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24 • futuro

Música: Lucy, Still Woozy feat. Odie

08.03.2020

"Você já pensou se a gente se encontrasse daqui a uns 10 anos? Assim, na rua mesmo. Vamos chamar de acaso, mesmo que você saiba que não acredito que coisas desenhadas dessa forma são assim tão aleatórias quanto a minha playlist de músicas favoritas ou o seu gosto pra roupas que, mesmo em séculos, não teria mudado. Imagine, eu saindo de uma lojinha meio atrapalhada em guardar de volta a carteira na bolsa, equilibrar o celular e a chave do carro na mesma mão... Até lá eu espero, pelo menos, já saber dirigir e ter economias o suficiente para arcar com qualquer coisa com quatro rodas, câmera de ré e bancos de couro, o futuro tem que ser mais promissor que agora. Ainda que eu, sinceramente, ache totalmente desnecessário ter carro em uma cidade tão bem servida de metrô, mas estamos só divagando em um futuro que ainda não existe, então não faz mal. Pois bem, eu estaria saindo da loja e esbarraria em alguém e voilá. No futuro, você ainda gostaria de usar tênis e aqueles chapéus que parecem roubados do armário do Snoop Dogg e, por isso, de primeira, eu não notaria que você é você. Clássico. Eu com certeza iria pedir desculpas umas mil vezes e estaria tão envergonhada, mas não tão surpresa, afinal, fazer esse tipo de coisa, tropeçar em estranhos, quebrar coisas, é bem a minha cara. E então, é claro que você diria que não tem nenhum problema, que está tudo bem e tcharam, o momento que todos esperavam: quando você diz o meu nome em um tom meio confuso, meio atordoado e com uma pontinha de felicidade transparecendo no seu sorriso. Sim, você estaria sorrindo. Somos assim, dois bobos que não conseguem segurar e desatamos a rir pra tudo e todos, mesmo que preferíssemos segurar... Pense comigo, coloque aí uns bons 10 anos, um amor fantasma tropeçando em você na rua. Seria preferível não sorrir. E, imagine no meu lugar, que quando ouvi o meu nome saindo da sua boca, essa voz que eu bem conhecia, mas há tempos não ouvia...Seria uma quase-morte-infarto, é mais certo que a pochete esquisita que estaria pendurada no seu ombro. E aí seria a minha vez de dizer o seu nome após sorrir nervosamente por algum tempo tentando assimilar que era mesmo você. Na sequência, talvez por não saber o que dizer, você perguntaria como eu estou e coçaria a cabeça, aí mesmo perto da franja, exibindo nada mais, nada menos, do que uma aliança bem dourada e bem larga. Daquelas estilo "bambolê" terrivelmente bregas. Afinal, você certamente encontraria alguém tão cafona quanto você, mas isso eu não teria certeza, eu só ficaria tentando imaginar quem era a dona da outra aliança. O papo não renderia muito, um como você está aqui, um estou bem ali, um bom te ver lá, um até logo acolá. E as palavras morreriam de tão angustiadas por não saberem expressar tudo o que desejavam, talvez fruto de mentes que de tanto imaginarem aquele encontro, "agora", diante dele, não sabiam o que fazer. Assim como nós dois, bloqueando a entrada da loja, atrapalhando os pedestres, parados no meio da calçada. Poderíamos até nos sentir paralisados, mas o tempo passa, assim como se passou. E, nesse futuro, sem mais o que procurar um no outro, nos despediríamos com os nossos sorrisos-sóis, lembrando um pouco como era ter o brilho do outro, mas era só reflexo do espelho contra o sol... Ilusão de ótica. Restaria, então, só se despedir e cada um seguir o seu caminho. Você para a sua aliança de bambolê, eu para o meu namorado gato-intelectual. Ah, não. Eu não quero ser a encalhada da história... E quando cada um já estivesse literalmente seguindo o seu rumo, se afastando gradativamente, nos lembraríamos dessa conversa, como há tantos anos falamos sobre um futuro que não fazíamos ideia de como seria... Pronto, c'est fini!"

"Eu não gostei dessa história!" eu, que estava confortavelmente apoiada no seu ombro, sou afastada do seu contato corporal só para que você me olhasse frente à frente indignado.

