Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

✨🎄3🎄✨

🎄✨🎄✨🎄✨🎄✨🎄✨🎄✨🎄✨🎄✨🎄

"Você precisa acreditar em mim, Jungkook."

As palavras de Jimin ecoavam em sua mente, incapaz de ignorar o seu olhar suplicante. Ele sabia que não podia confiar cegamente em um ex-namorado, mas era Jimin... permaneceu sentado, observando a pasta repleta de evidências: fotos da vítima, depoimentos e anotações. Embora desejasse confiar nas pistas, seu coração teimava em relembrar as palavras de Jimin.

A porta se abriu, mas ele nem sequer se virou para ver quem era, pois logo Seokjin puxou a cadeira e sentou onde Minho estivera:

— Você tem algo a me dizer? — Ele perguntou, examinando atentamente o colega.

— Sim, precisamos investigar a informação sobre esse tal namorado. — Jungkook piscou para afastar a distração e começou a organizar as evidências na pasta.

— Jungkook... você parece abalado com o caso.

Jungkook o encarou com desdém, levantou e dirigiu-se à saída da sala:

— Não há com o que se preocupar. Vamos descobrir a verdade.

Seokjin levantou-se apressadamente e segurou Jungkook pelo braço. Ele havia ouvido a conversa e observado a troca de olhares entre os dois, preocupado que os sentimentos de Jungkook pudessem influenciar seu julgamento. Esta era a oportunidade de ascender em sua carreira na investigação forense e não queria que seu amigo se envolvesse em complicações que pudessem prejudicá-lo:

— Acho melhor assumir o caso e você me auxiliar.

— Está brincando? Não farei isso! — Jungkook respondeu, sem tentar esconder sua irritação.

— Jungkook, compreenda a importância desta oportunidade para nossas carreiras. Seus sentimentos por ele podem interferir em suas conclusões, e você nunca encontrará as respostas!

— Sabe quem me dará respostas? O corpo de Lee Mina! — Ele encarou seu colega mais uma vez antes de se virar e sair da sala.

Estava decidido, para preservar sua integridade, Park Jimin não o atrapalharia.

🎄🎄🎄

Cada passo que Jimin dava em direção à saída do departamento de polícia, parecia carregar um fardo distinto. Ele não sabia o que o incomodava mais, se era ser injustamente acusado por um crime ou reencontrar seu grande amor nessas circunstâncias. Desejou várias vezes reencontrar Jungkook, mas não sob tais condições irônicas que a vida lhe impusera.

Ao encontrar Minho na recepção, caminharam em silêncio em direção ao carro. Remexer nas lembranças foi doloroso; ele tinha pesadelos frequentes com o corpo de Mina. Por que isso agora? A polícia não investigou quando aconteceu? Não queria ter que reviver tudo aquilo. O pior era olhar para Minho e saber que não foi totalmente sincero. Enquanto caminhavam juntos, questionou-se se deveria contar tudo o que sabia e havia guardado para si; afinal, ele merecia saber.

— Para qual shopping você gostaria de ir? — Perguntou Minho, tirando Jimin de seus pensamentos.

— Que tal o shopping em Gangnam? Eu gosto daquele lugar. — Respondeu o loiro, pensando no primeiro que lhe veio à mente.

Minho assentiu e dirigiu em direção à avenida Gangnam, uma das áreas mais caras de Seul. Ele queria perguntar diversas vezes sobre a conversa de Jimin com os investigadores, mas Jimin estava calado e pensativo. É evidente que o interrogatório mexeu com ele.

Após algum tempo, Minho chegou ao shopping e estacionou o carro para que Jimin pudesse sair. Ele ainda precisava passar no mercado para comprar vegetais frescos, pois o dia seria longo no restaurante.

— Você vai voltar de táxi? — Perguntou a Jimin,
enquanto este desafivelava o cinto.

— Sim, eu darei um jeito. — Respondeu Jimin.

O loiro abriu a porta e saiu, arrumando suas roupas. Encarou Minho, sentindo-se incomodado. Ele queria ser honesto com seu ex-cunhado. Quanto mais ficasse em silêncio, pior seria, então disse:

— Minho, eu sei que você precisa ir ao restaurante, mas... Pode ceder um tempo para mim? Seria bom se você me ajudasse com os presentes.

— Jimin, eu preciso ir. Não posso me dar ao luxo de não abrir meu restaurante.

— Só por hoje... Por favor.

Minho observou o homem, sua expressão demonstrava urgência. Ele não sabia o que Jimin queria com isso, mas assentiu e foi procurar um local para estacionar o carro. Depois, ligou para Raquel e disse a ela que não iria trabalhar, dando-lhe um dia de folga.

O local tinha uma arquitetura moderna e sofisticada, o que por si só já chamava a atenção. As lojas estavam começando a abrir e eles caminharam pelo local observando as vitrines.

— Estou com um pouco de vergonha de perguntar, mas... Do que meus filhos gostam? — Jimin não saberia dizer bem o que cada um gostava, não queria errar o presente, então perguntou observando uma loja de brinquedos à frente.

— Hmm... Sunmin adora videogames e as gêmeas adoram coisas fantasiosas e fofas. — Respondeu Minho, sem hesitar.

Assim, Jimin foi primeiro a uma loja de departamentos, onde seguiu direto para a seção de videogames e adquiriu um PlayStation 5. Após a vendedora embalá-lo, procuraram uma loja de brinquedos, encontrando uma no terceiro piso. A loja era toda colorida e cheia de enfeites de bichinhos, o tipo de lugar feito para atrair crianças.

Caminharam pelos corredores, observando todo tipo de brinquedos, até que um chamou a atenção de Jimin: uma casa dos sonhos da Barbie gigantesca. Ele observou a caixa e todos os componentes. Que garota não iria querer receber uma casa de boneca gigante?

— Irei comprar uma casinha dessas e duas bonecas para cada uma. Poderia me ajudar na escolha de duas? — Ele apontou para as várias Barbies na prateleira, enquanto Minho verificava os preços.

— Jimin, compreendo que o dinheiro é seu, mas quase trezentos mil wons por uma casa de boneca, isso é muito. Tem certeza disso? — Minho sabia que não deveria interferir, mas acreditava que as gêmeas ficariam felizes com presentes mais acessíveis.

— Não se preocupe, Minho. Quero oferecer o melhor para meus filhos. — Ele afirmou e selecionou uma Barbie princesa e uma Barbie bailarina.

Depois de levar os itens para o caixa e efetuar o pagamento, eles saíram da loja carregando várias sacolas. Jimin sugeriu que tomassem um café antes de voltar para casa, ideia prontamente aceita por Minho. Dirigiram-se a uma cafeteria próxima, onde pediram café americano e se sentaram em um banco. Ali, Jimin viu a oportunidade de começar a conversar com Minho, embora soubesse que não seria uma tarefa fácil.

Enquanto isso, Minho observava os presentes caros, questionando-se sobre o valor de uma vida tão materialista. Contudo, mesmo vivendo sozinho, Jimin tinha dinheiro de sobra para comprar o que queria à vista, sem demonstrar qualquer desconforto. Esse era o estilo de vida que almejava quando sonhava em se tornar um ícone gastronômico. Hoje, no entanto, o amor de Han e das crianças era o suficiente para ele.

— Minho... Eu queria conversar contigo sobre a reabertura do caso. — Jimin começou de forma hesitante, observando a reação de Minho. — Primeiramente, quero pedir desculpas...

— Pelo que? — Minho perguntou, sentindo seu coração apertar, prevendo que a conversa não teria um desfecho positivo.

— Porque omiti coisas de você.

— O que quer dizer com isso? — Minho encarou o ex-cunhado, uma mistura de sentimentos passando por seu rosto. Primeiro o detetive insinuando que sua irmã poderia ter usado drogas e agora Jimin admitindo que não foi completamente sincero. O que diabos estava acontecendo?

— Bem... Mina e eu estávamos tendo muitas discussões. No dia em que ela faleceu, fui até a casa dela de manhã, pois tínhamos combinado que eu passaria o dia com as crianças e ela os levou para a escola sem me falar nada. Fiquei furioso, pois tinha acabado de ser promovido e foi difícil conseguir a folga. E o pior é que ela fez de propósito, devido às nossas brigas.

Minho ouviu aquilo, recordando-se da conversa com Jae sobre as frequentes discussões entre Mina e Jimin.

— Mas... Por que estavam discutindo tanto? — Foi tudo que conseguiu perguntar.

— Porque... — Ele olhou para o ex-cunhado, sem saber como revelar aquilo a ele. Todos tinham Mina como uma espécie de santa, e ele não queria ser o responsável por desfazer essa imagem, especialmente para seu irmão mais novo. — Ela estava tendo um relacionamento com outra pessoa.

Minho soltou uma risada áspera e lançou um olhar raivoso.

— Você só pode estar brincando. Mina me teria contado se estivesse namorando. — Disse ele.

— Não, ela não teria. Não teria contado porque não queria que você soubesse que o namorado dela era um ex-traficante envolvido com gente perigosa... — Retrucou Jimin.

Os olhos de Minho se arregalaram e ele negou com a cabeça. Sua irmã jamais seria irresponsável a esse ponto.

— Não lembro o nome do sujeito, mas quando descobri seu passado, fui atrás da Mina, discutimos e ameacei tirar a guarda das crianças dela. Afinal, ela estava querendo deixar um criminoso entrar em casa e ficar perto dos meus filhos, e isso me deixou furioso. Não me orgulho disso, mas imagine como me senti ao saber que meus três filhos poderiam estar em contato com um traficante. Alguém que podia representar um risco para eles.

Jimin continuou se explicando, revivendo as memórias do passado e podendo até mesmo ouvir a voz de Mina em sua cabeça, das várias vezes que discutiram, percebendo que Minho não iria responder, continuou:

— Ela usou meus pais, sabendo o quanto os temo, e disse que, se eu não parasse de incomodá-la, contaria sobre minha sexualidade para eles... Sinto muito por não ter lhe contado antes... — Ele tentou tocar o ombro de Minho, que se encolheu, indicando para não ser tocado.

— Por que te chamaram para depor de novo? — Minho questionou, antecipando a resposta em sua mente.

— Porque estou sendo considerado suspeito. Mas, Minho, eu juro, juro pela nossa amizade que jamais faria algo tão terrível. Tive desavenças com a Mina, mas não queria que meus filhos ficassem sem a mãe. — Explicou Jimin, com toda sinceridade que conseguia ter.

— Amizade? Como pode dizer que somos amigos depois de ter escondido tudo isso? — Minho encarou Jimin de forma intensa, que se sentiu ainda pior.

— Eu realmente sinto muito... Você tem todo o direito de estar furioso comigo, mas quero que acredite, jamais faria algo assim a alguém.

Minho estava confuso. Apesar da raiva que sentia por ter escondido tudo isso dele por tanto tempo, no fundo acreditava que Jimin não seria capaz de matar sua irmã, ou pelo menos queria acreditar nisso.

— E o que você vai fazer? — Ele perguntou, e Jimin passou a mão no rosto. Estava claro que ele ainda não tinha pensado muito sobre isso.

— Eu possuía um pen drive com as informações sobre aquele sujeito. Vou procurar entre minhas coisas e entregá-lo à polícia. Ninguém desaparece sem deixar rastros. Pode levar os presentes para casa? Eu... Preciso resolver alguns assuntos.

Minho apenas assentiu. Depois de colocar tudo no carro, seguiu sozinho em direção ao apartamento. Sua mente fervilhava, relutando em acreditar na irresponsabilidade de Mina, especialmente ela, que sempre insistia para que Minho agisse como um adulto.

Um traficante? Por que Mina se envolveria com alguém assim? Isso não condizia com a personalidade gentil que ela demonstrara em vida. Era difícil imaginar que ela poderia estar ameaçando Jimin, já que ela sempre afirmou que estava tudo bem entre eles.

Ele precisava descobrir mais, entender esse lado da irmã que agora lhe era apresentado de forma tão abrupta. Parou o carro em um acostamento e discou alguns números no celular, aguardando um tanto impaciente que a pessoa atendesse:

— Alô Jae?... Aqui é o Lee Minho, tudo bem?... Estou em casa hoje e pensei que seria uma ótima oportunidade para você rever as crianças, o que acha?... Perfeito, eu te mando o endereço... Certo, fique bem, vou desligar.

🎄🎄🎄

Han começou a preparar o almoço depois de mais uma discussão com Sunmin. Ele levou as gêmeas para brincar no playground do prédio e, ao retornar, encontrou Sunmin assistindo a um desenho animado japonês cujo conteúdo não era apropriado para sua idade, pois continha violência explícita e conotação sexual. Sabendo que Minho não aprovaria aquilo, tentou negociar com o garoto, desencadeando mais uma briga. Infelizmente, Sunmin apenas o obedecia quando ele adotava uma postura autoritária, algo que desagradava Han, porque a última coisa que queria era ter que gritar com ele.

Enquanto Han se ocupava com a preparação do almoço, as gêmeas estavam na cozinha, colorindo um livro de princesas e fingindo tomar chá com um grupo de ursinhos. Han detestava que elas presenciassem aquelas discussões, mas Sunmin era impossível. Então, sugeriu que as gêmeas brincassem de tomar chá enquanto ele preparava a refeição. Mesmo ocupado, arrumando a comida, as duas fizeram questão de colocar uma xícara em um lugar vazio, para que ele pudesse tomar chá com elas.

— Vou fritar frango, vocês querem? — Ele perguntou para as meninas, que o olharam.

— Tio, seu chá vai esfriar! — Disse Sunhee enquanto coloria a saia da princesa de roxo.

— Ah, tudo bem, vou experimentar o chá. — Caminhou até a xícara vazia e fingiu degustar o conteúdo. — Hmm, que delícia, do que é?

— É de algodão doce. — Respondeu Sunne, observando seu tio.

— Uau, um sabor único e açucarado. Preciso cuidar do almoço agora, posso ir?

— Ainda não. Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? — Perguntou Sunne, com seriedade, fazendo Han rir.

Às vezes, elas formulavam perguntas tão intrigantes, demandando respostas complexas para crianças de cinco anos.

— Não faço a menor ideia. Mas, considerando que tem que ter uma galinha pra ter ovo, acredito que tenha sido a galinha. — Disse ele, imerso no tema, já que as gêmeas não sossegariam até obter uma resposta.

— Mas tio, a galinha não vem do ovo? — Questionou Sunhee.

— E se elas forem alienígenas? Indagou Sunne.

As duas começaram a divagar sobre o assunto, levando o mais velho a rir. Ele adorava aquelas garotas e lamentava muito que Sunmin tivesse optado por dificultar o convívio. Aproveitou a deixa para ir à geladeira, retirou coxas de frango já temperadas e as acomodou na Air Fryer. Agradeceu silenciosamente pela existência daquele aparelho, pois as habilidades culinárias de Han eram bastante limitadas.

Ouviu o barulho da porta se abrindo e sacolas sendo arrastadas. Achou aquilo estranho e foi à sala, deparando-se com Minho carregando uma grande caixa rosa, uma sacola de uma loja de departamento e mais duas sacolas contendo presentes embalados.

— Amor, o que é tudo isso? — Indagou curioso.

— Rápido, me ajuda a levar isso para o quarto antes que as crianças vejam. — Pediu Minho, e Han prontamente o auxiliou.

As meninas foram até a sala ao ouvirem a voz de Minho, avistando apenas os dois saindo do quarto de mãos vazias.

— Oi meus amores! O que estão fazendo? — Perguntou Minho dirigindo-se às meninas.

— Colorindo.

— E tomando chá.

— Parece divertido. E o Sunmin, onde está? — Questionou, olhando em direção à sala, onde o garoto que costuma passar o tempo na TV.

Han sentiu-se desconfortável em revelar que haviam brigado, mas as gêmeas adiantaram-se:

— Eles brigaram, tio.

— E foi muito feio.

— Traidoras! — Resmungou Han, e as gêmeas riram, correndo para a cozinha.

— Han...

— Não começa, estou de bom humor hoje. O que você está fazendo aqui? Não deveria estar no restaurante? — Han questionou, pois era horário de pico no restaurante.

— Bem, Jimin pediu minha ajuda com os presentes e... Vamos receber uma visita.

— O quê? Visita? Como assim visita? Você não me disse nada... — Han falou surpreso, olhando ao redor. A casa estava bagunçada, ainda não fez sua faxina.

— Sim, Han, uma visita. A amiga da minha irmã virá ver as crianças, ela não vai demorar a chegar.

— Você só pode estar brincando comigo, olhe o estado desta casa! Vai receber sua visita assim? — Reclamou.

— Vou limpar o que der, você pode voltar a fazer o que estava fazendo. — Respondeu Minho, indo para a sala e vendo os vários brinquedos e roupas espalhadas.

Han observou o parceiro, mas nada disse. Voltou para a cozinha para terminar de preparar o almoço. Queria perguntar como tinha sido na delegacia, mas poderia deixar isso para mais tarde. Agora, precisava correr para arrumar o almoço e esperar a visita.

Minho tratou de arrumar toda a bagunça, passando a vassoura no chão e, em seguida, o pano. Embora não tenha sido a faxina mais minuciosa, a casa estava em melhores condições do que antes. Durante esse período, Han convidou todos para almoçar, porém Sunmin se recusou a sair do quarto. Após concluir suas tarefas, Minho decidiu ir falar com ele; o garoto estava concentrado no gameboy e relutava em sair.

Após muita insistência, Minho o convenceu a se juntar a ele na cozinha. Preparou um prato, aqueceu no microondas e o entregou a Sunmin. Enquanto isso, Han observava em silêncio, remoendo o pensamento de que Sunmin era excessivamente mimado.

Pouco depois das duas, o interfone tocou e Minho permitiu a entrada da visita. Ao ouvir a batida na porta, pediu aos três irmãos que aguardassem na sala, enquanto ele recebia o visitante. Jae sorriu ao avistar Minho e se curvou em cumprimento:

— É bom vê-lo, Minho.

— Por favor, entre e sinta-se à vontade.

Jae entrou, porém não retirou os sapatos, o que Han considerou desrespeitoso. Apenas a reconheceu quando ela retirou os enormes óculos escuros do rosto; era a famosa modelo coreana, amiga da Mina.

— Olá. — Han se curvou em cumprimento, e ela retribuiu.

Jae demorou um pouco para reconhecer Han Jisung, o garoto de cabelos escuros, franjinha e óculos de grau redondo que naquela época ostentava um visual de rockeiro. Ele continuava tão bonito quanto antes, ao contrário de seu namorado, que parecia um tanto desgastado.

— Uau, vocês ainda estão juntos! Me Lembro de vocês no casamento da Mina. — Ela sorriu gentilmente.

— Sim, firmes e fortes. — Minho disse, mas o único pensamento de Han naquele momento era que talvez não estivessem tão fortes assim.

Jae se aproximou das crianças, e apenas Sunmin a reconheceu, abraçando-a e sorrindo ao reencontrar a amiga de sua mãe. As gêmeas, apesar de não se recordarem, foram simpáticas, e por um tempo todos ficaram ali na sala, conversando e revivendo os velhos tempos. Mais tarde, Sunmin foi assistir a um filme com as irmãs, e Minho convidou Jae para tomar um vinho na cozinha, convite que ela aceitou.

Enquanto Minho procurava o saca-rolhas, Jae e Han se acomodaram nas banquetas:

— Você não envelheceu nadinha! — Jae comentou com Han, que sorriu um tanto tímido.

— Não faz tanto tempo assim que nos vimos. — Han respondeu.

— Claro que faz, o casamento da Mina foi, sei lá, uns oito anos atrás?

— Na verdade, eu e Han tínhamos acabado de assumir o namoro. Deve fazer uns dez anos. — Minho afirmou, após conseguir abrir o vinho e servir três taças.

— Uau, dez anos. Passou tão rápido. — Jae aceitou a taça, e Minho a serviu com um pouco de vinho.

— Sempre me disseram que após os quinze, a vida passa voando. — Han também pegou a taça e foi servido com vinho.

— Se me permite perguntar... Como os pais do Jimin reagiram ao saber que vocês ficaram com a guarda das crianças?

O casal trocou olhares e Han girou a taça entre os dedos, virando o conteúdo em seguida, consciente de que o assunto era delicado. Minho se serviu de vinho, acrescentando mais na taça de Han.

— Não sabem. Legalmente, tenho a guarda das crianças. Jimin transferiu a guarda provisória para mim. Como moramos longe e Jimin não se importa em manter contato, eles não vieram atrás. — Explicou Minho.

Han detestava recordar isso. Sabia que, se os avós decidissem contestar a guarda das crianças, alegando que os tutores eram más influências, vivendo numa sociedade homofóbica, poderiam perdê-las para sempre. Isso o magoava, odiava ser o mais emotivo na relação.

— Jimin sempre foi um covarde. Continua fugindo dos pais, nunca terá coragem de encará-los — Disparou Jae, com um sorriso de desdém.

— Aproveitando que falamos do passado, Jae, por que brigou com a Mina? — Minho foi direto ao ponto que o levou a convidar aquela mulher para visitá-los.

Jae esvaziou a taça e pediu mais, sendo atendida por Minho. Tomou mais um gole e declarou:

— Para um vinho barato, esse é surpreendentemente bom. Brigamos por causa do Jimin. Com todo respeito, Minho, sua irmã foi tola. Sabia que ela se casou ciente da homossexualidade do Jimin?

— Mentira! Sério? — Han ficou chocado com a revelação, e Jae assentiu.

— Sim, quando descobri, fiquei furiosa com a tolice dela. Um dia, em meio a um momento agitado, discutimos e o assunto do Jimin veio à tona. — Ela tomou mais um gole, misturando o conteúdo da taça.

Minho ficou surpreso. Sempre desconfiou do cunhado, mas só teve certeza quando ouviu de sua boca. Talvez isso explicasse por que o divórcio foi tranquilo; Mina já sabia.

— Mina tinha um namorado? Ela chegou a mencionar algo para você? — Minho continuou, decidindo deixar aquela revelação para uma conversa posterior com Han.

— Até onde sei, não. Ela estava focada em cuidar dos filhos e em não perdê-los para o idiota do Jimin. Por que todas essas perguntas? — Jae olhou curiosa para Minho, que nem tocou em sua taça.

— Tem a ver com a reabertura do caso? — Han questionou o namorado, surpreendendo Jae.

— Reabriram o caso? Meu Deus. — Disse ela, chocada.

— Encontraram evidências que sugerem que a morte de Mina não foi um suicídio, mas sim um homicídio... — Respondeu Minho, observando sua taça para não ter que encarar os dois.

Han ficou atônito com a informação. Em sua mente, a reabertura do caso era apenas para esclarecimento, pois sabia, pela televisão, que todo o departamento de polícia estava passando por reformulações, revisando vários casos para obter mais clareza dos fatos. Jamais imaginou que alguém pudesse ter feito algo assim com a Mina.

— Eu sabia! Minha amiga não se mataria! — Disse Jae, satisfeita, pois sempre considerou absurda a ideia do suicídio.

