você?
- Não, quero dizer... Isso sobre a Casey se dar bem com o Niall – fui cauteloso procurando qualquer reação negativa no rosto dele.
- Oh, isso? De boa – ele sorriu para mim e eu percebi que foi verdadeiro.
- Sério?
- O Niall não gosta dela. Eu não vou desistir – ele sorriu e chegamos na fila.
Então, por isso ele está calmo? Zayn pode me surpreender às vezes. Fiquei mais tranquilo e espero realmente que isso não cause problemas futuros. Chegou nossa vez na fila e nos serviram nas nossas bandejas.
Oba! Hoje é dia de pudim e diferente do Manual de Sobrevivência Escolar do Ned as comidas e sobremesas daqui são boas, mas as de outras escolas são exatamente como ele fala. É difícil comida de escola ser boa. Eu costumava trazer de casa na minha escola antiga.
- Que porra é essa? – Zayn viu o pote de pudim enrolado no papel de alumínio.
- É pudim, Zayn. Meu deus! – o olhei fingindo irritação. – Você já comeu outras vezes como você esquece as coisas assim? Que nem lá na sorveteria.
- Vai se foder – nós rimos.
Niall está acenando freneticamente em uma das mesas e Liam já está do lado dele. Enquanto nos aproximávamos, Liam deu o famoso tapa na cabeça de Niall para ele se acalmar. Eu comecei a rir, de longe é mais engraçado.
- Liam da onde você surgiu? Eu não te vi na fila – perguntei, olhando para a bandeja dele e colocando a minha na mesa.
- Estou em todo lugar, mas você não pode me ver – Liam balançou as mãos na frente do rosto tentando ser misterioso, mas fez papel de idiota.
- Está querendo dá uma de Louis? – Zayn indagou, jogando a bandeja dele com tudo na mesa, espirrando comida para os lados e se sentando da mesma forma.
Olhei para Niall que ficou calado o tempo todo. É de se esperar que esteja ocupado de mais comendo.
- Eu soube que o Freddie foi para sua casa – Niall apontou o garfo para mim quando encontrou meu olhar.
Ótimo, ele não fala para encher o bucho e quando fala é merda.
- Hm – resmunguei, evitando o olhar dos outros dois.
- Como é? – Zayn se interessou logo.
- Ele me disse – Niall voltou a comer. - O Freddie.
- Não foi nada – mexi na minha comida. – Os pais dele são amigos dos meus pais – comecei a comer.
- E por que não contou antes?! – Zayn sorriu e eu suspendi uma sobrancelha. – Ah, tá. Entendi.
- Mas isso é interessante e engraçado – Liam se pronunciou. – O cara que você tá afim tem os pais amigos dos seus.
Liam come o pudim e deixa a carne intocada.
- Liam por que está comendo o pudim primeiro? – mudei de assunto.
- Eu só queria o pudim. Você sabe que não sou chegado a dias de carne, prefiro frango.
A partir daí começamos a falar sobre comida e o que preferíamos. Fiquei aliviado, mas antes de levantar para ir para a árvore, eu acabei deixando escapar que não quero nada com o Freddie e superei a atração. Ele ainda é bem bonito, mas não muda nada para mim. Ultimamente ando mais ocupado com outros sentimentos e pensamentos. A começar pelo pesadelo que tive.
- Eu tive um pesadelo com o Louis – suspirei pesadamente quando sentamos à sombra da arvore.
- Que pesadelo? – Liam se preocupou, mesmo sendo algo fútil, é assim que ele é.
- Não sei muito bem. Não consigo lembrar, mas basicamente Louis estava na minha frente e eu estava chorando – tentei lembrar, não gostando muito da sensação que me dá. – E eu tentava tocá-lo, mas não conseguia.
- Hm, estranho – Liam mordeu o lábio e pensou. – Você já tocou no Louis ou pelo menos tentou?
- Na verdade... Eu evitei por um bom tempo porque tipo, ele é um fantasma-
- Espirito – Niall me corrigiu e eu achei irônico.
Liam lançou um olhar para ele que o calou no mesmo instante, me deixando continuar.
- Mas, não tem a semana que meus tios passaram aqui?
Os três balançaram a cabeça.
- Louis foi me visitar lá em casa durante essa semana, só para não quebrar a rotina e ele não ficar sozinho o dia inteiro durante esse tempo.
- Sério? E aí? – Zayn ficou curioso. – Ele viu seus pais e tal?
- Aham, ele gostou dos meus pais e dos meus tios – sorri.
- Eles são legais. Eles podem escutar o Louis?
- Acho que não – lembrei de nós assistindo o filme de ação e nenhum deles pareceu escutar as risadas de Louis. – Mas enfim, teve um dia que foi o ultimo da semana que eu... Meio que toquei nele.
