A chegada
E com a noite eles vieram. Não se sabe ao certo como ou que são, mas ao cair da noite espessas nuvens foram descendo rapidamente sobre a terra, a escuridão então predominou e aqueles que ficaram para observar já não estão mais. Poderia ter sido uma noite qualquer. E foi. Até aproximadamente às oito horas da noite, já sob a luz da lua, as ruas continuavam cheias devido ao calor de julho.
Não se pode afirmar uma hora exata, mas nuvens começaram a encobrir o céu, e uma escuridão tomou conta da cidade. As pessoas que estranharam a escuridão e o vento esvoaçante procuraram se manter dentro de suas casas. E então chegou o barulho, os sons agudos e fortes que ficaram por quase meia hora ininterruptamente nos fazendo tapar os ouvidos e procurar os noticiários.
Nos últimos que ainda estavam sendo transmitidos passavam-se imagens de grandes monumentos caindo, e logo a transmissão era cortada. E então vieram os gritos.
Intermináveis gritos de quem ficou na rua, batendo nas portas implorando por abrigo, não se sabe o que houve com quem abriu as portas, mas lembro de termos ficado parados sem atender a ninguém que batia, chegamos a olhar um para o outro, mas o medo era plausível e ninguém ousou se mover, apenas permanecemos juntos, abraçados e em silêncio.
Então mais gritos, gritos e barulhos, rasgos, mordidas, o que quer que tenha acontecido provavelmente não deixou sobreviventes.
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