Capítulo 39🐉Geração de dragões🐉
Mais tarde, sentadas no banco de balanço da varanda, com uma xícara de chá quente nas mãos, Liang tinha o olhar perdido, como se estivesse muito distante, em suas lembranças.
Então, ciente que eu a ouvia, começou a narrar sua história:
"Eu ainda era uma adolescente, quando vi Long pela primeira vez. Ele salvou minha vida. Ficamos muito amigos e passamos a nos ver com frequência, mesmo sem a permissão de meu pai.
Todos tinham medo de Long e o desprezavam. Ele vivia solitário nas montanhas. Eu me tornei o único contato que ele tinha com os humanos. Nunca senti medo ou aversão pelo que ele era, pois tive a oportunidade de conhecê-lo de verdade e sabia que tinha um bom coração. Não seria capaz de machucar um inocente.
Mas aquele povo era muito ignorante, cheios de preconceitos e ódio. Rejeitavam tudo que era diferente ou fugia dos padrões.
Com o tempo nos apaixonamos, tentamos várias vezes fazer meu pai entender nosso amor e nos abençoar, mas ele permanecia com o coração duro.
Até que fomos delatados por minha irmã Lien, que era ainda muito menina e não sabia das consequências que pagaríamos pela sua atitude inconsequente.
Precisamos fugir por um tempo, mas quando retornamos, meus pais já tinham partido. Os aldeões prenderam, torturaram e mataram meu Long. E eu fugi daquele lugar, com um filho no ventre, igualzinho a mãe de Long fez anos antes para salvá-lo. E vim para Liqian, porque era a aldeia onde Long nasceu e para onde ele sonhava retornar e tentar uma vida nova comigo e nosso filho.
Quando cheguei aqui, eu não tinha nada. Era uma menina sozinha, grávida, triste e desamparada. Mas o povo da cidade me acolheu e me ajudou.
Aprendi um ofício, criei meu filho com o suor do meu trabalho e nos protegi, como pude, para que nunca mais ninguém ferisse a mim ou a quem eu amo. "
Fiquei curiosa sobre o filho de Liang, então perguntei:
"E onde está seu filho agora?"
Ela levou as mãos ao rosto.
"Ele está morto. Há alguns anos, perdi meu Zhuàng em um acidente de carro, com a esposa e meu neto."
Um sinal de alerta tocou em minha cabeça. Então, o filho de Liang, morreu em um acidente de carro, em que estava a esposa e seu filho. Assim como o acidente em que morreram os pais de Chen. E ambos eram de Liqian. Acho que está óbvio demais! Não há mais dúvidas. Minhas suspeitas estavam corretas. Minha tia-avó era a avó de Chen.
O único fato ainda oculto é que Liang pensa que seu neto faleceu também no acidente de carro. Mas não, ele está vivo, cresceu em um orfanato e herdou a maldição do avó.
Então perguntei:
"Liang, e seu filho, também era diferente como o pai?"
Liang tirou as mãos do rosto, lágrimas escorreram por suas faces, sustentando um olhar perdido.
"Meu Zhuàng herdou o mesmo genes do pai. Descobrimos quando ele ainda tinha 10 anos de idade. No início foi difícil para ele entender. Não queria ser diferente das outras crianças. Mas com o tempo, ele aprendeu a controlar seus impulsos e conseguiu levar uma vida normal, sem precisar se isolar das pessoas. Conheceu uma boa moça, turista que veio visitar a cidade, se apaixonaram, casaram e me deram um neto. Mas a vida foi cruel comigo novamente, ceifando tudo que eu tinha de mais precioso..."
Fiz então a última pergunta que completaria esse quebra-cabeças:
"Liang, como se chamava seu neto?"
Ela agora, abaixo a cabeça, deu um sorriso triste e respondeu:
"Ele se chamava Longchen, em homenagem ao avó, que se chamava Long. Mas nós o chamávamos de pequeno Chen."
Ah Chen, seria tão mais fácil, se você estivesse aqui! Como contar agora para Liang, que seu neto está vivo?
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