CAPÍTULO 3
Você me vê sangrar até que não possa mais respirar
Eu estou tremendo, caindo de joelhos
E agora que estou sem seus beijos
Vou precisar de pontos
Estou tropeçando em mim mesmo
Sofrendo, implorando por sua ajuda
E agora que estou sem seus beijos
Vou precisar de pontos
(Stitches - Shawn Mendes)
Pow Alícia
Ele sai do carro cambaleando, a fumaça saia dos dois carros que ainda estavam com a frente escostado uma na outra.
O homem que saia do carro, com toda a sua fúria, pronto para brigar com a pessoa que tinha batido no seu carro...
—Quem você pensa que é para bater no carro dos outros assim? - Ele pergunta raivoso.
Alícia, de primeira não deixou sua marra de lado, mais ao ver que o homem a sua frente, tinha o dobro de sua altura e a força de um Hulk, logo tratou de baixar a guarda.
—Que eu saiba, você que bateu no meu carro primeiro! - Ela gritou na cara do desconhecido.
—Pensa que eu não vi que você não estava prestando atenção na pista? - Ele pergunta sarcástico.
Desde seus 9 anos, Alícia aprendeu que nunca deve-se abaixar a cabeça para homem, principalmente, quando ele é sarcástico com você.
—Eu estava guardando meu celular! - Ela exclama com raiva.
—Não quero saber! Só quero saber quem vai pagar o concerto do meu carro?
—Pelo que vejo, o senhor tem muito dinheiro! Já que o seu carro é de última geração! Então, pague o senhor mesmo o concerto! - Alícia diz entrando de volta no carro.
—Além de bater no meu carro, ainda me manda pagar o concerto!
—Saia da minha frente, senão irei passar por cima de você! E garanto que também não pagarei a estadia no hospital! - Alícia grita.
—Sua irresponsável! - Ele esbraveja.
Alícia, sem paciência, pinsa no acelerador, fazendo seu carro andar para frente, amassado totalmente a frente do carro do desconhecido.
—Sua maluca! OLHA OQUE VOCÊ FEZ NO MEU CARRO! - Ele grita correndo para ver o prejuízo.
Alícia da a ré no carro e sai dali catando pneu...
O desconhecido, ficou ali, totalmente raivoso com a pessoa que tinha amassado seu carro, e com o sentimento de que conhecia aquela mulher atrevida de algum lugar.
Alícia estava tão preocupada com a mãe, que não notou o estrago que tinha no seu carro na frente...
Ela dirigiu em alta velocidade, na tentativa de expulsar o ódio que estava sentido...
Assim que chegou em casa, pediu para o motorista estacionar o carro, o mesmo ficou sem entender oque tinha acontecido com o automóvel. Alícia apenas disse que "Um Hulk tinha batido no seu carro" deixando o motorista sem entender nada.
Ela entrou na casa e encontrou ali o seu irmão mais novo, preocupado com a mãe...
—Henry? - Alícia chamou pelo mesmo.
Henry levantou a cara e revelou os olhos totalmente inchados e vermelhos por causa do choro...
—Oh irmãozinho, não fica assim! A mamãe é forte, tenho certeza que ela irá ficar bem! - Disse abraçando o mesmo muito forte.
—Estou com medo, Alícia! Não posso perder a mamãe! - Ele disse voltando a chorar.
—Shhi! - Sussurrou.
Para conter e consolar o irmão, Alícia deitou sua cabeça no seu colo e iniciou ali uma pequena dose de cafuné. Em poucos minutos, só se ouvia a respiração pesada de Henry, que tinha dormindo pensando na mãe.
Pensativa, a menina não viu quando o pai entrou pela porta, com a cara levemente cansada...
—Filha! - Ele disse baixo trazendo Alícia de volta a terra.
—Como ela está, papai? - A menina perguntou preocupada.
—Em observação! Ela ingeriu muita bebida alcoólica! - Diego fala sentando no sofá.
—Henry dormiu pensando nela!
—Eu vou levar ele pro quarto!
Diego não se importou com os seus músculos gritando que estavam cansados, apenas ergueu o filho no colo e subiu a escada com cuidado.
