Era chegada finalmente, as horas de gravação.

Ele estava ao escritório pensativo enquanto tomava um café.

Olhava as cenas gravadas nos ensaios e supostamente faltava uma atriz.

O amigo e produtor entrou ao escritório.

_ como estamos?

Ele suspirou impaciente.

_ temos que fazer mais ensaios.

_ atores faltosos são mesmo um problema.

_ exatamente, e isso atrasa tudo no set.

_ enquanto a sua musa? Tem ido bem? Está curtindo as atuações dela?

Ele olhou para o amigo que parecia se divertir com sua tensão aparente.

_ ela é uma ótima atriz e diria que se irrita muito fácil.

Os dois riram.

_ você deu um beijo nada técnico na nossa protagonista e mocinha do filme.

_ achei relevante uma vez que já havíamos nos beijado antes...

_ certo... Meu amigo vai acabar se apaixonando...

Ele apenas fitou o homem que se retirou com um largo sorriso.

Penélope que também atuaria no filme, chegou ao set e deparou com Marisa que estava aguardando o início dos ensaios.

_ que prazer minha querida te rever.

A mulher diz em tom desagradável e irônico, pois as duas sempre disputavam grandes papéis.

_ diria o mesmo " querida" mas parece que você não ensaiou.

A mulher deu meio sorriso.

_ Miguel entenderá. Somos grandes amigos.

Ela fitou a mulher. " grandes amigos " imaginava o quão amigo Miguel seria daquela mulher insuportável e nada pontual nos trabalhos como atriz.

_ imagino - Marisa diz apenas e olhou ao redor procurando por Miguel que aquele dia atrasou o início da então gravação.

Logo, ela se sentiu invadida pelos olhares de penélope quando viu Miguel.

Miguel se aproximou de penélope

_ Miguel que bom te ver!

Se abraçam e Miguel sorri todo solicito a mulher.

Marisa então se sentiu pouco a vontade, e notou que sim, havia então alguma coisa entre os dois.

_ vamos ensaiar. - Miguel diz enquanto fazia um sinal para acenderam todas as luzes.

Ele não havia dado sequer um oi a Marisa. Nem mesmo olhou para ela.

_ desculpe, não seria o início das gravações oficiais? - Marisa se atreveu a perguntar.

Miguel encarou Marisa.

_ parece que você esquece detalhes relevantes de que eu sou o diretor.

Penélope sorri sentindo-se vitoriosa.

Que homem tão prepotente!

Marisa então o enfrentou.

_ parece que tem preferências que atrasará o grande espetáculo aqui.

_ está com um outro papel em vista senhorita?

Marisa não disse nada e caminhou até o local de onde ensaiaram.

_ nossa, ela parece não gostar de você.

Penélope comentou com tom de brincadeira.

_ ela esta no caminho certo...

_ talvez você ensine a ela bons modos.

Marisa observou os dois sorrindo enquanto sem saber que era observada por todo set.

Alguns notaram o quanto ela estava incomodada.

Os ensaios foram ótimos aquele dia e ao fim do dia, os atores foram à um restaurante comemorar o andar do filme e alguns patrocinadores.

Marisa estava a mesa sem mínima vontade de nada enquanto via aquelas pessoas a sua volta, e vez em quando, notava os olhares de Miguel a sua direção.

Estava a mesa sozinha quando notou que o amigo de Miguel disse algo em seu ouvido.

Miguel então olhou para ela mais uma vez.

Ele estava vindo ao seu encontro quando penélope o abraçou tomando ele para si.

Que mulher tão vulgar e oferecida.

Pensou ela enquanto tomou de uma vez toda a bebida.

_ um momento penélope.

_ não me diga que vai dar alguma bronca na metidinha arrogante?

Ele apenas sorri a mulher e se esquiva caminhando então até onde Marisa estava sentada.

_ se incomodaria se eu me sentar aqui?

Marisa gesticulou que não.

