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Capítulo 84


CAPÍTULO 84

Simonetta estava contente que o estereótipo de bruxa má fosse algo praticamente errôneo. A primeira exceção que Simonetta conhecera, ali mesmo naquele cativeiro, fora Stella. A atual madrasta de Simonetta tinha, então, o dobro da sua idade e aprendia as lições e conhecimentos de uma garota normal através dos livros que Virgo trazia para ela. "Eu olho para o livro e tento captar tudo que pode ter sido ensinado na presença dele", confessara Stella. A segunda bruxa boa que Simonetta conhecera era Asia, sua sogra. Não tinha como a mulher que gestou e pariu o amor de sua vida ser uma pessoa ruim. A terceira era Alasca, que era mais que uma bruxa boa: era prima de segundo grau de seus filhos, nerd das ciências exatas e futura esposa do seu primo. A quarta bruxa boa que a virginiana conhecera surpreendentemente foi na toca de uma das bruxas mais maléficas que havia pisado em solo brasileiro.

De alguma forma, Yves, a melhor amiga de Mirella, conseguira convencer Virgo a deixar as mãos de Gareth e Simonetta livres e permitir que a universitária amamentasse Gabriel. "Não os mate... Ainda. Tenho certeza que quando ela ver o rostinho da bebê, ela decidirá que o caminho das bruxas é o melhor", dissera a portuguesa. Era em Yves que Simonetta pensava quando tentava invocar a sua libertação.

– Ó Virgem do Sul, concebida humana sem a mancha do Pecado Original. Tudo para pôr o Deus, teu filho, entre humanos e nos dá novamente uma segunda chance. Falando em segundas chances, me dê a chance de sair desse cativeiro. Ah, e obrigada pela Yves. Amém. – Declamara Simonetta, pela 108a vez desde que chegou ao cativeiro, pelas suas contas.

– Não vai funcionar só com isso, Mona. – Reclamara Gareth. – A gente precisa de algo a mais, algo capaz de quebrar qualquer feitiço e maldição. Vi minha mãe dizer um nome estranho, várias vezes, quando necessitava pedir algo muito valioso à Deusa. Acho que "Oniopiono. "

– Ah, não, Gare. Você quer que a gente agradeça à Virgo por ter nos sequestrado e ameaçar matar os nossos filhos? – Revoltou-se Simonetta. – E o nome certo é "Hoponopono".

– Não que eu queira agradecer à Virgo pelo mal que ela nos faz. Não. Eu quero agradecê-la pela oportunidade de passar seis dias consecutivos ouvindo sua bela voz rezar feitiços sem parar.

– Já que é assim vamos "rezar" o Hoponopono 108 vezes! – Exclamara Simonetta, lembrando do número mágico de pedidos à South's Virgo.

****

Cecilia estava mais ansiosa com a chegada de seu pai do que no dia que foi ordenada freira. Zeus estava no meio da sala de estar de Simão, persuadindo Asia, Alasca e Stella. Ele queria apenas pedir "perdão", como se isso fosse tão fácil no caso dele. Por sua vez Silvana, quando notificada da aparição do pai, preferiu não voltar para a casa do irmão e ir rezar em alguma igreja com Donatello.

A família Garuzzo inteira estava desesperada com o sequestro em massa que se fez na semana anterior, quando eles tinham acabado de perder um membro da família por motivos arrasadores. Agora só restava duas opções a Cecilia: subjugar-se à opinião dos irmãos e mandar o pai para o mais longe possível novamente ou contar sobre o por quê o perdão era tão difícil de se dar. Não, aquilo não seria esquecer o que o Zeus fez, apenas seria uma oportunidade para que os Garuzzi finalmente se livrassem de parte de suas mágoas.

– Por favor, Silvana... – Disse a freira à irmã no telefone. – Venha. Eu vou reunir a todos. Se você e Simão não quiserem vir tudo bem, mas eu não posso continuar escondendo isso dos mais novos.

Mesmo diante da negativa dos dois irmãos mais velhos, Cecilia conseguira reunir a maior parte da família. Destaques para Ginevra, que parecia disposta a contar o que aconteceu com ela e com o ex-marido, e Luís Cláudio, que mal saíra do quarto na última semana.

– Antes de começar a falar por que estamos fazendo reunião em meio ao caos, eu gostaria que alguém ficasse responsável por calar a boca do meu pai. – Pediu Silvana. – Não posso deixar ele contar a versão fantasiosa dele antes que as vítimas se manifestem.

– Não se preocupe, estou segurando a língua dele, literalmente. – Respondeu Asia. – A única maneira de me divertir sem notícias do meu filho talvez seja essa. Eu já sei de boa parte da história, mas preciso saber de tudo. Ceci, traga-me as uvas.

