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9 - Mau Ao Ponto De Ser Patético (B)

    Breanne Lookword

       - Ah, Anne, não imagina o quanto fiquei aflita quando Walter contou o que aconteceu! - Cris passou os braços por meu pescoço.
    Quando fui resgatada pelos Pye, Crisella era pequena e tinha a língua presa. Não conseguia falar Breanne, isso a deixava frustrada. Então sugeri que me chamasse de Anne e desde então vinha sendo assim. Ela era a única pessoa que me chamava daquela forma, isso tornava o apelido único e especial.
     - Seu irmão exagera um pouco. - A abracei de volta. - Mas não precisa se preocup... - Me afastei dela para tossir.
     Ela me examinou brevemente, a preocupação nublando suas feições delicadas.
    Joenna que dobrava os cobertores, atravessou a tenda parando diante de mim.
      - Vou preparar uma sopa pra você, meu amor. - A sra. Pye falou com a palma fechada em concha na minha bochecha.
    Sorri afetuosamente para ela.
   Joenna Pye era o mais próximo que eu tinha de uma figura materna. Eu a amava e ela me amava na mesma intensidade. Sabia que sempre poderia contar com seu apoio.
    Acompanhei sua silhueta larga atravessar a tenda e quase trombar com Trevor na entrada. Abafei uma risada.
     - Minha nossa! - O rapaz exclamou arrumando os óculos. - Me desculpe, senhora.
    Ela disse algo intelegível que pareceu deixar Trevor mais tranquilo. O rapaz apenas assentiu e entrou na tenda.
      - Parece mais disposta agora, Bree... - Foi quando percebeu que tínhamos companhia.
     Crisella costumava despertar uma reação engraçada nos homens mas a reação de Trev... Aah, foi impagável.
     Por fim ele pigarreou e deu um aceno desajeitado na direção de Cris que esboçou um sorriso tímido e abaixou a cabeça.
     Revirei os olhos. Adolescentes...
       - Estou melhor sim. Posso te ajudar em alguma coisa? - perguntei tentando entender qual era a motivação de sua visita.
     Ele parecia perdido. Não costumava acreditar em estereótipos nerd mas se existia mesmo isso Trevor era a personificação.
      - Vim avisar que encontrei alguns cogumelos. Eles possuem vários benefícios para a saúde. Talvez possa fazer uma sopa.
      Foi a vez de Crisella pigarrear.
     - Minha mãe, a senhora com quem esbarrou na entrada, saiu agora mesmo determinada a preparar uma sopa. Se for rápido conseguirá alcançá-la, se for muuuito persuasivo conseguirá convencê-la de que sua sopa é melhor que a dela.
    Ela havia lançado a proposta. Trevor levantou a cabeça aceitando o desafio.
     - Creio que consigo. - E eu não duvidava nem um pouco.
   Não conhecia a história de Trevor, nem como havia conquistado tanto no Vale da Escuridão. Na verdade, não conhecia a história da maioria de nossos aliados, não é como se tivéssemos tido tempo para colher currículos, mas sabia que com Trev tínhamos acertado na mosca.
     Ele já estava de saída quando Crisella disse à meia voz :
     - Vencer uma discussão culinária com mamãe é mais difícil do que ele pensa...
     Bem, pensando agora, talvez o garoto realmente precisasse de sorte dessa vez.