_ parece não esta gostando de estar aqui conosco?

Marisa o fitou, e ele estremece cada vez que ela o encarava com aqueles olhos lindos e tão expressivos.

_ incomodo algum. São coisas que temos que fazer.

_ você acha? Como atriz não a vejo muito em eventos.

_ também nunca o vi em eventos como diretor.

_ tem razão, não sou de tanto de grandes comemorações, vou apenas em eventos de premiação.

_ eu também.

_ então não gosta tanto da fama.

Ele sorri e ela sem notar o sorri também.

_ a fama requer muita paciência e algumas reservas.

Ele se viu se aprofundando naqueles olhos e Marisa sentiu-se estremecer.

_ concordo.

Marisa não diz nada, e olhou para ele que disse:

_ talvez eu... Eu tenha sido um tanto rude com você.

Aquelas palavras pegaram Marisa de surpresa.

_ coisas de diretores.

Sorriram. Desta vez juntos ao mesmo momento.

Uma música lenta começa a tocar da grande e linda voz da cantora Maria carey, enqunto ela o fitou com um sorriso.

_ gostaria de uma dança comigo?

Marisa ficou ainda mais surpresa com o convite.

_ eu... Não sei se deveria. Talvez comecem a dizer coisas sobre nós.

_ se importa com fofocas?

_ não... Você se importa?

_ de maneira alguma.

Ele então fez um gesto com uma das mãos a convidando.

Sentiu as mãos dela sobre a sua e com o coração a mil a levou para a pista de dança.

Estavam dançando música lenta e seus corpos um sobre o outro, a mão dele em sua cintura e ela o abraçava pelos ombros.

Se olhavam tensos.

Algo estava nascendo ali naquele momento entre ambos.

Algo forte, e parecia predestinado.

Ela a sentiu estremecer e fechou os olhos imaginando quanto seria bom invadir aquele corpo, tocar ela inteira.

Eles não notaram, mas estavam sendo observados por todos atores e editores e todos que trabalhavam no filme.

Penélope fazia cara de poucos amigos ao ver aquela cena.

Seu amigo em um canto do bar, sorria notando a química que já existia entre Marisa e Miguel.

Se olharam enquanto ela o sorri.

_ você tem um lindo sorriso, Marisa.

_ obrigada, muito gentil

_ é somente a verdade.

Ele queria arrastá-la daquele bar e tomá-la nos braços e apenas se perder junto a ela.

Penélope esbarrou em ambos de propósito enquanto grudou em Miguel que olhou enquanto Marisa se retirou do bar.

_ desculpe.

_ tudo bem.

Ele procurava por ela que havia saído.

_ espere um momento.

Marisa caminhava rápido procurando um taxi.

Miguel faz um sinal para o então amigo evitar incômodos como " penélope " e vai atrás de Marisa.

_ Marisa!

Ele a vê andando apressada.

_ espere!

Ela olhou para trás e o aguardou olha do a volta estava frio e ela usava um vestido apenas.

Ele a notou sentindo frio e lhe colocou o casaco apenas olhando para ela.

_ não precisa eu já estou indo para casa.

_ eu levo você se não se incomoda.

_ não quero incomodar você posso chamar um taxi.

_ não me incomodaria, seria um prazer.

_ tudo bem, eu aceito.

_ meu carro esta na outra esquina. Caminhamos até lá.

Ela consente

Ele abre a porta do carro para ela entrar que logo se acomodou.

Ele entrou ao carro e a fitou enquanto ligava a ignição.

_ para onde vamos?

_ rua Moreira Cezar, 467

_ pertinho...

Ela não conseguia parar de tremer ao lado daquele homem, e nem mesmo entendia o porque.

Ficaram em silêncio até a chegada a mansão de Marisa.

_ tem uma linda casa.

_ sim fruto de muito trabalho.

_ eu sei.

Ele olhou para aquela boca...

Marisa sentiu então os lábios de Miguel e novamente se deixou levar...