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Possíveis erros ortográficos serão corrigidos assim que percebidos.

Obrigada e boa leitura.

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O hálito de bebida alcoólica soprou bem no meu rosto quando Wayne disse que precisávamos conversar.

Ele havia bebido e se atrevido a entrar no meu quarto, invadindo-o sem permissão. Mas não era aquilo que me aborrecia, e sim a presença desagradável dele, no mesmo ambiente que o meu, e tão perto como estava. Quem nos visse poderia pensar que aquele homem estava prestes a me beijar forçadamente. Aquilo estava fora de cogitação.

Wayne definitivamente não me atraia, e nem eu a ele. Aos seus olhos maduros eu não passava de uma ninfeta órfã que lhe custou um milhão.

Recuei o corpo para o lado esquerdo, conseguindo me livrar do encurralamento em que ele havia me metido quando resolveu me privar de espaço.

Vendo que fui de contra a sua ação, o homem apoiou a mão na parede, reequilibrando seu peso e começou a gargalhar. Sim, ele sorriu como se eu tivesse contado a melhor piada de todas.

- Está assustada Dulce?

A pergunta me surpreendeu.

- O que veio fazer aqui? - Falei tentando me livrar da pergunta dele.

Virando o corpo de frente para mim, Christopher pisou irregular, e de novo tentou me alcançar. Dessa vez, ele me pegou próximo da cama, me pressionando na coluna de madeira conjugada. Foi como se um líquido paralisante percorresse minhas veias. Eu realmente não sabia como lidar com aquela situação, principalmente por não fazer ideia do que ele queria comigo.

- A menina das perguntas... - enfatizou segurando o meu queixo.

Apertei os olhos, apavorada, quando ele virou o meu rosto e passou o nariz pelo meu pescoço.

- Você cheira a castidade... - disse ofegante - Diga-me Dulce, você é mesmo virgem?

Envergonhada pela audácia daquela pergunta indiscreta, levantei os braços e o empurrei para longe de mim. Christopher foi lançado para trás, aos risos, equilibrando-se como um circense.

- Saia daqui! - Ordenei indo até a porta, prestes a abri-la e jogá-lo através dela.

Eu devia saber que não seria tão fácil me livrar daquele bêbado. Wayne tinha trancado o quarto, e pegado as duas chaves. Ele as balançou em deboche quando virei para fita-lo, pondo de volta no bolso da camisa Pollo.

Fiquei em pânico com a minha vulnerabilidade. Wayne sabia jogar com o medo que provocava em mim. Ele fazia aquilo de propósito, eu podia jurar.

Utilizando a sua autoridade ele me lançou contra a porta de madeira e eu senti que minhas costas doeram pela agressividade. Franzi o cenho e reclamei internamente pela dor do momento. Ele pegou meu queixo mais uma vez, e o ergueu, puxando para perto. Os lábios dele roçaram minhas maças, deixando-as corada. Os olhos dele se abriram, me encarando de perto, ambiciosos.

- Sente medo agora? - de novo a pergunta do medo.

- Sim... - Concordei decadente - Me deixe e paz, por favor.

Voltando a sorrir ele se afastou e olhou profundamente em meus olhos.

- Não vou violar uma criança como você - ressaltou rente a minha boca - Mas faça um favor a nós dois, não se apaixonando por mim.

Christopher viu uma lágrima medrosa brotar nos meus olhos, soltando-me para sair do cômodo. Quando fui liberta, meu fôlego saltou, perturbado pela cena em que me vivi a alguns segundos atrás.

Não se apaixone.... Que blasfêmia! Aquele homem repugnante achava que em algum momento eu seria capaz de me apaixonar por alguém tão atrevido como ele. Wayne acreditava que podia comandar minha vida depois de pagar por ela. De certa era comum ele crer nisso, dada as situações, mas aquilo não era uma verdade absoluta. Eu não era uma mercadoria.

Minhas mãos ainda estavam frias e escorregadias, e quando pensei em trancar a porta de novo, lembrei do acesso que ele tinha ao meu quarto e de que fazer aquilo não o impediria de entrar ali de novo.

Pensei numa ideia de trava extra, e fui tentar deitar, esperando que o sono viesse antes do dia amanhecer.

