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017

Depois de um tempo ainda em fuga, ouvi o barulho de uma descarga de moto que fez meus passos se apressarem ainda mais, ameaçados. Eu não sabia quem me perseguia, e nem teria tempo de olhar para trás a fim de descobrir. A única alternativa que achei apropriada para despistar o veículo foi sair da estrada e entrar na mata ao redor do caminho. Por ali a moto, talvez, não conseguisse me acompanhar. Continuei correndo, e correndo, esperançosa por não ouvir mais nada motorizado, pelo menos até esse som ser substituído por passos apressados que se aproximavam cada vez mais. Foi uma perseguição horrorosa. Me sentia literalmente como uma presa vulnerável, e mesmo assim não desacelerei. Tinha que ganhar tempo na floresta, mas para quem me perseguia o mato alto parecia não ser empecilho de nada. 

O problema foi que eu não contava com os imprevistos da natureza.
A raiz gigantesca de uma das árvores me jogou com força no chão. Tropecei, e só depois disso percebi que já estava toda machucada e com arranhões causado pelos arbustos que batiam no meu corpo durante a fuga implacável.

Dulce!

A voz tentou me chamar, e mesmo ainda zonza pela queda, tentei continuar fugindo me arrastando de joelhos.

— O que está fazendo?! Pare com isso! — Insistiu novamente a voz.

Tudo era inútil. Qualquer chamado era em vão. Eu estava determinada a ir embora.
Não parei de me arrastar, até ser arrancada do chão pela cintura. Presa, não parei de me debater contra o toque grotesco que me mantinha encurralada e desesperada, clamando por liberdade. Lutei semelhante ao dia em que fui transportada do quarto sujo para a boate calabouço.
Destemida...

— Eu disse para parar!  — A ordem e o cansaço finalmente me fizeram cessar a reluta.

Eu estava chorando nos braços de Christopher. Tremula como quando alguém sente frio.
Ele veio atrás de mim, para que? Não bastava a humilhação daquela manhã.

— Porque fez isso? Está maluca? Quer se matar? — Ele parecia tão apavorado e atordoado quanto eu, mas não me iludi com isso. Os jogos haviam perdido a graça.

Permaneci calada, enquanto Wayne me questionava segurando meu rosto e olhando os locais onde ardiam. O calor da adrenalina já estava desaparecendo e a dor começava a criticar minha imprudência.
Afastei as mãos dele em fúria e cuspi próximo ao seu pé, apenas para expressar o nojo que sentia. Christopher ficou absorto com a minha reação, cessando a fala. Mas eu ao contrário dele tinha muito o que dizer.

— Você é tão desprezível, que me dá nojo!

Pude ver aqueles olhos aderem, flamejantes, bem na minha direção. Pegando meu pulso, fortemente, ele endureceu o maxilar e permaneceu com a expressão intimidadora de todos os dias.

— Não me importo se sente isso, mas querendo ou não você vai voltar comigo.

— Não vou!

— Eu não perguntei Dulce.

Christopher me pegou novamente pela cintura, e me lançou sobre o seu ombro, me carregando como a uma criança mimada. Bati os pés pedindo que me soltasse, mas ele claramente me ignorou e continuou a me segurar ali. Ele era forte, e eu era pequena demais para conseguir vencer uma queda de braços. Era uma luta em vão, desonesta.

— Se continuar fazendo isso vamos nos machucar. — Repreendeu irritado.

— Então me solte! Eu sei andar sozinha!

— Não me tache como tolo. Se eu te soltar você voltará a correr. Sei o quão infantil consegue ser.

— Infantil é a sua avó!

Falei em rebate sem perceber que não tinha nada de adulto naquele xingamento. É, eu tinha esse poder de me alto constranger sozinha.

