Imediato
–Amadeu, Olho Gordo e Mãos de Galho para os canhões, quero Larissa no batemar.
–Sim senhor!
–Rato Maluco no mastro principal, os outros comigo, depressa, Matheo!
Enquanto eles corriam para obedecer, Sollis apertava a luneta contra o olho bom. Lá longe as duas escunas da Imperatriz brilhavam como brincos de prata sobre o mar Atírio. Não pôde conter a gargalhada ao notar que ambas caberiam juntas nos porões do velho e enegrecido Gregorium.
–Miro, largue as velas! Argh, eu vou furar esses filhos da puta!
–Panos! Miro! – Eleu repetiu a ordem depois baixou a voz. –Capitão, talvez fosse melhor deixar que eles cheguem mais perto e aí subir lá e degolar os inimigos.
–Não sabemos em quantos eles são, Eleu.
–Não importa. – O imediato retrucou dessa vez num tom que demonstrava seu interesse em ser ouvido pelos companheiros – Cada um de nós luta com a força de dez peixes de sangue! Se subirmos nas naus da Imperatriz não há soldado capaz de impedir nossa conquista!
Garoto inteligente. Quantas armas e outros tesouros poderiam haver naquelas pequenas coisinhas? Brilhando com seus espelhos polidos...
Mesmo as máquinas que as moviam poderiam valer milhares de protes na Bansília se pudessem separá-las para vender. Além disso, os homens tinham vibrado diante da ideia de Eleu, o que era um bom sinal.
Ultimamente andara sentindo-os um bocado insatisfeitos. Não que se queixassem,afinal eram todos uma família, filhos e irmãos de Gregorium. Mas ainda assim os olhares estavam menos simpáticos e os pés se moviam mais lentos do que nunca para cumprirem suas ordens.
De modo que quando os panos se estufaram como barrigas, e até o velho navio pareceu mais otimista, enfrentaram a contra maré a estibordo,rumando para as duas embarcações que se aproximavam rápidas como setas.
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