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5. About You Now

Virei-me para encarar Scott e segurei o capuz de seu casaco grosso. O pequeno canadense sorriu, não fazendo a menor ideia do que eu estava prestes a fazer. Coloquei o capuz em sua cabeça e logo em seguida pude ouvir a risada da minha criança favorita. As mãozinhas dele logo empurraram a minha e tirou o objeto com pelinhos na ponta. Tudo que pude fazer foi repetir o ato bobo. Várias vezes. E Scott continuava rindo!

— O que estão fazendo? — Sean adentrou a sala já fazendo uma pergunta óbvia.

— Brincando! — Scott respondeu com animação extrema.

— Sean, não quer trocar Scott pela minha irmã? — Soltei minha oferta com uma risada, sem deixar de fazer minha brincadeira.

— Se ela for quente... — Ele não terminou a frase porque eu joguei uma almofada em sua direção. Sean desviou, mas pelo menos consegui fazê-lo calar a boca. Com toda a certeza Scott agora estava sem o capuz e bem atento.

— Quente? — Ele espremeu os lábios, olhando do irmão para mim. — Sua irmã está com febre, Becky?

— Algo assim. — Murmurei agradecendo a todos os possíveis seres mágicos por sua inocência. Balancei a cabeça e aproximei-me de Scott, dando um beijo estalado em sua bochecha.

— Eca! — Resmungou ele ao esfregar as bochechas com suas mãos.

— Beijei apenas um lado! — Lembrei e baguncei seu cabelo, controlando minha risada. — Quando você ficar um pouquinho mais velho, vai adorar receber beijos! — Ao comentar isso, olhei para Sean que estava dando um sorriso discreto. Aposto que ele concordava comigo, até demais.

— Duvido! — Retrucou o canadense com uma carranca. — Isso é nojento demais! Tem baba demais!

Wow, quanta indignação!

— Vai por mim, mano, beijar é uma das melhores coisas que existem! — Sean comentou um pouco alto demais e piscou para mim. Até aí tudo bem, mas exatamente nesse instante a porta de entrada da casa abriu, trazendo o frio para dentro e o típico casal perfeito para dentro. A mulher com aproximadamente minha altura, pele levemente bronzeada, olhos e cabelos castanhos escuros. O homem logo intimidou-me com sua altura, mesmo que não fosse muito mais alto do que eu. Os olhos do homem até hoje não têm uma cor definida para mim, pois nunca cheguei perto o bastante para registrá-los em mente. E sim, eu sempre presto atenção em coisas assim no corpo de uma pessoa, justamente para conseguir descrever e comparar com meus personagens futuramente. Caso não tenha percebido, os pais de Sean acabaram de entrar em cena. Sarah e Lucas Johnson, o casal perfeito. O casal mais diferente que eu já conheci, o que não deixava de ser especial.

— Vejo que conseguiu fazer Rebeca ficar. — Comentou o Sr. Johnson com um largo sorriso direcionado ao filho. — E pela frase que acabei de ouvir, acredito que vocês vão brincar de luta livre novamente. — Completou, lançando um comentário jocoso.
Senti minhas bochechas esquentarem, mesmo que ainda estivesse sendo atingida pelo vento gelado das ruas de Toronto. Endireitei-me no sofá, encarando meus patrões. Eu não conseguia acreditar que Scott contara isso para eles, muito menos que Sean tinha a coragem de rir da minha cara. Babaca!

— Luck, não envergonhe a menina! — Repreendeu-o Sarah, com um sorriso meigo. Sim, chamo a mãe de Sean de Sarah e o pai de Sr. Johnson, apenas porque ela me deu liberdade para chamá-la assim e ele nem sequer tocou no assunto. E bem, Luck parecia um apelido estranho para usar, mas no amor vale tudo. Eu só nunca o chamaria assim! — Assim ela não vai querer jantar com a gente!

— Bem, falando nisso... — Hora perfeita para fugir!

— Rebeca não aceitou jantar conosco! — Sean completou minha frase como se estivesse me acusando de um crime imperdoável.

— Por que não? — Disseram os outros três integrantes da família Johnson, em perfeita harmonia.

— Não gosta de nós? — A vozinha de Scott estava repleta de um nível de fragilidade que eu nunca ouvira antes, o que me deu um aperto no coração.

— Não é isso! Eu apenas... — Os olhos brilhantes do canadense ao meu lado logo fizeram-me parar. Não faça essa carinha de cachorro perdido! — O que pretendem comer? — Perguntei, dando-me por vencida. Malditos olhinhos!

