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Mais Um Adeus


- Povo de Yguirvill. Preparem-se para a batalha. - Gritei, levantando minha espada fazendo os símbolos azuis mágicos brilharem intensamente.

O chão treme com os pés descalços do exército marchando em nossa direção, o mau cheiro de nossos inimigos anunciavam a aproximação da batalha. O quanto mais próximo eles chegam, mais dá para ouvir o som grotesco de suas gargantas.

- Atacaaaaar! - Desço minha espada apontando para o exército de humanoides a frente.

Comecei a correr ladeira a baixo, cortando alguns ao meio, decapitando outros, os derrubando com o meu escudo. Indo em direção a grande e dourada árvore sagrada. A cada um dos nossos que é derrotado, cinco deles caíram. A cada grito de dor de um dos nossos, três deles engasgavam com o próprio sangue.

Rei Troll estava sentado em seu trono de ouro reluzente, olhando direto para mim. Mesmo distante, eu sentia sua sede por sangue, assim que me aproximo ele levanta. Seus olhos brilham num vermelho vivo, a veia em seus músculos pulsam de expectativa. Eu sabia que não teria chances, sozinho. O rei era gigante, seus braços davam dois dos meus.

Meus soldados estavam ocupados impedindo o exército inimigo de me atacar. A princesa Agatha está presa em uma gaiola ao lado do trono. Seus olhos me encaram, ela balança a cabeça, confirmado que esta bem. Sua pele branca intacta sem nenhum machucado, até o vestido azul, da cor de seus olhos, estava ileso. Levantei minha espada fazendo a mesma luz irradiar da lâmina cegando o rei por alguns minutos, retiro o cetro real de meu cinto e o jogo para princesa. Assim que tocou seus dedos a esmeralda brilha, a luz cobre toda a jaula e a explode. O rei olha para o lado ainda com dificuldade em enxergar. Levanta seu machado e ataca a princesa. Ela sacode seu cetro e cria um escudo em volta de si. Aproveito e corro, antes que o Troll percebesse eu já estava cortando sua perna esquerda. O rei urra de dor e larga o machado, um sangue azul escorre do corte. Com o impulso da corrida, pulo apoiando um pé no trono e pouso nas costas da criatura. Finco a espada. Mesmo se balançando para um lado e para o outro eu não solto. A princesa fica de frente para ele e invoca chamas de seu cetro, lança na cara do Troll. Ele cai de joelhos. Solto minha espada e corro até sua nuca, pronto para dar o ataque final. No entanto, antes que eu possa fazer alguma coisa, a mão do rei me envolve e me arremessa para frente. A princesa cria diversos punhos de raízes para tentar conter o ataque do rei. Entretanto, ele cortava tudo e avançava aos poucos, cada vez mais próximo. Eu me levanto a tempo de o ver muito próximo da princesa. O rei levanta o machado com às duas mãos se preparando para cortá-la ao meio. Uma quantidade imensa de raiz forma um punho gigante atrás da princesa e acerta o rei Troll em cheio. Saio correndo usando as raízes como rampa e salto em cima do Troll.

- Morra! - Gritei apunhalando o coração do rei. Ele cai em cima do trono se desfazendo em cinzas. Me viro para seu exército e digo: - E vocês, saiam, ou sofrerão o mesmo destino!

Todos os Troll que correram por sua vida.

Nossa comemoração começou horas depois. O sol já tinha nascido quando todo o exército se reuniu. O trono havia sido removido, e o altar de pedra devolvido ao seu lugar. A cerimônia iria começar. Eu seria reconhecido, não só como um cavaleiro, mas como o braço direito da futura rainha.


Me ajoelho em frente à princesa e coloco uma pedra vermelha na palma de sua mão.

- Com essa pedra selo nosso compromisso. Juro encarar sem medo a face de meus inimigos. Minha espada será sua, meu escudo seu. Te proteger será o meu dever. Lutar ao seu lado meu ofício. Perante a árvore sagrada declaro: serei seu cavaleiro, e sempre estarei contigo. Não importa o que aconteça e nem para onde for.

A princesa pega uma pedra azul embaixo de uma das raízes da árvore sagrada. Enrola em um barbante preto e diz:

- Posso saber o porquê desse sorrisinho aí? - Diz uma voz doce e agradável do meu lado.

Aperto a pedra azul do meu cordão e olho para Agatha. Seus olhos azuis não tinham mais o mesmo brilho de 10 anos atrás. Apenas seus cabelos ainda eram como ouro reluzindo com a luz do sol poente que entrava pela janela do carro.

- Eu estava me lembrando daquele dia na árvore velha que ficava atrás da minha casa.

Ela olha para a estrada.

- Que dia?

- O dia em que derrotamos o rei Troll. Quero dizer, o dia em que sujamos o quintal inteiro de lixo e mato brincando de faz de conta.

Agatha olha para mim.

