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Home Care 2


Correspondi àquele beijo por um breve momento, até que Nicole se deu conta do que havia feito e se afastou de olhos arregalados.

— Desculpa, pelo amor de Deus! — pediu parecendo assustada. — Por favor, me perdoa. Eu não devia ter feito isso. — Levantou as duas mãos como se fosse fazer algo, mas saiu quase correndo.

Fiquei onde estava, parada, em choque. Depois de uns segundos me recuperando do episódio estranho que acabara de acontecer, coloquei o copo na pia e saí da cozinha. Fui ao quarto de Kelly e não encontrei Nicole por lá, verifiquei os acessos e me preparei para deixá-la em decúbito lateral.

Enquanto cuidava daquela mulher pensava na esposa dela. Estava me sentindo um lixo por ter correspondido àquele beijo. O desespero da Nicole mostrou que ela se arrependeu. E eu estava experimentando um misto de sensações, pois ora havia gostado do beijo e ora achava que era uma grande traição com a Kelly.

Aquela era a primeira vez em que eu cuidava de alguém e praticamente morava na casa da pessoa assim. Acho que essa proximidade fez com que ela confundisse as coisas. E depois, devia estar carente. Sei que o meu jeito solícito e carinhoso ajudou, mas o mix de sentimentos ainda me incomodava.

No meu intervalo, fui para o jardim e me encolhi no arbusto ouvindo música. Nicole sumiu e até aquilo me incomodou. Temi perder o emprego, temi ter que lidar com um clima estranho. Eu adorava aquela família, já havia me acostumado com a rotina.

Falei com uma amiga por mensagem e contei o que tinha havido e ela me encheu de perguntas sobre tudo o que houve e, principalmente, como eu estava, se ia ficar com a patroa ou não. Liguei para ela imediatamente.

— Você só pode ser louca, né, Dan? Não ouviu o que eu disse? Ela quase ficou louca quando se deu conta do que aconteceu. Eu vou continuar o meu trabalho normalmente, não quero perder esse emprego. Ela é linda, mas é casada e se arrependeu de ter me beijado. — despejei um tanto nervosa.

— Se ela te demitir você denuncia por assédio e arranca um bom dinheiro dela.

— Ah, Dan, pelo amor de Deus. O que você anda fumando, hein? Ficou doida de vez. — Achei aquilo um absurdo e ouvi a risada da minha amiga.

Olhei o relógio e estava na hora de voltar. Me despedi de Dan e desliguei.

Entrei na casa e a vi silenciosa. Hugo já estava dormindo. Me aproximei do quarto de Kelly devagar enquanto verificava o que precisava fazer a seguir e ouvi a voz de Nicole.

— Foi inevitável, amor. Eu não queria ter feito isso sem você saber, nosso combinado foi sempre jogar aberto.

Achei aquilo estranho e cheguei à porta, Nicole massageava a mão direita de Kelly com um hidratante especial. Aquele ato era obrigatório para ativar a circulação sanguínea da paciente e eu o faria a seguir, mas vi que aquela tarefa já não precisava mais de atenção naquela noite. Fiquei ali por pouco tempo, pois ela se virou e me viu.

— Oi — falou com a voz rouca e voltou o olhar para a mão da esposa. — Precisamos conversar, né?

Eu não disse nada, apenas entrei no cômodo e fui até uma bancada, local que era usado como apoio. Abri uma gaveta, peguei luvas, preparei um medicamento em uma seringa e encarei Nicole que me olhava.

— Não quero que aquela minha atitude impensada mude as coisas entre nós — falou, fechando o frasco de hidratante.

— Tudo bem, Nicole. Eu entendo completamente. Se quiser que eu mude em algo, eu mudo. Devo ter...

— Não, Manu. Por favor, não se culpe. Você é maravilhosa, não precisa mudar nada. Eu que me deixei levar pela carência.

— Tudo bem, Nicole. Fica tranquila. Vamos fingir que não aconteceu, tá bom?

Ela apenas meneou a cabeça em concordância, fitando meus olhos. Olhei a hora e peguei a seringa para aplicar o medicamento em Kelly. Nicole recolheu algumas coisas e deixou o quarto. Ouvi uma porta bater longe e olhei para minha paciente.

— Sua esposa é maravilhosa, Kelly — sussurrei para ela. — Depois de todo esse tempo sozinha ainda fica assim por causa de uma bobagem daquelas. Não é qualquer pessoa que se dedica assim.

Verifiquei a altura da cabeça e estava tudo certinho, peguei um livro ainda embalado e me sentei numa poltrona ao lado da cama.

— Eu comprei uma coisa pra você — avisei e rasguei o plástico do livro que havia chegado. — É o livro novo da Elena Hills, eu sei que você ama, então vamos ler juntas.

E comecei a leitura. Era sobre uma ex-nadadora competidora que depois de se lesionar, passa a dar aulas para o sobrinho de um milionário e usa a academia dele para treinar e acaba presenciando a tentativa de assassinato do patrão.

Uma cena no final do sexto capítulo quase me fez enfartar.

— Kelly de Deus! Essa mulher é completamente doida. Amanhã eu continuo e ficamos sabendo o que vai acontecer — anunciei, exausta. Guardei o livro e me deitei na poltrona. Fiquei em silêncio, mas com milhões de pensamentos na cabeça até pegar no sono.

Acordei com o despertador e Kelly já estava em decúbito dorsal. Achei aquilo estranho, mas verifiquei sua posição, seus sinais vitais e tudo continuava na mesma.

Nicole esteve aqui — pensei. Olhei em volta e verifiquei o celular, eram duas e meia da manhã. Peguei o estetoscópio e auscultei cada parte do abdome dela, fiz as anotações necessárias e comparei com as anteriores.

— Tudo certo. — Tirei o estetoscópio do ouvido e coloquei no bolso, peguei a lanterna e fui para os olhos. Eu fazia aquilo há mais de dois anos e sempre ficava encantada com a beleza daqueles olhos, mesmo inertes daquele jeito. Era um castanho lindo com risquinhas cor de mel.

Depois de todos os exames de sempre, peguei uma bolsa de conforto e coloquei na parte de compressão. Aqueles cuidados ajudavam a manter tudo funcionando bem. Se ela acordasse um dia, não levaria tanto tempo para se recuperar fisicamente.

Nicole pediu que nossa relação não mudasse por causa do que aconteceu, mas passou os próximos dias sumida, me evitando. Levou e buscou Hugo na escola todo dia. O trabalho que fazia em casa, passou a fazer no escritório da empresa.

O meu trabalho eu fazia muito bem, mas me senti mal por ela agir daquela forma. Eu sempre acompanhava Kelly às consultas médicas, com raras exceções, e senti falta de Nicole na naquele dia.

Kelly passou por novos exames, e acredito que aquela era a primeira vez que Nicole a deixava sozinha comigo e com os médicos. Só apareceu na clínica quando a esposa estava liberada para ir para casa.

— Oi, tudo bem? — indagou a mim, usando uns óculos escuros.

— Sim. O progresso dela é reagir com mais avidez aos estímulos. O doutor Fernando avisou que isso é bom.

Ela engoliu saliva e levantou os óculos para o alto da cabeça.

— Obrigada. Mas, e você, como está?

— Estou ótima. E você?

— Preocupada com algumas coisas da empresa, mas não vou te encher com isso. — Avistou o médico acompanhando um enfermeiro que empurrava a maca de Kelly e se afastou para falar com ele.

Os dois se cumprimentaram e conversaram. Enquanto isso, me aproximei da maca, um pouco distante dos dois, e fitei Kelly. Ela tinha uma aparência melhor naquela sexta-feira.

Nicole terminou o assunto com o médico e se aproximaram de nós. Doutor Fernando me passou meu bloco de anotações, que havia ficado com ele para colocar os novos procedimentos e em seguida me explicou algumas coisas. Depois disso, nos despedimos e fomos para casa, eu e Kelly na ambulância e Nicole de carro nos seguindo.

Como eu já havia terminado de ler o livro novo da Elena Hills, eu comprei um eBook do mesmo gênero e pretendia ler para ela aquela noite. Planejei tudo. Fiz o meu trabalho e, no meu intervalo, fui para o jardim. Mais uma vez, Nicole foi para a biblioteca e ficou lá por longo tempo. Ou estava acontecendo algo muito grave na empresa delas ou ela estava mesmo me evitando. Elas tinham uma rede de lojas de artigos esportivos, que era cuidada por gerentes, por isso estranhei a ida da Nicole para lá todos os dias.

Marquei com a Dan no shopping no dia seguinte, pois precisava fazer umas compras. Eu estava ocupando o meu tempo de folga com estudos. Estudava inglês e espanhol três vezes por semana.

Na casa de Kelly eu não seguia o padrão de contrato, fazia doze por trinta e seis, mas as doze eram a minha folga. Ganhava três vezes mais e isso me ajudou a colocar alguns objetivos em prática e até a poupar algum dinheiro.

Eu me acostumei rápido com aquela rotina, não sentia falta de mais tempo de folga. Mas depois que Nicole me beijou e passou a agir daquela forma, foi como se algo houvesse se quebrado.

No dia seguinte, saí às sete em ponto da casa da Nicole, ela nem havia acordado ainda. Esperei o plantonista do dia chegar e fui para casa.

Meu curso de idiomas terminava às 13h e marquei com a Dan às 13h30. Pretendia almoçar com ela e conversar.

— E aí, dona destruidora! — disse, me beijando no rosto.

— Oi — respondi, sorrindo.

Fizemos nossos pedidos e ela suspirou, demonstrando cansaço.

— Como a Nicole está?

— Trabalhando muito, quase nem vejo.

— Sério? — indagou de olhos arregalados. — Tá fugindo de você? A safada trai a mulher e ainda fica fugindo pra não trair de novo.

— Ah, Dan, não fala assim. Ela quase enlouqueceu de culpa, você precisava ter visto. Deu até dó.

— Arruma uma mulher logo, Manu.

— Não estou procurando ninguém, Dan. Já falei que preciso estudar, guardar dinheiro, me estabilizar e depois...

— Tá velha, acabada e não aguenta mais nem uma mesa de bar com música ao vivo.

Eu ri. Ela sempre foi assim.

— Arruma uma mulher nem que seja para passar raiva ou vai acabar na cama da tua patroa.

— Vira essa boca pra lá, louca. Deus me livre. Ela só me beijou e agora não olha na minha cara, imagina se acontece algo além disso, ela me manda embora.

Naquele momento, senti mãos tapando os meus olhos. Meu coração acelerou quando senti o cheiro de Nicole por perto. Apesar de as mãos serem de Hugo, foi o cheiro dela quem ajudou na adivinhação.

— Hum! — fingi tocando nas mãos dele. — Mãos fortes. Quem será, hein? — Toquei com as pontas dos dedos até conseguir fazer cócegas nele e ouvir sua risada.

Me virei e dei de cara com Nicole e seu sorriso lindo.

— Oi. Que surpresa boa ver vocês aqui. — Beijei a cabeça do menino e dei um beijo tímido no rosto da minha patroa. — Essa é a minha melhor amiga Dan. Dan, essa é a Nicole e esse é o Hugo, filho dela.

Eles se cumprimentaram.

— Viemos comprar um tênis e um quimono novo. O dele está pequeno — Nicole explicou me olhando nos olhos. Aquele olhar me fez estremecer.

— Ele cresce rápido demais — comentei. — Vocês já almoçaram? — perguntei ao ver o garçom se aproximando com o nosso almoço.

— Já sim. Obrigada. Estamos indo, ele precisa chegar cedo à academia, pois vai ter cerimonia de mudança de faixa. Enfim, bom almoço. — Apressou-se e beijou meu rosto. — Prazer, Dan.

Ganhei abraço carinhoso de Hugo e depois os vi se afastar. Os acompanhei com os olhos até sumirem de vista e ao me virar vi Dan com um sorriso idiota no rosto.

— Você está apaixonada por essa mulher!

— Você é louca, Dan. Para com isso.

— Eu vi a troca de olhares de vocês. E o moleque te adora, né?

Aquilo fez o meu rosto arder. Não fui adiante com aquele assunto, foquei no meu prato e comecei a comer para não dar ideia para as loucuras da Dandara.

Mas quando iniciei o plantão da noite, fui recebida por Nicole. Ela estava com uma cara neutra, não consegui decifrar.

— Eu preciso falar com você. Te espero na biblioteca, ok? — limitou-se e entrou no cômodo.

Eu fui guardar as minhas coisas. Verifiquei como Kelly estava e fui encontrar Nicole. Ela andava no meio da sala rodeada de estantes repletas de livros, que segundo ela, foram todos lidos por Kelly.

— Oi — chamei sua atenção e a vi se virar. Seu olhar estava vermelho quando me encarou.

Ela me encarou e acenou para que eu fechasse a porta. Quando o fiz, ela se aproximou de mim e me beijou de novo. Pensei em empurrá-la, parar com aquilo, não aceitar, mas não resisti e a correspondi intensamente. Eu queria repetir aquilo mais que tudo na vida, mas a culpa que ela demonstrou me afetou de tal forma que me sentia mal sempre que chegava perto da Kelly.

Quando me dei conta, estava encostada na parede sendo devorada por uma Nicole completamente fora de si, agindo nos meus seios, já com a mão no meu sexo.

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