VIII - Virtual
Vivo no meu mundo, inventado por mim, longe de tudo, encerrado na rede social.
Não preciso de nada mais, nem jamais precisarei. Apenas comida e água para nutrir o meu corpo exigente e até isso considero uma fraqueza. Necessidade estúpida.
Quero ser imortal como os seres que habitam a internet. Luz pulsante através do tempo infinito, através de oceanos de espaço.
Notícias, imagens, som, corações frementes, música, emoções.
Sou eu no meu isolamento. Sou eu a tentar ser feliz.
E sou feliz. Livre de convenções, de obrigações. Livre de amores e de fronteiras. Eu e o meu bonito mundo fechado.
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