Bônus do Téo

Eu não acredito que não tive coragem de dar um beijo nela. Voltei para casa remoendo esse pensamento. Estava a tanto tempo esperando por uma oportunidade de estar com ela que temia qualquer vacilo. Principalmente porque eu sabia que ela saia de um relacionamento.

Aquele dia em que conversei com ela pela primeira vez, foi uma chance de ouro. Eu saí da sala de aula para ir ao banheiro e um amigo, que sabia meu interesse por ela, me falou que a viu na cantina. Procurei até encontrá-la sentada em um banco sozinha. Coisa rara de acontecer, pois sempre se encontrava rodeada das amigas. Convidá-la para assistir um jogo de futebol, eu sei que foi uma estratégia arriscada, mas era a única coisa que pensei.

E para aceitar ela me enrolou. Primeiro, claro, que não me conhecia. Depois em me explicar que talvez tivesse ainda namorando. Corrigiu em seguida afirmando que não. A minha vontade foi de lhe dar um beijo ali mesmo e dizer: agora não tem para mais ninguém. Você é minha.

Agora esse primeiro encontro, saiu muito melhor. O vacilo foi não a ter beijado. Mas é melhor assim, não quero ir com tanta pressa para não perder a chance de ganhar a confiança e o coração dela. Quero que ela perceba quem eu sou, e qual a minha intenção.

Aquele Loiro que ela namorava era um filho da mãe. Tenho certeza que ele a traía em qualquer oportunidade. Mas, o que eu poderia fazer para que ela ficasse sabendo? Nada.

Voltei para casa muito feliz, apesar de tudo. Ela, além de linda, simpática, inteligente tinha senso de humor. Depois de pouco tempo conversando, já parecia que nós éramos amigos de longa data. Com certeza é a pessoa que eu quero do meu lado.