- Tocou? – Liam arregalou os olhos.
- Meio? – Niall juntou as sobrancelhas.
- É. Foi sem querer, eu ia bater nele-
- Por que você ia bater nele? Ele é um espirito tão bonzinho – Zayn me interrompeu.
- Não desse jeito – revirei os olhos. – Eu ia dar um tapa no braço dele porque ele estava me irritando-
Zayn começou a rir junto com Niall e eu parei de falar. Liam bateu a mão na testa.
- Por que está rindo?
- Porque é legal te irritar – Zayn respondeu.
Niall concordou e eu os fuzilei com o olhar. Eles pararam de rir. Eu mereço.
- Continuando... Eu toquei nele, mas eu não senti nada.
Meu coração deu um aperto e eu senti meus olhos encherem de lágrimas sem aviso. Eu não entendo! Tudo porque falei isso em voz alta? Eu me apressei em esconder minha cabeça entre minhas pernas, levantando meus joelhos.
Ficou um silencio até que alguém passou a mão nas minhas costas.
- Por isso o pesadelo – é o Liam. – No fundo você está magoado com isso, mas ainda não tinha percebido ou colocado para fora.
Fechei os olhos com força.
Quando cheguei em casa depois de falar com Louis na sala de música por um tempo, eu encontrei um vaso com rosas vermelhas na escrivaninha do meu quarto, do lado do teclado.
- Louis? – pensei logo.
Não houve resposta e ele não apareceu. Sentei na cadeira e a tristeza me atingiu em cheio. Inclinei-me para sentir o cheiro das rosas. Um aroma forte invadiu meus pulmões. As pétalas são tão lindas, Louis deve cuidar delas muito bem com a finalidade de dá-las para mim. Sorri.
E se eu estiver... Gostando... Dele?
É o que parece, é a única resposta que encontro, mas não é a melhor. Isso é possível? Por alguém que nem posso tocar? Alguém que nem está vivo?
Parece que sim.
Mais um mês se passou. Eu e Louis continuamos a nos aproximar e agora eu sinto aquilo no meu coração todos os dias, não só quando estou com ele ou me diz algo um pouco mais especial, mas quando penso nele. Os fins de tarde e começo de noite durante a semana se tornaram as minhas partes favoritas do dia.
Mas eu ainda não posso aceitar. Eu sei o que é isso, mas não posso admitir, não posso deixar isso acontecer. Qualquer pessoa no meu lugar entenderia o quanto é difícil.
Louis me ensinou que se você é capaz de amar alguém, então ame. Mas e amar alguém que nem vive mais e é intocável? Isso serve para essa situação também?
Eu não quero descobrir e às vezes, isso me mata por dentro porque ainda tem o fato de ele ser meu melhor amigo e contarmos tudo para o outro. Conversamos sobre a única namorada que ele teve antes de descobrir que é gay, mas não namorou sério com nenhum garoto enquanto vivia. Eu queria contar essa confusão de sentimentos porque ele sempre sabe o que dizer, mas eu não posso. Porque dessa vez é sobre ele.
Eu comecei a me aproximar de outra pessoa. Freddie.
Não, eu não quero mais nada com ele, nisso já me decidi. Ele é hétero de qualquer forma, eu iria sofrer se tentasse algo. Recentemente ele até descobriu da minha sexualidade e nem foi um idiota sobre isso, continua falando comigo. Mas querendo ou não, ele é uma distração para esse sentimento em relação ao Louis. Quando converso com ele, consigo esquecer isso. Mas quando faço qualquer outra coisa ou quando estou com os meninos, eu só penso no Louis.
Casey voltou a ficar mais próxima de Zayn, mas ainda estão na amizade. Liam está começando a esquecer da Karen finalmente e partindo para outras. Espero que ele ache alguém que o mereça.
Eu nem mesmo falei para o Louis que não gosto mais do Freddie, isso faria eu me sentir na obrigação maior de falar o real motivo.
- Você gosta do Louis! – Zayn falou do nada e eu arregalei os olhos, cobrindo a boca dele.
Estamos assistindo um dos treinos dos meninos, nos lugares de sempre da arquibancada.
- Você é louco?! – sussurrei alto.
Ele balançou a cabeça e eu tirei minha mão de sua boca.
- Por que disse isso do nada? – meu coração está acelerado.
- Porque eu comecei a pensar sobre isso enquanto observava a galera lá embaixo – ele falou timidamente.
- Pensar sobre isso? – repeti.