— Tem um restaurante de comida japonesa aqui perto. — Sarah sorriu e fez sinal para que Scott se aproximasse dela. Agora precisamos considerar qual a definição de "aqui perto" para Sarah Johnson. Esse é um conceito bastante relativo.

Talvez eles nunca saibam, mas a combinação de palavras na frase de Sarah deixou meu estômago tomar conta de todas as reações que viriam a seguir. Eu amo comida japonesa! Acertaram em cheio!

— Isso não será ruim para nossa relação profissional? — Eu deveria ter completado a frase com "quase inexistente", só que, ao fazer isso, eu acabava com minha última chance de ser sensata.

— É um jantar completamente pessoal, sem nenhum assunto envolvendo trabalho. — Sr. Johnson tomou o lugar da mulher ao me responder. — É para nos conhecermos melhor.

Era justamente isso que me deixava preocupada!

— Sabe que não precisávamos usar seu carro, não sabe? — Indaguei com um longo suspiro que me fez ver fumaça bem diante do meu rosto. — Todos ficaríamos muito confortáveis no carro grandão do seu pai. Seu carro esporte nem é muito viável para passeios por Toronto e...

— No carro do meu pai eu não poderia flertar. — Sean olhou-me com o canto do olho e logo voltou a focar sua atenção na rua.

O rádio estava ligado e até então eu não prestara atenção em nenhuma nas músicas, mas uma melodia bem conhecida tomou conta do carro e eu apenas pude arregalar os olhos. O automóvel foi parado em um semáforo e Sean virou-se para me encarar no exato instante em que fiz o mesmo. Ambos estávamos surpresos por uma música antiga ainda tocar nas rádios.

— Essa música é do a-ha? — Perguntei, apenas para ter certeza de que não estava reconhecendo a música errada.

Take On Me. — Respondeu com o nome da música. Sorrimos. O vocalista começou a cantar e ambos o acompanhamos, mais animados do que nunca. Mesmo com o carro em movimento, continuamos a cantar. Balancei-me diversas vezes de acordo com a música, tomando cuidado para que meus braços não atingissem o jovem motorista. Sean batucava o volante sem tirar os olhos do asfalto à nossa frente. Tudo estava divertido.

Talvez o jantar não fosse tão ruim como eu imaginara.

— Senhorita. — Gracejou Sean enquanto puxava a cadeira para mim. Oh, tão cavalheiresco!

— Você deve ser o único adolescente que ainda faz isso! — Sim, eu estava um pouco embasbacada. Só um pouco. Apenas sentar era a alternativa.

— Em Toronto, talvez. — Sean contornou a mesa e sentou na cadeira do outro lado da mesa, na minha frente.

— Certo, vou reformular minha frase repleta de erros. — Revirei os olhos pela primeira vez naquele jantar. — Você deve ser o único adolescente em Toronto que ainda faz isso! — Resmunguei, enfatizando a mudança. Confesso que estava me divertindo. — Melhor?

— Muito melhor! — Sean sorriu e perguntou ao garçom, que acabara de se aproximar, o que poderíamos pedir

— Boa noite! — Começou ele, sorrindo e deixando o clima agradável ao fazer isso. — O Hiro Sushi, como o nome indica, é um restaurante sushiya, ou seja, especializado em Sushi. O que mais pedem aqui é omakase, que consiste em vocês deixarem tudo à escolha do chef, mas também temos um cardápio à la carte. O que preferem?

— Acha ruim comermos apenas peixe cru hoje?

— Eu amo peixe cru! — Não dava para mentir. Tomara que tenha muito salmão nessa escolha do chef! — Por mim pode ser omakase, e você? — Perguntei para Sean, e ele balançou a cabeça, confirmando. O garçom sorriu e anotou nossos pedidos de bebida, dois sucos de laranja, e saiu. Aquela era a hora perfeita para a minha pergunta. — Por que estamos em uma mesa diferente da dos seus pais se a desculpa deles para que eu viesse foi nos conhecermos melhor?

— Eles pensaram que você poderia não querer ficar perto de Scott por mais uma hora. — Respondeu e eu virei a cabeça, franzindo o cenho ao mesmo tempo. Não parecia ter nem um pingo de convicção naquela frase. Resposta errada! — Eles não nos queriam por perto. — Tentou novamente. Errado! — Queriam ficar longe de você e de sua mania de falar demais. — Revirei os olhos. Eu raramente falava muito ao ficar perto do casal. E era óbvio que essa era apenas para me contrariar, porque Sean riu. — Certo, você quer a verdade? — Fiz que sim com a cabeça. — Papai disse que o primeiro encontro tem muito mais chances de fracassar quando temos os pais por perto.

