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Han Jisung perambulava sem rumo numa noite gélida em Seul. Naquela metrópole, diferente de grandes centros urbanos como Nova York, os apressados e os turistas davam lugar a fanfarrões e indivíduos aleatórios que, às duas da madrugada, se dirigiam às lojas de conveniência para comprar lamen. O frio era intenso, a neve caía timidamente, mas ainda assim, jovens animados e bêbados frequentavam os bares de esquina, falando alto sobre o quão maravilhosas eram suas vidas.

Ele e Minho já foram um desses indivíduos. Quando saíam para se divertir em Itaewon e perdiam o último metrô, tinham que voltar para casa a pé, comprando mais bebidas e comida pelo caminho, enquanto tentavam se controlar e evitar comportamentos inadequados no meio da rua, aproveitando a liberdade de serem jovens.

No entanto, naquela noite, não havia razões para beber, comemorar ou sorrir. Um sentimento de peso dominava Han, devido ao que tinha feito, à briga com Minho, e por ter deixado as crianças...

Ele cogitou retornar várias vezes, mas a raiva que sentia em relação a toda a situação o impedia. Sabia que nunca seria o pai das crianças, que a qualquer momento Jimin poderia decidir que não precisava mais dele e levá-los embora. No entanto, apesar de tudo, seu único desejo era o bem-estar da família. Mesmo frustrado por ter deixado seu emprego para apoiar Minho, seu coração se aquecia ao ver as gêmeas rindo de forma inocente e até mesmo ao receber os olhares de reprovação de Sunmin.

Como Jimin preferia trabalhar a estar com seus próprios filhos? Como ele não enxergava o quão maravilhosas eram as crianças que ele colocou no mundo? Talvez, seu desprezo por Jimin seja puro ciúmes. Ciúmes do que ele tinha e não valorizava, e mesmo assim Jimin estava a sua frente, por causa do seu sangue que corria nas veias dos pequenos. Ele jamais seria o pai delas, e isso o magoava pelo medo de um dia o rejeitarem.

Perdeu a noção das horas e da direção que tomava até avistar a luz do sol à frente, refletida nas águas turvas do rio Han. Estava atravessando uma das pontes que levavam aos bairros afluentes. Parou por um momento, contemplando o amanhecer, e então decidiu pegar seu celular. Havia várias mensagens de Minho e até mesmo de Jimin, pedindo para que ele voltasse, todos estavam preocupados. Porém, sentindo-se como um intruso, desligou o celular e ignorou as lágrimas que ameaçavam sair de seus olhos, caminhando pela ponte.

Chegou a um bairro tranquilo, onde devido ao horário havia poucas pessoas nas ruas. Ele deveria estar acabado, pois todos o olhavam com expressões estranhas, o que era compreensível para alguém que havia caminhado a noite toda, com uma aparência um tanto "zumbiesca". Desatento ao seu redor, avançou pela rua e talvez devesse ter prestado mais atenção, pois levou um susto ao ver uma moto preta e esportiva quase o atingir. O motociclista teve reflexos rápidos, conseguindo desviar e manter o controle da moto. O coração de Han quase saltou pela boca com o susto, e o motociclista levantou a viseira do capacete para ver melhor o homem que quase atropelou:

— Você está bem? — Perguntou o motociclista.

— Sim, desculpe... — Han respondeu um tanto envergonhado, por ter quase derrubado o motociclista.

— Tudo bem. Saia da rua, pode acabar se machucando. — Dizendo isso, o motociclista abaixou a viseira e seguiu seu caminho.

Han fez o que lhe foi solicitado e rapidamente andou para a calçada. Continuou seu caminho repleto de melancolia, ignorando as pessoas ao seu redor, as dores nos pés e costas começavam o incomodar, mas felizmente ele chegou em seu destino; uma casa de dois andares de forma quadrada e pintada de cinza escuro. Sem olhar para a rua, atravessou apressado e foi direto para a porta, batendo repetidamente. Embora estivesse cedo, não se importava com isso, seus amigos teriam que recebê-lo.

A porta se abriu, revelando Taehyung, vestido com roupas coloridas. Ele olhou para Han com perplexidade e disse:

— Não temos pão velho.

Estava prestes a fechar a porta quando Han a segurou e disse:

— Eu preciso falar com Bang Chan. Ele ainda mora aqui, certo?

Mais uma vez Taehyung o encarou de cima a baixo, constatando que aquele homem ali passou por uma noite horrível. Como Bang Chan conhecia todo tipo de gente, apenas deu de ombro e falou mais alto:

— Chan, tem alguém na porta querendo falar com você.

Taehyung abriu mais a porta e Han pôde vislumbrar o dormitório parcialmente por dentro. Já se passou muito tempo desde sua mudança, mas tudo parecia caótico como sempre. Ao ver o homem de bermuda, meia e moletom preto, ele sorriu. Por outro lado, Bang Chan parecia preocupado:

— Jisung, você disse que viria para cá ontem! Fiquei te esperando, o que aconteceu? Parece que foi atropelado por um ônibus? — O mais velho percorreu o corpo de Han com os olhos, a fim de verificar se ele estava ferido.

— Channie! — Han se jogou nos braços do homem, abraçando-o.