Quando o som dos pássaros soou, eu me acordei ainda atordoada de um sonho, pensando que era Christopher quem estava forçando a minha porta, freneticamente, para entrar. Foi então que vi Alfredo cair de joelhos dentro do meu quarto, sendo amparado por um dos seguranças enquanto outro segurava a bandeja dourada.
Sentada na cama, segurei a risada tapando a boca com a mão.
Ele tirava a poeira do seu smoking, carregando uma expressão indignada, como se alguém lhe tivesse feito uma afronta. Afronta a sua etiqueta. Ainda rindo da situação, afastei os lençóis e levantei indo na sua direção.

- Porque pôs uma cadeira travando a maçaneta? - Questionou indignado.

Dei uma gargalhada, abrindo a janela para clarear melhor o ambiente.

- Você devia ter me dito que Wayne tem as chaves extras desse lugar.

- Isso não seria óbvio demais, senhorita?

Eu não gostava de ser chamada o tempo todo de "senhorita" por aquele homem que para mim já era íntimo demais. Mas também podia compreender que seria uma briga em vão. Pessoas como Alfredo se ofendem quando as impedimos de exercer seus costumes viciosos.

- Água? - Falei depois de notar que na bandeja que sempre vinha meu café da manhã só havia um copo com água e gelo.

Christopher deve estar chateado e o impediu de me alimentar... Jogo sujo Wayne.

- Ele não deixou você trazer meu café?

- Ele?

- Sim! Seu patrão, Wayne!

- Ah, sim, ele me mandou trazer somente isso.

- Aquele desgraçado pretende me matar de fome. Ótimo! Pois que mate! - Gritei furiosa, pegando o copo de vidro para dar um gole único e terminal.

- Matar de fome? Não, senhorita Escobar. O senhor Wayne apenas exigiu que tomasse café lá em baixo.

Quase engoli uma das pedras de gelo quando ele disse aquilo. Cuspi o cubo de volta no copo e limpei o canto da boca, já de olhos arregalado.

- Lá em baixo?

- Por favor, se vista depressa e desça. Ele faz questão que conheça uma das anfitriãs da casa.

Duas bombas num único momento. Primeiro Wayne me obriga a tomar café com ele, e segundo, querer me apresentar para alguém. Aquela casa não parecia um lugar que as pessoas visitavam.

Não tão empolgada, mas faminta o bastante para cumprir o pedido, fiz minhas higienes matinais e busquei dentro daquele closet alguma coisa que não tivesse estampas de bichos, laços ou desenhos. Depois de uns minutos a procura, encontrei um vestido preto na altura dos joelhos, com uma transparência rendada nas costas. O pus e fui pentear os cabelos.

Desembaraçando os fios, olhei como já estava aparentemente mudada desde que cheguei. Meu rosto refletido no eapelho já tinha um tom mais avermelhado, com cor, brilho e juventude. A única coisa anormal era a cor esbranquiçada, berrante, da minha pele, pela ausência de luz solar.

Os seguranças me olharam sérios, como sempre, e um deles me acompanhou até que chegássemos na sala de jantar. Andamos pelo corredor e eu aproveitei para analisar cada uma das portas que apareciam, tentando adivinhar qual delas era o quarto de Christopher - "Meu quarto não é tão longe do seu" - foi o que ele disse quando ouviu meu momento de fúria. Sorte que Alfredo organizou tudo aquilo para mim.

- É este.

A voz grossa e repentina do segurança que me deixava alcançar apenas a altura do seu peito, mostrou a porta certa, prevendo a minha busca.

Chegamos na entrada do lugar e ele então ganhou certa distância, desmontando que não seguiria a diante.

Tímida, entrei devagar, me exibindo aos poucos, até ver a expressão descontraída de Christopher se mostrar. Ele sorria, divertido, ouvindo as coisas que a mulher sentada a sua frente dizia.

Ambos não notaram minha chegada até que eu desse um passo recuado, prestes a desistir da ideia de comer ali, batendo num vaso. Eles me olharam, juntos, e então a aparência de Wayne se fechou um pouco mais.

- Olá! Sente-se conosco. - Disse a mulher, de forma quase agradável.

Ela tinha a pele negra, brilhante. Cabelos cobertos de cachos definidos em tom de mel, volumosos. Era magra e muito elegante, e os dois exalavam um contraste interessante.

Sentei no mesmo lugar em que Alfredo me pôs da vez passada, ficando quase numa posição que me deixava de frente a ela. Logo os empregados robóticos me serviram uma xícara de café com alguns pães açucarados, e se movimentaram pela mesa pegando mais coisas para me oferecer.

- Então está é a ninfeta que você adotou, Christopher?

