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Capítulo 20⛩As ruínas do Palácio de Verão⛩

No dia seguinte, um grupo de nossa turma combinou de se reunir em uma lanchonete após a aula. Por mim iríamos direto para casa, pois eu precisava rever algumas matérias e terminar exercícios, mas Meili praticamente me implorou para que eu fôsse, se não seu pai não a deixaria ir.

Acabei cedendo à sua vontade, pois Meili merecia. Ela tem sido uma verdadeira amiga desde que cheguei na China. E além do mais, ela estava super empolgada, porque Hong está vindo visitá-la e prometeu encontrar-nos na happy hour, caso chegue à tempo.

Ainda bem que hoje estou usando um dos vestidos que comprei, em nossa visita a Nurenjůe. Ele é estampado e de alcinha, por isso coloquei uma jaqueta curta, por cima, caso esfrie mais tarde.

Quando chegamos à lanchonete, boa parte dos alunos do Instituto estavam lá. Praticamente fecharam o estabelecimento para nós.
O restaurante oferecia petiscos, bebidas, frutos do mar, jogos e karaokê.

Pedi uma coca e fiquei assistindo Wen e Lok formarem um dueto romântico no karaokê. Mais distantes, estavam Daiyu, Shui e Hu com outros alunos, que juntaram as mesas.
Me sentei em um Puff e comecei a rir da coreografia que o casal fazia agora.
Enlai estava com um grupo de rapazes bebendo nos fundos do restaurante, quando me viu, veio em minha direção.

"E aí sumida! Poxa, estou chateado com você! Não me dá mais atenção! Não me considera mais seu amigo?"

Enlai estava com a fala arrastada. Deve ter bebido além da conta.

"Que nada. Só tenho estudado bastante e saído com as meninas para conhecer lugares."

"Podíamos marcar para eu te levar para conhecer um lugar especial. "

Enlai disse isso, se insinuando e chegando perto demais. Ele realmente estava confundindo as coisas.

"Olha só Enlai, preciso falar algo com Meili, depois a gente se fala."

Levantei e fugi dele.

Daiyu observava tudo com cara de desgosto.

Fiz meu pedido e sentei bem longe de Enlai. Me distraí conversando com uma menina, que também tinha ido no passeio da Ilha Shamian.

Mais tarde, me juntei a Meili e Hong que acabara de chegar. Mas em algum momento precisei sair de perto dos dois, pois senti que estava sobrando na conversa e não queria atrapalhar. Foi muito difícil fazer esses dois se entenderem, então saí de fininho, mas no caminho encontrei Enlai mais bêbado ainda.

"E aí Jéssica Lin-da! Fugindo de mim?"

Eu gostava de Enlai, mas não conhecia esse seu lado. Hoje ele estava insuportável!

"Sabe, tem um tempinho que estou querendo falar com você sobre nós dois!"

"Enlai, pára com isso! Não existe nós dois e você não devia beber tanto!"

Pela cara de Hu, ele estava se divertindo muito com a ceninha que Enlai estava aprontando e com meu constrangimento.
Situações como esta são o tipo de coisa que eu detesto. Tenho pavor de ser exposta ao ridículo e ser o centro das atenções alheias.

"Ah, vai Jéssica! Não é possível que não tenha percebido que estou interessado em você faz tempo!" Falou isso alto demais.

A essas alturas, Enlai estava tentando me segurar de novo. Tirei o braço dele do meu ombro e disse:

"Olha Enlai de você só quero a amizade. E pra falar a verdade, depois dessa cena ridícula, nem amizade acho que quero mais!"

Virei para Meili e disse:

"Mei sinto muito, mas tenho que ir. Esse ambiente está insuportável para mim."

Já ia saindo pela porta do restaurante, quando Enlai me alcançou e segurou com mais força meu braço.

" Ei, espere aí! Você está achando que estou bêbado, mas não estou!" Deu um arroto.

Riu e continuou:

"Desculpe, bem talvez eu esteja só um pouquinho. Mas o que eu disse é verdade! Gosto de você mesmo!"

"Enlai, pára de falar essas coisas! Você está estragando tudo com essa bebedeira! Já te pedi, me deixe em paz e solte meu braço! Você está me machucando!"

Agora, eu já estava quase chorando, porque ele me segurava pelos pulsos com força, tentando me abraçar. Eu não deveria ter saído. Pelo menos lá dentro, tinha outras pessoas para me ajudar.

Continuei me contorcendo para soltar-me dos braços dele e me esquivando do seu bafo alcóolico, que me embrulhava o estômago.
Quando do nada, ouvi o som de uma voz rouca, vinda de alguém que saía do escuro do estacionamento:

"Solte ela imediatamente!"

Eu gelei com o som daquela voz, que eu conhecia tão bem, mas que agora tinha um toque de raiva.

"Não se mete aqui aberração!" Enlai respondeu sem ter noção do perigo.

O rosto saiu do escuro, revelando os olhos que antes eram negros e agora estavam com um brilho azulado e vidrados.

"Estou lhe avisando pela última vez, solte a garota ou irei quebrar seus dois braços, seu moleque bêbado e descontrolado."

A voz de Chen estava baixa, porém demonstrava que quem o contrariasse corria perigo. Percebi que ele abria e fechava os punhos e se aproximava devagar, como se ainda sobrasse algum resquício de autocontrole.
Enlai mesmo no auge de sua embriaguez percebeu algo, porque foi afrouxando aos poucos as mãos que seguravam meus pulsos. Olhei para atrás. Chen tinha um olhar violento e agora estava muito perto.
Virei totalmente de frente para ele, coloquei as mãos espalmadas em seu peito e falei baixo:

"Chen está tudo bem. Veja, ele já me soltou."

Mostrei meus pulsos libertos, mas o que ele viu só aumentou sua raiva. Havia marcas vermelhas em minha pele, que os dedos de Enlai deixaram.
Os olhos de Chen se arregalaram e ele falou entredentes, se dirigindo a Enlai:

"Se tocar nela novamente covarde, terá que assumir as consequências."

Enlai não disse nada, apenas engoliu em seco. Pelo jeito não estava tão bêbado quanto queria parecer.

"Chen, olhe para mim..." Pedi suavemente.

Chen abaixou a cabeça e me encarou. Seu olhar suavizou.

"Acabou. Está tudo bem agora. Vamos embora?"

Ele apenas balançou a cabeça, concordando. Segurou minha mão e me levou dali.

A essas alturas, algumas pessoas perceberam a confusão do lado de fora e saíram para bisbilhotar.
Chen me levou até sua moto, estacionada a uma certa distância. Montou nela, me entregou um capacete e esperou que eu montasse na garupa.

Não estávamos bem um com o outro. Da última vez que nos falamos acabamos discutindo. Mas se ele não tivesse aparecido hoje, não sei o que poderia ter acontecido. Então não pude ser ingrata nem orgulhosa. Além do mais, ele parecia ainda bem nervoso. Então era melhor para todos levá-lo para longe dali.
Montei e segurei no suporte da moto. Ele olhou para trás, pegou meus braços, enlaçou em sua cintura e disse:

"Melhor se segurar direito."

E partimos de moto, pelas ruas de Pequim.

Já era entardecer quando Chen estacionou a moto próxima as ruínas do antigo Palácio de Verão. Caminhamos algum tempo em silêncio. Então Chen parou e disse:

"Agora que estou mais calmo, podemos conversar."

"Chen lamento muito ter lhe dado trabalho de novo e..."

Ele me interrompeu.

"Mas o que você está dizendo?
Você não teve culpa de nada!"

"Te agradeço muito por me defender. Enlai bebeu demais. Ele nunca foi inconveniente assim."

"Inconveniente? Aquele covarde estava machucando você! O que ele tem na cabeça?!"

Fiquei em silêncio.

Chen continuou falando.

"Se não chego à tempo não sei a que ponto, a inconveniência dele poderia ir!"

"Eu sei! Nunca imaginei que Enlai fosse capaz disso! Mas tenho certeza que ele não fez por mal. Estava sob efeito de álcool. "

Chen sorriu sem alegria.

"Você sempre vê o melhor das pessoas, não é? Mas precisa aprender que nem todos têm boas intenções."

"Eu já aprendi isso faz tempo! Não sou nenhuma criança inocente!"

Chen me encarou sério. E se aproximou um pouco mais devagar. Eu recuei por instinto, até encostar em algumas pedras atrás de mim.

"Não, você não é mais criança. Mas tem o coração puro. Somos muito diferentes. E por incrível que pareça, essa diferença é o que mais me atrai."

Eu ouvi direito? Chen disse que se sente atraído por mim?

"Não sou idiota, sei que ele realmente passou do ponto. Mais uma vez te agradeço por me ajudar. Mas não precisava me trazer aqui. Podia ter me levado direto para casa. Não quero te dar mais trabalho."

Abaixei a cabeça, não conseguindo sustentar o olhar intenso dele. Seus olhos agora estavam na cor natural.

Algo muito estranho acontece com sua visão quando fica tenso.

Chen se aproximou mais.

"Te trouxe aqui porque queria conversar com você à sós. Naquele dia você não quis me ouvir."

"Porque já entendi que você não quer minha amizade, não precisa dar explicações. Chega ser algo humilhante para mim!"

Chen agora estava muito perto. Nossos rostos à distância de um palmo.

"Você não entendeu nada! Não sabe o que sinto e interpreta tudo errado!"

Reclamou entredentes.

"Então me explique!" Desafiei sem paciência.

Ele apoiou um braço na coluna ao lado do meu rosto, fechou os olhos e respirou tenso.

"Não é que eu não queira, é que eu não posso..."

"Não pode o quê? O que está te perturbando? Fale-me claramente! Chega de fazer rodeios ou me responder com esses provérbios, que vive citando para mim!"

Acabei precionando-o a falar, já não aguentava tanto mistério.

Chen abriu os olhos, levantou a cabeça e me encarou.

"Não posso te querer! Para sua segurança. Não podemos nos aproximar. Não seria justo com você! Te envolver nesse drama que é a minha vida, seria irresponsabilidade de minha parte!"

Chen falou essas palavras com uma expressão atormentada.

"Não acha que cabe a mim decidir isso?"

Seus olhos estavam negros, porém encarando agora bem de perto, podia ver pequenas faíscas azuladas vibrarem ao redor de suas íris. Sua pele estava quente. Eu podia sentir com a aproximação. Ele abaixou a cabeça na altura da minha. Minha respiração também ficou pesada.

"Não consigo mais fugir. É mais forte que eu. Estou a tanto tempo só. Sempre fugi de um vínculo maior com as pessoas. Mas você...você quebrou todas as barreiras em tão pouco tempo..."

Ele observava cada detalhe do meu rosto, como um pintor memoriza os traços de sua musa inspiradora antes de reproduzi-la.

Eu estava presa entre a coluna das ruínas e o corpo de Chen.
Abri os lábios para puxar o ar e respirar fundo, pois estava sem ar de tanta tensão.
Chen acompanhou cada movimento meu. Depois apoiou o outro braço do outro lado do meu rosto me encurralando de vez. E eu não queria sair dali...

Levantei o rosto para o encarar. Foi a oportunidade que ele esperava. Me beijou como nunca fui beijada antes. Foi um beijo urgente, faminto e desesperado, como se tivesse prometido há tempos, esperando o momento certo para acontecer.

Ele só se afastou quando ambos ficamos sem ar.
Uma neblina havia se formado ao nosso redor. Não sei de onde veio. Do corpo de Chen irradiava um calor como se ele estivesse febril.

"Jéssica..." Ele quebrou o silêncio primeiro com a testa encostada na minha, mas eu o interrompi.

"Por favor, não se desculpe. Não me ofenda."

Ele franziu o cenho.

"Não ia me desculpar. Só ia dizer que tem muita coisa sobre mim que você não sabe."

"Você pode me contar, tenho certeza que entenderei."

"Não, agora não. Tem que ser aos poucos. Se não é capaz que você fuja para o outro lado do mundo imediatamente." Ele sorriu triste.

"Hum, duvido muito. Também sou um pouco complicada. Você não faz ideia do que se passa na minha cabeça às vezes." Disse sorrindo, me referindo aos meus sonhos desde a infância.

"Tenho certeza que se você tem algum defeito, que para mim é impossível nada se compara aos meus."

Fiquei preocupada. Será que ele havia cometido um crime no passado ou algo parecido?

"É tão grave assim?"

Suas pupilas dilataram.

"É que as vezes me torno perigoso. Meu temperamento é bem instável, por isso me mantenho distante das pessoas. Tenho medo de te machucar."

Coloquei a mão em seu rosto quente pela primeira vez. Ele fechou os olhos e respirou fundo.

"Você não acha que cabe a mim decidir se quero ou não correr esse risco?"

Ele abriu os olhos. Me perdi nas profundezas de seu olhar intenso. Já não sabia mais do que falávamos.

"Você não faz ideia de como relutei. De como me esforcei para me distanciar de você e tentar te esquecer."

Tudo isso ele dizia em sussurros.

"Me mantive longe o quanto pude para não te envolver. Porém quanto mais eu me distanciava, mais queria te ver, ouvir sua voz, sentir seu cheiro de rosas..."

E ele beijou-me novamente.
Dessa vez suavemente e sem pressa.

"Você provoca um efeito bom em mim. Conseguiu algo novo. Me acalmou com suas palavras e seu toque. Minha ira nunca se aplacou tão rápido como hoje. Em outras situações eu teria arrancado os braços daquele idiota."

Acariciei seu rosto estremecendo por dentro com suas palavras agressivas.

Chen desperta sentimentos adormecidos em mim. Não imaginava que sentiria algum dia por alguém esse misto de medo e desejo.

"Pode contar comigo para te ajudar com seu distúrbio de personalidade. Existem terapias que ajudam muito, você sabia?"

Chen sorriu. Dessa vez o sorriso chegou aos olhos.

"Distúrbio de personalidade?
Bom seria se fosse somente isso..."




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