Bang Chan retribuiu o gesto, mas puxou o corpo de Han para frente, direcionando-o para entrar na casa. Na noite anterior, Han ligou para ele perguntando se poderia passar a noite ali, mesmo que fosse no sofá, e obviamente Bang Chan não recusaria um pedido feito por seu amigo. O levou até a sala e ambos se sentaram no sofá. Han sempre foi muito sensível, o tipo que chorava quando via cachorros fofinhos na TV, e naquele momento ele parecia estar extremamente emotivo.

O mais novo sentiu-se acolhido pelo abraço apertado de Bang Chan e permitiu que as lágrimas de frustração rolassem. Estava exausto de tanto caminhar, com o corpo dolorido e ressentido pela briga com Minho. Em dez anos de relacionamento, aquela havia sido a primeira vez que algo assim ocorria, e seu coração doía.

— Hannie, o que aconteceu? Para que eu possa ajudá-lo, você precisa me contar — Disse Bang Chan.

— Tivemos uma briga feia, eu e o Minho. No calor do momento, só queria sair de casa, mas agora... Acredito que tenha arruinado tudo... — Han mal conseguiu dizer, pois as lágrimas voltaram a cair.

Só pensava nas crianças, principalmente nas gêmeas, que eram muito apegadas a ele. Talvez não devesse ter feito o que fez. Bang Chan continuou abraçando o amigo, ciente de que desde que se mudou do dormitório, as coisas se tornaram extremamente difíceis para ele.

Changbin desceu as escadas sonolento e se deparou com Han abraçado a Bang Chan no sofá. Ficou surpreso e decidiu demonstrar um pouco de apoio ao amigo:

— O que Minho fez a você?

— Eles brigaram, Changbin.— Bang Chan respondeu, já que Han permanecia calado.

— Entendo. Não fique assim, cara, vocês vão resolver isso. — Changbin disse, dando dois tapinhas na coxa de Han antes de se afastar.

Ele não era habilidoso em dar conselhos e temia piorar as coisas em vez de ajudar. Dar ótimos conselhos era o departamento de Bang Chan.

Pouco a pouco, todos os moradores do dormitório acordaram e se depararam com a cena inusitada no sofá. Os únicos que não conheciam o garoto no colo de Bang Chan eram Jeongin e Taehyung, que se mudaram há pouco tempo.

Han costumava viver ali desde que deixou a casa dos pais na Malásia. Ele, Bang Chan e Changbin se tornaram amigos por causa de um jogo on-line e viviam falando sobre serem músicos. Apesar de que naquela época ainda eram adolescentes, decidiram se mudar juntos e foram para Seul. Bang Chan deixou a Austrália, Changbin deixou o conforto da casa de seus pais ricos e Han deixou para trás os tormentos de ser um adolescente desajustado na Malásia. Ali eles construíram uma forte amizade e formaram uma banda de garagem. Com o dinheiro dos shows que faziam em eventos locais, pagavam o aluguel e as despesas. Não tinham luxo, mas tinham liberdade.

Com o passar do tempo, a banda cresceu e alugaram o atual dormitório. Nessa época, Namjoon, Suga e Felix entraram para a banda e foram várias as noites de farra. Han costumava ser uma pessoa estourada e rancorosa e , dessa forma, acabou arrumando uma briga na escola em que estudava e teve que se mudar no último ano do ensino médio, foi assim que conheceu Minho, seu crush.

Minho parecia inacessível, era popular, todas as garotas o queriam, todos queriam ser amigo dele, gostava de cozinhar e era muito bom nisso. Nas horas vagas, frequentava o clube de dança, mesmo que não fizesse parte, e, como todo bom clichê, os dois se aproximaram por causa de um trabalho escolar. Até hoje, Han se questionava como conseguiu conquistá-lo, porque Minho era o sonho de consumo de todos.

Mas agora, seu relacionamento estava em perigo. Sentia-se culpado por tudo, sabia que não facilitou muito a convivência com Sunmin, mas qual era a dificuldade de todos entenderem que a criança precisava de compreensão e também de disciplina? Han não questionava o fato de Sunmin carregar os traumas do que aconteceu com Mina, mas questionava porque Minho permitia que a criança agisse como bem entendesse, sem correção. Amar também é educar.

Depois de finalmente parar de chorar pela noite horrível que passou, ergueu a cabeça e Bang Chan sorriu para ele. Seus olhos estavam inchados devido à falta de sono adequado e às lágrimas. Han olhou ao redor e viu a pequena plateia que se formou ali, sentindo-se envergonhado por estar na pior:

— Oi pessoal... — Ele disse baixinho.

— Ei, Han, sinto muito pela situação que houve aí. — Suga disse e continuou com suas tarefas.

Embora ganhassem dinheiro com a banda, todos ainda trabalhavam em empregos convencionais. Aos poucos, cada um deles foi saindo, restando apenas Bang Chan e Changbin. Eles persistiam no sonho de serem músicos e administravam um estúdio de música. Changbin pegou uma bebida energética na geladeira e ofereceu a Han, que aceitou prontamente.

— Mais calmo agora? — Bang Chan perguntou e Han assentiu com a cabeça. — Certo, agora que está mais calmo, conte-nos o que aconteceu de tão grave para você sair de casa.