Fui levada novamente para a estrada, e só depois de fazer o percurso de volta me dei conta de que nós dois tínhamos percorrido muitos quilômetros. Ele enfim me largou no chão, porém, continuou segurando meu braço de forma estratégica enquanto levantava a moto do chão. Não sei como alguém em sã consciência deixaria um objeto daqueles "tão caro" largado daquela forma. Com certeza devia ter se livrado dela quando percebeu que não poderia me alcançar, e sem tempo de estacionar a única alternativa foi apenas sair de cima e correr.

Mas para Wayne aquele bem material não era importante, quando se pode comprar toda a concessionária.

— Monte na moto.

— Você quer que eu dirija?

— Claro que não Maria, mas você não vai atrás de mim. Isso seria mais um risco de fuga.

— Você nunca vai deixar de ser ridículo? Eu não me jogaria de um veículo em movimento.

— Suba na merda da moto! Estou ficando sem paciência, e juro que não vai querer me ver assim.

— Nossa... Você ainda consegue ficar pior que isso? — Dei uma leve palma e subi.

Odiava receber ordens dele. Detestava. Mas estava cansada demais para debates verbais com aquele ser humano. Christopher me tratava mesmo como uma propriedade. Estava claro que era isso, todo o tempo. O ego masculino e possessivo dele me mantinham presa sob a sua supervisão, agora, quanto tempo ele pretendia fazer isso durar é que era a pior dúvida. Desejei de toda a alma que ele comprasse outra mulher e me esquece ou me largasse fora, porque fora aquilo eu sinceramente não conseguia pensar em outra maneira dele me esquecer.

Tinha a tal suposição da compra por ordem de Thomas, além das palavras de Samantha quanto a minha família... Todos jogavam com a minha vida.

Mas também havia outra suposição, uma que li enquanto navegava na internet em uma das minhas buscas por respostas. No artigo falava sobre pessoas iguais a ele, que gostavam de ter subordinados, diversões, passatempos humanos. Era deprimente.

Como pude pensar em gostar de alguém assim?

A velocidade que Wayne dirigia nos levou rapidamente de volta para a casa, e a julgar a distância, percorremos quase um quilômetro.
Bem na entrada, os portões já estavam abertos no aguardo do chefão.
Depois de estacionar, ele me pegou de volta e me pôs novamente nos ombros.

— De novo essa palhaçada! Me solta!

Christopher permaneceu fingindo não me ouvir. De costas vi que Alfredo encarava a cena, perturbado com o que presenciava.

— Me solta Wayne!

Só depois de insistir mais aquela vez, senti a colisão brusca dos meus pés contra o assoalho. Agora sim eu estava de pé. Wayne desviou de mim para encarar o mordomo e os dois seguranças, a ponto de soltar fogo pelos olhos.

— Vocês todos são uns incompetentes. Se ela fugir de mais uma vez, vão descobrir do que sou capaz!

— Perdão senhor Wayne. — Disse um dos seguranças.

Aquilo me indignou. Apertei os lábios furiosa e me virei para enfrentá-lo.

— Não fale assim com as pessoas.

— Cala a sua boca! Já aguentei demais as suas tolices por um dia Dulce. — Vociferou passando a mão nos cabelos — Alfredo, leve-a para o quarto, agora.

Christopher Wayne saiu de perto de nós, subindo as escadas primeiro, batendo os pés sem nem uma delicadeza. Ainda tentei ir atrás dele para mandá-lo ao inferno, e criticar a sua maneira de achar que podia continuar falando comigo daquele jeito, mas Alfredo me conteve, piedoso.

— Por favor, senhorita Dulce, venha comigo.

— Como vocês podem trabalhar para alguém assim? — Gritei inconformada.

Entrei bufante em meu quarto, largando a mochila no chão e enfiando as mãos no rosto. Sentei na cama, e busquei respirar de forma terapêutica.

— A senhorita não compreende mesmo, não é? — Disse o mordomo, com uma ternura descomunal.

— Ele é um louco, Varrido! Compreendo apenas isso! — Reafirmei jogando todo o meu corpo no colchão.