- É... Eu me lembrei daquele dia do show de talentos que você estava com o olhar perdido de quando pensa em alguém que gosta, mesmo sem sinal algum do Freddie. E aí lembrei a situação entre você e Freddie desde aquele dia. Você simplesmente parou de gostar do cara e agora conversa com ele como bons amigos – ele foi listando, ficando pensativo de novo. – E naquele dia do jogo você agiu estranho quando falei para o Louis sobre o Freddie e você não quer que ninguém fique muito próximo do Louis, ao menos não na sala de música porque é o "momento de vocês", como você fala – ele olhou para mim em realização. – Você gritou comigo quando eu disse que Freddie era seu namorado e passou a evitar qualquer coisa em relação a esse assunto por que... Você gosta do Louis. Você tem medo do Louis achar que você gosta de outra pessoa porque é dele que você gosta e você... Quer que ele goste de você também.
Desde quando Zayn é tão observador? Suspirei. Ele sempre foi, eu deveria ter tomado mais cuidado. Ele só precisa de fatos suficientes para juntar e chegar a resposta.
- Parabéns – sorri sem humor e voltei a olhar para o campo. – Mas eu não gosto dele.
- O quê? – ele ficou perplexo. – É claro que gosta!
- Não.
Ele ficou me encarando e eu pude sentir o olhar, mas ignorei. Preciso ignorar. Tudo que ele disse e tudo que sinto. Não pode ser. Não posso deixar isso acontecer.
- Por quê? – ele perguntou.
- Pensa, Zayn – sorri amargurado, olhando para ele. – Pensa bem já que é tão esperto.
A gente se olhou por longos segundos e a expressão dele foi mudando à medida que ele se lembrou do detalhe que Louis é um espirito.
- Ah.
- É – voltei a olhar para frente. – Isso não pode acontecer e se você quiser me ajudar a não sofrer ou alguma merda, então esquece o que disse.
Achei que o assunto estava finalizado, mas ele acrescentou em baixo tom:
- Sinto muito.
Abaixei os olhos. Sorri fracamente e virei a cabeça para ele.
- Não tanto quanto eu.
Ele tentou sorrir de volta e passou a mão na minha cabeça.
- Oi!
Levei um susto junto com Zayn. Louis apareceu sentado do meu lado com aquele sorriso enorme de sempre e os olhos quase brilhando. Eu sorri automaticamente, mas Zayn xingou pelo susto. Se ele visse o sorriso que estou olhando, teria perdoado como fiz.
Mas aí temi do Louis ter escutado tudo que eu acabei de falar com Zayn e parei de sorrir.
- Você está aí faz quanto tempo?
- Acabei de sentar e me materializar – ele parou de sorrir e me olhou em suspeita. – Por quê?
- Nada – sorri nervoso.
Escutamos o treinador Michael assoprando no apito, chamando o fim do treino. Os jogadores colocaram as mãos nos quadris e soltaram suspiros longos. Alguns deles se jogam no chão de forma dramática.
- Ei, saca só – Louis apontou para Niall deitado no campo de olhos fechados e Liam fingindo chutar ele. – Hora de dar um susto amigável.
- Não te conhecia assim, Louis – ri, mas não desaprovei.
Ele riu sapecamente e desapareceu. Eu e Zayn nos olhamos quase não contendo o sorriso maldoso e depois olhamos para Niall que deu um grito, se levantando com tudo e batendo a cabeça na de Liam. Gargalhamos tanto que a gente chorou.
Liam não ficou muito feliz, mas Niall sendo o cara relaxado que é acabou rindo também e eles parecem conversar entre si, mas eu e Zayn sabíamos que estão falando com Louis. Alguém subiu a arquibancada na nossa direção quando Zayn estava descendo.
- Oi Freddie, bom treino – falei para ele que sentou do meu lado.
- Valeu – ele sorriu e olhou em volta.
- O treinador pega mais pesado com você por ser o capitão?
- Nan – ele olhou para mim. – Ele mudou desde o ano passado. Ele costumava ser muito mais rígido e chato quando eu não era o capitão.
- Sério? – ri.
- Yup, na época eu era o jogador lateral e Louis era o capitão.
Meu coração acelerou e meu sorriso diminuiu um pouco.
- Louis? – perguntei como quem não quer nada.
- É, Louis Tomlinson. Um garoto que estudava aqui – Freddie ponderou, apontando para mim. – Você não lembra? Parece que você e os outros falaram comigo sobre o acidente quando aconteceu.
- Ele era capitão do time? Achei que fosse sempre você – olhei para Louis materializado conversando com os meninos.
- Isso quando você começou a assistir por causa dos seus amigos, mas até ano retrasado era o Tomlinson – ele tinha uma garrafa na mão e tomou o que presumo ser água.
- Mmh... E o que aconteceu?
- Pra falar a verdade, eu não gostava muito dele – ele fez uma careta.
Eu fiquei sério.
- Por que não?