Han contou a eles sobre toda a discussão e, especialmente, a parte que o perturbava: Minho ter jogado na sua cara que ele não era o pai das crianças. Ele não se importava que elas não tinham o seu sangue, o que importava era a dedicação e o carinho que tinha por elas. Depois de terminar de falar, bebeu uma quantidade considerável da bebida energética, esperando que ela cumprisse seu propósito e aliviasse um pouco seu cansaço da noite anterior.

— Cara, você cometeu dois grandes erros em sua vida — Changbin começou a dizer, observando o amigo beber o energético. — O primeiro foi largar a banda para trabalhar em um escritório. Essa ideia foi terrível! E segundo... Aceitar uma responsabilidade que não era sua.

— Claro que era minha. Eu não podia deixar o Minho lidar com isso sozinho. — Han respondeu, cabisbaixo.

— Sim, mas ele não tem valorizado seus esforços, né?

— Changbin, seja mais sensível em suas palavras, está bem? — Bang Chan chamou a atenção do amigo, que apenas revirou os olhos. — Han, eu entendo sua frustração. Você se apegou demais às crianças e ainda tem que ver Minho defender aquele idiota. Deve ser muito difícil.

— Sei lá, às vezes eu acho que, como moramos na casa dele de favor e ele oferece um padrão de vida alto para as crianças, o Minho se sente obrigado a ser tolerante com a ausência do Jimin. — Han desabafou e terminou sua lata de energético.

— Isso não justifica o fato de que esse tal de Jimin é um idiota. É por isso que eu não vou me casar. — Changbin disse.

— Primeiro alguém tem que querer você, né? — Bang Chan provocou o amigo, que não reagiu.

— Ele não estava correndo atrás daquela garota, como ela se chama mesmo? Chae... Chaeyeon... Chaeyun... — Han entrou na onda, tentando se lembrar do nome da paixão do momento de Changbin.

— Chaewon. — Bang Chan lembrou.

— Isso! Ela te deu um fora de novo?

— Haha, palhaços! — Changbin mostrou o dedo do meio para os dois.

Os três ficaram um bom tempo apenas zoando um ao outro, como nos velhos tempos. Era bom estar com os amigos de novo e esquecer de tudo o que aconteceu recentemente. Ligaram o videogame e passaram horas jogando, concentrados em seus personagens no Diablo. Enquanto isso, Minho ligou várias vezes para o celular de Bang Chan, que a pedido de Han, não atendeu. Embora sentisse um aperto no coração por ter saído de casa, precisava de um tempo para respirar. Quando se cansaram de perder no jogo, Han esticou as pernas e deixou o controle de lado.

— E aí, mais calmo agora? — Bang Chan perguntou ao amigo.

— Como vou ficar calmo jogando essa porcaria de jogo? — Han respondeu irritado, pois haviam passado horas jogando e só passaram de uma fase.

— É porque você é ruim nisso. — Provocou Changbin, levantando-se para pegar mais uma lata de energético.

— Ah, para! Não fui eu que fiquei morrendo para o Astaroth. — Han respondeu indignado, e uma pequena discussão se iniciou sobre quem era pior jogando Diablo 4.

Quando estava próximo das cinco horas, Suga chegou com aparência cansada pelo dia de trabalho enfrentado, mas se surpreendeu ao ver Han ainda ali. Parece que a briga foi realmente séria. Ele foi até Bang Chan para se atualizar sobre o que havia acontecido, enquanto observava Han e Changbin discutindo. Por fim, Suga pensou em algo que poderia animar o amigo e disse:

— Han, vamos tocar no Big Punk amanhã. Quer relembrar os velhos tempos?

Han ficou surpreso com o convite, até parou de discutir com Changbin. Já fazia anos que não tocava um instrumento, desde que percebeu que a música não lhe daria um futuro. Decidiu estudar Design e Marketing, deixando para trás a aparência rebelde e as unhas pintadas de preto. Um brilho passou por seus olhos, a vontade de relembrar os velhos tempos, a sensação de liberdade. Ele queria ser modesto e dizer algo como "ah, estou enferrujado", mas a modéstia não fazia parte de seu vocabulário. Com um sorriso animado, ele respondeu:

— Eu também posso cantar?

🎄🎄🎄

Jungkook seguiu direto para o Departamento de Polícia naquela manhã. Sua mente estava agitada com as novas evidências encontradas no caso depois da exumação do corpo. Ele tentou falar com o responsável pelo almoxarifado, mas ele não estava disponível naquele momento e ficou o restante do seu tempo remoendo o assunto em sua mente. No entanto, Jungkook não iria deixar passar, sua intuição lhe dizia que algo estava muito errado.

Estacionou a moto no local habitual, tirou seu capacete preto e suas luvas, dirigindo-se para a sua mesa. Verificou algumas correspondências ainda não abertas e a secretária fez um sinal com as mãos para ele, indicando que o café estava pronto. Foi até a área dos funcionários e se serviu do primeiro copo do dia, saboreando o sabor amargo, levemente adocicado, com notas de cacau e frutas secas. Ele não podia reclamar, o DP tinha um ótimo gosto para cafés.