- Não me lembro de quase nada daquela árvore.

- Nem do beijo que você me deu? - Abri um meio sorriso.

Agatha ficou com as bochechas vermelhas e prendeu a respiração. Logo depois seus olhos se tornam frios. Comecei a rir.

- Qual é a graça? - Perguntou, irritada.

- Você é única que conheço que consegue ser fofa e durona ao mesmo tempo.

Agatha respira fundo e volta a se preocupar com a estrada.

- Você sabe da sua situação, não é?

- Sei... - suspiro e olho para as minhas mãos, ainda conseguia sentir elas molhadas de sangue.

- Meus pais foram assassinados. Eu não devia estar rindo. Mas o que adianta chorar? - Minha voz fica um pouco embargada. - Eles não vão voltar.

- Me desculpa... Não queria te deixar assim. Porque se lembrou disso?

- Aquele dia na árvore foi o melhor da minha vida. Nunca me diverti tanto com alguém. Mesmo não terminando de uma forma boa, é reconfortante lembrar isso.

Pego meu cordão de novo e encaro a pedra.

- Queria poder voltar. A realidade é dura demais.

- Não somos feitos só de momentos felizes, Jack. O que você não gosta tem que aprender a superar, fiz isso a minha vida inteira.

Um silêncio domina o carro por vários minutos. Ela tem um pouco de razão, tenho que aprender, não tem como mudar o que aconteceu. Deitei minha cabeça na janela. Quase não dava para ver o cenário no lado de fora. As árvores, postes e outros carros passavam voando pela janela. Dava para ouvir aviões voando baixo demais, sirenes ao longe, buzinas e pessoas se xingando. Era um dia normal. Ninguém parecia ligar para a morte de meus pais.

Agatha liga o rádio, uma música triste preenche meus ouvidos, os dedilhados do violão navegando por todas minhas veias. Meu coração se aperta.

- Você ainda não me disse. Quem matou meus pais? Ou por que estamos fugindo? - Eu a encaro tentando decifrar seu rosto.

Ela permaneceu em silêncio por alguns instantes.


- Te conto os detalhes quando chegar. Estamos indo para um antigo armazém. É a única coisa da minha mãe que minha madrasta não vendeu. - Depois de alguns minutos ela volta a falar. - Ah! Já estava me esquecendo. Peguei isso antes de sairmos.


Agatha vasculha dentro da bolsa no banco de trás e me entrega um frasco com comprimidos e uma garrafa d'água.


- Você pegou os meus remédios? - Eu tinha escondido eles um dia antes da morte de meus pais. - Como você sabia...


- Achei por acaso.


Tomo um comprimido e dou um gole na água. O gosto é horrível, me lembra o porquê eu não gostava. Passar a vida toda tomando isso sempre foi um pesadelo.Estiquei a mão até o porta-luvas.


- Não mexe aí. - Tarde demais. Assim que abri, um monte de jornais velhos e uma faca caíram. Agatha fica tensa. Começo a juntar os jornais, todos eles eram notícias da mesma pessoa, Simone Albani.


- Sua mãe era uma assassina!? - Sussurrei, lendo um dos títulos de uma das notícias.

- Era... - Falou soltando todo o ar dos pulmões. - Isso foi há muito tempo. Antes que ela trabalhasse para sua família.

Aquele silêncio voltou. Sei que não devia perguntar, quero dizer, qual a chance de ser verdade? Nós não nos víamos há dez anos. Desde o dia em que fomos separados por nossos pais. Ela não mudaria tanto assim, não é?

- Agatha... Você... - Respiro fundo e limpo a garganta. - Não foi você que matou os meus pais, não é?

Segurei a respiração e esperei a resposta, mas ela não veio. O remédio começou a fazer efeito, estava começando a ficar com sono. Se ela matou meus pais tudo faria sentido. Não estávamos fugindo de nenhum perigo, estávamos fugindo da polícia. Um arrepio gelado percorre toda a minha espinha. Isso quer dizer que eu sou um refém? Não! Agatha não é esse tipo de pessoa. Sei que não.

O carro para em um armazém antigo e empoeirado. As janelas tinham diversos vidros quebrados. A placa já não tinha letra, e ameaçava cair. Tremendo a cada vento que passa.

- Desça! - Sua voz saiu em um tom seco e frio. Minha barriga deu voltas. Minhas mãos soavam. Mas obedeci.

- Olha... Agatha, eu não estou chateado com...

Ela abre a porta do armazém. O som estridente das corrediças faz a minha cabeça doer.

- Entra.

Eu poderia correr, tentar lutar, mas alguma coisa dentro de mim, dizia para confiar, então entrei. O cheiro de mofo invade meu nariz assim que ponho o pé dentro do armazém. Logo que Agatha fecha a porta ficamos num escuro absoluto. Escuto um clique, todas as luzes piscam e se acendem. Havia caixas por todos os lados e algumas prateleiras sujas.