— Mas ainda estão investigando. Não confirmaram que foi homicídio. — Minho se apressou em dizer, ainda abatido.

— Amor... Sinto muito. — Han segurou a mão do namorado.

Passaram a tarde ali, desfrutando de vinho e conversas. As gêmeas tentaram se juntar aos adultos, mas Sunmin percebeu que estavam discutindo assuntos sérios, então permaneceu na sala para cuidar delas.

Ao chegar no apartamento, Jimin sorriu ao ver os filhos na sala. Sunmin levantou-se e abraçou o pai calorosamente. As gêmeas, ainda tímidas, seguiram o irmão. Jimin ouviu risadas vindas da cozinha e andou naquela direção, encontrando os três adultos. Jae lançou um olhar debochado para Jimin, Han mexeu a cabeça e Minho sorriu.

— Jae veio rever as crianças e estamos batendo um papo. — Minho explicou, pois sabia que os dois não se bicavam.

— É bom ter visitas agradáveis em casa, sabe. — comentou Han, sem evitar sua habitual acidez.

Jae riu baixo e deu um tapa no ombro de Han antes de se levantar.

— Seu bobo. É melhor eu ir embora. Já tomamos todo o vinho e ainda tenho coisas para fazer.

— Não precisa ir embora por minha causa, Jae. — Disse Jimin, devolvendo o deboche com o olhar e supondo que passaram a tarde falando mal dele.

— Nem tudo é apenas sobre você, Jimin. — Ela o encarou nos olhos, seguido por alguns segundos de silêncio. — Vou nessa, rapazes. Foi ótimo. Podemos marcar novamente qualquer dia desses.

— Eu te levo até a porta. — Minho se ofereceu, levantando-se para acompanhá-la.

Jimin aproximou do balcão, observando as taças de vinho vazias, e não pôde conter a pergunta:

— Vocês estavam bebendo enquanto as crianças ficaram lá na sala?

Han olhou para ele, visivelmente incrédulo.

— Você quer mesmo falar de irresponsabilidade comigo? Sério?

— Sei que não simpatiza comigo, Han, e imagino que tenha se juntado ao veneno da Jae Kyung. — Jimin retrucou, olhando para Han de forma desafiadora.

Han riu e terminou sua taça de vinho. Pensando em como Jimin era um otário completo:

— Se eu quiser falar mal de você, farei na sua frente. Afinal, você já sabe o que penso a seu respeito.

Os dois trocaram farpas com os olhares e Jimin afastou-se, indo para o outro lado da cozinha. Era inacreditável para ele que Han não tivesse um pingo de respeito. Ele reconhecia suas falhas como pai, mas isso não justificava a atitude debochada de Han em todas as oportunidades. Ninguém o forçou a abandonar o emprego para cuidar das crianças; ele o fez por vontade própria.

— Quer saber, Jimin? Vou gostar mais de você se levar as crianças para passear e me dar um tempo a sós com meu namorado. Pode fazer isso ou é difícil? — Han perguntou, sem nem tentar esconder suas intenções.

Já fazia um tempo desde que não ficava a sós com Minho e, talvez, o vinho o tenha deixado mais impulsivo do que o habitual. Jimin observou o homem à frente e, apesar de não gostar dele, sentiu que lhe devia isso. Talvez um pouco de sexo ia acabar com esse mau humor que Han tinha. Assentiu e foi dar as boas notícias para as crianças: iriam sair para ver as luzes de Natal.

Han auxiliou as gêmeas a trocarem de roupa. Elas optaram por dois vestidos idênticos, porém de cores distintas, um reflexo de como eram tão similares e ao mesmo tempo tão diferentes. Han também as agasalhou com casacos felpudos, preocupado com as baixas temperaturas. Em seguida, arrumou um rabo de cavalo nas duas, adornando com um lacinho na cabeça, e completou o visual com as sapatilhas que comprara para elas, nem fazia questão de esconder o quanto era um babão pelas pequenas.

Sunmin adotou uma abordagem mais prática, vestindo calça moletom, tênis, uma blusa de anime, gorro e um casaco quente. Jimin também se vestiu de maneira apropriada para enfrentar o frio, enquanto aguardava na sala até que as crianças estivessem prontas. Minho ficou surpreso quando Jimin mencionou que sairia com as crianças, deixando-os sozinhos por um tempo. De certa forma, ele se sentiu desconfortável e tinha quase certeza de que Han havia dito algo a respeito.

Após todos estarem prontos, Minho emprestou as chaves do carro para Jimin, pois as cadeirinhas das gêmeas estavam instaladas lá, permitindo que pai e filhos partissem. Enquanto observava a porta, Minho viu Han apoiado no batente da cozinha.

— Han, mais vinho? — Perguntou Minho quando este se virou para olhá-lo.

— Por favor. — Han sorriu de lado.

Os dois se dirigiram à cozinha, onde Han pegou outra garrafa de vinho. Minho organizou as taças no balcão e, depois de abrir o vinho, serviram-se.

Ali, começaram a conversar, desfrutando da companhia um do outro, como nos velhos tempos. Han sempre soubera que acabaria morando com Minho, pois ele representava tudo o que buscava em alguém: atencioso, preocupado com seus interesses e tinham gostos muito parecidos. Além disso, Minho era a pessoa mais bela aos olhos de Han. Minho foi seu "Crush" no colégio e quando se beijaram pela primeira vez, se sentiu realizado. Foi por isso que desistiu da banda para construir algo sólido, e mesmo tendo conseguido um bom emprego, desistiu dele para apoiar o Minho com os sobrinhos. Sua linguagem de amor é sempre se doar para um bem maior.

Quando o vinho acabou, os dois já não estavam tão sóbrios e se entregaram a um amasso, seus lábios se encontrando com urgência, línguas travando uma verdadeira batalha em suas bocas. Han apertou Minho pela bunda, buscando aproximá-lo ainda mais, o que fez Minho sorrir maliciosamente entre os beijos. Ele deslizou os lábios pela pele de Han até alcançar o ouvido e sussurrou:

— Que tal se a gente foder lá no quarto?

Han estremeceu, respondendo:

— Essa foi a melhor ideia que você teve hoje.

Minho puxou o namorado em direção ao quarto, onde começou a despir Han, mordiscando suavemente seu peito, enquanto este suspirava a cada toque. Talvez fosse isso que precisavam, um momento só deles, onde pudessem se amar, sem se preocupar com as crianças entrando no quarto e os ouvindo.

Han ajudou Minho a se livrar das roupas e contemplou o corpo nu de seu amado. Ele levou a mão ao membro ereto de Minho, que gemeu baixinho ao sentir o toque, tremendo. Han se ajoelhou gradualmente, levando o membro à boca, fazendo com que seu namorado jogasse a cabeça para trás, absorto em todo aquele prazer do momento.

A partir desse ponto, as coisas esquentaram ainda mais, culminando com os dois na cama, corpos suados e entrelaçados, enquanto Minho deixava seu líquido jorrar na pele de Han, que já tinha alcançando seu clímax e recuperava o fôlego. Os dois se olharam e sorriram, Han virou-se para seu amado e o beijou apaixonadamente, enquanto Minho correspondia, envolvendo os dedos nos cabelos de Han, em um beijo ofegante, já que transaram até cansarem:

— Precisamos passar mais tempo a sós... — Han murmurou baixinho, enquanto lutava contra o ar.

— Eu te amo. Eu te amo muito, Han Jisung.

Han acariciou o rosto de seu namorido e sorriu:

— Eu também te amo, Lee Minho.

Continuaram trocando beijos e carícias até receberem uma mensagem de Jimin, informando que estava voltando para casa com as crianças, inteligente, pois poderiam chegar e ouvir o que não deveriam. Eles se levantaram e foram tomar banho juntos, onde Minho aproveitou para provocar Han um pouco mais, mas se apressaram em terminar logo. O momento quente que tiveram foi suficiente para acalmar os intensos sentimentos que estavam experimentando.

Han foi até o closet, tirou seu pijama e o vestiu. Em seguida, caminhou até um armário no quarto para pegar suas pantufas, quando sem querer, chutou um dos presentes que Minho havia trazido mais cedo:

— Ai, porra! — Ele xingou e esfregou o dedinho do pé.

— O que houve, amor? — Minho saiu do banheiro, apenas com a toalha enrolada na cintura, e observou o namorado com preocupação.

— Bati o dedo nessa caixa enorme. — Han olhou para os pacotes e não pôde evitar sentir um pouco de ciúmes. Gostaria de poder dar presentes tão caros para as crianças. Por mais que ele pudesse dar todo amor e atenção a elas, Jimin tinha dinheiro e podia lhes dar tudo. — O que ele comprou afinal?

— Ah, uma casa da Barbie e duas bonecas para as gêmeas, e um PlayStation 5 para o Sunmin. — Minho disse, vestindo uma cueca limpa.

Han não pôde deixar de rir ao observar as caixas perfeitamente embrulhadas no quarto. Minho o encarou como se ele tivesse enlouquecido e perguntou:

— O que foi?

— Nada, ele gasta muito dinheiro para ser um bom pai, não é? — Han comentou.

— Han... Se ele tem dinheiro para gastar com os filhos, isso é ótimo. Eu sei que te incomoda, mas deixe isso para lá. — Minho terminou de vestir suas roupas e passou a mão em seus cabelos molhados, ajeitando-os.

— Bem, pelo menos o Sunmin pode ficar feliz que quando o pai retornar, talvez já tenha sido lançado o Playstation 7. — Han riu baixinho, mas Minho não gostou nada da piada.

— Han, para com isso! O Sunmin idolatra aquele homem.

— Um idiota, Minho. Ele idolatra um idiota! Enquanto ele fica bajulando um cara que só se importa com dinheiro, me trata muito mal quando estou tentando cuidar dele. Faltou me mandar ir para o inferno hoje cedo, e tudo isso por causa de um desenho!

— Han, pela milésima vez, você precisa parar de brigar com ele! É apenas uma criança!

— Uma criança mimada por causa de vocês! Ele precisa me respeitar, isso é o mínimo, mas ele não consegue fazer isso e você não faz nada! — Han disse, apontando o indicador para Minho com a voz um pouco alterada. Ficou com raiva da situação, esquecendo-se de que até alguns instantes atrás, compartilharam um momento íntimo.

— Eu já falei com ele, mas é um processo e você não está facilitando! — Minho devolveu a rispidez na voz e encarou Han. É tão difícil ele entender que o Sunmin é uma criança traumatizada?

— Será que falou mesmo? Ou apenas passou a mão na cabeça dele como sempre? Eu estou me esforçando aqui para cuidar dele e das gêmeas, e não preciso ser maltratado por uma criança! Estou tentando fazer o que é certo por eles, mas com você defendendo aquele homem em toda oportunidade fica difícil!

— Han, você não é o pai deles! Para com esse discurso, porque se o Jimin se cansar de você, ele leva as crianças embora e então acabou!

Han ficou chocado com as palavras de Minho. Ele sabia disso, mas ouvi-las era pior, e seu coração apertou ao imaginar Sunmin e as gêmeas partindo. Ele olhou para o namorado, buscando apoio em seus sentimentos, mas encontrou um olhar irritado.

— O que foi que você disse? — Ele perguntou amargamente.

— Que você não é o pai das crianças e está agindo como um idiota com o pai de verdade.

Han riu, nervoso, e balançou a cabeça em negação:

— Ser um pai de verdade vai além do sangue... Vai além de comprar um videogame novo ou uma casa de boneca maior que as meninas que vão brincar com ela. Ser pai envolve muito mais amor e cuidado do que dinheiro... E você tem coragem de dizer na minha cara que eu não sou o pai deles?

— Han, você sabe que não era isso que eu queria dizer...

— Não, Minho, eu entendi muito bem. Desculpe se eu estava tentando suprir o papel que o pai negligenciou aos seus sobrinhos...

Han dirigiu-se ao closet e pegou um de seus casacos. Minho foi atrás, sentindo o peso das palavras que proferiu. Só queria se desculpar com Han, mas no momento em que tocou seus ombros, Han se virou e, pela primeira vez, gritou em meio à discussão:

— TIRE AS SUAS MÃOS DE MIM!

— Han... Me desculpe, amor, eu falei impulsivamente.

Han vestiu o casaco e caminhou em direção à saída. Minho tentou impedir, mas Han desviou-se dele e conseguiu alcançar a porta.

— Han... Hannie, o que você está fazendo? Está frio lá fora, não vá. — Minho o alcançou e segurou seu pulso, sentindo desespero ao ver que Han ia sair de casa. — Eu te amo, Han, me desculpa, vamos conversar e resolver isso.

— Você já disse isso em todas as nossas brigas. Eu preciso... caminhar e pensar um pouco.

Dizendo isso, Han abriu a porta e saiu, deixando Minho para trás. A cada passo que dava, sentia uma agulha perfurando seu coração. Lágrimas escorriam de seus olhos e ele decidiu descer as escadas até a entrada do prédio, permitindo que sua mente refletisse sobre o que faria a seguir. Ele só queria se afastar e pensar sobre tudo o que deu errado desde que assumiu a responsabilidade de cuidar das crianças com Minho. Ele as amava. Para ele, eram como filhos que a vida lhe presenteou. Por que Minho continuava defendendo Jimin?

Mas dessa casa eu só vou levar, meu violão e o nosso cachorro!

Jijico foi-se embora, andando pelo frio da noite sozinho e de cabeça cheia. Esse drama familiar está cada vez mais complicado.

Deixarei uma fotinha aqui sobre quem é a Jae Kyung

Toda vez que eu olho pra ela, eu só fico pensando em como Deus tem seus favoritos mesmo.

É isso pesseguinhos, obrigada por estarem acompanhando a história e não deixem de votar e comentar o que estão achando. ❤️

Long kiss, and goodbye 💋

5835k de palavras 👍🏾

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro