Capítulo 42🐉Laços🐉
Liang observava a cena da porta de entrada da casa, com as mãos no coração e olhos lacrimejantes.
Chen foi me soltando aos poucos. Sua respiração estava pesada. O olhar fixo em Liang. Ele já sabia quem ela era.
Chen beijou minha testa, me soltou e caminhou até ela. Parou de frente encarando-a. Liang nos surpreendeu. Disparou em sua direção e se jogou em seus braços. O abraçou bem forte, agarrada em sua cintura e a cabeça em seu peito. Chen ficou sem reação por um tempo, com os braços soltos em volta do corpo e olhos arregalados.
Liang, chorando compulsivamente, falou:
"Meu pequeno Chen!"
Então, Chen acabou se rendendo e a abraçou. No início, timidamente, mas depois fechou os olhos e apertou o abraço, entregando-se aos sentimentos e deixando as barreiras cair.
Ali, olhando duas das pessoas que eu mais amava, e que já tinham sofrido tanto, abraçadas, porque eu me esforcei para os unir, entendi que parte da minha missão na China estava se concluindo.
Liang, revelou-se uma avó extremamente carinhosa e superprotetora. Parecia querer compensar todo o tempo perdido.
"Mas olha só como você está encharcado! Vai ficar doente assim! Vamos entrar os dois e trocar essas roupas molhadas!"
Chen estava um pouco sem jeito com toda a situação. Não sabia como se comportar e quase não falava, mas Liang falava pelos dois e decidia tudo sozinha. E eu observava tudo satisfeita.
Passamos o dia inteiro juntos. Deixei Chen e Liang algum tempo juntos à sós para conversarem. Ela lhe mostrou seu ateliê, onde trabalha, e lhe contou como tudo aconteceu no passado. Inclusive como eram seus pais.
Mais tarde, almoçamos juntos e Liang demonstrou um cuidado e atenção com Chen, ao qual ele não está acostumado, então ficava um pouco constrangido, mas ao mesmo tempo, pude notar que ele estava feliz, por conhecer Liang, ouvir sua história e entender a origem de tudo que aconteceu em sua vida.
Após o almoço, Liang se retirou para descansar um pouco, enquanto eu e Chen, ficamos abraçados no sofá da sala rústica de Liang.
Suspirei. Chen olhou para mim.
"O que foi?"
Eu sorri pondo a cabeça em seu ombro.
"Não sei como explicar, mas estou feliz, apesar de tudo que aconteceu."
Chen me puxou para seu colo.
"Quer dizer, que está comprovado, somos parentes distantes."
"Verdade! Será que isso é permitido?"
Lhe dei um beijo casto no canto da boca. Chen mordeu meus lábios.
"Você me deixou muito preocupado nos últimos dias, [Nūhái] menina."
"Sinto muito. Mas como você soube que eu precisava de você?"
"Eu não sabia. Tinha acabado de chegar na cidade. Não aguentei mais esperar. Todo dia, Meili me dizia que você estava voltando, mas você nunca chegava. Então, lutei contra meus traumas e vim atrás de você. Chegando aqui, vi um sinal de fumaça no céu e resolvi conferir. O resto, você já sabe. Encontrei aquele infame tentando te atacar."
A lembranças me deixaram aflita.
"Chen, tenho suspeitas que a caminhonete de Liang foi adulterada. Acho que a explosão foi mais um atentado contra minha vida."
"Eu tenho certeza, quanto a isso."
"Por que diz isso?" Chen sabia de algo.
"Jéssica, aquele tigre não era um simples animal irracional."
"Como assim?"
"Eu ouvi os pensamentos do felino. Suas ações foram motivadas e planejadas."
"O que ele era ,então?"
"A pergunta não é o quê, e sim quem. Aquele tigre era Hu."
Me assustei. Sabia que Hu não ia com minha cara, mas daí ele ser um transmorfo, como Chen e querer me matar, é demais para mim. Eu nunca lhe fiz mal algum!
"Por isso que você me disse, no outro dia, que o tigre é o inimigo natural do dragão. Só não sabia que isso era no sentido literal."
"Sim. Hu carrega um ódio mortal por mim, faz tempo. Só não consegui entender ainda o porquê. Mas com certeza, você está envolvida, porque ele não suporta nos ver juntos e quer nos separar."
Não tenho mais dúvida de que Hu esteve envolvido nos vários incidentes que me aconteceram, desde que cheguei a China. Resta -me descobrir o que ele quer de mim. Ou o que fiz ou represento, para incomodá-lo tanto. E comprovar se o encapuzado, que vive me perseguindo, também é ele.
"Chen, lembrei agora de um fato estranho!"
"Sim, fale."
"O encapuzado esteve aqui na cidade. Eu o vi próximo a caminhonete, pouco antes de tudo acontecer!"
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