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Capítulo 6👘Vó Lan👘


No sábado bem cedo, eu já dirigia meu carro à caminho da Chinatown novaiorquina, onde minha avó Lan mora sozinha, desde que meu avó Dishi faleceu há três anos.

Chinatown é um bairro de maioria chinesa. Lá se abriga uma comunidade, que luta para manter os costumes e tradições do povo chinês, que vive distante de sua terra.

Em Chinatown encontramos lojas de artes, onde vó Lan sempre compra os materiais para seus trabalhos manuais. Há também, lojas de antiguidades, restaurantes de comidas típicas, galerias de artes, lojas de souvenirs, templos e museus.

A casa de vó Lan é pequena, bem colorida por dentro, com tapetes, estátuas, vasos, muitas flores e plantas. Minha avó adora flores, em especial orquídeas, que ela cultiva nos fundos da casa, em seu pequeno quintal. Não é à toa que ela tem orgulho de seu nome, Lan, que significa orquídea em chinês. E pensando bem, ela realmente parece uma orquídea. Delicada, porém exuberante. Apesar da idade, ela conserva uma beleza e serenidade admiráveis. É um exemplo de mulher para mim.

Minha avó veio muito jovem para a América. Cresceu aqui e se adaptou, mas nunca abriu mão de manter viva a cultura de seu povo. Sei que ela tem parentes que vivem na China, porém quase não fala neles, mas percebo que sente saudade.

Paro meu carro no portão de sua casa e ela já vem saindo para me receber, toda feliz:

"Minha pequena Jéssica Lin! Que alegria encheu meu coração, quando recebi sua ligação, dizendo que vinha me visitar!"

Saio do carro, caminhando direto para os braços de minha avó. Paro no meio do caminho, faço uma saudação oriental e depois lhe dou um abraço e beijo, bem ao estilo ocidental.

Vó Lan, segura meu rosto e me examina.

"Como está linda! Como uma das flores do meu jardim! Como foi a viagem?"

"Foi tranquila. Sabe que dirijo com atenção. Estava com muita saudade!"

Vamos entrando na casa abraçadas.

"Como a senhora está?"

"Bem, minha querida. Esse velho coração já não bate com o mesmo vigor de antes, mas tem resistido bravamente o passar do tempo."

"Ah, isso é muito bom de se ouvir, vovó!"

Há 1 ano, vó Lan nos deu um susto. Descobriu um problema de saúde cardiovascular, que necessitou de alguns exames e o uso contínuo de medicamentos. Meu pai insistiu muito para que ela fosse morar conosco, mas ela é muito teimosa. Não abriu mão de sua casa e independência. Meu pai, apesar de preocupado, não quis discutir com ela e agravar sua situação delicada.

"Vamos entrando minha querida. Acabei de preparar um chá de Hibisco com amora, que você vai adorar! E aproveite para me contar como estão todos. Seu pai, sua mãe e o (pequeno agraciado) Yan."

Vó Lan tinha o costume de se referir às pessoas, citando o significado de seus nomes. O nome do meu irmão, Yan, por exemplo, significa (agraciado). Já o meu, Jéssica, significa (observadora). E o nosso sobrenome, Lin, significa (floresta).

O sábado, em companhia de vó Lan, simplesmente voou. Conversamos o dia inteiro, entre o chá, o almoço, e a tarde, enquanto a ajudava a cuidar do orquidário. Falamos sobre a família, lhe contei como foi minha formatura e tudo que vinha acontecendo.
Esses momentos, com ela, eram preciosos para mim. Melhor do que qualquer terapia, que eu já tenha feito.

Minha avó é o tipo de pessoa que sabe ouvir, sem julgar. Tem sempre uma resposta sábia para tudo. Me dá muitos conselhos importantes. E com sua experiência de vida, mostra que há uma solução para todas as coisas, menos para a morte, então não adianta se desesperar.

Após o jantar, sentamos em sua varanda e ficamos em silêncio, usurfruindo apenas da companhia uma da outra. Mas depois de um tempo, ela quebrou o silêncio:

"Sinto que existe algo afligindo seu coração, minha neta. Algum dilema à incomoda? Não gostaria de contar a sua avó?"

Por um tempo a encarei, surpresa com sua sagacidade, mas logo respondi, sabendo que era impossível esconder algo de vó Lan:

"Estou com um dilema martelando em minha cabeça, há algum tempo, vó Lan. E não consigo solucionar. Meus pais esperam que eu escolha logo o curso que irei estudar na faculdade, no entanto, não consigo decidir. Isso me angustia, porque sei que estou decepcionando eles, mas não me sinto pronta para escolher ainda, nem desejo ingressar na faculdade agora."

"Minha querida, você precisa contar isso para eles. Que não está pronta ainda e que se sente angustiada com toda essa pressão. Eles precisam entender, pois disso depende a sua realização profissional. É o seu futuro, que está em jogo, não o deles."

"Sim, mas parte meu coração, ouvir meu pai sonhando comigo seguindo seus passos e estudando direito. Ele ainda espera que eu lhe dê essa grande notícia e me matricule já para o próximo semestre. "

"Sua escolha deve ser feita com sabedoria. Por você, não para agradar aos outros. Como disse Confúcio: ( Escolhe um trabalho, que goste e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida)."

Quanta sabedoria. Como gostaria que meus pais pensassem também assim...

E vó Lan continuou:

"Mas afinal, não existe algo que você goste muito de fazer? Que sempre desperta seu interesse? Que te motiva ou inspira?"

Respirei fundo, sorri e respondi:

"Sim vó Lan, existe algo que eu sempre sonhei, mas está muito longe de minhas possibilidades. E tenho certeza que meus pais não aprovariam..."

"E do quê se trata, minha pequena sonhadora!"

"Ah, vovó! Meu sonho é conhecer a China! A terra onde você e vovô Dishi nasceram. Conhecer os lugares maravilhosos, que vocês já me descreveram. Aprender mais da história e cultura dessa civilização milenar. Conversar com as pessoas. Conviver por um tempo com esse povo. Ouvir suas histórias, apesar de sofridas, sempre foram exemplo de superação e inteligência para mim."

Respondi com empolgação. E os olhinhos de vovó brilhavam.

"Por muito tempo, esse também foi o nosso sonho, meu e de seu avô. Planejávamos voltar à nossa terra natal para procurar nossos parentes. No início, o que nos impedia eram os negócios de seu avô, que ele não podia abandonar. Depois, ele adoeceu, já não tínhamos mais saúde e disposição para a viagem. Então, seu avô partiu, e o sonho deixou de ter sentido para mim..."

" Sinto muito por vocês, vovó!" Segurei sua mão com pesar.

"Não fique triste, querida! Você pode realizar esse sonho por nós! É jovem, tem saúde, é curiosa e inteligente. Pode aprender muita coisa!"

"Mas não tenho condições de custear uma viagem dessas, vovó! Eu ainda não trabalho e não seria justo com meus pais, mais esse gasto!"

Vovó, nada respondeu. Levantou e entrou em sua casa. Ficou um tempo em seu quarto e quando voltou, veio carregando um caixinha de madeira decorada. Colocou em meu colo e disse:

"Abra."

Sem entender nada. Abri a caixinha e arregalei os olhos. Havia uma pequena fortuna em dinheiro naquela caixinha!

"Isto, é o que o seu avô economizou, durante anos, para nossa viagem. Agora é seu."

Fechei e devolvi a caixinha na hora.

"De jeito algum, vovó! Esse dinheiro é para seu sustento e para comprar seus remédios!"

"Deixe de ser boba menina! Me sustento muito bem, com a pensão que recebo e o dinheiro, que seu pai me manda! Esse dinheiro era para a viagem. O que mudou é que você, nossa neta, irá em nosso lugar."

"Vó Lan, porque guardou tanto dinheiro em casa? Isso é perigoso!"

"Perigoso nada. Seu avô fez isso a vida toda. Somente nós sabíamos. Agora pegue, me obedeça e administre com sabedoria!"

Tentei mais uma vez argumentar, mas Vó Lan era uma perfeita chantagista. Sabia como convencer, qualquer um, a fazer sua vontade. Se fez de ofendida, por não poder presentear sua neta. Acabei desistindo com medo de causar-lhe um aborrecimento de verdade.


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