     Mais tarde naquele mesmo dia a sra. Pye preparou ervas para as feridas de Donovan Batchelor. Por mais inacreditável que pudesse parecer os hematomas no rosto quase já não eram tão visíveis.
    E além de cuidar do pobre enfermo trouxera minha sopa de cogumelos o que deixou Crisella de queixo caído de tão impressionada.
    - Se ele estiver bom até o final do dia de amanhã, começaremos a caminhada. - Iron anunciou saindo da mata com um carrinho de mão recheado de brita.
     - Onde vai com isso? - Blayde quis saber, claro.
    - Fazer uma deliciosa sopa de pedras. E aproveitando que perguntou, pode ser o primeiro a provar.
     Blayde apenas torceu o nariz, acompanhando com os olhos Iron atravessar as casas abandonadas e sumir novamente na floresta.
    Em seguida se voltou para mim.
     - O que será que ele está maquinando? - Indagou.
     Crisella que não saira do meu lado desde que havia chegado acabou rindo da curiosidade do homem.
    - Se ele não disse, talvez não seja da nossa conta, não é mesmo?
     Blayde se mostrou extremamente avesso a minha resposta e também se retirou resmungando alguma coisa sobre "falta de consideração".
     - Ele é um homenzinho engraçado. - Cris comentou.
     Entendia o que queria dizer. Blayde não portava de muita altura, exibia uma barba estilo lenhador e o corpo robusto fazia com que andasse requebrando. Juntando tudo isso e suas expressões de raiva,tínhamos um resultado cômico.
      - Mamãe não quis me contar como o sr.Lage a convenceu da sopa.
     Juntei as sobrancelhas.
     - Sr. Lage? Sabe que ele não é tão mais velho que você, não sabe?
    Suas bochechas coraram e os lábios enrijeceram. Pelo amor de Deus!
     - Parece íntimo demais chamá-lo pelo nome. - Torceu o nariz como se uma discussão fosse desnecessária.
    Não quis lembrá-la em que século estávamos.
    - Tudo bem. - Dei fim a sua agonia. - E se quer saber mesmo, acho que faço ideia de quais foram os métodos do sr. Lage. - Fiz aspas com os dedos na última parte o que arrancou um suspiro de impaciência por parte de Cris. - Aposto como ele usou palavras complicadas e termos científicos. Todo mundo sabe que não se pode argumentar a respeito de algo que não tenha conhecimento.
     Ela acabou rindo. Crisella ria com muita frequência.
     - Na verdade, nem todo mundo sabe disso. - Percebi que falava de alguém em especifico porém não peguei a referência e quando estava prestes a perguntar, Thalia se aproximou.
     - Resolvi participar da reunião de garotas. Acabei de presenciar Walter arrotando, e a uns dez minutos atrás peguei Kurt no flagra tirando alguma coisa do nariz. - Fez uma careta. Virando-se para Crisella acrescentou : - Não sei como conseguem parecer atraentes para algumas pessoas.
     Fez um gesto com o queixo me indicando. Cris me fitou com aqueles enormes globos pretos, uma interrogação clara. Pigarreei fuzilando Thalia com o olhar.
      - Teve informações sobre o horário de nossa partida? - Mudei de assunto antes que Thalia continuasse a destilar veneno.
     Negou com a cabeça.
      - Não. Kurt e Trevor estão ensinando Donovan Batchelor a andar. - Soltou uma risada. - Não vejo sentido em espancar o cara para depois tentar curá-lo.
     Isso me lembrou algo que Walter dissera a Donovan quando ele nos oferecera auxílio. "Não se pode jogar o miserável na lama e estender-lhe a mão". Pois bem, a ironia é uma vadia.
     - E pra falar a verdade, não acho que Donovan seja tão ruim assim. - A mulher algodão-doce refletiu. - Ele é muito patético pra ser mau.
     Girei o pescoço na direção da casa onde estavam. Vislumbrei a cabeça de Kurt pela janela quebrada.
     - Ou talvez seja mau ao ponto de ser patético.
      Thalia não disse mais nada. Ficamos as três ali, na ponta de uma ladeira, olhando para o riacho negro logo abaixo, a luz das tochas refletindo nos cabelos cor-de-rosa de Thalia, Crisella cantarolando distraidamente uma canção nativa. Aquilo mais se parecia com um filme de terror.

                               ***

     Walter tinha acabado de voltar para o acampamento depois de deixar a mãe e a irmã em segurança. Todos já estavam em suas tendas e o turno da madrugada era do Blayde.
     Notei a sombra na entrada da tenda e em seguida a cabeça de Walter. Ele levou um susto.
    - Não pensei que estivesse acordada.
    - Pretendia velar meu sono? - Arqueei uma sobrancelha.
    - Não. Pretendia ver se estava respirando, querida Bree. - A última parte foi carregada da ironia cotidiana de Walter.
     Me sentei no colchão o convidando indiretamente a se sentar ao meu lado, convite esse que ele aceitou de bom grado.
      - Não consegui agradecer direito ontem a noite mas... Obrigada por ter me tirado da água a tempo. - Engoli em seco. Geralmente eu não fazia o perfil da donzela precisando ser salva.- Agora me diga, estava me espionando?
     Ele meio que se engasgou antes de responder e depois soltou uma risada.
      - Hum... - Não precisava dizer mais  de meus desejos mas aquilo não tornaria a se repetir!
     Sentindo o sangue esquentar desferi alguns golpes contra seu peito mas ele continuava a rir de mim.
     - Seu... Seu pervertido imundo!
    O empurrei de costas contra o colchão ainda esmurrando sem parar. Sabia que estava sentindo mais do que deixava transparecer. Eu não era tão fraca. Fui obrigada a parar quando suas mãos se fecharam em meu pulso com um aperto firme.
     Com um giro ele inverteu a situação me virando de costas no colchão e imobilizando minhas coxas com as pernas. Ofegante o encarei ainda vibrando de raiva.
      Fui aos poucos diminuindo o ritmo de minha respiração e percebi quando ele afrouxou o aperto. O fitei por alguns segundos, suas íris congelaram em minha boca. Era quase uma súplica. Entreabi os lábios observando enquanto ele se aproximava, sentia o calor emanando de seu corpo com ainda mais precisão agora.
     As mãos estavam em minha cintura e subiam até as costas. Continuei a observá-lo esperando que se aproximasse ainda mais, que ficasse perto o suficiente para que eu pudesse me render ao desejo que me consumia. E quando nossos narizes se tocaram finalmente executei o golpe.
     Em um movimento ágil girei seu braço atrás das costas e o empurrei de novo para o colchão, dessa vez de bruços. Ele soltou um gemido que era mais frustração do que dor.
     - Nunca, Walpye...nunca se distraia em uma luta. - Continuei a segurar sua cabeça contra o colchão. - Principalmente se o oponente puder te derrotar de forma tão pouco digna.
    
   
        
    
   
    
    

 
    
     
    

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