– Não acho que usar magia negra nesse utensílio seja a maneira correta de resolver as coisas, mas... Bem, vou começar contando parte da história, a infeliz história da minha família. Gaeta sempre foi uma cidadezinha pequena, onde todo mundo se conhecia e tinha a tradição, que eu não entendia, de confiar a um Garuzzo a reclamação de problemas políticos, sociais ou espirituais. Nunca entendi, embora eu achasse que aquilo era porque minha família sempre teve muitas terras e empregados, uma grande plantação de uva e, consequentemente, uma grande influência.

– Parece que isso ainda não mudou. Só mudamos de cidade e de país. – Opinou Helionora.

– Sim, de uma certa forma isso não mudou, minha sobrinha, e tenho medo das coisas ruins também terem sido transferidas pro Brasil. – Comentou Cecilia. – Continuando, um amigo da família, hoje padre em Gaeta, nos revelou que os sacerdotes da região guardavam manuscritos que aparentemente explicavam isso, mas ele não soube se isso partiu de alguma obra fantástica ou se realmente condizia com um passado bem distante da nossa família.

– Cecilia, desculpa interromper, mas o Simão disse que viria te ajudar a explicar tudo, mas sem a presença do pai dele nem mesmo mudo. – Interferiu Gina.

– Tudo bem. Quando Simão estiver próximo eu posso me retirar com Zeus. Me sinto quase culpado por essa fuga. – Confessou Donatello.

– Você não tem culpa, Doni. Zeus é o principal responsável por boa parte das tragédias. – Respondeu Cecilia. – O manuscrito revelava que quando o Ducato de Gaeta foi adicionado à Sicília, em 1140, um filho bastardo do rei Richard III ficou inconformado, decidindo ter alguma forma de controle sobre a população de Gaeta. O sobrenome que ele adotou a partir de então foi Garuzzo. Não, não foi a variante mais famosa, Garuzzi, foi Garuzzo mesmo. Lá, nesse papel, que foi conformado meses depois ser verídico, existia uma cláusula que determinaria uma herança para um casal da família que a cumprisse, podendo até "resgatar" o reinado.

– Se isso não tivesse acontecido há 40 anos, poderia jurar que alguém fez essa cláusula a favor de um certo casal desaparecido. – Comentou Luís Cláudio, mostrando um sorriso discreto e irônico.

– O problema é que mesmo isso sendo possível naquela época, não pode ser cumprido, acarretando em uma grande tragédia graças à maluquice de papai...

–  Não vamos falar sobre os pecadores antes de contar o pecado, Ceci. – Anunciou o irmão de Cecilia, que entrava pela porta de sua sala. – Nós não perdoamos o Zeus porque estuprou a Silvana e matou nossa mãe.

****

Aquelas dores que Simonetta sentia eram praticamente análogas a algumas dores anteriores. E ela falava dores pois eram duas ou mais em número. Primeira: a dor de estar num cativeiro, desta vez sem uma bruxa supertalentosa por perto. Segunda: sua vagina estava sendo dolorosamente destruída e ela acreditava que aquilo era trabalho de Olívia.

– Meu amor, demore um pouquinho mais aí dentro. Eu não posso te ver nascer e te perder tão abruptamente. – Pediu a mãe de segunda viagem. – Gareth, Gareth? Ah não, seu pai desmaiou, Olívia.

Simonetta não sabia se o que veria em seguida era uma alucinação causada pelas contrações ou um sinal que seus insistentes pedidos tivessem sidos atendidos. As aparições eram extremamente lindas e luminosas. Ambas as mulheres não pareciam estranhas à Simonetta. Os sorrisos e feições lhe eram absurdamente familiares.

– Não se preocupe, mi pronipote. Agora sua família finalmente está sabendo de parte da verdade. Agora eu me sinto segura para interferir. Eu e sua outra bisnonna, viemos lhe ajudar.

– Quem são vocês? E por que dizem que são minhas bisavós? Vocês são avós da mamãe? – Indagou Simonetta.

No, mia cara. Eu e minha irmã somos avós do seu pai, Luís Cláudio. Augusta, uma autista severa, foi estuprada pelo tio do meu Simão, o Hermes. Por causa destas e outras eu fui morta pelo seu bisnonno. Você saberá de mais detalhes em breve. Só te peço para ter cuidado com esses dois bambini e outros dois que virão. Você e meu neto terão que ser mais fortes. E o mais importante: não se esqueçam de Gaeta!

Os dois espíritos desapareceram do recinto e, logo em seguida, Gareth despertou do sono. A magia de aprisionamento de Virgo estava quebrada.

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