— Quem disse isso para ele? — Perguntei um tanto quanto sobressaltada.

— Ele disse que sabe disso por experiência própria. — Sean deu de ombros e pegou um dos guardanapos disponíveis, fazendo dobradura com ele.

— Não isso! — Tentei controlar a irritação que sentia naquele momento, mas estava difícil. — Quem disse para ele que isso aqui era um encontro?

— Eu. — Respondeu ele em um tom quase inaudível. Só pude revisar os olhos. Como ele poderia sequer cogitar que aquilo seria um encontro? Não me chamou para sair. Criou teorias estranhas sobre amor à primeira vista. Não teve atitudes aceitáveis. Mentiu para mim e parece que tem mania de mentir, hein? Ah, sobre minha bicicleta cheia de neve... Ela estava completamente sem montinhos de neve. E a árvore ainda estava coberta por uma camada saudável de neve. Até agora posso contar três mentiras de Sean. Quando a quarta viria nos assombrar? — Becca, preciso te contar uma coisa que pode...

— Outra mentira? — Interrompi-o com a voz amarga. — Porque se for outra mentira é melhor apenas comermos e deixarmos a conversa para os outros. — Sorri sem ânimo algum.

— Não, não é uma mentira! — Certo, ele falou um pouco alto demais. Tão alto que ambos encolhemos os ombros quando um casal ao nosso lado fuzilou-nos com os olhos. Ótimo primeiro encontro, Petter! Vai para a lista dos encontros mais escandalosos. Parabéns! — Eu queria chamá-la para sair antes, mas você estava me ignorando, Becca. — Disse, já mais baixo. Começou bem, agora mantenha o ritmo! — Fiquei frustrado por uma mentira quase ter causado um estrago tremendo...

— Quando é seu aniversário, afinal? — Interrompi, querendo dar um ponto final a primeira mentira contada por Sean.

— 25 de Agosto. — Respondeu sem olhar-me.

25 de dezembro e 25 de Agosto. Capricórnio e Virgem. Eu juro que não sou uma pessoa que vive vendo horóscopos, mas aprendi as combinações de signos com minha mãe. Capricórnio e Virgem é a maldita combinação perfeita e eu não conseguia parar de pensar nisso. Isso poderia significar muitas coisas. Só que talvez fosse melhor não pensar em nada. A chegada da comida salvou-me de meus próprios pensamentos. Preparei meu lado da mesa do jeitinho que eu aprendera quando criança: Arrumei o hashi em minha mão direita e peguei um pedaço de salmão, mergulhando-o em seguida no molho tarê. Coloquei na boca e esperei que Sean fizesse o mesmo. Ele não tocou na comida.

— Não vai comer? — Perguntei, depois de engolir.

— Estou querendo continuar o que estava falando. — Murmurou.

— Continue! — Incentivei e peguei outro salmão cru, fazendo exatamente o que fizera antes.

— Bem, depois de perceber que não falaria mais comigo por causa de algo que fiz... — Ele franziu o cenho. — Ficou confuso? — Neguei com a cabeça, mastigando o pedaço de peixe. — Falei com meus pais e mamãe criou essa estratégia para te fazer sair comigo. O combinado era enganarmos você até certo ponto, apenas para evitar que recusasse. — Deu um sorrisinho e fitou meus olhos. — Parece que estamos conseguindo decifrar melhor suas ações. — Sean passou a mão pelo cabelo e encarou meu copo repleto de suco. Silêncio. Apenas para chamar sua atenção eu peguei o cilindro de vidro e beberiquei. — Pensei que toda vez que você recusasse algum restaurante, eu apareceria com uma ideia nova, apenas para que nada pudesse dar errado. — Piscou algumas vezes e voltou a analisar-me. — Quase me desesperei quando percebi que você estava procurando motivos para se afastar de nós novamente e...

— Entendi! — Interrompi-o, já sentindo pena do canadense. — E por que queria sair comigo?

— Pensei que ao nos conhecermos melhor, os flertes viriam mais facilmente. — Riu pelo nariz. — Apenas agora percebo que nunca saberei o que esperar de você. Muitas vezes você me surpreende e ainda não decidi se isso é bom. Só sei que estou mais do que determinado a descobrir o máximo de informações possível sobre você, mas sei muito bem que você só liberará novos fatores de sua personalidade com o tempo e com a confiança.

