˖࣪ ❛ MANTENHA SUA MERDA LONGA DE NÓS
— 11 —

A ATMOSFERA SE ACALMOU DEPOIS DE UM TEMPO, e eles conversaram sobre os aspectos superficiais um do outro.

Por exemplo, Rosalie e Jasper não eram irmãos de verdade, eles apenas compartilhavam o sobrenome para manter as aparências devido aos seus cabelos loiros. Sua família era de certa forma um clã de vampiros vegetarianos, já que afirmavam ingerir apenas sangue animal devido ao veneno que suas presas exalam ao morder um humano - também esclareceram que foi assim que os transformaram. Eles brilhavam ao sol, a pele literalmente brilhava como se tivesse milhares de pequenos diamantes incrustados nela.

O mais incrível eram seus poderes. Edward e sua habilidade telepática. Elizabeth se lembrou de tudo o que pensou sobre ele quando estava por perto, e deu um tapa mental na testa. Alice e as visões; ela era a razão pela qual Rosalie e Jasper estavam esperando por Elizabeth, Alice a viu chegando. A beleza exorbitante de Rosalie e a enorme força de Emmett. Jasper possuía a habilidade de sentir e mudar as emoções das pessoas ao seu redor.

— Ei! — Elizabeth exclamou, apontando para o loiro com tom acusatório. — Desde que cheguei você usou seus poderes em mim.

— Minhas sinceras desculpas, senhora. — mas seu sorriso era presunçoso.

Então chegou a vez de Elizabeth. Assim como os Cullen, ela reservou a causa de sua transformação e inventou o motivo de sua chegada a Forks. Ela repetiu os efeitos da verbena sobre ela novamente, sua capacidade de usar o que era chamado de compulsão para forçar os humanos a fazerem o que ela queria - desde que não tivessem ingerido a planta roxa ou a estivessem usando. Houve uma demonstração dolorosa sobre o sol nela.

— Elizabeth, nunca mais faça isso. — seu corpo foi cercado por Rosalie e Jasper em um abraço de alívio enquanto as chamas se extinguiam.

— Acredite, também não pretendo morrer envolta em fogo.

Ela mencionou sua alimentação com sangue humano e morte permanente. Contanto que seu coração não fosse estacado ou arrancado, ela poderia morrer temporariamente por afogamento, envenenamento, pescoço quebrado e assim por diante.

— Elizabeth? — a morena saiu de si, voltando à realidade onde estava em uma das lojas de Port Angeles, junto com Bella, Jessica e Angela, procurando vestidos para o baile.

— Sem mangas, Jéssica. — Liz respondeu instantaneamente, ainda atenta à conversa. — Mas o vestido destaca seu peito.

A atenção foi desviada repentinamente para a janela, por onde vários meninos passavam olhando e tocando o vidro.

Elizabeth sorriu mostrando o dedo médio. — Foda-se.

— Elizabeth... — Angela ri timidamente, virando as costas para a janela.

— Isso é estranho. — Jessica ignorou, continuando com seu arranjo.

— Isso é nojento.

— Angela, não deixe que eles envergonhem você. — Elizabeth a pegou pelos ombros. — Você é linda e eles são idiotas.

— O que você acha, Bella? — no segundo em que se esqueceram disso, Jéssica pediu a opinião de Bella.

— Você parece bem.

— Isso é o que você disse sobre os outros. — Jessica repreendeu.

— Gostei de todos eles.

— Isso não lhe interessa, certo? — Angela não parecia chateada. Ela entendia que Bella não era fã de compras, muito menos de um vestido para um baile que ela não iria.

— Eu só quero ir a uma livraria. — ela admitiu. — Vejo vocês no restaurante.

— Tem certeza?

— Com certeza. — Elizabeth saiu do camarim e voltou com seu conjunto de roupas; um top roxo de mangas com um casaco preto para combinar com suas calças e botas. — Nós as veremos lá.

Agarrando sua bolsa e tirando seu celular enquanto saíam da loja, ela checou suas mensagens.

— Liz, você não precisa vir comigo. — Bella assegurou. — Posso chegar atrasada e...

— Não se preocupe, querida, não há nada de errado. — Liz sorri, entrelaçando os dedos com os da morena, começando a liderar a caminhada. — De qualquer forma, recebi meu salário e não me importaria de comprar alguns livros.

★

Quando chegaram à livraria, Elizabeth e Isabella estavam perdidas entre as estantes, cativadas pelos múltiplos livros de gêneros variados. Elizabeth pegou todos os livros ao seu alcance, examinando a capa, a sinopse e alguns capítulos iniciais antes de iniciar a compra. E ao anoitecer, Bella deixou o estabelecimento com seu livro de lendas Quileute, enquanto Elizabeth o fez com quatro livros.

Elas estavam descendo os degraus de um beco escuro e estreito quando dois homens passaram por elas, voltando quando as avistaram.

— Vamos, Bells. — Liz envolveu os ombros de Bella protetoramente, dando um passo rápido para longe.

— Eu as vi na loja de roupas. — disse um homem.

Mais homens apareceram e se aproximaram delas até serem cercadas, Elizabeth colocou Bella nas costas adotando uma postura agressiva.

— Mantenha suas merdas longe de nós. — ela retruca, batendo um braço em sua direção.

— Fique longe. — quando o joelho de Bella foi levantado contra o meio das pernas de um, o rosto de Elizabeth se transformou.

Liz atacou, dobrou um braço até quebrá-lo e chutou a perna. Elizabeth não conseguiria salvar Bella sem revelar seu lado sobrenatural. Mas de repente, faróis apareceram na esquina. O carro quase atropelou dois dos homens, forçando-os a recuar.

— Vamos. — uma voz irritada ordenou. Foi Edward quem saiu pela porta do motorista, Rosalie e Jasper pelas portas traseiras.

— Esse foi um movimento perigoso. — Edward rosnou para eles, Elizabeth mostrando suas presas e olhos vermelhos para fazê-los correr.

— Liz... — ela ouviu Rosalie, entrando no banco de trás, ficando no meio dos dois loiros.

Os pneus cantaram quando Edward rapidamente acelerou e desviou, girando o veículo em direção ao norte da cidade.

Eu deveria ter drenado o sangue deles, pensou Elizabeth furiosa, a um passo de se jogar pela janela para voltar para buscá-los.

— Jasper, você deveria tranquilizar Elizabeth. — Edward aconselhou, compartilhando um olhar com Liz no retrovisor.

Não estou com humor para você ler meus pensamentos, Cullen, ela avisou.

— Jazz, não. — Jasper podia ver pelos olhos dela o quão séria ela estava falando, não querendo sentir suas emoções como uma marionete do loiro. Ele mesmo assentiu e pegou a mão dela, Rosalie seguindo seus passos.

— Está tudo bem, Liz. — Rosalie hesitou, querendo afastar uma mecha de sua orelha para sussurrar em seu ouvido, mas desistiu, considerando pegar sua mão como suficiente. — Isabella está segura e bem graças a você.