Capítulo 12: Paixão à Sombra do Dossel
Anne estava sentada em seu quarto, um espaço simples e acolhedor que refletia sua personalidade delicada. As paredes eram pintadas em um suave tom de rosa pálido, enquanto cortinas de renda adornavam as janelas, filtrando a luz do sol da tarde. Mobílias de madeira escura acrescentavam um toque de elegância discreta ao ambiente.
Ela olhava para fora da janela, observando as folhas das árvores balançando suavemente ao vento. Seu coração batia com um ritmo irregular, uma confusão de emoções a envolvendo. Seus pensamentos estavam completamente tomados por Eleanor, a jovem cuja presença a fazia sentir uma gama de sentimentos que eram novos e assustadoramente emocionantes.
O rosto de Eleanor pairava em sua mente, os olhos azuis profundos e misteriosos que pareciam conter um mundo de segredos. Anne não podia negar o que estava começando a sentir por ela. Era como se uma chama tímida estivesse crescendo dentro de seu peito, uma chama que ela não sabia bem como controlar.
Ela pensou sobre como se sentia sempre que estava perto de Eleanor, a maneira como seu coração acelerava, as borboletas que dançavam em seu estômago. Ela não conseguia mais ignorar a verdade: estava se apaixonando.
Com um suspiro, ela decidiu que era hora de compartilhar seus sentimentos com alguém, alguém em quem confiava profundamente. Seu irmão mais velho, Edward, era o único a quem ela poderia confiar essa revelação. Ela se levantou da cadeira e saiu do quarto em direção à sala onde ele estava.
Edward estava sentado em uma poltrona, lendo um livro. Ele olhou para cima quando Anne entrou na sala, um sorriso acolhedor nos lábios.
— Anne, o que a traz aqui? — ele perguntou, fechando o livro e indicando o sofá ao lado.
Anne se sentou com uma expressão pensativa, olhando para suas mãos entrelaçadas.
— Edward, há algo que eu preciso te contar. É algo que tem estado em meu coração por um tempo, e eu sinto que não posso mais guardar só para mim.
Edward a observou com atenção, seu semblante sério, mas carinhoso.
— Você pode me contar qualquer coisa, Anne. Estou aqui para ouvir.
Anne engoliu em seco, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação.
— Eu... eu estou apaixonada, Edward. Mas é algo complicado, algo que eu não sei bem como lidar.
Edward assentiu compreensivamente, aguardando que ela continuasse.
— Eu tenho sentimentos por alguém que é... muito especial para mim. Ela é incrível e me faz sentir coisas que eu nunca senti antes. Mas, Edward, não sei como ela vai reagir quando eu contar a verdade.
Edward arqueou a sobrancelha, curioso.
— Quem é essa pessoa, Anne? Você pode me contar?
Anne olhou para ele, lutando para manter a compostura.
— É um homem, Edward. Eu... eu estou apaixonada por um homem. E eu não sei se ele sente o mesmo por mim.
Edward pareceu surpreso, mas depois sorriu gentilmente, colocando a mão no ombro dela.
— Anne, se você sente algo tão forte por ele, você deve conversar com ele. Apenas seja sincera e abra o seu coração. E lembre-se, eu sempre estarei aqui para te apoiar, não importa o que aconteça.
Anne assentiu com gratidão, sentindo um peso sendo tirado de seus ombros. Ela tinha dado um passo importante ao compartilhar seus sentimentos com seu irmão, mesmo que as circunstâncias fossem diferentes do que ela havia dito.
Enquanto Anne tentava encontrar coragem para se abrir sobre seus verdadeiros sentimentos por Eleanor, seu coração continuava a bater mais forte toda vez que pensava nela. O amor era uma jornada complicada, mas Anne estava disposta a enfrentar todas as incertezas que viessem com ele.
Anne finalmente reuniu coragem para ter a conversa que tanto ansiava. Ela e Eleanor estavam em um jardim tranquilo, longe dos olhares curiosos. O coração de Anne batia forte, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto ela olhava nos olhos azuis profundos de Eleanor.
— Eleanor, há algo que eu preciso te dizer. — Anne começou, sua voz um sussurro cheio de emoção.
Eleanor a observava atentamente, com uma expressão que oscilava entre o interesse genuíno e a cautela.
— Anne, o que está acontecendo? Você parece nervosa.
Anne engoliu em seco, sentindo um turbilhão de emoções dentro de si.
— Eu... eu não sei bem como dizer isso, mas... Eleanor, eu estou apaixonada. Apaixonada por você.
Um momento de silêncio pairou no ar, o coração de Anne parecendo quase audível em meio à quietude. Eleanor a olhava intensamente, seus olhos azuis parecendo sondar os confins da alma de Anne.
Então, um sorriso apareceu nos lábios de Eleanor, um sorriso que parecia sincero e caloroso.
— Anne, eu também estou apaixonada. Por você.
O coração de Anne deu um salto de alegria, a surpresa e a felicidade inundando suas emoções. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Eleanor, a bela e enigmática Eleanor, sentia o mesmo por ela.
Mas enquanto Anne estava absorvendo essa revelação com uma mistura de êxtase e choque, uma dúvida sutil passou pela mente de Eleanor. Ela se perguntou se aquilo era verdade. Será que ela estava realmente apaixonada por Anne, ou estava apenas jogando um jogo para mantê-la por perto?
Eleanor tinha se acostumado a manipular e controlar as situações, a usar as pessoas para satisfazer seus desejos. Mas ali, naquele momento, ela sentiu um vislumbre de algo que não conseguia compreender completamente. Um sentimento genuíno que parecia querer emergir, mas que estava enterrado sob camadas de autoindulgência e narcisismo.
Enquanto Anne sorria com os olhos brilhantes de felicidade, Eleanor tentava entender suas próprias emoções. Era difícil para ela distinguir entre suas manipulações habituais e a possibilidade real de sentir algo tão genuíno quanto o amor.
E assim, enquanto Anne acreditava que suas palavras tinham sido recebidas com sinceridade, uma nuvem de incerteza pairava sobre Eleanor. Uma dúvida que a faria questionar suas próprias ações e sentimentos nas horas silenciosas da noite.
As sombras da noite envolviam o quarto, criando um ambiente de intimidade e segredo. Anne estava ali, na mesma cama onde Eleanor havia compartilhado momentos íntimos com outros, sem saber. Seu coração batia acelerado, uma mistura de excitação e nervosismo a dominava.
Eleanor estava deitada ao seu lado, seu olhar fixo no teto, como se contemplasse pensamentos profundos. Anne observava os traços do rosto de Eleanor, a curva de seus lábios, a forma como a luz das estrelas dançava em seus cabelos dourados.
— Eleanor... — Anne começou, sua voz um sussurro suave.
Eleanor desviou o olhar para ela, um brilho misterioso em seus olhos azuis.
— Anne, você realmente acredita em nosso amor? — Eleanor perguntou, com um tom que misturava questionamento e desafio.
Anne olhou para ela com determinação, seus olhos expressando a sinceridade de seus sentimentos.
— Eu acredito, Eleanor. Eu acredito em nós.
Eleanor sorriu, uma mistura de satisfação e algo indefinível em seus lábios. Ela estendeu a mão e acariciou a bochecha de Anne com delicadeza.
— Então, prove-me. Prove-me que você é verdadeira em suas palavras.
Anne sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia o que Eleanor queria, o que estava pedindo. Era um passo que ela estava disposta a dar, mas ao mesmo tempo, sentia um nó de ansiedade em seu estômago.
Eleanor se inclinou, seus lábios roçando os de Anne em um beijo suave. Anne fechou os olhos, permitindo-se mergulhar na sensação, na conexão que estava sendo compartilhada entre elas.
O beijo se aprofundou, tornando-se mais intenso e apaixonado. Eleanor explorava os lábios de Anne com uma mistura de carinho e urgência, como se quisesse memorizar cada sensação.
