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Capitulo Nove - Love Is Worth It?

Sim, eu  gosto de ficar modificando coisas, ou acrescentando, mas nada drástico uheueh não posso evitar, então aos antigos leitores vocês devem perceber essas pequenas mudanças. Aproveitem a imagem das minhas duas coisas preferidas juntas. Obrigada Isis (ela que me mostrou), fora que nessa fic o Louis me lembra o Pequeno Principe ao ensinar o que realmente importa e é lindo. Espero que esses ensinamentos cheguem aos seus corações.

Desculpem meu grande uso de virgulas durante os capítulos (é uma mania feia) e também quando em ligação de pronomes átonos a verbos, ou em palavras compostas o hífen esteja separado em algumas delas, foi um problema na hora de editar.

Boa leitura, gasparzinhos!

~o~

Escuto o som abafado de uma música quando chego ao ultimo andar. Não é de um instrumento. É da radio e pelo visto, Katy Perry. Mas o quê? Abro a porta e encontro Louis mexendo em um dos amplificadores, não percebendo minha presença.

- Louis?

Ele vira a cabeça, sorrindo brevemente antes de voltar a se concentrar no aparelho.

- Ei, Curly.

- O que está fazendo? Por que está escutando Roar? - coloco a mochila no chão e me aproximo dele.

- Porque quero ser um felino - ironizou. - Por que você acha?

- Ha ha, engraçadinho - sento no sofá.

Ele aumenta o volume e balança a cabeça com o ritmo.

- Louis, podem escutar lá embaixo! – alerto seu descuido.

- Que nada – ele vem para mais perto. - Eu descobri faz pouco tempo que funciona radio aí. Agora posso escutar as músicas de hoje em dia.

- Você fala como se tivesse morrido há anos - ri.

- Parece com isso - ele ri também.

Peguei-me batucando os dedos no ritmo da música e abrindo a boca de palhaçada na parte do Roar. Louis riu e eu sorri para ele. É muito bom faze-lo rir. Talvez eu possa exagerar um pouco mais só para isso.

Levanto do sofá me sentindo alegre e Louis fica curioso, assistindo meus movimentos até que me detenho no meio da sala. Ele suspende uma sobrancelha quando suspendo a minha na sua direção com um sorriso sapeca.

- O quê? - Louis ri sem entender meu estranho comportamento.

Dobro os joelhos levemente e balanço o corpo despreocupado, apontando os indicadores para locais aleatórios. Balanço os pés sem restrição. Louis arregala os olhos para minhas caretas enquanto me mexo da forma mais ridícula possível. Logo escuto a gargalhada que esperei.

Eu parei de dançar só pra observar Louis se jogando no sofá com as mãos na barriga de tanto rir. Eu me sinto muito mais que feliz com a cena. É um orgulho tê-lo feito rir.

Ele abre os olhos de encontro aos meus. Rimos juntos.

- O que foi isso? - perguntou em meio a risadas.

- Estava dançando - me defendo e ele diminui os olhos em fendas.

- Você faz melhor que isso. Foi ridículo - ele fica em pé no sofá e senta na parte de cima com os pés em cima do estofado.

- Obrigado, Louis - falo sarcasticamente, encurvando meu corpo em agradecimento.

- Ah não! Espera - ele se anima, descendo em um pulo e correndo até a porta.

Franzi o cenho e o segui lentamente por onde saiu. Coloquei a cabeça para o lado de fora e fico surpreso ao ver a porta do teto aberta.

- Louis? - chamo alto para que me escute.

- Já vai! - sua voz vem na direção do teto da escola.

Depois de um minuto, ele reaparece em correria com uma das mãos atrás das costas. Eu me afasto para ele entrar e fechar a porta.

- Desde quando o teto é aberto?

- Desde sempre - ele passa de mim, escondendo o que segura.

- Mas no dia que descobri essa sala tentei ir lá primeiro e estava fechado - Conto, voltando para o meu lugar no meio da sala enquanto Wake Me Up do Aviic toca na rádio.

- Você tentou puxar a porta ou só empurrou? - ele me analisa a espera da resposta.

Eu paro para pensar, soltando um "oops" e o fazendo bufar por ter sido mais esperto.

- O que está escondendo aí? - apontei.

- Nada. Dança de novo que talvez você descubra - ele deu uma piscadela, sentando na parte de cima do sofá novamente.

- Quer que eu faça um striptease?

Cruzo os braços, flertando um pouco, mas nada que quem me conheça não esteja acostumado.

- Se vier a acontecer, não vou negar.

O problema é que ultimamente fico mais sem graça que o normal quando ele flerta de volta.

- Só porque essa música é legal – concordo pela curiosidade de saber o que ele quer mostrar.

Danço os passos desleixados fazendo caretas e escutando Louis rir. Canto alto com o refrão e fico pulando na parte eletrônica. Quando termina, estou suando e sentindo sede.

- Bravo! - Louis berra e eu curvo o corpo em agradecimento formal.

Levanto a cabeça e lindas rosas vermelhas preenchem minha visão, sendo jogadas na minha direção. Eu me surpreendo e depois começo a rir com Louis, o responsável por isso.

- Onde conseguiu essas rosas?

- Você é um noob dessa escola - ele provoca.

Eu o fuzilo com o olhar e Louis sai do sofá indicando o caminho. Saímos da sala quando Ed Sheeran cantava Photograph. Louis puxa a porta do teto e um vento agradável passa por mim. Sinto um cheiro bom e viramos para o lado direito. Um canteiro de rosas.

- Uau! - fico admirado.

- A escola fez as crianças plantarem sementes no ano passado, mas depois de um tempo esqueceram totalmente do projeto - Louis explica, acariciando as pétalas de uma. – Quando ainda era vivo, eu vim beber aqui com uns amigos no dia do show de talentos. Foi como descobri.

- Você adora beber – reparei.

- Adorava - corrigiu. - Mas só nessas ocasiões de curtição. Nunca bebia exageradamente, nem algo totalmente puro e forte como Vodka.

- Como estão lindas assim? - toco em uma rosa e me inclino para sentir o aroma.

- Estou cuidando delas, logico - Louis estufa o peito. - Esqueci de te dizer que também cuido das rosas quando você não está aqui.

Eu sorri e vi uma tesoura de jardineiro no chão. Louis deve ter usado para cortar aquelas que ele jogou em mim.

- Por que cortou? - fiz uma expressão de pena.

- Tudo bem, Harry - ele ainda segura uma delas na mão. - Eu as crio com todo carinho e não as corto por maldade, mas sim para uma finalidade maior - ele estende a rosa para mim e eu pego com cuidado. - Você gosta delas. É sua flor preferida.

- Como sabe? - murmuro sem tirar os olhos da rosa.

- Em uma das nossas conversas você comentou. Não pude deixar de me lembrar das rosas que crio e muito menos de te dar uma, ou várias - ele sorri e anda para a saída.

Seguro a rosa pelo caule onde não tem espinhos e ignoro a sensação do meu peito que até então não tinha se manifestado. Balanço a cabeça e me apresso em segui-lo. Louis fecha a porta e vamos para a sala de música.

- O que mais você esconde? – continuo o seguindo, mas com o olhar.

Ele vai até o amplificador para desligar o rádio. Louis se vira de frente para mim com um rosto sério.

- Eu não escondo nada, só espero o momento certo de falar.

- Claro - Sento no sofá, olhando para ele com um pequeno sorriso fora de meu controle.

Tem algo em Louis que realmente me encanta mais e mais. Algo que me intriga e ao mesmo tempo me relaxa. Tem algo na pessoa que ele é que me faz pensar que eu posso tentar desvendar todo dia e eu sempre acharei a mesma resposta, mas nunca o mesmo significado.

- Por que você é assim? - dei voz aos meus pensamentos.

- Assim como? - Louis inclina a cabeça.

- Assim – o indico de baixo a cima. – Você.

- Começando pelo fato de que não sou vivo - ele ri e eu sorrio, apesar de não gostar quando fala assim. - Mas você pode perguntar por que a rosa comum é vermelha e não rosa, mas isso não vai te dar uma resposta nem mudá-la para que seja logico.

Reflito suas palavras.

- Você não pode me perguntar por que sou assim, Harry. É o que é - ele pega o violão, se sentando no outro sofá. - Se você gosta, admire. Não questione - ele deu outra piscadela e se perdeu no próprio mundo, tocando o violão.

Por que ele fala essas coisas tão... Louis? Bom, eu gosto. Talvez só deva admirar como ele disse. Eu não iria querer diferente, de qualquer forma.

- Ah ei, Louis – quebrei o silencio quando ele terminou de tocar uma estrofe agradável de 93 Million Miles. - Esse fim de semana meus tios de Manchester vem nos visitar e ficar por uma semana. Eu não vou poder ficar aqui depois das aulas.

Lembrei-me dessa noticia chata que meu pai me deu ontem. Eu adoro quando meus tios estão aqui, mas isso foi antes de conhecer um espirito e ser o melhor amigo dele. É muito mais legal.

- Oh.

É tudo que ele diz, abaixando o olhar. Posso dizer que ele ficou triste.

- Mas eu pensei em algo - mexo num fiapo da minha camisa, me sentindo tímido com a proposta que tenho.

- O quê? - Louis se interessa.

- Eu sei que você não é fã de ficar longe da sala de música, mas seria só por um tempo, igual quando venho aqui - começo a explicar. - Por que você não vai para minha casa?

Ele acha inesperado o convite, me deixando nervoso. Para qualquer outro amigo isso seria normal, mas não sei se para o Louis é pedir de mais. Ele praticamente mora nessa escola e nunca ousou sair desde que se refugiou.

- É só uma alternativa. Tudo bem se não quiser. Eu entendo, Louis - garanto. - Sei que você nunca sai daqui se não for muito necessário.

- Tá - ele diz de repente após olhar fixamente para um ponto qualquer.

Eu olho para os lados e de volta para ele.

- Tá o quê especificamente...?

- Tá, eu posso te visitar - especificou.

- Oh.

Minha vez de dizer apenas isso. Louis sorri e fica menos sério.

- Falta pouco para você ir - ele repara no céu pela janela.

Olho o relógio de pulso e é verdade, está chegando perto. Mas antes dá tempo para mais uma coisinha.

- Pode tocar alguma coisa e dessa vez cantar? -Pedi. -Gosto da sua voz.

Louis abaixa a cabeça novamente, constrangido. Ele assente levemente em afirmação.

- Mas só se você cantar também.

Louis ajeita a postura, colocando os dedos nas cordas certas e o capotraste na terceira casa ao tocar. Sorri com o som familiar e cantei:

- Aren't you somethin' to admire, cause your shine is somethin' like a mirror...

Levantei para me sentar do seu lado. Ele sustenta meu olhar enquanto canto com sua linda voz se misturando com a minha no refrão e aquecendo meu peito. Observo seus dedos no violão mudando de nota. Os lábios se movimentando. Os cílios longos que memorizo detalhadamente mais uma vez quando ele fecha os olhos para sentir o que canta. Louis, eu sinto que essa música me descreve e você?

Eu me flagro admirando Louis Tomlinson. Quem não iria admirar?

- And know it's clear as this promise that we're making two reflections into one... - ele está finalizando.

- Cause it's like you're my mirror, my mirror staring back at me – termino, o fazendo me olhar.

Eu gosto tanto do azul de seus olhos.

*

- Cala a boca! - Liam grita, dando um empurrão no cara.

É uma quinta-feira e dia de jogo. Está bem disputado como podem perceber. Liam está discutindo com o time adversário. Niall só assistindo e rindo enquanto o juiz apita tentando parar a briga. Zayn comprou pipoca que estão vendendo na frente do portão da escola. Ele não grita também porque nenhum de nossos amigos se machucou. É pura rivalidade.

- Por que estão brigando mesmo? - eu ainda quis entender.

- Futebol é assim. Basta um olhar feio e é como se você tivesse insultado a mãe do outro - Zayn oferece a pipoca e eu pego algumas.

- Ele olhou feio para o Liam?

- Provavelmente.

- Legal - sorri e Zayn balançou a cabeça em aprovação.

Gostamos de ver o Liam irritado. Ele parece ser santo, mas se estressa fácil e é engraçado se não for com você.

Duas garotas tapam nossa visão com as pernas a mostra em saias curtas. Enrugo o nariz e levanto o olhar para ver o rosto delas. Mastigo de boca aberta, pouco me importando. Zayn suspende a sobrancelha, as desafiando por estarem atrapalhando.

- Ei, garotos - deram um sorrisinho malicioso.

- Ei - falei por educação, sem qualquer empolgação.

- O que foi? - Zayn dispara.

- Podemos sentar aqui com vocês?

Eu finjo pensar com dificuldade e engulo a pipoca que mastigava. Troco olhares com Zayn e damos de ombros.

- Tudo bem - aceito e elas dão risadinhas.

Será que não sabem da minha sexualidade e que não fazem o tipo de garota do Zayn? Azar o delas. A morena sentou do lado de Zayn e a loira do meu lado.

- Zayn, por que você age tão misterioso? - a morena pergunta, se inclinando com os peitos quase saltando da regata colada.

Zayn fica confuso.

- O que quer dizer? - ele a olha de soslaio. - Eu não sou... Misterioso? Nem nada disso, eu só... - nem conseguiu explicar.

Pobre Zayn. A menina suspira, mal prestando atenção no que ele tem para falar e eu reviro os olhos. As pessoas não entendem o verdadeiro Zayn e não se dão ao trabalho de descobrir.

Pego mais pipoca e ele aproveita, tentando se afastar da morena que chega mais e mais perto.

Sinto algo tocando minha nuca e me fazendo estremecer do jeito ruim. A loira está me acariciando e me olhando de uma forma assustadora. Nada sexy mesmo se eu gostasse de garotas, o que não é o caso. Eu sorrio forçado e me afasto do seu toque. Eu apreciaria se as pessoas parassem de tratar os outros como objetos quando elas nem tem intimidade o suficiente, ou simplesmente permissão.

Por que isso? Faz tempo que as garotas não dão em cima de nós, apesar de quererem nossa atenção quando podem. Provavelmente acham que conseguem "me curar". Sim, é algo que escutei muitas falando. Maior besteira do mundo.

O jogo está rolando novamente. Liam acaba de driblar um dos adversários e passar a bola para Niall que corre para o gol. Eu levanto e torço para que ele acerte me livrando do toque irritante da garota. Niall chuta, mas o goleiro defende.

- QUE MERDA! - Zayn berra e também levanta.

As lideres de torcida estavam dançando, mas pararam.

- Não tínhamos uma mascote? - recordo esse detalhe, me sentando.

- Tem aquele gato preto com a jaqueta do time, mas esse ano não apareceu - Zayn imita minha ação.

- Quem que vestia?

- Derek alguma coisa - ele presta atenção na bola indo de um lado para o outro. - Olha lá, Harry! - segura meu braço.

Sigo seu olhar para o campo, é o Freddie com a bola. Sorrio automaticamente, ele fica com uma expressão séria de concentração e eu acho bem sexy. Zayn ri, sabendo o que eu estou pensando. A garota ao meu lado me toca e eu quase reviro os olhos até que a escuto gritando e dando um pulo. Ela olha para o chão, atordoada.

- Que foi?

- Alguma coisa acabou de puxar minha perna, mas não vi, nem senti nada. Ah! - ela se assusta outra vez, balançando as pernas como se tivesse um bicho e descendo da arquibancada.

Eu gargalhei com Zayn e a garota ao lado dele ia dizer algo, mas também gritou e saiu correndo atrás da amiga dando pulinhos. O que foi isso? Elas são doidas?

- Depois me agradece - escuto uma voz do meu lado e me viro, encontrando Louis.

- Louis! - exclamo, sorrindo.

Mas é claro.

- Então, foi você - Zayn olha para o campo porque nunca sabe direito para onde olhar quando Louis está presente. – Valeu, cara.

Louis coloca as mãos dentro do bolso do casaco e eu me intrigo.

- Desde quando você tem um casaco?

- Descobri que posso vestir as roupas que vesti quando vivo. É só pensar nelas - ele se senta de forma relaxa, olhando para o jogo. – Quantas habilidades mais eu tenho e não faço ideia? Estou indo atrás de aprender ultimamente.

- Legal - Zayn comenta. - Seria mais legal ainda se eu pudesse te ver.

- Por que vocês não pegam o livro anual do ano passado e olham minha foto? - ele sugere. - Seria legal se eu não tivesse visto seu amiguinho peludo - acrescenta para irritar.

- Eu só não te bato porque não posso te ver - Zayn cruza os braços, mas acaba rindo.

- Quem está vencendo? Estava regando as flores, não pude vir mais cedo - Louis cruza as mãos entres as pernas abertas, inclinando as costas.

- Isso é tão macho - Zayn brinca.

- Você acha que ligo para esse tipo de rotulo? - Louis faz pouco caso.

- Estamos ganhando de 3 a 1 – respondo sua pergunta anterior.

- Ah, fácil - Louis endireita a coluna. - Esse time deve ser uma merda.

- Liam brigou com um - Zayn riu e Louis assente como se aprovasse, mas Zayn não pode ver.

Por algum motivo quando Freddie está com a bola, eu me sinto incomodado e tenho receio do Zayn comentar algo. É quando o pior acontece. Quer dizer... Não exatamente o pior. Freddie fez gol, mas não fico tão feliz porque sei o que está por vir.

- ISSO! - Zayn levanta e Louis faz o mesmo.

Os dois gritam e comemoram, compartilhando da paixão de assistir esses jogos.

- Poxa, Louis! Nessas horas que é bom para te abraçar e você nem aparece, cara! - Zayn fala na alegria do momento.

- Não é culpa minha se você não tem sexto sentido! - ele ri.

Niall comemora com o time, indo abraçar Freddie rapidamente.

- Por que não está festejando, Harry? Seu namorado fez gol! - Zayn se sentou para me cutucar com o cotovelo.

- Não enche, Zayn! – falo entredentes, o olhando em advertência.

Louis senta e eu me viro para ele no mesmo segundo.

- Namorado? – Louis dá um sorriso incerto, franzindo a testa. - Você não me disse que tinha um namorado.

- Porque não tenho - escondo o rosto entre as mãos e Zayn ri.

- Harry tem a maior queda pelo capitão do time. Não sabia, Louis?

Eu me seguro para não o derrubar daqui de cima.

- É apaixonado por ele desde o primeiro jogo do ano, mas já estava de olho no fim do ano passado quando entrou nos vestiários para chamar Niall e Liam. Provavelmente dias depois de você se ausentar da escola, se me lembro bem – Zayn dá detalhes. – Estavam comentando do seu acidente e é a única conversa que Harry teve com Freddie, acredita?

É verdade. Agora que ele diz... Que coincidência. Freddie tinha ido até Niall e Liam no intervalo porque tinha se tornado capitão recentemente, dando as boas-vindas. Eu estava junto e tínhamos conhecimento do aluno que sofreu um acidente de carro que era da sala dele, então desejei forças caso fossem amigos. Freddie tinha me agradecido, não entrando muito no assunto.

- Hm - escuto Louis soltar, dando uma pausa para refletir. - Interessante.

Tiro as mãos do rosto, os times a todo vapor após esse gol. Olho para Louis sentindo minhas bochechas corarem e ele sorri com malicia.

- O Freddie, huh? Então, esse é o seu tipo.

- Que sorriso é esse? – sinto meu rosto corar, ignorando suas palavras.

- Um sorriso, meu caro Harold, de "vou te infernizar até que fale com ele apropriadamente", de preferencia um assunto melhor que alguém falecendo - Louis cruza os braços, direcionando o olhar para frente com o sorriso irritante.

