Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 21⛩Déjà vu⛩

Mais tarde em meu quarto, logo após Chen me deixar em casa, repassei em minha mente tudo que havia acontecido naquela tarde. Apesar do aborrecimento com Enlai, eu mantinha um sorriso no rosto desde que desci da moto de Chen. Só consigo pensar em suas declarações e nos seus beijos.

Sei que estou enveredando por um caminho arriscado para meu coração, mas não sou capaz de recuar agora. Ele mesmo me avisou que é complicado e isso não faz diferença alguma para mim. Muito pelo contrário, parece que até me atrai mais. Eu só quero estar com ele, custe o que custar.

À noite sonhei com florestas, neblina, perseguições, olhos com chamas azuis e os beijos de Chen...

No dia seguinte na Instituição, só se falava na confusão armada por Enlai na lanchonete. Para minhas amigas Wen e Meili contei o que aconteceu depois que me despedi delas, omitindo alguns detalhes. Mas Wen, não se conformava e queria saber mais.

"Ah Jéssica! Não há mais dúvida alguma de que Chen está muito interessado em você! Ele quase partiu a cara de Enlai em dois! Todos estão comentando!"

Lok estava por perto e quando ouviu falar no amigo intercedeu por ele:

"Por falar em Enlai, ele me ligou. Está arrasado. Disse que não vem hoje. Está com uma ressaca terrível e morrendo de vergonha pelo papelão que fez ontem."

Wen respondeu com a cara amarrada:

"Melhor ele não aparecer mesmo! Porque tem muita gente doida para torcer o pescoço dele! Onde já se viu tentar ficar com uma garota à força?! Tomara que o namorado de Jéssica dê uma lição nele!"

Eu corei de imediato. Tapei a boca de Wen com a mão, porque tudo isso ela falava aos berros, com a sua voz estridente.

"Wen! Ele não é meu namorado!" Falei baixo, implorando para ela ser mais discreta.

E Meili que permanecia calada rindo, disse:

"Se ainda não é, com certeza quer ser!"

Ela disse isso olhando para alguém que vinha atravessando a ponte de entrada do Instituto.
Todos acompanharam seu olhar, principalmente eu.

Chen vinha sério, caminhando em minha direção. O foco era eu. Ele não fazia questão de ser educado e cumprimentar as pessoas, nunca fez.
E pra dizer a verdade, eu também já não via nem ouvia ninguém. Quando ele está por perto, parece que tudo fica meio que em suspenso para mim.

Enquanto ele caminhava em minha direção, aproveitei para admirá-lo.
Hoje ele usava jaqueta de couro, camisa escura, calça preta, botas e luvas de motociclista nas mãos.

As vozes ao meu redor ficaram em segundo plano e eu caminhei ao seu encontro. Sua moto estava estacionada do outro lado da ponte.

"Bom dia!" Falei parando bem de frente à ele com um doce sorriso.

"Oi." Ele respondeu apenas, me olhando de cima a baixo.

"Tudo bem? Mais calmo hoje?" Perguntei meio sem graça com seu jeito sério de encarar.

Ele deu um leve sorriso.

Ah, ainda bem!

"Vamos dizer que...controlado. " Ele respondeu.

"Ah, isso é bom..."

Essa conversa estava sendo mais difícil do que eu imaginava.
Olhei para meus pés sem saber mais o que falar.

"Mas isso não quer dizer que seja seguro para você. " Ele disse em um sussurro.

Levantei minha cabeça e disse impulsivamente:

"Acho que pela primeira vez na vida resolvi arriscar e não pensar muito."

Será que eu estou ficando louca?! De onde tirei isso?

Chen surpreso com minha resposta, disse com um leve sorriso:

"Resposta errada, mas gostei dela."

Revidei o sorriso.

"Então eu gostaria de lhe fazer uma proposta..."

Fiquei curiosa. Nós conversávamos baixo, com cautela, como se estivéssemos em campo minado.

"Que tal passarmos o dia juntos hoje?"

Antes de responder analisei a situação um pouco.

Acho que não corro risco, pois todos os nossos amigos saberão que estarei com ele. E afinal de contas, foi ele que me defendeu ontem. Se quisesse me prejudicar de alguma forma, poderia ter feito o que quisesse ontem e não fez, então acho que posso confiar nele.

