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Capítulo 31

Abro a geladeira em busca de nada com álcool, mas, como se era o esperado, não encontro, só vejo litros de cachaça, vodka, cerveja e algumas misturas em garrafas pets que tenho medo de experimentar. Escuto alguém atrás de mim e viro-me apressada, quase batendo de frente com a pessoa. Vejo que é um menino e, olhando seu rosto atentamente, o reconheço.

É Miles.

Meus coração simplesmente congela e sinto-me banhada por um balde de água fria. Entretanto, como um relampejo que se esgueira pela minha mente, lembro-me que Abigail apagou a memória de todos meus antigos conhecidos. Então ele nem deve me conhecer.

- Quer? - ele me oferece uma latinha de refrigerante como se estivesse lendo minha mente e lança-me aquele seu sorriso arrasador de coração que faria qualquer garota rastejar.

É estranho vê-lo, meu antigo eu era caidinha por ele e se visse esse sorriso era capaz de desmaiar, mas hoje simplesmente não sinto mais nada.

- Não valeu! - minto, na verdade queria muito, mas só de ficar perto de Miles me causa uma estranheza, então deixar isso de lado e sobreviverei apenas com água.

Me afasto da geladeira e tento ir em direção a sala, mas sou parada pelo corpo de Miles que se voltou a minha frente, fazendo nossos corpos colidirem.

- Com licença?! - peço.

- Só se você aceitar! - ele me indica o refri

Era só o que me faltava.

- Eu já disse "Não, obrigada"! - olho impaciente para ele - O que você quer?

- Sei lá puxar assunto, você é bem bonita.

- Eu tenho namorado.

- Eu não sou ciumento - Miles me lança um sorriso de canto, que soa ligeiramente malicioso.

Começo a empurra-lo, porém ele ainda é mais forte que eu e consequentemente não se move um músculo. Quero jogá-lo longe com magia, mas isso ia chamar atenção de todos que estão aqui presente, então apenas o encaro raivosa.

- Vamos é só um gole o que vai custar. - diz ele

- Se eu beber você me deixará em paz?

Ele faz que sim com a cabeça.

Pego a latinha em suas mãos e levo ela a minha boca, mas não bebo, apenas finjo e depois entrego para ele.

Miles abre passagem e eu saio dali.

Porém, antes mesmo de por o pé na sala sinto algo em minha boca. Meu mundo parecia girar e minhas pernas começam a ficar bambas. Mal consigo ficar de pé.

Chego à conclusão que não tinha algo na bebida e sim na borda dela.

"Mas porque? Por que Miles faria alguma coisa dessas?!"

Sinto uma mão me segurando e me deparo diretamente com Miles e seu sorriso presunçoso. Tento me desvincular de seus braços, mas meu corpo todo está mole sem um pingo de controle.

Olho diretamente para sua íris e vejo algo estranho. Seus olhos estão totalmente brancos, como se existisse névoa dentro de suas pupilas. Ele deve está enfeitiçado. Sinto meus olhos começando a ceder para o cansaço e um Miles acabou se tornando dois, três até que apago de vez.

***

-Carly - escuto um grito em minha mente, que faz eu despertar. A voz parece com a de Tate, mas estava distante, como se ele estivesse literalmente em minha cabeça.

Abro os olhos lentamente, estou me mexendo, na verdade sendo arrastada, meu braço está por cima do ombro de Miles que está com o braço esquerdo ao redor da minha cintura, estamos descendo uma rua. Noto que não estamos no instituto, mas sinto que estamos perto, já que consigo escutar a música que vem da nossa festa.

- Carly aonde você está?- Tate fala em minha mente, desesperado

Eu estou ficando louca, completamente louca, como Tate poderia estar em minha mente. Eu sempre achei que tivéssemos uma ligação mas era só uma forma de sentir, não literalmente.