— Vou deixa-la tomar banho e se trocar. O que deseja comer?

— Nada.

— Irei trazer assim mesmo. Se continuar dessa forma vai adoecer.

— Não tenho fome.

— Camarões? Lembro-me de a senhorita mencionar, uma vez, que gostava bastante. Vou fazer um ao molho de cinco queijos.

Dito isso ele saiu. O olhei tentando rebater, mas pensar nos camarões me fez sentir fome. Droga! Alfredo estava aprendendo a me subornar, e eu era mesmo muito fácil.
Entrei no banheiro para me lavar, retirando alguns espinhos que as plantas me presentearam quando achei ser capaz de ir embora. Abaixo do chuveiro, comecei a pensar no que havia feito e em como era estranho raciocinar que no momento da dor eu não pensei nas consequências, e sim apenas em escapar da casa para ficar longe dele.
Enrolada no roupão, andei para fora do banheiro, visualizando de imediato Wayne parado de pé perto da minha cama. Paralisada, apertei o tecido macio contra o meu corpo com mais cuidado e fechei o semblante, admitindo uma postura mais indiferente.

— O que você quer? — Perguntei secamente, indo para o lado oposto a ele que me levava a uma penteadeira.

—Venha até aqui.

— Para quê?

— Dulce.

— Não me venha com ordens. — Rebati já aborrecida — Infelizmente não posso fazer nada quanto a chave do meu quarto, mas posso muito exigir saber o que você quer aqui.

Percebendo que eu não iria ceder, o homem fez o meu papel e se aproximou, cauteloso como se aquilo fosse o seu pior erro. Christopher estava com o semblante tenso, incomodado, e assim que ficou bem próximo de mim sua mão direita se estendeu e ele mencionou o que ia fazer.

— Me permita... — Pegando na pele do meu braço, ele procurou todos os ferimentos que estavam mais visíveis.

Me guiando a sentar no sofá, Wayne puxou uma caixa com medicamentos e começou a limpar os machucados, antes de passar uma pomada ardosa.

— Esse tipo de lesão infecciona bem fácil, você precisa mantê-las limpas.

— Porque está fazendo isso?

— Eu já disse que é minha obrigação.

— Não é isso que quero ouvir.

Mesmo ao ser pressionado, ele não parou o que fazia, pelo menos não até a hora em que segurei seu pulso o obrigando a me dar atenção. Christopher soltou o ar e olhou para os lados.

— Não posso fazer nada Dulce — Exclamou voltando a me fitar.

— Não pode ou não quer? — Questionei soltando a mão para segurar o rosto endurecido dele.

Wayne ficou imóvel apenas me encarando com aquele par de olhos que tanto me cativaram, deixando evidente como eu era infiel aos meus juramentos por causa dele.

Me debruçando, tentei aproximar nossos rostos, e como reflexo ele segurou meu maxilar contendo a minha ideia.

Dulce... Eu disse para não se apaixonar.

— Porque não posso?

— É errado. Você é muito imatura para alguém como eu...

Afastei-me dele chateada, mas Wayne tornou a me segurar.

—  Se não te agrado como mulher, não use essas desculpas fajutas para me evitar. Apenas diga.

— Você acha mesmo que não me atrai?

—  O que você quer de mim? Fala isso, mas me trata mal, me ignora, e eu não encontro motivos para as suas atitudes.

— Me diga, você, o que quer Dulce? Diga o que quer de mim?

— Quero que me beije, agora.

Eu dei uma ordem... Pela primeira vez eu dei uma ordem que Christopher Wayne acatou.

Ele me obedeceu tomando a minha boca com o mesmo desespero que eu tinha de senti-la daquela forma novamente.

***

NOTAS

SOMOS 1K !Obrigada,Obrigada, eObrigada!Vocês são incríveis, e fazem desse sonho algo real 😍❤

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