Brigão
João entra na loja de ferragens. Dentro da loja, havia várias prateleiras, com aparafusadoras, compressores, pistolas de pregos, entre outras coisas.
Miguel: Boa tarde, o que deseja?
João: Estava a precisar de um martelo e uns pregos?
Miguel: É a prateleira lá atrás, ora pois.
O ex militar ri-se, com a brincadeira do dono da loja.
João: Esse preconceito com os portugueses tem de acabar, já não usamos essa expressão há já meio século.
O Sombra segue para a prateleira dos martelos e dos pregos, quando, um grupo de homens com máscaras de esqui e pistolas.
Renan: Passa a grana aí, parceiro.
Miguel começa a esvaziar a caixa registadora, enquanto outro assaltante se aproxima de João.
Walter: Ae, garoto! Passa a carteira!
João: Não me parece, amigo.
A mão do ex militar, que agia nas suas costas, aproximava-se cada vez mais de um dos martelos na prateleira.
Walter: Isso não foi um pedido, cara!
João: Eu sei, mas não te vou obedecer. E baixa a arma para eu não me chatear.
O clique do cão da pistola de Walter ouve-se na loja toda, ao mesmo tempo que a mão de João agarra um martelo.
João: Acabaste de cometer um grande erro.
O Sombra empurra Walter para o chão e começa a bater, repetidamente, com o martelo na cara do mesmo, até este parar de se contorcer de dores, mostrando que morreu. A visão era horripilante, o que era antigamente o rosto de uma pessoa, era agora uma massa de carne viva, sangue e ossos que se assemelhava mais a polpa de tomate. A face e a roupa de João estava coberta de salpicos de sangue, o martelo? O cabo e a cabeça estavam completamente mergulhadas num vermelho escarlate. O capitão agarra numa pistola de pregos com uma câmara pressurizada incorporada e numa caixa de pregos e, a seguir, vai até aos outros assaltantes.
João: Hey! Acabem já com essa merda!
O sangue na cara e roupa do ex militar intrigava os dois assaltantes que estavam na loja, estranhando também o desaparecimento de Walter.
Renan: Walter? Você está bem?
João: Desculpa, o Walter não pode atender, ele morreu há dois minutos atrás.
O Sombra atira-se contra Renan, usando a pistola de pregos como arma. O brasileiro tenta lutar com ele, mas é fútil, pois é atirado ao chão em segundos e, a seguir, prega um prego no olho direito do homem, matando-o no local. Jair larga a arma e foge, horrorizado. Após a arrancada, João, aproxima-se do balcão.
Miguel: Amigo, eu não sei de nada, eu só estou tentando ganhar o pão para a minha família!
O ex militar põe uma nota de cem e uma de cinquenta euros em cima da bancada.
João: Este martelo serve, também vou precisar de um rolo de sacos do lixo e de uma serra circular. O tamanho dos sacos tem de ser XXL.
Enquanto Miguel pega nas coisas pedidas pelo Sombra, o mesmo começa a pegar em todos os carregadores das pistolas, que se encontravam no chão.
João: Mas estes tipos vieram assaltar uma loja de ferragens ou sequestrar um avião?
O dono da loja volta com os itens pedidos e João agarra neles.
Miguel: Posso ajudar com mais alguma coisa?
João: Por acaso, até pode. Você viveu sempre nesta zona da cidade?
Miguel: Nunca saí da favela na minha vida, cara.
João: Ótimo, porque estou à procura de uma pessoa.
Miguel: Quem é que você está procurando?
João: Uma tal de Bloody Mary, por acaso conhece o nome?
A cara de Miguel empalidece, como se o capitão tivesse mostrado a foto de um fantasma.
Miguel: Quem procura essa garota está procurando problemas, eu estou avisando! Essa menina é casca grossa, não vai querer mexer com ela, olha que, quem o avisa, bem lhe quer, cara!
João: Não se preocupe, se ela é um problema, eu sou a solução.
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