Enquanto eu pensava Chen me observava, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando.

"Acho que seria um boa ideia!" Finalmente respondi e percebi que Chen soltou o ar como se estivesse tenso.

Chen me passou o capacete e montou na moto e ficou me aguardando subir. Virei para minhas amigas, que observavam tudo de bocas abertas e acenei. Elas disseram algo em mímica. Confirmei fingindo entender. Montei e segurei em sua cintura. Ele ligou o motor e partimos.

Chen me levou para conhecer um Parque Ecológico, que fica aos arredores de Pequim, o Song Shan Forest Tourist Area. É um parque dentro de uma floresta selvagem aos pés da montanha.
Ele estacionou a moto logo na entrada do Parque e seguimos a pé pela trilha.

Após alguns minutos caminhando, Chen segurou a minha mão e me conduziu à uma entrada lateral, que levava a uma nova trilha. Essa mais estreita e pouco usada se embrenhava na floresta.

Agradeci aos céus por ter vindo de jeans e tênis, pois na mata há muitos insetos, além de arbustos com galhos cortantes e o próprio caminho, que é bem pedregoso e desnivelado.

"Chen, tem certeza que esse caminho não é arriscado? Pode ter animais selvagens aqui..." Disse insegura.

Chen me respondeu seguro de si:

"Sim, tem animais na reserva, mas não há risco algum, desde que você permaneça comigo o tempo todo."

"Como você pretende nos defender se um animal selvagem aparecer?"

Chen sorriu triste e disse:

"Não se preocupe. Eles não se aproximarão. "

"Ok..." Respondi sem muita convicção.

Chen parou, segurou meu rosto com carinho e explicou:

"Não precisa ter medo. Só estou te levando para conhecer um lugar sossegado e bonito, que gosto muito nesse Parque. As pessoas costumam visitar somente os lugares óbvios, mas aqui tem muito mais para se ver."

Ele soltou meu rosto e continuamos caminhando devagar. O caminho foi ficando mais estreito, até que a trilha sumiu e passamos a caminhar livres pela floresta.

Olhei para o alto. As copas das árvores se fechavam, escondendo o céu. No chão, o musgo era escorregadio e úmido. Minha respiração ficou pesada. O ar me faltou. Minha cabeça girou um pouco e eu cambaliei.
Chen me segurou. Me apoiou abraçado e me sentou em um tronco de árvore no caminho.

"Jéssica, o que houve? Está passando mal?" Ele perguntou preocupado.

"Não sei. Fiquei tonta de repente." Eu disse um pouco confusa.

"Você está pálida e gelada. Acho que se esforçou demais. A culpa é minha."

"Não, você não tem culpa. Não foi pelo esforço. Eu é que tive uma sensação estranha. Como se conhecesse esse lugar. Como se já tivesse visto isso antes..." Tentei explicar.

" Então você teve um déjà vu?"

"Acho que sim, mas tenho certeza que nunca estive aqui de verdade, mas sim em sonhos."

Chen franziu a testa, sem entender o que eu disse.

"Em sonhos?"

" Você não é o único problemático aqui, sabia? Bem, eu tenho sonhos, ou melhor pesadelos desde pequena. Fiz todo tipo de terapia com vários profissionais, mas nada evitou que eu sonhasse toda a noite com a mesma cena."

"E você sonha com o quê?" Ele perguntou.

" Com uma floresta como esta. E no sonho sempre tem uma mulher sendo perseguida. Há também neblina e eu sempre acordo com medo."

Chen me observava em silêncio. Devia estar pensando que sou louca.

"Foi por esse motivo que você veio para a China? Para tentar descobrir o motivo de seus sonhos?"

Chen acariciava minhas costas e isso foi me relaxando.

"Também foi um dos motivos.
Eu estava meio perdida, sabe?
Não sabia o que fazer com meu futuro acadêmico. Tinha acabado de sair de uma decepção amorosa e estava sob muita pressão. Então minha avó financiou essa viagem para mim e em troca prometi encontrar sua irmã, que ela não vê há anos. Achei que os sonhos diminuiriam, mas isso não aconteceu, principalmente agora, que vivo com a sensação de que estou sendo perseguida..."