Acho que por ser minha única esperança, decido respondê-lo. Ser for um deliro, pelo menos terei o conforto de que tentei de tudo. Miles deve está sendo controlado por George, ele vai me entregar a ele. Tudo parecia girar em minha mente, não conseguiu focar nas ruas e nem nos postes. O mundo era apenas um grande e bagunçado borrão. Isso me deixa angustiada.

- Estou sendo levada!! - disse, em minha mente e, automaticamente, em voz alta.

Repreendo-me pelas palavras que escaparam da minha boca.

Miles me olha estranho, ele percebe que eu estou acordada, mas agora sinto que eu posso fazer um feitiço. Estou começando a sentir meus músculos novamente como aquele tipo de formigamento que sentimos depois que passa a dormência.

Isso é um bom sinal.

Consigo lança-lo para longe de mim que cai no chão com força, a mais ou menos um metrô de distância. Viro-me em direção à casa e começo a correr, porém ainda consigo sentir um pouco dos efeitos da droga que me deram.

Minhas pernas acabam pesando me fazendo perder o controle e consequentemente vou de cara no chão. Grito com força, tentando chamar ajuda, mas sou parada por Miles, que coloca um pano em meu nariz, com um cheiro muito forte

Aos poucos sinto a minha força se esvaindo de mim. Lagrimas saem de meus olhos por saber o que irá acontecer comigo. Ele me vira e dou de cara com o céu.

- Adeus Tate! - sussurro olhando as estrelas.

Apago novamente.

***

Antes de abrir os olhos sinto que minha cabeça está pesada, o que dificulta minha visão. Depois de alguns segundos focalizando eu me deparo com as estrelas novamente, fazendo uma calmaria se instalar em meu peito. Estou deitada na grama, sem saber muito bem o que aconteceu. Até que escuto algo parecido quando quebramos uma melancia. Como se algo realmente duro estivesse se partindo. Olho -ainda deitada na grama - em direção ao barulho e me deparo com Tate encima de alguém, ou o que restará desse alguém.

Vejo que ele está com uma pedra grande em sua mão e batia descontroladamente na cabeça da pessoa deitada. Só conseguia ouvir os xingamentos que Tate grita com fúria. Aquilo me assusta por alguns segundos. Levanto-me depressa e vou até ele mesmo com tudo parecendo se mover em câmera lenta. Quando chego perto meus pés fraquejam. É o corpo de Miles, morto debaixo de Tate.

Sua cabeça nem podia ser chamada de cabeça, está completamente esmagada, com um buraco enorme em sua face, seu cérebro está exposto e tinha sangue ao redor, vejo gotas de sangue na cara de Tate e por um leve momento sinto uma forte dor em meu peito e em meu estômago parecido como se tivesse levado um soco.

O demônio o controlava, consigo ver seus olhos pretos. Sinto o cheiro de sangue invadir meu nariz com força e sinto-me enjoada com toda essa cena. Preciso fazer isso parar, pois sei que Tate não é assim, quando ele ver o que acabara de ocorrer, ele iria ficar horrorizado. Eu não saberia o que iria se passar em sua mente e meu maior medo se fez presente; Talvez eu não pudesse ajudá-lo.

- Pare Tate - grito com toda força que me restara.

Ele levanta o rosto para mim com raiva e quando seus olhos se encontram com os meus, percebo que os dele já se normalizaram.

Tate olha para mim espantado, larga a pedra que rola até ficar ao meu lado. Ele se levanta e fica completamente paralisado, franzindo o cenho, percebo a confusão estampada no seu rosto. Tenho a sensação que meu choro está prestes a chegar, mas não permito, tenho que me livrar de tudo isso aqui e ajuda-lo. Ele não está em condições de ajudar a si próprio.

Tate está parado olhando o corpo fixamente, sem nenhuma expressão em seus olhos.