Alícia olhando aquela cena, admirou o pai que tinha. Que mesmo cansado, estava ali para ajudar os filhos...
Ela deitou no sofá e começou a pensar no desconhecido, o homem que tinha cabelo castanho e grandes músculos não saia da cabeça de Alícia.
Quem ela queria enganar, ela estava louca para saber quem ele é!
De repente a porta da sua casa foi aberta, por ela entrou Maelle, sua prima mais velha...
—Fala, coração! - Maelle disse abraçando a prima.
—Oi, coração!
—Como a tia Manu tá?
—Meu pai disse que ela está em observação! Amanhã ela já dever está em casa!
—Ata! - Ela diz e logo depois se joga no sofá bufando.
—Oque houve?
—É só meu pai, Alícia!
—Oque tem o tio Enzo?
—É que ele não me deixa viver! - A menina exclama aborrecida.
—Como assim?
—É que eu conheci um garoto! Ele me levou até em casa, ai do nada meu pai sai de dentro de casa e expulsa o pobre do garoto! - Minha prima diz com raiva.
Solto uma gargalhada ao imaginar a cena...
—Não é pra rir, Alícia!
—Tá, desculpa! Você sabe que o tio Enzo sempre foi assim, né?
—Sei! Mais tem vezes que ele extrapola todos os limites!
—É assim mesmo! Todo pai é assim, ciumento! Meu pai então!
—É, Alícia! Mais o meu pai tem que entender que eu não sou mais criança! Já tenho idade suficiente pra saber oque é certo e errado!
💭 Essa ai é a cópia da tia Mari! 💭
—É assim mesmo! Mais eu hora ele vai ver que você cresceu!
—Não quero que ele veja uma hora, quero que ele veja agora! - Maelle fala.
Faço que não com a cabeça...
—Cadê a Luna? - Pergunto.
—Tá em casa! Tio Henrique também é outro que não deixa a filha fazer nada!
—Todos os homens dessa família são assim! Só o meu tio Felipe que escapa, porque ele não tem filha mulher!
—É, isso é verdade! - Ela fala.
—Tem alguma coisa pra comer? Tô com fome!
—Vai ver lá na cozinha! - Digo.
Ela levanta e vai até a cozinha... Pego meu celular dentro da bolsa e vejo as milhares de mensagens que eu recebi, só de Luize.
Mensagem On
—Como tá a tia Manu?
—Responde, menina!
—Ei, cadê você?
—Já deu tempo de você chegar em casa 🙄🙄🙄
—Já cheguei! Minha mãe tá em observação! Tenho que te contar uma coisa!
Mensagem Off
Mando e desligo o celular, Maelle volta da cozinha segurando um sanduíche enorme...
—Márcia sempre faz os melhores sanduíches da vida! - Ela diz mordendo.
—É, ela faz! - Digo rindo da cara da minha prima.
O celular dela toca, ela pega e revira os olhos ao ver quem é...
—Oi mãe... Não tô na casa do tio Diego... Não mãe eu não estou na casa de nenhum garoto... Diz pro papai que eu volto de noite... Tchau mãe! - Ela fala e desliga o celular.
—As vezes até minha mãe se bandeia pro lado do meu pai!
—Ela só está preocupada! - Digo.
—Dispenso preocupação! - Maelle fala.
—Vou ligar pra Luna vim pra cá! - Ela diz.
—Vou pro meu quarto! Qualquer coisa me chama! - Digo e levanto.
Ela assinte com a cabeça, subo pro meu quarto, quando chego tiro a roupa e ponho uma coisa mais confortável. Tiro as jóias que usava e ponho tudo em cima da penteadeira. Ponho os saltos de volta ao lugar deles.
Me deito na cama e fecho os olhos...
Mais não consigo, porque logo aquele cara que bateu no meu carro vem nos meus pensamentos...
—Porque você não sai da minha cabeça? - Pergunto pra mim mesma.
—Falando sozinha? - Meu pai chega no meu quarto perguntando.
—Ai que susto, pai! - Digo.
Ele entra e deita na minha cama...
—Pai, me conta como o senhor conheceu a mamãe?
