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Prólogo

Sugestão musical: Rolling in the deep - Adele


 "Ninguém é igual a ninguém" que coisa mais boba para ser dita, não é? Eu mal me lembro como cheguei até aqui – falo geograficamente dos quase mil quilômetros percorridos de carro. Porque da história que me trouxe aqui essa eu lembro muito bem, tudo começou dez anos atrás e talvez acabe hoje.

Eu sempre fui um cara romântico, porém também era sensato e sabia a hora de deixar pra lá e seguir em frente com a minha vida. Mas o desespero, esse maldito, ele nos transforma em estranhos completamente enlouquecidos pelo amor. E por isso estou aqui, sentado nos degraus da Igreja Matriz de Serena, tomando coragem para interceptar uma noiva no dia do seu casamento. Vamos ser honestos, que visão patética e decadente, afinal se ela escolheu casar por que eu deveria atrapalhar?

Talvez Marina o ame mais do que me amou ou ela tenha me esquecido com muito mais pressa e eficiência do que eu tentei esquecê-la. Entretanto existe a pequena possibilidade de que ela ainda sente o mesmo que eu. Talvez a memória dela não seja assim tão fraca que ignore o que vivemos, os beijos trocados nos finais de tarde, os passeios ao rio, nossa primeira vez juntos, são eventos que nos marcaram para sempre e me recuso a crer que Marina esqueceu tudo como se nunca tivesse acontecido.

E caso minha desconfiança esteja certa, vir aqui vai mostrar que estou disposto a ir à luta e não vou mais me afastar, independente do que aconteça. Ela sempre quis que eu me comprometesse mais e que provasse que estava disposto a me doar pela nossa relação. E, bem, eu não conheço nada que prove isso como vir no dia do casamento da sua ex mostrar que você está pronto para lutar por ela... Claro, isso se ela ainda me quiser – esse é o X da questão.

Admito que estou tremendo feito vara verde, minhas mãos estão molhadas de suor e certamente minhas pernas não conseguiriam se firmar no solo se eu tentar me levantar. O incerto assusta: e se ela não me ouvir? E se ela não me amar mais? E se for tarde demais para pedir uma segunda chance? Quase posso ver os traços delicados e femininos da Marina na minha cabeça, o sorriso terno e os olhos grandes de um tom castanho sonhador. Ela era doce, mas poderia ser amarga quando queria.

A lembrança daquela maldita conversa bêbada depois do noivado dela era como um soco no estômago, suas palavras me marcaram.

"Acabou, Gustavo, acabou há muito tempo e foi por sua causa. Acabou e não restou mais nada. Por que você não me esquece de uma vez e me deixa partir?"

Por que você não a esquece, Gustavo? Eu me pergunto sempre e a resposta é só uma: a porcaria do amor. É ridículo e teimoso, só que eu não controlo o que sinto e não é como se eu fosse agir feito um homem das cavernas ou um desses ex que não aceita o término, não, eu só preciso ter certeza de que não temos salvação. A minha centelha de esperança era remoer o significado das últimas palavras, como iria "deixá-la partir" se ela era livre? Tanto que já estava noiva de outro. Eu não tinha controle algum sobre Marina, a menos que uma parte dela ainda estivesse presa a nós.

E é com essa parte que eu vim falar hoje. Porque eu sei que se Marina ainda me amar esse casamento nunca vai dar certo e ela também deveria saber disso.

Cansei de ouvir conselhos dizendo para esquecê-la. Como se eu não tivesse tentado! Mas em toda mulher eu procurava Marina. Seus olhos castanhos, os lábios suaves, a personalidade marcante, a conversa fluída.

Nenhuma outra mulher foi suficiente para mim, pois nenhuma outra foi Marina. Não que eu seja o melhor cara do mundo ou procure a perfeição, longe disso. Até porque eu encontrei mulheres incríveis durante meus anos de solteiro, eram inteligentes, gentis, sinceras, bonitas... E infelizmente nenhuma delas despertou em mim o amor. Atração? Sim. Admiração? Com certeza. Carinho? Sempre. Mas a espécie humana não se satisfaz com pouca coisa e, após algum tempo, elas mesmas me chutavam quando percebiam que queriam mais, mereciam ser amadas como eu não poderia fazer.

E quem poderia julgá-las por fazer uma escolha tão sábia?

Foi idiotice pensar que eu poderia substituir Marina por outra, afinal pessoas não são objetos, elas não são substituíveis e nem recicláveis e esse foi só um dos milhares de erros que cometi.

Percebo que perdi a noção do tempo naquela escadaria, meu celular morreu como sempre – esses aparelhos só existem para nos deixar na mão em momentos de urgência. A cartela de cigarros amassada fora esvaziada pela minha ansiedade e eu tinha nada mais para me distrair. Preciso de algo para me acalmar e a única coisa que me vem a cabeça é a lembrança do dia que conheci Marina há mais de dez anos. 





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