Estava dando mais uma mordida no pão quando ela cuspiu aquilo, venenosa. A mulher estava com os cotovelos escorados a mesa, me encarando com ar de superioridade, e uma das suas finas sobrancelhas arqueadas, quase dando um sorriso.

Ele tinha contato a ela! Tinha me exposto daquela maneira sem nem se dar ao trabalho de disfarçar.

Olhei diretamente para ele, com os olhos flamejantes, mas Wayne estava totalmente dedicado ao seu jornal em mãos, nem sequer notou minha indignação.

- Samantha, por favor, contenha-se - rebateu dando um gole no seu café e virando uma das páginas. Tudo feito ainda em plena indiferença.

- Perdão, querido, só não achei que algum dia faria mesmo isso à pedido de seu pai.

A pedido do seu pai? Como assim? Do que eles falavam? Intercalei de vista entre os dois, percebendo que agora sim Wayne nos dava atenção.

- Cale-se, Samantha! - Ele quase gritou aquilo.

Christopher parecia visivelmente chateado.

Eu até queria perguntar porque eles falavam de mim de uma forma dissimulada, mesmo com a minha presença bem ali, mas decidi acobertar a curiosidade. Não valeria a pena me esforçar para nada. Nem ele e nem a tal Samantha esclareceriam minhas dúvidas agora.

Apenas continuei comendo como se nada houvesse sido dito. Ela fez o mesmo.
Christopher então se desconcentrou e focou em nós duas.

- Dulce, queria pedir desculpas por ontem à noite. Sinto muito pelo que aconteceu.

O pedido súbito dele me deixou desnorteada. O que ele pretendia provar na frente daquela mulher?

- Esqueça - rebati voltando a comer a fatia de alguma coisa semelhante a um bolo.

- Nossa! O que você fez? - O tom de dúvida dela me enojou. - Essa criança é mesmo bonita, mas por Deus Wayne, contenha-se.

Meu rosto aqueceu pela timidez, e imediatamente a encarei, mas Wayne foi mais rápido no olhar repreensivo.

- Não brinque comigo, não estou num bom dia.

- E desde quando você deixa de ser chato, meu amor? - Ela pareceu intima ao zombar dele, mas Christopher claramente não se incomodava com o fato dela falar daquela maneira - Vou me adiantar e ir direto para a empresa, e para você ninfeta, só desejo boa sorte com esse estorvo.

Samantha levantou, encaixou a bolsa no antebraço e saiu como se estivesse num desfile de grife. Ela tinha uma postura invejável.

Mas uma coisa me deixou de queixos e tudo que pudesse cair, caído, quando vi que no fundo Christopher tentava conter, muito mal por sinal, um leve sorrido.
Ele achou engraçado todas as ofensas daquela mulher?

Perfeito! Então eu só precisava adquirir um pouco mais de intimidade com ele para manda-lo para o inferno antes que acabasse o dia, e ainda por cima receberia um sorriso, satisfeito, em seguida.

- Você pensa demais, menina - falou notando o meu devaneio momentâneo.

- Como a conheceu?

- Você sempre gostou de fazer muitas perguntas? - Enrubesci apertando o cabo do garfo com mais rigidez. - Samantha é apenas uma amiga.

- Parecem bem íntimos.

- Nem tanto.

- Você disse a ela que me comprou.

- Não tinha por que esconder. Mas agora acho melhor falar sobre ontem à noite.

- Já não falamos?

- Eu bebi, e quando isso acontece acabo sendo desagradável. - E quando você não é desagradável?

Aquela pergunta quase foi feita.

- Me entregue a chave extra do quarto.

Talvez eu nem tivesse pensado muito bem no meu pedido, e acabei falando o que me engasgava.

- Não posso. Isso é para a sua segurança, caso eu precise entrar lá.

- Segurança de quê? - Não saber detalhes estava me cansando - Você diz isso, mas não explica do que me protege. A única pessoa que vi tentar alguma coisa contra mim aqui foi você, ontem.

- Eu não faria nada - ele disse aquilo já se levantando, depois do seu celular vibrar mais de cinco vezes, sobre a mesa - Não é do meu feitio dormir com meninas menores de idade. Muito menos com você.

Wayne limpou os cantos da boca, me ofendendo como costumava fazer, e saiu lentamente, sem estresse, para fora da sala de jantar. Eu permaneci lá, sentada como uma estátua inútil. Vendo até que ponto a minha presença parecia incomodar aquele homem.

Dane-se nós estávamos quites.

***

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