Louis sabe que não gosto quando se refere a própria morte de jeito tão indelicado. Minha expressão se contorce em enfado. Não decidi se a outra parte de me chatear é porque vai ficar me enchendo a paciência com isso, ou porque esperei uma reação diferente. Achei que ele iria ficar desanimado... Talvez enciumado porque somos melhores amigos, mas não tem razão para isso, huh?

- Acabou! Vamos lá falar com eles – Zayn desceu, desviando das outras pessoas.

Apesar de ter me atraído por alguns garotos como o Freddie, eu nunca tive uma relação séria. Eu nunca me entrego completamente a qualquer sentimento porque não são duradouros, não passam de paixão. É como se eu me protegesse.

Eu sei que o amor não dura, então é melhor nem começar. Apesar dos meus pais estarem juntos até hoje, é muito difícil saírem para namorar ou mesmo se beijarem. É como se o amor sumisse e restasse só a amizade com a rotina. Eu acho isso ruim.

- Harry - Louis me tira do transe. - O que pensa tanto? Zayn e os meninos estão comemorando sem você - ele aponta.

A arquibancada está ficando vazia.

- Louis - abaixo a visão para os meus pés. - Você acha que o amor vale a pena?

Ele não me responde por longos segundos.

- Por que está pesando nisso? É por causa do tal Freddie? Você tem que dar uma chance, vai que ele curte um peito liso-

Eu ri, balançando a cabeça.

- Não, sério. Você acredita no amor? – encontro seu olhar.

- Harry! Vem logo! Hora do sorvete – Niall me chama quando Casey aparece.

Louis olha para eles, refletindo e respondendo:

- Acho que amar é um dom. É como um instrumento.

- Como assim?

Ele me olha novamente.

- Um exemplo é você - sorri. - Você tem o dom de tocar piano. Todos podem aprender, mas você tem o dom de fazer isso. Você quem decide se quer tocar e mostrar seu dom, mesmo que depois perca vontade, ou fique um tempo sem tocar. Mas quando toca, a música acontece e aquele momento que importa.

- E como se aplicaria ao amor? - eu estou entendendo, mas quero que ele diga essa parte com suas palavras também.

- Se você é capaz de amar alguém, se por algum motivo uma pessoa desperta esse sentimento em você... Não pensa no depois. Sinta e ame - Louis levanta, ficando na minha frente. - Mesmo que depois mude, mas naquele momento é o que está sentindo. Por que você acha que não podemos voltar para o passado ou saber do futuro?

Eu olho para os meus amigos conversando e me esperando. Volto a olhar para Louis, balançando a cabeça em menção de não saber.

- Porque é tudo sobre o agora - ele mantem nosso olhar. - Parece que todo mundo diz isso, mas na situação que me encontro eu posso te garantir, Harry. A gente tem que viver e se preocupar com o dia de hoje porque é a única certeza que temos no momento.

Niall me chama outra vez e Louis desaparece após me lançar um ultimo sorriso. Eu acho que tem uma grande possibilidade de Louis ter aberto meus olhos para esse assunto. Talvez o amor valha a pena.

Ainda não sei se com o Freddie, duvido muito. Mas se for para acontecer, não vou me esconder.

Levanto e vou encontrar os meninos com a Casey lá embaixo e dessa vez minha mochila já está nas costas.

- Vamos! A gente volta para jogar bola com o Louis - Liam coloca o braço ao meu redor e eu concordo com a ideia.

- Que Louis? - Casey fica frustrada e rimos.

- Tenho muito que te explicar hoje, Casey - decidi.

Está chegando perto da visita dos meus tios. Vai ser a primeira vez que Louis irá para minha casa, espero que possamos nos divertir. Parando para pensar em tudo que ele falou... Será que ele já amou alguém? Ele deve ter passado por alguma experiência, certo? Eu nunca falei sobre os relacionamentos do Louis quando era vivo. Na verdade, nunca tocamos nesse assunto, seja meu ou dele.

Pode ser uma conversa para amanhã.    

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