Olho o corpo despedaçado no chão e faço o que tenho que fazer. O corpo de Miles começa a pegar fogo, fazendo assim que digitais minha e de Tate desapareçam junto com aquele corpo imóvel. Seguro a pedra que Tate utilizou e a quebro em pedaços. Pego ele pelo braço e corremos em direção ao instituto. A festa ainda está rolando, nem sei que horas já são, mais sei que é tarde. Decido que é melhor entramos por trás e subimos a escada depressa. As pessoas não notaram a gente, está escuro e barulhento e boa parte estão bêbados. Entro no quarto de Tate, trancando a porta ao passar, e vamos em direção ao banheiro. Retiro sua camisa preta, que está manchada de sangue e com terra.

Ele ainda não falou nada desde o que aconteceu, só fica com um olhar inexpressivo que parecem não focar em nada, nem mesmo em mim que está a sua frente. Tiro a roupa de Tate completamente e ligo o chuveiro com água quente e deixo ele dentro do box, mas o mesmo só fica parado olhando a água cair.

Daria tudo para saber o que se passa em sua mente.

Vou até o espelho e me encaro, meus cabelos, antes devidamente arrumados, estavam com aspecto sujo, via lama por algumas partes do meu corpo e algumas que misturavam com a cor do meu vestido. Sinto uma sensação de derrota por dentro de mim, meu corpo está prestes a se entregar ao cansaço. Então eu mesma começo tirar a minha roupa, devagar devido às dores que sentia pelo meu corpo. Não sei se é algum efeito passageiro da droga, mas eu só sabia que estava doendo muito.

Abro o zíper do meu vestido e deslizo por entre minha pernas. Quando estou completamente nua, empurro Tate para dentro da água morna e fecho o box do banheiro e ficamos lá um de frente para o outro, sem dizer uma palavra. Por incrível que pareça eu não sentia, em nenhum momento vergonha por estar totalmente à mostra para Tate, não sei porque e nem entendia muito, mas esse ato parecia tão familiar, tão natural.

Observo a água que caia em Tate, molhando-o e fazendo seus - quase -cachos loiros caírem perfeitamente sobre seu belíssimo rosto. Noto que suas bochechas estão sujas com algumas gotas de sangue que já havia secado. Pego o sabonete e enxáguo as mãos, formando espuma. Toco delicadamente seu rosto, e o mesmo fecha os olhos, demonstrando certo alívio com meu toque. Sinto o pavor de Tate se desfazendo sobre meus dedos, enquanto retiro aquele sangue.

Ele ainda mantém seus olhos fechados e eu continuo retirando toda lembrança de algo terrível que ele fizera. Pode até ser infantil, mas eu acreditava, que se retirasse esse sangue de seu rosto, nos poderíamos esquecer de tudo que aconteceu, mas a vida não funciona assim, o que aconteceu hoje ficaria marcados em nossa vida.

Para sempre.

Passo o sabonete novamente em minhas mãos e começo a retirar o sangue que se fazia presente em seus braços. Noto como seus músculos estão tensos, por isso vou a direção ao braço que limpei e pouso meus lábios ali sentindo sua pele quente em minha boca.

"Ah Deus, como isso tudo foi ocorrer com a gente?"

- Por favor Tate, fale comigo. - sussurro enquanto beijo seu braço e vou subindo até seu ombro, fazendo uma trilha de beijos - Volte para mim Tate!

Eu e ele ficamos de baixo d'água enquanto eu beijo sua bochecha, queixo, nariz, testa, lábios. Na esperança que ele respondesse ao meu contato físico. Meu coração começara a encolher ao seu silêncio e ao seu olhar inexpressivo. Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto com força, mas logo se mistura com a água que caia do chuveiro.

Eu sei que tudo isso é culpa minha, sempre carrego problemas comigo. De repente, começo a sentir um aperto no meu coração e desejo que Tate demonstrasse algo, quero que ele despertasse algum tipo de emoção, eu quero ter meu velho Tate de volta, aquele Tate que me lança sorrisos, que faz brincadeiras, joga piadas, que com um simples toque pudesse fazer tudo ao meu redor desaparecer.