- Por aqui. - Fomos até um cômodo nos fundos, onde seria o escritório.

Assim que ela abriu a porta me surpreendi. Tinha uma cama de solteiro arrumada, um criado mudo e um armário sem nenhuma poeira. O cheiro de limpeza era tão bom que eu até fechei os olhos para sentir e me esquecer do fedor do outro cômodo.

Agatha vai até o armário. Pega uma caixa. Senta na cama e começa a vasculhar dentro.


- Minha mãe tirou essas fotos há muito tempo. Ela ia usar como barganha se fosse demitida. Eu guardei aqui quando ela morreu.Me entrega um envelope amarelo.

- O que?

Eram três fotos minhas. Em duas eu chutava um cachorro marrom e na outra o jogava longe, com muita dificuldade.

- Foram tiradas há um ano depois que nos proibiram de nos ver.

- É o Spike... - Um cachorro que eu tinha. Minha mãe me falou que ele fugiu.

- Esses remédios te deixam controlado. Sei deles porque minha mãe me contou. Impedem você de surtar e machucar alguém.

- Não. Você não quer dizer que eu... - Minhas mãos tremeram fazendo as fotos caírem no chão. Meu estômago dói.

- Sinto muito... Eles queriam te poupar, mas eu não acho certo você ser o único que não sabe.

O som de sirenes no lado de fora ficou mais alto. O cômodo onde eu estava rodou. Senti dois braços me envolverem. Minhas pernas tremeram e eu quase caio.

- Eles vieram me buscar? - Eu sabia que sim. Afinal, matei meus pais.

Isso fazia sentido. Toda a vez em que eu ficava sem tomar meus remédios alguma coisa de ruim acontecia. Uma vez minha prima apareceu com vários machucados. Meu pai me disse que ela tinha caído, mas toda a vez que ela me via tremia de medo. Teve uma vez em que ela se mijou só porque dei um abraço.

- Não... Por causa do passado de minha mãe, sou a principal suspeita. Ouvi no rádio enquanto você dormia. Para eles, eu matei seus pais e te sequestrei.

- Isso não está certo.

Houve um barulho de rodas no lado de fora e portas batendo.

- AGATHA ALBANI AQUI É A POLÍCIA, SAÍA COM AS MÃOS PARA CIMA! - Gritou o policial num alto-falante.

- Eu vou segurar eles e... Urgh! - O cabo da faca tinha acertado a boca do meu estômago. - Por que... Você... Fez isso?

Agatha vai até à caixa de ferramentas no chão, e começa a tirar as coisas de dentro.

- Poupe o fôlego.

Ela pega uma fita-isolante e uma tesoura.

- O remédio te deixa um pouco fraco, mas o efeito deve passar em algumas horas.

Ela me deita de bruços, junta as minhas mãos e começa a amarrar meus pulsos.

- Fica quieto ou te bato de novo.

Assim que termina ela me coloca sentado, e fica ajoelhada na minha frente.

- Você não precisa fazer isso. Posso falar que a culpa é minha.

- Você ainda tem seus tios e primos, Jack... Eu não tenho mais ninguém, só a minha madrasta, e ela nunca me tratou bem.

Ela fica de pé e me mostra as costas cheias de cicatrizes. Marcas de chicotadas e queimaduras de ferro quente.

- A prisão vai ser pior. - Falo, quase chorando.

- Não vai... Eu era torturada. Toda a vez que fazia alguma coisa que eles não gostavam, e não podia fazer nada. Na prisão posso revidar. Isso SE mexer comigo. Aprendi muita coisa com a minha mãe.

- AGATHA ALBANI SE RENDA AGORA! O ARMAZÉM ESTA CERCADO!

- Não faz isso Aghata. - Minhas lágrimas começam a escorrer.

- Sabe por que eu te salvei?

Agatha se aproxima e me beija, leve e devagar, um adeus de poucos segundos.

- Eu menti... Não me esqueci daquele dia na árvore. Nunca esqueci. Tentei te encontrar várias vezes depois daquele dia, mas parece que não nascemos para ficarmos juntos. Eu te amo, Jack, e peço que viva livre por nós dois.

Ela me amordaça e se levanta.

- Adeus... Meu cavaleiro. Te libero do teu dever e de seu ofício.

Ela sorri. Seus olhos brilharam como antigamente. Eu queria que ela não fosse, mas uma vez, desejei voltar ao dia da árvore sagrada. Celebrando com minha princesa.

- Largue a faca! - Diz alguém no lado de fora seguido por um som de aço batendo em alguma coisa.

Uns polícias entram depois de alguns minutos. Me desamarra. Um deles vê que estou chorando e diz:

- Vai ficar tudo bem agora. Você está a salvo.

No entanto, não ia. Nunca mais as coisas ficariam bem.

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