Estava prestes a pegar o segundo copo quando a secretária se aproximou, com seu sorriso cordial habitual:

— Jungkook, Hanbin-ssi quer falar com você na sala dele.

O investigador a encarou de forma estranha, se questionando o que o delegado queria com ele. Apenas assentiu e se permitiu beber mais um pouco de café. Em seguida, caminhou entre as mesas, seguindo diretamente para a sala do delegado, que estava ajustando sua gravata.

— Senhor? Você me chamou? — Ele disse, com metade do corpo para dentro.

— Sim, sente-se. — Hanbin disse, enquanto ainda arrumava sua gravata.

Jungkook adentrou a sala, observando as diversas prateleiras repletas de livros de código penal. Depois, observou Hanbin, um homem alto e bonito. Alguns diriam que era jovem demais para estar no comando das investigações, mas ele foi escolhido a dedo pelo Comissário Min Jangyeon, responsável por toda a reestruturação dos departamentos de polícia de Seul. Hanbin terminou de arrumar sua gravata e se sentou, tirando seu cigarro em seguida:

— Aceita? — Ele ofereceu, mas Jungkook recusou imediatamente.

— Parei de fumar, senhor.

— Temos conhecimento disso. Desde que foi transferido pra cá, a garrafa de café tem ficado mais vazia.

Jungkook apenas sorriu um tanto envergonhado. Desde que decidiu largar a nicotina, desenvolveu o hábito de beber café.

— O senhor não me chamou para falar dos meus vícios...

— Certamente. Bom, Seokjin me contou que você e o suspeito de assassinar Lee Mina têm um certo envolvimento. Isso é verdade?

Jungkook cerrou o punho com força, sem acreditar que Jin realmente o entregou. Respirou fundo, demonstrando seu descontentamento, e disse:

— Ele é meu ex... Nada mais do que isso. Já faz muito tempo.

— Hmm, Seokjin me disse que você ficou emocionalmente envolvido no caso. É verdade?

— Olha... Não vou mentir que fiquei surpreso ao vê-lo, mas meu compromisso é com a verdade. Não importa quem Park Jimin foi no passado, o importante é resolver o crime. — Jungkook falou com firmeza, ainda indignado com o fato de Jin ter tido coragem de ir até Hanbin e falar sobre isso.

— Entendo. — O olhar de Hanbin era indecifrável. Ele mexeu na mesa e pegou uma pasta, entregando-a a Jungkook. — Tome isso.

Jungkook abriu a pasta, folheando o arquivo sem compreender o que o delegado queria com aquilo.

— Son Gunwook, sete anos. Visto pela última vez nas redondezas do Lotte Duty. Câmeras de segurança registraram um homem o abordando, mas como sempre, ninguém viu ou sabe de alguma coisa. Talvez você consiga encontrar novas evidências.

— Você está me tirando do caso? Não pode fazer isso! — Jungkook se levantou e jogou a pasta na mesa, sentindo a raiva o consumir.

— Jungkook, você se lembra por que pediu transferência para cá? Pediu para sair da equipe forense de Chicago por se envolver demais em um caso, no qual não foi capaz de prosseguir.

— Mas são situações completamente diferentes! — Ele tentou se defender, mas sabia que falhou em Chicago. No entanto, as circunstâncias eram diferentes e Jungkook estava determinado a esquecer aquele episódio e se tornar um investigador melhor.

— Independente disso, você tem sorte que eu gosto muito de você. Outro delegado poderia te entregar ao comissário e você sabe como ele é. Se não gostou desse caso, procure outro nos arquivos. Temos muitos casos para resolver aqui.

Jungkook respirou fundo mais uma vez. Não adiantaria discutir com Hanbin, ele não iria ceder. Pegou a pasta e saiu em direção à sua mesa, ainda revoltado por ter sido retirado do caso. Já deveria ter imaginado, quando conheceu Jin, ele ainda estava tentando a todo custo ingressar na polícia civil, Jin era obcecado por provar seu valor e subir de cargo. Ele não queria pensar muito, apenas queria prender o suspeito óbvio e assim ter mais um caso bem-sucedido em seu histórico. Mas, quando trabalharam juntos no caso do andarilho, Jin seguiu todas as suas orientações, sem reclamar. Jungkook achou que ele havia mudado.

Abriu a pasta para começar a ler o novo caso, quando viu Jin e Boran conversando e se dirigindo à saída. Ele quis ignorar, mas não pôde evitar de se aproximar deles e dizer alto, sem se importar com os outros investigadores em suas mesas:

— Como você pôde fazer isso? Como pôde ir até o delegado e falar demais?

Boran imediatamente se colocou entre eles, com medo de que uma briga começasse, e Jin, por sua vez, devolveu o olhar irritado que Jungkook lhe lançava:

— Sim, eu fui. Sabe por quê? Porque você está cego! Está apaixonado pelo suspeito e quer provar a inocência dele!

— Você é um idiota! Não vai fazer nenhum esforço para investigar corretamente.

— Quem você pensa que é? Só porque trabalhou nos Estados Unidos acha que é melhor do que qualquer um aqui? Eu sou tão competente quanto você!

— Ah, é? Então por que você não está fazendo o seu trabalho?