- Por favor volta para mim! - suplico entre seus lábios.

Como um raio no meio à tempestade - de repente e inesperado - sinto os braços de Tate ao redor de mim. Esse seu simples toque faz surgir um sorriso espontâneo entre minhas lágrimas. Ele me aperta com força, mas sem me machucar. Parece que está se sustentando somente em mim.

Ele pousa a bochecha no meu ombro e sinto seu choro em meu pescoço. Tate chora alto e descontroladamente, como uma criança que acabara de se machucar, mas só eu sabia bem que era bem pior que isso. Eu imagino o que Tate deve está sentindo, toda essa culpa, raiva, angústia e, principalmente, medo se acumulando dentro de si e se esvaindo de uma só vez por entre essas lágrimas.

- Eu sou um monstro! - ele diz enquanto chora.

- Você nunca foi um monstro. - minhas mão estão em seus cabelos, ele ainda chora forte. - Eu estou aqui com você. Sempre vou está.

Eu podia perceber que ele já não aguenta mais, simplesmente está desmoronando ao redor dos meus finos braços. Passo as mãos em suas costas, subindo e descendo, querendo tirar sua dor com meu toque, quero fazer-lo se concentrar somente em mim. Eu não aguento ver alguém que realmente amo chorando por algo que eu tinha a culpa.

- Carly, nunca mais alguém vai tocar em você, não vou deixar nada acontecer, não deixarei você sozinha, protegerei você com minha vida e matarei se for preciso.

Espero que não chegasse a tanto, mas isso era algo que eu também faria, seria capaz de até mesmo de me sacrificar para poder salvá-lo. Esse momento faz meu coração se dilacerar por dentro. Eu nunca vira Tate chorando, chorando de verdade como estou vendo. Agora, observando-o assim tão desprotegido, sinto que tudo o que eu mais quero é abraça-lo e proteger-lo.

- Quando eu vi você lá desacordada, eu simplesmente não me aguentei, uma raiva que eu nunca senti antes se fez presente em mim.

O aperto com força sentido sua respiração em meu pescoço e esse simples gesto faz um arrepio bom percorrer minha espinha. Estamos abraçados e nossos corações estão ligados. Eu, inexplicavelmente, posso sentir isso. Quero pedir para ele parar de se explicar, mas não consigo. Todas as palavras se acumularam e formaram um nó em minha garganta, mas o lado bom é que a água quente faz nossos músculos relaxarem. Beijo o ombro de Tate com carinho, transmitido ternura e paz para esse garoto que eu amo tanto e que está em conflito com seus próprios pensamentos.

- Eu achei que você tivesse morrido, eu tive tanto, tanto, tanto medo que fosse verdade. - Tate dizia essas palavras ainda chorando - Eu te amo tanto, que chega a doer.

Com essas palavras mais lágrimas saem do meu rosto, só de pensar em perdê-lo meu coração começa a rachar. Ele, dessa vez, me abraça com urgência e acaricia meus cabelos molhados.

Eu consigo sentir seu desespero e agonia sendo passados para mim, parecia que eu podia sentir tudo o que ele sentia. Sabia perfeitamente o tamanho da sua dor, pois sem ele não faria sentido continuar vivendo, ou melhor sobrevivendo.

Pois, sem ele, não seria mais vida

"Eu o amo tanto que já nem cabe mais em meu corpo." Penso.

Seguro o rosto de Tate e faço olhar para mim.

- Eu nunca mais vou soltar você. - disse ele enquanto baixa a cabeça chorando, envergonhado. Ele pousa as mãos em volta da minha cintura, me puxando mais para perto.

- Eu também quero que nunca mais você me solte. - digo e encosto minha testa na sua.

Nos dois choramos só de pensar em como seria uma vida sem a presença do outro. Eu já não consigo me imaginar sem ele. Pode ter sido rápido até, mas em meu coração há uma sensação de familiaridade. Todo esse amor soa familiar, como se, mesmo antes de eu vim para cá eu já nutria algum tipo de sentimento por ele, sem nem ao menos conhecê-lo.

Agora todo esse sentimento escondido, saia descontroladamente de meu corpo. Levanto a cabeça de Tate devagarinho, pelo seu queixo. E fito novamente seus belos olhos negros e inchados. Pouso minha mão sobre sua bochecha, encarando-o e desejando tirar tudo de ruim de dentro dele, quero fazer pará-lo de chorar.

Então, só me resta fazer — por essa pessoa que simplesmente me tornou a viver novamente, aquele que hoje, se tornou um dos mais importantes para minha vida — o que estiver ao meu alcance para ajudá-lo. Tate me salvou e eu quero fazer o mesmo por ele. Me inclino em sua direção lentamente e percebo como ele me encara confuso, mas o mesmo fica parado, só observando meus movimentos. Fitos seus lábios entreabertos e o beijo.

Meu toque é calmo e confesso que cheio de receio. Afasto-me alguns centímetros, mas ainda podendo sentir sua respiração quente em meu rosto e a água que agora molhava nós dois.

Tate só fica parado, me analisando, vendo qual seria meu próximo passo. Ele fita meus olhos em busca de certeza, pois posso ver a confusão estampada em seu rosto. Suas mãos ainda estão pousadas sobre minha cintura. Passo minha mão em volta do seu pescoço e fico na ponta dos pés e o puxo para mim. Meus lábios tocam nos seus com um pouco mais de urgência, posso sentir sua boca se abrindo lentamente entre meus lábios e em seguida fechando-os, retribuindo meu beijo. Dessa vez ele se afastou devagar e olhou meus olhos profundamente, como se pudesse ver tudo que eu escondia através do meu olhar.

E, para minha surpresa, sinto-me sendo puxada pela cintura e seus lábios tocaram os meus apressadamente. Minhas mãos se fixam entre seus cabelos, apertando-o e os puxo de leve para trás só para podê-lo beija-lo com mais desejo. Uma mistura de prazer e excitação invadiu meu corpo rapidamente, como um choque, meu corpo parecia ter sido eletrificado pelo prazer. Quero que ele se concentre apenas em nós. Mesmo que fosse só por alguns minutos. Eu quero que ele sinta a mesma sensação que ele me transmitia quando sempre me beija.

Tate parecia roubar todo o fôlego que restará dentro de mim e, como consequência,afasto alguns centímetros de sua boca e puxo o máximo de ar que meus pulmões permitiam. Tate, segurando minha cintura, me empresa contra a parede, nos afastando da águas, que caía incessantemente. Ele gruda seus lábios novamente nos meus, dessa vez com força e tesão. Nossos corpos estão grudados um no outro, enquanto estamos contra a parede. É algo selvagem, quase animalesco, mas bom. Essa urgência um do outro é delirante. Um arrepio de excitação percorre meus braços, coxas e nuca.

Tate põe as mãos atrás de mim, apoiando-se na parede e, como de costume, passo as mãos em seus deliciosos cabelos encaracolados, puxando-o sempre para mim. Quero que não existisse um mínimo de distância entre nós.

Mas na mesma intensidade que tudo isso começa, ela se dissipa.

- Acho melhor não, não hoje. - diz Tate.

Eu posso notar seu peito subindo e descendo rapidamente, sua respiração estava irregular pela falta de fôlego. Tate desliga o chuveiro e sai do banheiro indo para o quarto. Fico parada observando todos seus movimentos e assimilando tudo que acabara de acontecer nesse curto período de tempo. Ponho os braços em volta de mim e espero que minha respiração normalizasse e que minhas pernas parem de tremer.

Respiro fundo mais uma vez e decido sair do banheiro me enrolando na toalha branca que está sobre a pia. Quando abro a porta, me deparo com Tate sentado na beirada da cama, usando uma calça de dormir e sem camisa. Ele segura em suas mãos uma camisa preta, iguais a milhares que ele já tem.

- É pra você! - Tate levanta e me entrega a camisa.

Ele parecia cauteloso.

- Obrigada! - disse e volto para o banheiro.

Ponho a camisa, que obviamente fia folgada em mim, mas pelo menos tinha o cheiro delicioso dele. Volto ao quarto e Tate ainda está sentado na beirada da cama batucando os pés com rapidez. Ele fica com a cabeça baixa em todo momento, como se estivesse com vergonha, ou até mesmo medo de qual seria minha reação.

Eu não sei se ele me quer aqui com ele.

- Acho melhor eu ir para meu quarto. - digo envergonhada indo em direção a porta desanimada.

- Fica comigo. Eu... Preciso de você.  - pelo seu tom de voz, parece que o mesmo estava relutante a isso, mas pude perceber, também pelo seu tom de voz, que nela existia algo escondido, algo parecido com o medo de ficar sozinho.

Viro-me e me deparo com seus belos e singelos, olhos negros. Um sorriso se fez presente em meu rosto. Algo em seu olhar demonstrava alívio por eu ter decidido ficar. Fico feliz por saber que ele precisa de mim, dá mesma maneira que preciso dele, fez eu sentir algo novo se instalando em meu ser, era como se essas palavras estivessem consolidando nosso amor.

Ando devagar até ele, o mesmo se arrasta pela cama e se deita de lado. Faço o mesmo e passo os braços ao redor dele. Eu posso sentir seu coração batendo, pois uma das minhas mãos estão sobre seu peito. O coração de Tate, batia rápido, fora de sintonia, era um som agressivo, como se estivesse apavorado..

- Eu amo você! - sussurro em seu ouvido, afim de acalma-lo e fazer seu medo se dissipar.

Tate precisa sentir que é amado, ele precisa sentir que eu o amo, dependente de tudo o que aconteceu. Posso perceber seu sorriso - acredito eu, que é de felicidade - se formando.

- Eu amo você muito mais. Você não tem noção!

Tate solta essas palavras entre o sorrisos, fazendo uma felicidade se formar na minha alma.

Beijo seu rosto, e ficamos assim, eu o abraçando, sentindo seu peito subindo e descendo. Essa familiaridade se instala em meu coração, como um carrapato, ele parecia sugar toda a tristeza do que ocorreu hoje.

Fico feliz por isso, fico feliz, que mesmo com tudo que ocorreu, no fim estávamos bem. E gradativamente caio no sono.

***

Hoje vai ser o seu fim

Escuto essas palavras que parecem ecoar por todo o quarto de Tate. Encaro o teto enquanto ainda podia ouvir essas palavras. Está de dia lá fora e a luz que irradiava o quarto faziam meus olhos doerem.

Suspeito que esse som que ecoava, vinha de minha cabeça, pois Tate, está imóvel como se não tivesse escutado. Desfaço nosso abraço com cuidado, para não acorda-lo, pois o mesmo teve uma noite muito difícil ontem.

Fico de pé, tentando assimilar o porque dessas palavras virem em minha mente, mas agora, a frase tinha mudado

Até o escritório

Essas palavras pareceram uma ordem

"O escritório da Abigail, o que está havendo aqui?."

Minhas pernas começaram a se mover sem que eu as comandasse. Entro em desespero

"Será George?"

O medo se instala em mim tão rápido que penso em começar a gritar o nome de Tate desesperadamente. Mas minha boca ficava completamente parada, como se estivessem coladas uma na outra, só se podia ouvir múrmuros

Nunca podemos escapar do nosso destino.

"O meu destino era morrer" penso.

Meus pés me guiaram para fora do quarto. Eu sabia onde isso ia acabar.

***

Pessoal chegamos na reta final de Sombras da Noite, eu quero saber muito o que vocês estão achando. O que acharam desse capítulo? 😁

Por favor deixa um voto🌟 ou um comentário💬, isso me ajuda muito. Amo vocês de muitão♥️♥️♥️

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