"Você pode mandar as reclamações para o SAC. Tenho certeza que o número deve estar em algum lugar por aqui..." brinquei deslizando o dedo no ar, como se estivesse diante de um tablet gigante e ouvi sua gargalhada antes de ir até o meu ponto fraco: cosquinhas. "Pelo amor de deus, Hoseok, para... Você sabe que eu odeio... Tá bem, tá bem... Conta você como seria a história." respirei aliviada após o meu momento de desespero, ainda tentando recuperar o ar.

"Hm, no futuro estaríamos juntos e pronto." você cruzou os braços como se protestasse contra minha criação literária e eu arqueei as sobrancelhas. "E precisa de mais?"

"Nossa, seu talento para narrativas, realmente..." ironizei o resultado que saiu da sua bola de cristal e você fez um bico enorme e passou a coçar a cabeça, como se estivesse criando.

"Tá, vou melhorar isso... Imagine, daqui a uns 10 anos... Você saindo da loja correndo na frente, desajeitada tentando equilibrar todas as suas coisas na mesma mão com uma bolsa enorme completamente aberta com uma alça pendurada e a outra solta, e atrás estaria eu, segurando a porta de vidro para você, incapaz de segurar o meu sorriso, pensando o quanto eu gosto do seu jeito afobada e toda elétrica... Então, depois que a porta se fechasse, eu pegaria a sacola da sua mão e esperaria você guardar tudo de volta na bolsa e ajeitá-la no ombro. Agora, com as mãos livres, finalmente, eu poderia entrelaçar a minha na sua, desse jeito..." senti minha mão ser abraçada no estofado do sofá e seus olhos fixaram nos meus como condição para que ele pudesse dar continuidade à história. "Bem, depois disso iríamos até o estacionamento onde estaria parado o seu carro com banco de couro e câmera de ré e antes que você ligasse o motor eu iria aproveitar que acabamos de nos sentar pra te roubar um beijo, você iria rir, mas, nesse meu futuro, você passaria a mão na minha nuca e me beijaria de novo. E, quando você estivesse usando com sucesso sua câmera de ré, nos tirando do estacionamento para voltarmos pra nossa casa, pensaríamos que curioso que o futuro deu exatamente onde eu disse que daria naquela conversa, dez anos atrás. E that's the end."

"Achei meio pobre em metáforas e você não explorou muito as nossas reações." impliquei e você se ajeitou no sofá, cada vez mais perto, arqueando a cabeça, como se me desafiasse a formular mais críticas.

"E mais o que?" senti o seu hálito quente contra os meus lábios, segurando-os para que não deixassem o meu sorriso escapar, enquanto sentia essa excitação gostosa em te provocar.

"Não está aqui quem falou." disse e mordi o lábio inferior, ansiosa por suas palavras ou por outras coisas que, às vezes, diziam bem mais.

"Está sim." você disse contra meus lábios, antes de deixar um beijo rápido só para se afastar e ter os seus olhos nos meus. "E quero que esteja nos próximos dez, vinte, trinta, cem anos...." aproveitei minha mão livre para esticar de forma carinhosa o seu cabelo macio para trás e assenti com a cabeça dizendo de forma silenciosa eu também.

Algumas coisas nem metáforas bonitas, antíteses elaboradas e comparações sofisticadas substituem. Afinal, o quanto importava mesmo o futuro se comparado a esse espaço infinito antes que nossos lábios se tocassem de novo?

No silêncio das trocas, desejei um futuro bonito pra nós dois. Sem nenhuma garantia, agarrei apertado sua mão antes que eu dormisse sendo cercada por seu corpo quente e imaginei nós dois, daqui a dez anos, aqui nesse mesmo lugar onde dois são um.

hello sunshine,

venho nesse 8 de março desejando um futuro (bem próximo, amanhã de preferência) em que as mulheres possam ser o que quiserem sem ter que usar ou ser estepe de alguém. Que nenhuma mulher seja só o predicado de alguém (filha, namorada, esposa de fulano). Que sejamos predicados de nós mesmas.
Que possamos escolher o amor como liberdade e que isso nunca nos aprisione.

O capítulo não tem nada a ver com isso, mas, ao mesmo tempo, tem tudo a ver com isso.

Desejo parabéns para nós mulheres esperando que um dia não precise mais parabenizar ninguém, mas por ora merecemos, porque  é difícil pra c* ser mulher.  Estamos de parabéns, sim!

Beijos das Maria 💜

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