Certo, meu coração estava disparado. Como para isso?

— Pela primeira vez você está certo. — Sorri fraco por causa da timidez que me atingira sem nenhum motivo aparente. — Sean, você fica bravo se eu quiser saber sobre você antes de falar sobre mim?

— Não, Becca. — Sorriu e finalmente comeu a carne rosa do peixe. — O que quer saber?

— O que quer ser da vida, digo, profissionalmente? — Perguntei, com profunda curiosidade. Sim, essa era uma pergunta padrão, mas era realmente algo que eu estava doida para descobrir.

— Músico, cantor e compositor. — Respondeu após um momento de hesitação.

— Deus, estamos ambos ferrados na vida! — Brinquei. — Você pelo menos tem talento pelo que ouvi.

— Você também tem! — Resmungou Sean e eu franzi o cenho, completamente confusa. Por que ele estava falando com tanto convicção? — Quero dizer... Você fala tão bem que deve ser uma ótima escritora. — Consertou.

— Se você diz... — Não fiquei pensando em sua resposta por muito tempo, pois tinha outras perguntas a fazer. — Costuma flertar com muitas garotas?

Não, não estou com ciúmes se foi nisso que pensou!

— Não. — Arqueei as sobrancelhas. — Eu juro! — Coloquei o hashi sobre o prato quadrado e cruzei os braços. — É sério! — Insistiu. — Eu era realmente o nerd que ficava esquecido no cantinho da sala, apenas tirando notas altas e nunca me comunicando com os outros por muito tempo. Flertar nunca foi minha praia. Para ser sincero, nunca fiz isso antes de você.

— E por que fez comigo? — Perguntei, com um medo extremo da resposta.

— Pensei que para conseguir chamar a atenção de uma garota bonita, eu precisava imitar os populares. Eles mentiam para as garotas e falavam frases nada românticas. — Suspirou. Garota bonita? Ele está me chamando de bonita ou apenas dizendo que fui um teste? — Teve até um momento em que deixei minhas teorias tomarem conta e quase estraguei meu disfarce de cara irresistível. — Bufou e eu ri baixo, mas com vontade. — Por que está rindo?

— Sean, eu odeio a atitude que acabou de descrever, então é bem mais fácil você adquirir minha admiração e o que mais quiser apenas sendo quem é! — Sorri e tomei um gole do suco, apenas para não olhá-lo depois da revelação.

— Isso tudo me lembra aquela música das Sugababes sobre um dia em que você fez tudo errado e que quer trazer de volta para mudar as coisas. — Comentou Sean depois de suspirar.

About You Now? — Ele confirmou minha suspeita e eu balancei a cabeça, indignada com toda a situação. — Não sei não. Você fez todas as coisas que a pessoa da música fez, mas tem uma parte que não se encaixa.

— Qual? — Ele enrugou a testa.

— Você não sabe o que sente por mim! — Acusei. Na verdade, eu mais estava tentando me agarrar a isso do que qualquer coisa. Se ele não soubesse, seria menos assustador, porque não haveria muita certeza em nenhum dos dois.

— Quem disse? — Sean se curvou e aproximou-se de mim, mesmo com a mesa entre nós, pois, com toda sua altura, era fácil deixar a mesa em segundo plano.

— Eu disse! — Retruquei e imitei sua ação anterior. Agora nossos narizes quase se tocavam.

— Mas eu sei como me sinto em relação a você agora. — Ele disse com suavidade, recitando um dos versos da música. O verso mais importante!

— Como pode ter certeza? — Encostei nossos narizes como uma forma de desafiá-lo.

— Não há um dia em que eu não pense em você!

— Eu não posso estar sem você! — Revirei os olhos, recitando outro verso da música. Se ele falasse uma terceira frase seguida de About You Now, eu surtaria!

— Não deixe nosso último beijo ser o último. — Murmurou ao passar uma das mãos pelo meu cabelo.

— Que beijo? — Sussurrei ao tentar desafiá-lo. Pode não ter dado muito certo. E eu estava surtando pelo verso escolhido e, principalmente, por ele ter escolhido um verso. Esse cara é bom de memória, hein?

— Este! — Não tive tempo de pensar em sua resposta, pois no instante seguinte Sean colou nossos lábios em um selinho inesperado.

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