Então, com um movimento lento e cuidadoso, Eleanor deslizou as mãos pelos ombros de Anne, guiando-as gentilmente para baixo, até que estivessem entrelaçadas. Anne sentiu seu coração acelerar ainda mais, suas mãos tremendo ligeiramente pelo nervosismo.
Eleanor a observou atentamente, sua expressão combinando um desejo ardente com um brilho malicioso. Anne sentiu-se vulnerável, mas ao mesmo tempo, confiante na decisão que havia tomado.
As mãos de Eleanor começaram a desfazer os laços dos vestidos, um a um, até que os tecidos caíram no chão, revelando a pele suave e pálida de Anne. Ela permitiu que Eleanor explorasse cada centímetro de seu corpo, sentindo-se exposta de uma maneira que nunca havia experimentado antes.
Eleanor se aproximou, seus lábios encontrando os de Anne mais uma vez, enquanto suas mãos continuavam a traçar um caminho de carícias e descobertas. Anne se entregou àquele momento, ao toque de Eleanor, à paixão que queimava entre elas.
Enquanto seus corpos se entrelaçavam, Anne sentia uma mistura de emoções: desejo, amor, medo e uma sensação inebriante de conexão com Eleanor. Ela estava provando seu amor da maneira que Eleanor havia pedido, entregando-se a ela de corpo e alma.
Mas em meio a essa entrega, uma dúvida sutil passou pela mente de Anne, uma sombra de incerteza sobre as verdadeiras intenções de Eleanor. No calor do momento, porém, ela escolheu ignorar esses pensamentos, afundando-se ainda mais nas sensações e na paixão que as consumiam naquela noite.
O quarto de Eleanor era um santuário de opulência e exuberância. Grandes cortinas de veludo vermelho adornavam as janelas altas, permitindo apenas a entrada de uma tênue luz da lua. O ambiente estava repleto de móveis esculpidos com detalhes intrincados, um testemunho da riqueza e do gosto refinado da jovem.
A peça central era a cama, uma imponente estrutura de madeira escura com dossel, coberta por lençóis de seda. As colunas que sustentavam o dossel eram ricamente decoradas, uma verdadeira obra de arte. A cama parecia um refúgio para os prazeres da carne e da luxúria, onde Eleanor tinha compartilhado momentos íntimos com inúmeras almas.
Naquela noite, as duas mulheres estavam deitadas lado a lado, seus corpos entrelaçados como se estivessem buscando conforto e proximidade após o fervor da paixão. Anne repousava com uma expressão serena no rosto, seu cabelo negro espalhado sobre o travesseiro. Ela havia adormecido, exausta pelas emoções intensas e pela entrega que havia experimentado.
Eleanor, por outro lado, permanecia acordada, seus olhos azuis fixos no teto do quarto. A tranquilidade pós-sexo não a alcançava da mesma maneira que alcançava Anne. Seus pensamentos eram tumultuados, um turbilhão de sensações contraditórias.
Enquanto observava Anne dormindo, Eleanor se sentiu dividida. Por um lado, ela sentia uma conexão genuína com a jovem, uma atração que ia além do físico. Por outro lado, ela não conseguia se livrar da sombra de sua própria natureza egoísta e manipuladora.
O quarto que as envolvia era um reflexo de Eleanor: grandioso, mas cheio de segredos e nuances. Tapetes persas adornavam o chão de madeira polida, e as paredes eram decoradas com quadros de pinturas clássicas e tapeçarias elaboradas. Uma lareira imponente se destacava em uma das paredes, rodeada por poltronas ornamentadas.
Enquanto Eleanor observava Anne, ela se viu dividida entre seus próprios desejos e anseios. Ela ansiava por algo mais, algo que fosse além do prazer físico. Mas seus instintos autoindulgentes a mantinham presa em um ciclo de busca incessante por satisfação pessoal.
E assim, naquele quarto cheio de luxo e beleza, Eleanor enfrentava uma batalha interna. Enquanto a lua brilhava lá fora, ela lutava para entender a complexidade de suas próprias emoções e a verdade por trás das relações que ela havia construído.
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