— Senhores, chega! — Boran disse, colocando-se entre os dois homens altos e os afastando. — Jin, precisamos ir para Herman's Lab. Vá na frente. — Jin assentiu contrariado e saiu do local, andando em passos rápidos. — E você, fique tranquilo. Sinto muito que tenha perdido o caso, mas vou ser a assistente dele. Qualquer novidade, eu te informo, ok? Agora, fique atento, pois estão te observando.

Dizendo isso, Boran saiu quase que desfilando, seus saltos ecoando pelo piso, enquanto Jungkook virava-se para trás e notava o delegado observando através da persiana. Seria melhor deixar aquilo de lado e focar sua mente no novo caso. Sentou-se em sua mesa e começou a examinar o arquivo do caso que tinha em mãos.

Apesar de sentir revolta, sabia que a criança desaparecida merecia ser encontrada tanto quanto resolver o caso de Mina. Talvez fosse até melhor assim e esqueceria Jimin de vez. Passou algum tempo lendo os registros do novo caso e, em seguida, foi até o almoxarifado para ver o que mais havia lá. Ao chegar, cumprimentou o homem que estava no local e pediu:

— Por favor, traga todos os arquivos relacionados ao caso de Son Gunwook.

— Claro.

O homem demorou um pouco, mas logo voltou com uma pequena caixa e a colocou sobre o balcão. Depois, entregou a Jungkook um papel com os procedimentos do departamento e pediu para que ele assinasse. Enquanto assinava, Jungkook observou o padrão que o homem digitava no teclado do computador, para registrar as informações no sistema e então uma ideia percorreu sua mente.

Voltou para sua mesa, com a caixa em mãos, mas seu objetivo era outro. Jungkook acessou o sistema e procurou a seção do almoxarifado. Ele não sabia a senha, mas observou várias vezes o homem digita-la e assim, poderia descobrir com base nas combinações. Na sétima tentativa, ele conseguiu acessar e encontrou à sua disposição todos os registros dos casos arquivados. Ele não perdeu tempo olhando outras coisas, foi direto para o caso de Lee Mina.

Segundo os registros online, foram recolhidos o celular da vítima, suas roupas e sapatos, além de fotos e depoimentos por escrito. Também havia uma corda e algumas impressões digitais preservadas em uma folha adesiva especial para esse fim. Os olhos de Jungkook brilharam ao perceber que não havia metade dessas evidências guardadas, o que aumentou sua suspeita de que alguém no departamento sabotou as provas. Ele explorou o sistema, procurando os registros de quem tinha acessado esses itens, e encontrou o que queria: o nome SJ constava no arquivo no dia sete de outubro de 2022, às quatorze e cinco. SJ devolveu os itens quase à noite. Mas o que aquele nome tinha a ver? Os nomes dos investigadores que cuidaram do caso na época apareciam o tempo todo, mas SJ era o único diferente. Quem seria SJ?

Uma pontada de dor de cabeça o atingiu, o fazendo ir até a cozinha beber um pouco de água. Ele não conhecia nenhum SJ, e não adiantaria buscar imagens das câmeras, afinal passou-se mais de um ano. Aproveitou para pegar mais café e enquanto bebia, Seokjin entrou na sala. Jungkook o olhou, indiferente, enquanto este se aproximava:

— Há uma falha no álibi de Jimin. Achei que gostaria de saber. — Disse Seokjin.

— Suponho que você não vai me contar qual é essa falha. — Respondeu Jungkook, jogando o copo descartável no lixo.

— Exatamente. Só preciso provar que esse tal namorado não existe, fechar todas as lacunas, e então, acabou para Jimin.

Jungkook permaneceu em silêncio, concentrado em sua xícara de café. Seokjin ficou irritado com a falta de resposta e disse:

— Olha, cara, não precisamos brigar por isso, tá? Hoje à noite vai ter um jogo de futebol, você quer participar?

Jungkook ponderou sobre isso. Já tinha ido várias vezes assistir ao amigo jogar bola com um grupo de homens. Ele não era tão aficionado pelo esporte a ponto de querer jogar também, então ia mais pela distração de sair de casa.

— Vamos, Kookie. Eles até encomendaram novas camisas. Agora eu sou o camisa nove. Legal, né? — Disse Seokjin, sorridente.

Camisa... O time tinha uma camisa própria, e Jin adorava mostrá-la para todo mundo. Jungkook observou o amigo e um arrepio percorreu sua espinha. Na camisa de Jin estava escrito SJ.

Tudo começou a fazer sentido para ele. Seokjin mal entrou para o time de detetives e logo foi promovido, podendo investigar casos sozinho. Ele sempre se vangloriava disso, mencionando sua promoção assim que Jungkook voltou para a Coreia, como se quisesse jogar em sua cara que ele era tão bom quanto ele. Jungkook não queria acreditar que Jin fosse tão desonesto, mas infelizmente tudo indicava que sim.

Era por isso que Jin estava tão determinado a prender Jimin, para encobrir o verdadeiro assassino.

— Kookie? Você está me assustando. — Seokjin percebeu que Jungkook não tirava os olhos dele. Algo não estava certo.

— Desculpe. Eu... Tenho algo a fazer. Até mais tarde. — Jungkook sorriu, mas o sorriso desapareceu assim que ele virou as costas para Seokjin.

Ele tinha uma investigação a concluir.

🎄🎄🎄

Estava sendo um péssimo dia para Jimin.

Tudo começou na noite anterior, quando ele voltou para casa com as crianças e encontrou Minho em um estado catatônico, sentado no tapete da sala. Seus olhos estavam vazios e ele balançava a cabeça repetidamente, em negação. As lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto, mas ele parecia incapaz de dizer qualquer palavra. As gêmeas correram até Minho, cheias de preocupação, e ele as abraçou, buscando conforto nas crianças.

Depois de tomar um copo de água com açúcar, Minho revelou para todos que Han havia saído de casa. As gêmeas ficaram amuadas com a notícia, enquanto Sunmin parecia completamente indiferente. Jimin ficou chocado, nunca imaginou que Han faria algo assim. Devia ter ocorrido uma briga terrível entre eles.

Indisposto, Minho pediu para Jimin colocar as crianças na cama e então se retirou para o seu quarto. Sunmin apenas se despediu e seguiu para o seu, mas as gêmeas se mostraram um desafio. Elas queriam ouvir uma história antes de dormir, mas nenhum conto que Jimin contava era do agrado delas. Assim, choraram chamando por Han. Eventualmente, o cansaço venceu e elas adormeceram. Jimin se acalmou um pouco, pensando que talvez as gêmeas estariam mais conformadas com a ausência de Han no dia seguinte.

Entretanto, as coisas só pioraram.

Minho não saiu do quarto, não tinha nada pronto para o desjejum e Jimin estava longe de ser habilidoso na cozinha. Quando está sozinho, ele costuma comer qualquer porcaria, mas não podia fazer isso com as crianças. Tentou fazer panquecas, mas estava falhando e sua paciência diminuía a cada reclamação de fome delas.

Decidiu levá-las para uma cafeteria, onde poderiam comer algo. No entanto, antes disso, elas precisavam tomar um banho. Sunmin era independente e não deu trabalho algum para se arrumar. As gêmeas, por outro lado, costumavam tomar banho com o Han de tocaia, especialmente porque elas tinham o costume de brincar na banheira ao invés de realmente tomar banho. Sunmin explicou para o pai como as irmãs costumavam tomar banho e Jimin preparou a água na banheira. As meninas ficaram um pouco receosas com a presença de Jimin, já que estavam acostumadas com o Han, mas Jimin insistiu até elas entrarem.

— Muito bem, vocês já tomam banho sozinhas, certo?

As meninas nada disseram, apenas ficaram observando. Jimin respirou fundo, ele nunca foi a pessoa mais paciente do mundo:

— Certo, eu vou entender como um sim, bom então bora acabar esse banho, porque a gente está com pressa!

— Mas e a música do banho? — Sunne perguntou.

— O tio Han sempre canta a música do banho. — Sunhee completa.

— Meninas... Não dificultem as coisas, tomem logo esse banho. — Jimin disse quase que suplicando. Já estava um tanto incomodado de ter que dar banho nelas, não era o melhor dos momentos para elas ficarem de marra.

— Podemos pegar os nossos brinquedos? — Sunhee perguntou, vendo a ausência dos patinhos, sapinhos e cachorrinhos de plástico que Han costumava colocar.

— É verdade, ainda temos que descobrir qual dos patinhos é mais rápido. — Sunne diz, olhando para a irmã.

— É o senhor Penoso!

— Não é não.

— É sim!

Jimin ficou observando, enquanto as meninas continuavam a discutir sobre os brinquedos. Passou a mão pelo rosto, o apertando e perdeu a paciência dizendo de forma ríspida:

— Tomem logo esse banho! Não tem brinquedos, não tem música, eu não sou o Han! Agora andem logo com isso porque não podemos ficar esperando!

As duas se assustaram com o tom de voz de Jimin e começaram a chorar, o que deixou Jimin mais impaciente. Quanto mais ele tentava acalmar as meninas, mais elas gritavam e choravam.

Minho, que estava lidando com sua própria solidão no quarto, percebeu que as coisas estavam saindo do controle. Ele foi até o banheiro e viu as duas garotas chorando fervorosamente, enquanto Jimin colocava a mão no rosto, rendido pela teimosia delas.

— O que está acontecendo? — Minho perguntou, preocupado com a histeria das duas.

— Tio! — Sunne respondeu entre soluços e tentou se levantar para ir até ele. Minho, preocupado que ela pudesse cair, se apressou em chegar até a banheira e sentou-se na borda.

— Tio Minho, onde está o tio Han? — Sunhee perguntou, abraçando o braço de Minho.

— Meninas, por favor, entendam que Han saiu de casa e nós não sabemos onde ele está. Chamar por ele não vai fazê-lo aparecer! — Jimin perdeu a paciência, já que ouvia as gêmeas chamando por Han desde o dia anterior.

Minho observou as meninas e sentiu um peso em seu coração. Era evidente o quão importante Han era naquela casa. Ele tinha uma sensibilidade especial para cuidar delas, não só das gêmeas, como também de Sunmin. Jimin era apenas um estranho para as garotas, e elas não confiavam nele da mesma forma que confiavam em Han. E Jimin também não sabia como lidar com elas.

— Deixe que eu termino aqui. — Minho disse, segurando as mãos das meninas, que começaram a se acalmar.

Jimin apenas assentiu com a cabeça e foi para a sala, onde se afundou no sofá, sentindo o amargo gosto de ser um pai ausente. Talvez Han, por mais irritante que fosse, era necessário naquela família. Mas ao mesmo tempo, Jimin se sentiu mal por não saber cuidar das suas próprias filhas.

— Papai, você está bem? — Sunmin se aproximou de Jimin e sentou-se ao seu lado.

Jimin sorriu e passou o braço pelo ombro do filho, que o abraçou de volta.

— Estou sim.

— Agora que o Han foi embora, você vai ficar aqui? — Sunmin perguntou ansioso.

— Por que você não chama o Han de tio como suas irmãs? — Jimin desviou do assunto, não querendo desapontar o menino.

— Porque ele é um idiota. Eu não gosto dele. — Sunmin respondeu, sendo o único feliz com a saída de Han do apartamento.

— Olhe, Sunmin. Eu entendo que você não goste dele, ele também não é a minha pessoa favorita do mundo. Mas veja a bagunça que está essa casa sem ele. Han cuida de você, das suas irmãs, do tio Minho... Eu sei que vocês brigam, mas tente entender que nem sempre precisamos dificultar as coisas. Han apenas está fazendo o que acha melhor para vocês. E enquanto você não for o dono do seu próprio nariz, precisa respeitar as decisões dos adultos, principalmente quando eles só querem o seu bem. — Jimin acariciou o cabelo do filho, tentando incutir nele a ideia de que pelo menos respeitar Han era importante.

— Mas papai, ele fala mal de você o tempo todo!

— Bem, quando eu o ver, falarei sobre isso com ele. Mas prometa para mim que será legal com ele, tá bom? Quem sabe vocês até se tornam amigos.

— Eu duvido, ele é um babaca!

— Sunmin! — Jimin o repreendeu.

— Tudo bem, papai. Eu prometo.

Jimin sorriu e permaneceu ao lado do filho. Depois que Minho concluiu o banho das meninas, dirigiu-se à cozinha para começar a preparar o almoço, enquanto elas ficaram na mesa, desenhando. Jimin assistia à TV com Sunmin, quando o interfone tocou. Minho diminuiu o fogo e foi até o aparelho que ficava na cozinha, levando o telefone ao ouvido:

— Quem é?

— É o investigador Jeon Jungkook. Podemos conversar?

Minho observou o telefone, como se já estivesse diante do homem. Não sabia ao certo o que ele queria. Levou algum tempo para reagir, apertando o botão que liberava a porta:

— Sétimo andar.

Depois de colocar o telefone no gancho, Minho olhou ao redor da cozinha, sem saber o que fazer. Certamente, as gêmeas não deveriam ficar ali e ouvir o que ele tinha a dizer. Desligou o fogo e, foi até a sala já dizendo:

— Sunmin, vá brincar com as gêmeas no quarto. Eu preciso que fiquem só os adultos aqui.

— Mas tio, estamos vendo filme! — Sunmin protestou.

— O filme pode esperar. Depois continuamos. — Jimin respondeu, sorrindo para o filho.

Ainda contrariado, Sunmin foi até a cozinha e levou as gêmeas para seu quarto. Jimin ficou encarando Minho, imaginando que ele iria iniciar alguma conversa séria. A campainha tocou e Minho abriu a porta, permitindo a entrada do investigador na sala.

Jimin se levantou abruptamente, olhando incrédulo para o homem diante dele. Não esperava rever Jungkook naquele dia, muito menos em seu apartamento. Kookie esboçou um pequeno sorriso e Jimin correspondeu.

— O que te trouxe até aqui? — Minho perguntou, olhando para o investigador à sua frente.

— Eu preciso saber o que foi feito com o celular da Mina. Ele voltou para você?

Minho encarou o investigador, sem entender muito bem o que ele queria dizer, negou com a cabeça e falou:

— Eu o entreguei para a polícia.

Jungkook assentiu, cada vez mais certo de que Seokjin realmente mexeu nas provas.

— Você se lembra da roupa que Mina estava usando quando foi encontrada?

Minho não queria pensar sobre aquilo, o dia já estava sendo muito desagradável, não queria ter que reviver o pior dia de sua vida. No entanto, a urgência no olhar do investigador deixava claro que ele precisava daquela informação. Assim, Minho sentou-se no sofá e começou a massagear a testa, tentando se lembrar de cada detalhe:

— Ela estava usando um vestido azul escuro, justo ao corpo, mas nada vulgar, sabe, minha irmã não gostava de se exibir. Era de alças e acho que ela usava um cinto prata...

— Como ela estava fisicamente? O cabelo estava arrumado? As unhas bem feitas? Maquiada? Ela estava usando sapatos? — Jungkook sabia que estava sendo incisivo, mas, devido à falta de fotos, ele precisava de todos os detalhes.

— Eu... Eu acho que ela estava com uma sandália de salto... Desculpe, eu não quero pensar nisso... — Os olhos de Minho se encheram de lágrimas, mas Jungkook estava satisfeito com as respostas obtidas.

— Obrigado. Jimin? — Ele chamou pelo loiro, que o olhou sem jeito. — Ainda está investigando por conta própria sobre o tal namorado da Mina?

— Sim. Terei respostas até depois de amanhã. — Respondeu, lembrando-se de que Hope havia dito que teria que esperar dois dias para lhe entregar a caixa.

— Certo, você pode me acompanhar?

Jimin ficou surpreso, será que eles conseguiram a ordem de prisão? Jungkook manteve uma expressão séria e um momento de silêncio se seguiu, até que Jimin assentiu. Assim, os dois caminharam até a entrada do prédio, onde um jipe os esperava:

— Por que um jipe?

— Não faça perguntas, apenas entre!

Jimin queria protestar, mas estava diante de um policial. Ele fez o que foi mandado e entrou no veículo, colocando o cinto de segurança. Jungkook assumiu a direção e dirigiu por algum tempo até chegar a uma casa completamente desconhecida para Jimin. Eles saíram do carro e Jimin constatou de que se tratava de uma casa normal, e a provável proprietária os aguardava adiante, muito bem vestida por sinal, com cabelos longos e negros soltos e usando roupas sociais. Jimin olhou confuso para ela e ela disse:

— Venham comigo.

Eles seguiram para um quarto no segundo andar, que continha vários protótipos de anatomia humana, bonecos, livros, desenhos e, bem no centro, uma boneca em tamanho real, simulando um ser humano. Jimin ficou ainda mais confuso e a mulher disse:

— É bom você ter certeza, Jungkook! Deu muito trabalho trazer essa boneca para cá sem chamar a atenção do DP.

— Jisoo, se eu disse que estou certo é porque estou certo. Aproxime-se, Jimin. — O investigador pediu e Jimin se aproximou lentamente, inseguro sobre o motivo de estar ali. Jungkook pegou uma foto que estava em cima da mesa e mostrou para Jimin. — Sabe o que é isto?

O loiro olhou para a foto e virou o rosto quase imediatamente. Era o pescoço de Mina, marcado pela corda. Seu corpo estremeceu diante das lembranças, ele só queria esquecer como encontrou o corpo de sua ex-esposa:

— Por que está me mostrando isso? — Perguntou indignado.

— Por favor, dê uma olhada mais de perto, é importante.

Jimin se forçou a olhar e o investigador prontamente apontou para algumas marcas escuras, um pouco acima da marca da corda, que se destacavam:

— Essas são marcas de dedos. Esses dedos foram responsáveis pela morte de Mina e hoje faremos uma pequena simulação. Venha aqui. — Jungkook se aproximou da mesa junto a Jimin. — Quero que você aperte o pescoço da boneca exatamente assim. — Jungkook mostrou a posição correta e Jimin o imitou. — Por favor, não economize força. Aperte como se quisesse matar essa boneca.

— O que está acontecendo, Jungkook?

— Faça o que ele está pedindo. — Jisoo disse impaciente. Estava se arriscando muito para ajudar Jungkook, então queria acabar logo com aquilo.

Jimin assumiu a posição instruída por Jungkook e apertou a boneca com toda a força que possuía, segurando por um breve momento antes de soltar. As marcas de seus dedos ficaram impressas no pescoço de borracha e Jungkook agiu rapidamente, fotografando o resultado e escaneando a imagem no computador. Enquanto isso, Jisoo comparava os padrões das marcas de dedos, estudando atentamente por alguns minutos antes de girar a cadeira na direção dos rapazes para compartilhar suas conclusões.

— Os padrões não correspondem. Ele não foi o responsável pela morte da vítima, pelo menos não de forma direta.

— Eu disse que não matei a Mina! — Jimin sentiu um alívio profundo com a verdade finalmente vindo à tona.

— Calma, isso não elimina a possibilidade de seu envolvimento, apenas não o coloca na cena do crime. De qualquer forma, nós vamos visitar um amigo meu que trabalha nos servidores do Google aqui na Coreia. Precisamos encontrar esse tal namorado da Mina.

— Nós? Você vai me ajudar? — Jimin perguntou surpreso, não esperando que Jungkook tomaria essa decisão.

— Sim. Vamos pegar o desgraçado que matou Lee Mina.

Parece que o Seokjin está bem determinado a apenas prender alguém e eliminar sua culpa. Mas Jungkook não vai ficar por baixo, está disposto a ir contra as ordens do Delegado Sung Hanbin para ir atrás da verdade, se aliando na investigação paralela de Jimin.

Será que agora que Jungkook vai se aproximar do Jimin, eles vão conseguir se entender ou nem? Diz aqui o que vocês acham.

Outro detalhe muito importante, que eu já imagino que alguém vai questionar alguma coisa. As gêmeas tem 5 aninhos, é a idade que a criança começa a aprender a ser independente e logo o Han quem ajuda nessa parte, já que ele assumiu o papel de Mina. Então sim, ele auxilia as meninas na hora do banho e é até triste a gente viver num mundo em que temos que estranhar um pai cuidar de suas filhas. Mas eu só queria falar sobre porque eu sei que vai haver comentários.

É isso maçãzinhas, beijão e até o próximo capítulo, ah, não esqueçam a estrelinha 🌟


6590k de palavras!!!

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