Eu já sábia, mais adorava o jeito que ele falava da minha mãe...
—Foi a 14 anos atrás, você estava precisando de uma babá, naquela época sua mãe estava desempregada, então Márcia a trouxe até aqui!
—Qual foi o sentimento que sentiu quando viu ela pela primeira vez?
—Foi uma coisa tão rápida! Primeiro eu fiquei admirado com a beleza dela, e depois fiquei impressionado com a forma que ela te ganhou tão rápido! - Ele fala com os olhos brilhando.
—O senhor demorou muito para saber que estava amando ela?
—Eu não queria acreditar que estava apaixonado pela babá da minha filha! Então eu tentei de todas as formas esconder esse sentimento! Eu fui um babaca com a sua mãe!
—Nossa! Sabe, pai, quando eu conhecer alguém, espero que eu consiga amá-lo da mesma forma que o senhor ama minha mãe! - Digo sincera.
—Nem toda a pessoa consegue amar a outra da mesma forma! Talvez você conheça alguém, eu espero que isso nunca aconteça, mais se você achar, a senhorita vai perceber que vai ama-lo diferente do amor que eu sinto pela sua mãe!
—Porque?
—Porque cada um tem a sua maneira de amar, princesa! Se toda pessoa amasse igual, o amor não teria graça! - Ele diz.
—É, isso é verdade! Se o você pudesse voltar no passado e mudar alguma coisa, oque o senhor mudaria?
—Mudaria a forma que eu agi com a sua mãe! - Ele fala.
—Tenho certeza, que o senhor já não é mais esse homem!
—Realmente, eu não sou! Sua mãe me mudou aos poucos! - Ele diz sorrindo.
—Agora vamos descer! Márcia já vai servir o almoço! - Ele fala levantando.
—Já estou indo! - Digo quando ele beija minha cabeça.
Meu pai sai do quarto, levanto e caminho até o closet, pego com cuidado aquela pulseira.
Todas as palavras do meu pai, estão de alguma forma na minha cabeça, as palavras dele me fazem lembrar todos os momentos que vivi com Luke.
Me pergunto hoje, se ele se arrepende doque fez comigo, eu era só uma menina, que estava apaixonada pelo garoto mais bonito do colégio. Será que se a gente pudesse ser ver novamente, ele pediria perdão?
Será que ele se arrepende?
Será que ele ainda pensa em mim?
Luke foi o meu primeiro e último amor, não sei se conseguiria amar alguém, como eu o amo. Mais ao mesmo tempo que ele foi o meu grande amor, também foi o homem que me deixou grandes cicatrizes, e uma delas está aberta até hoje.
Abro uma gaveta, eu tiro de debaixo de um monte de roupa uma caixinha, abro a mesma e vejo ali oque era pra ser o símbolo do nosso amor.
Os pequenos sapatinhos azuis de bebê ainda estavam ali, mesmo depois de 4 anos, eles ainda estavam ali, intactos.
Mais a dor é tão grande, que as vezes não consigo pegar esse objeto, prefiro deixar guardado bem no fundo dessa gaveta, assim como está o meu amor por Luke, guardado bem no fundo do meu coração.
Umas lágrimas desse ao lembrar de todas essas lembranças ruins, é como se eu estivesse vivendo tudo denovo. E isso machuca, machuca mais doque ser furada por uma faca.
Guardo os sapatinhos dentro da caixa e ponho de volta no fundo da gaveta, guardo novamente a pulseira.
Me olho no espelho e seco as lágrimas...
Ponho um sorriso no rosto e desso pra almoçar com a minha família...
Um amor com muitas cicatrizes para serem curadas!
[Sem Revisão]
•••
Oi meus lindos? Tudo bem?
Desculpem pela demora, no momento estou escrevendo dois livros, esse e o meu outro. Então as vezes fica apertado para postar.
Prometo que volto rápido!
Esse livro, vai ser um livro totalmente diferente de "Somente Uma Babá", como vocês já puderam ver, a Alícia já esteve grávida! Mais aonde está a criança?
Todos esses mistérios irão ser desvendandos nos próximos capítulos...
Não esqueçam da estrelinha e comentários!
Bjs da Naju
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