"Perseguida? Como assim?" Chen ficou alerta.

Então contei para ele tudo que vinha acontecendo, desde o meu primeiro dia na China, quando desembarquei no Aeroporto de Pequim até hoje. Contei todos os episódios estranhos.

"Por que você não me contou isso antes?"

"Porque eu contaria? Até pouco tempo você nem falava comigo direito!"

Chen abaixou a cabeça.

"Tem razão. Mas a partir de hoje, quero que me conte imediatamente se algo novo acontecer, entendeu?
Você pode estar correndo risco."

"Você acha?!" Fiquei assustada.

"Não se preocupe. Vai ficar tudo bem. Não vou permitir que nada lhe aconteça."

Chen me encarava sério e determinado. De repente, em um ímpeto, me lancei em seu braços. Ele me segurou forte e ficamos assim por um bom tempo.

Após mais uns quinze minutos de caminhada chegamos em uma espécie de jardim natural. E com certeza, foi o lugar mais lindo que eu já vi em minha vida.

Perdi o fôlego com a beleza selvagem daquele lugar. Nada ali era feito pelas mãos humanas, mas sim esculpidos com a perfeição da natureza.

Uma pequena cascata formava uma piscina natural, que desaguáva mais abaixo, formando uma piscina natural. Ao redor, uma profusão de cores. Variados tons de verde, salpicados por inúmeras espécies de flores, orquídeas, gardênias, damas da noite, entre outras. Eram amarelas, azuis, brancas e vermelhas. E o perfume adocicado das flores, chegava a inebriar.
Pequenos insetos e répteis observavam à uma certa distância. Entre as plantas e em cima das pedras.

"Chen, é simplesmente lindo! Parece uma pintura em tela!"

Ele sorriu satisfeito. Algo raro.

"Não disse?! Eu sabia que gostaria. É o meu lugar favorito. Mais acima tem muito mais para se ver, porém acho que hoje não vai dar para ver tudo."

Olhei para o alto, admirando o que ele apontou, enquanto ele estendia uma toalha na grama e retirava da mochila frutas, pãezinhos e suco.

"Pronto, pode sentar."

Observei tudo aquilo.

"Você realmente veio preparado. Como tinha tanta certeza de que eu aceitaria o convite?"

Chen deu de ombros e disse:

"Resolvi arriscar."

Após o lanche, explorei cada canto do lugar. Molhei os pés na piscina natural. Colhi uma orquídea de um tronco para replantar. Isso me lembrou de vó Lan. Brinquei com borboletas azuis, depois estendi meu casaco em uma pedra e deitei para tomar sol.

Chen se aproximou e sentou do meu lado.

Após um tempo me observando em silêncio, ele disse:

"Jéssica, diga-me até que ponto você acredita no sobrenatural?"

Sem entender muito bem o porquê daquela pergunta, resolvi pagar pra ver. E descobrir onde esse assunto levaria.

"Confesso que nunca fui muito interessada nesse assunto, mas também não sou completamente cética. Mas você se refere a o quê?

"A tudo que foge da explicação lógica e racional humana." Ele respondeu.

"Você se refere a lendas e maldições?"

"Sim, e a criaturas mitológicas também. "

Respondi com sinceridade:

"Meus avós me contavam muitas histórias chinesas quando eu era criança. Com personagens heróicos, com poderes formidáveis e lendas cheias de ensinamentos e simbolismos. Eu ficava fascinada ouvindo tudo aquilo, mas depois que cresci passei apenas a respeitar as crenças e cultura desse povo, que tenho uma parte correndo em minhas veias."

"Isso é bom." Ele abaixou a cabeça.

"Já é um começo." Comentou mais para si.

"Bom, por quê?" Perguntei intrigada com o assunto.

"Bem, você está na China! Terra de misticismos e de cultura marcada por mitologia, lendas, superstições e maldições. Muitos heróis de nossa história foram alvos de forças sobrenaturais."

"Sei disso! E essa linha tênue entre o que é real e o que é fantasia me fascina!"




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro