Queens, NY. Dias atuais...

Puxo o edredom que me cobre e o lanço ao chão. Sento em minha cama e passo as mãos em meu rosto suado. Mais uma vez, o mesmo sonho me atormenta. Desde criança, esse pesadelo com essa floresta sinistra me assombra. Não sinto tanto medo como quando era pequena, que acordava chorando e corria para a cama de meus pais, hoje em dia já não faço isso, mas o efeito angustiante continua agindo ao fim de cada noite mal dormida.
As terapias só serviram para me ensinar a controlar o coração disparado e o medo que sinto toda vez que acordo no meio da noite assustada com a cena da perseguição naquela floresta escura. Não houve psicólogo que pudesse me explicar a causa dessas imagens, criadas em meu subconsciente, e o porquê de ser sempre o mesmo drama.
As vezes, tenho a imprensão, que esses sonhos são avisos ou lembretes de que tenho um compromisso ou uma missão a cumprir. Não conheço a mulher que foge assustada na floresta, muito menos o lugar. Não sei do que, ou de quem ela tenta escapar. Só sinto o perigo e o medo me consumirem e depois acordo com a sensação de que algo muito importante em breve irá acontecer...

(214 palavras).

Como Jéssica Lin.