Como alguém pode não gostar do Louis?
- Nada de mais, é só que eu sempre achei que ele parecia se achar muito quando jogava e vivia se mostrando e falando alto com todo mundo. Barulhento e chato.
- Talvez ele fosse uma pessoa animada... – murmurei, tentando o defender.
- Talvez, mas mesmo assim eu tomei o lugar dele como capitão e ele parou de jogar aqui na escola. Eu sou o melhor. Não sou? – ele cutucou minha barriga com o cotovelo de forma brincalhona.
- Não sei – tentei sorrir. – nunca o vi jogar – tive de mentir.
- Mas eu sou melhor, te garanto – ele riu e eu sorri concordando com a cabeça só para ser educado. – Ele era meio idiota também, vivia fazendo cena para os outros rirem e se achava o dono do pedaço. O engraçadão.
- Ah...
- Idiota, né?
- Hm... – mordi o lábio. – Não sei.
- Enfim, você é legal, Harry – ele chegou na conclusão, batendo no meu ombro. – Legal que somos amigos, devíamos ter nos falado antes. Podemos até ser melhores amigos – ele piscou amigavelmente.
Tentei não fazer uma careta de total "não mesmo".
- É, quem sabe – sorri, sendo educado outra vez e ele levantou da arquibancada, descendo.
Não tem mais ninguém e eu procurei pelos meninos. Preciso falar isso para o Louis, ele nunca me contou. Pelo visto já foram, mas Louis ainda deve estar aqui ou então foi para minha casa. Ele deixa flores para mim agora todo dia de sexta enquanto estou nas aulas e em dias de treino ele leva coroas de flores e ficamos conversando no meu quarto. Deixamos para jogar bola só quando é dia de jogo.
Andei pelo caminho de casa, deixei minhas coisas em cima do sofá depois de falar com meu pai e minha mãe e subi para o meu quarto.
- Boo? – chamei, já com um sorriso.
Louis apareceu sentado no canto da minha cama. A coroa de flores está entre suas mãos e ele está com a cabeça baixa.
- Ei, por que não me esperou? – puxei a cadeira da escrivaninha e me sentei em direção a ele.
Ele continuou com a cabeça baixa e mexendo na coroa de flores. Agora que percebi que tem algo errado.
- Boo? O que foi? – me preocupei.
- Eu escutei a sua conversa com o Freddie – eu não consegui identificar o tom de sua voz. – Fui te chamar e acabei escutando.
- Ah – coloquei o beiço inferior para fora. – Pois é, por que você não me contou que jogava na escola? Você ouviu as coisas que o Freddie disse-
- É – ele interrompeu, se levantando e finalmente me olhando. – Eu ouvi sim, ele dizendo que sou idiota e você concordando.
- Não... O quê? O que exatamente você escutou?
Ele está sério e acho que... Com raiva? Levantei no mesmo instante. Ah, não. Será que ele não escutou toda a conversa? Será que está pensando merda?
- Também ouvi você dizendo que podiam ser melhores amigos... – ele suavizou a expressão.
Balancei a cabeça, pronto para responder, mas ele estendeu a coroa de flores para mim e eu acabei olhando o movimento, perdendo a linha de pensamento. Peguei a coroa.
- Tá tudo bem – ele sorriu com os olhos entregando uma emoção oposta. – Você gosta dele, além do mais... Quem quer ser melhor amigo de um fantasma, não é? Um dia vou até desaparecer.
Fantasma? Ele disse fantasma?
- Louis, não—
- Talvez seja melhor eu desaparecer agora e adiar isso – ele deu um passo para trás e meu coração afundou com suas palavras, um medo crescente surgindo. – Afinal, sou um idiota que chama atenção e eu nunca reparei nisso... Juro que não me dei conta de que sou assim.
- Você não é. Você é incrível e sempre-
- Não – ele balançou a cabeça e continuou a sorrir. – Você é um bom amigo, vai tentar fazer eu me sentir bem, mas melhores amigos dizem a verdade. Acho que você seria um amigo melhor com Freddie e quem sabe ele goste de você de volta.
Sua imagem começou a ficar transparente e um pânico cresceu dentro de mim como jamais senti em toda minha vida. Balancei a cabeça furiosamente, não conseguindo falar e respirar direito porque eu realmente estou tendo um ataque de pânico.
Ele se desmaterializou. Engoli o nó na minha garganta e tentei controlar meus lábios trêmulos e as lágrimas acumuladas nos olhos.
- Louis?
Ninguém respondeu e ninguém apareceu.
Foi o silencio mais doloroso que já tive. A porta está aberta e eu não me importo. Não consigo respirar. Tremendo, me tranquei no banheiro e chorei sem saber se Louis acabou de se despedir de mim por um mal entendido.
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