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Capítulo 81


CAPÍTULO 81

Uma das poucas coisas que faziam Maria Marta aguentar os intensos tratamentos de leucemia era aquela pequena capela dentro do hospital. "Virgem de Fátima que não cansa de interceder pelo mundo, por favor, se me levares faça que não doa tanto para meus pais. Se ver que devo ser curada, prometo servir a ti e ignorar meus sentimentos carnais..."

Maria Marta rendia-se a sua fé: morta ou viva buscaria viver só por Deus de qualquer forma. A filha do meio de Simão e Ginevra queria ser digna de entrar na morada do Pai Celestial e ver ela, a Virgem, como uma mulher vestida de Sol com a Lua debaixo dos pés. A jovem de dezesseis anos, não cansava de entoar Apocalipse 12 por completo:

– "E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida de Sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz..."

Desta vez Marta não conseguira chegar ao versículo três do texto bíblico. Seu algoz, eterno rival, verdadeiro responsável por tanta maldade estava lá. E ele disse todo o mal que tinha feito aos seus pais, principalmente à sua mãe. Irado com a riqueza material e espiritual dos Garuzzi, o homem decidiu machucar o ponto mais frágil da família Garuzzo.

Maria Marta continuou a entoar o restante do Apocalipse 12, dessa vez sentindo sua vagina rompendo, da forma mais brutal possível. Aquele homem levara embora seu sonho de servir a Deus. Meia hora depois, ensanguentada no altar da capela, ao redor de alguns castiçais, Maria Marta viu o que parecia ser um anjo muito luminoso lhe levar nos braços, pensando está chegando finalmente ao Céu.

Maria Marta não morreu e se passaram 22 anos de amargura. Agora ela via o corpo do homem da sua vida, a única pessoa que conseguiu lhe dar sentido de viver. Vinte e dois anos depois... A mãe de Eden foi liberta de suas lembranças ao receber um abraço do seu irmão mais velho, Luís Cláudio. Para Marta, o mundo estava acabado.

****

Simonetta estava inconformada com a morte de Marcelo. A virginiana, ainda, teve que ouvir Helionora enganar Eden e não podia fazer nada. Eden tinha acabado de ter um ataque de convulsões e precisava ser preparado para enfrentar aquele baque. Embora muitos especialistas afirmassem que autistas mal sentiam emoções, Simonetta achava que tinha algo de errado ali. Eden não sabia se expressar, mas era um garoto muito amoroso. Ele sentiria imensamente a morte do pai.

Fora assim, com muita dor no coração, que Simonetta adormecera ao lado do seu marido. Gareth estava exausto pela desventura vivida naquele dia. Ele e Luís Cláudio, pai de Simonetta, encontraram Marcelo desmaiado, instantes antes de morrer. Seria muito difícil para todos. "Por que Deus não levou Mikhael no lugar de Marcelo? Por quê?", pensava Simonetta enquanto adormecia.

Aquela garota não era Simonetta. Melhor dizer: era Simonetta, mas não naquela época ou não naquele ano. A Simonetta daquele sonho era quase dez anos mais nova do que a Simonetta de agora. Ela brincava ali no parque, um pouco distante de sua mãe e de sua irmãzinha de quatro anos. Repentinamente seus cabelos, ainda longos, engancharam-se em um pequeno arvoredo. Não, aquele vento não era um vento normal. Tinha algo mais ali, algo relacionado à magia. De repente, uma voz invisível fala com Simonetta, aplicando-lhe um encanto sonolento em Simonetta.

– Minha pequena garota você nem sabe quanto poder cósmico e mediúnico existe em você! – Exclamou a voz.

A primogênita de Ruthy acordou de sobressalto, despertando o marido logo em seguida.

– O que está acontecendo, Mona? – Perguntou o economista, assustado.

– A gente precisa proteger a Olívia. – Sentiu a mãe da menina.

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Eden já havia sentido vários tipos de tristezas e desânimos profundos. Por exemplo: quando sua mãe ameaçava arrancar-lhe todas suas revistas e livros e ameaçava deixar apenas a Bíblia disponível para leitura; quando Eden tirava alguma nota baixíssima em uma disciplina relativamente fácil; quando as pessoas, especificamente as acadêmicas, não dava o devido valor à inteligência e aos esforços de Eden. Mas o desânimo mais profundo que Eden já sentira em 14 anos como habitante do planeta Terra era simplesmente indescritível.

– Eden, pelo amor de Deus, desça daí! – Gritou Simonetta com um filho no colo e outra na barriga.

– Não posso! Aquela imagem não vai ficar gravada na minha cabeça! – Respondeu Eden, referindo-se à imagem do pai no caixão.

– Então a solução é morrer pendurado numa azinheira de concreto? Uma hora você cairá e...

– Chega! Eu só desço daqui quando a comitiva passar... – Respondeu.

Eden sabia que Simonetta desistiria de tirá-lo da estátua de Nossa Senhora de Fátima. Se não fosse pelo cansaço, seria pelo choro de Gabriel ou pela vontade de fazer xixi.

– Simonetta, deixa que eu resolvo isso. – Disse a voz de um anjo, anjo este que fazia Eden tremer.

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Eden era um admirador totalmente não-secreto de Alasca e Alasca se sentia na obrigação de fazer alguma coisa por aquele garoto. De fato, não era todo mundo que colava na parede de seu quarto o maior número de informações sobre a região homônima à jovem feiticeira. Não, ela não soube isso através de encantamentos ou feitiços. Os detalhes chegaram até ela através de uma grande rede de fofoca: ela ficou sabendo por Gareth, que ficou sabendo por Simonetta, que ficou sabendo por Samantha. Ás vezes só precisava da Marina saber mesmo para a informação chegar-lhe rapidamente.

– Eden, você não percebe que se tornou o homem da casa? Sua mãe e seus irmãos precisam de você. – Disse Alasca, com a voz particularmente doce.

– Talvez seja melhor eu ficar aqui e unir-me à estátua por teimosia! – Respondeu Eden. – As estátuas sofrem menos que os seres humanos. Melhor, não sofrem nada.

– Você é muito estúpido, Eden. – Proferiu Alasca. – Você vai perder um dos dias mais incríveis da Ciência só por isso? Por birra? Você gosta de rosquinhas? Buracos negros, né?

– Por que você fala assim, moça  bonita do batom muito roxo? Também me acha um garotinho mimado? – Indagou Eden.

– Não. Te acho um garotinho legal e esperto, Eden. Eu também sei o que é ser diferente. – Confessou a prima de Gareth. – Se você morrer aí na estátua vai perder de ver uma fotografia do buraco negro e muitas outras coisas maravilhosas que estão destinadas a você.

– Sério? – Perguntou o adolescente, descendo da estátua da santa. – Como você sabe disso?

– Não sei exatamente como eu soube disso, mas assim que olhei pra ti, essa informação me veio a cabeça imediatamente. Se não me engano isso será em 2019. Em 2019 também você vai tá na faculdade de Física e ... Tem muitas outras coisas em seu destino que dependem de uma decisão... De uma decisão minha.

Alasca não pensou duas vezes quando viu em Eden parte das soluções da profecia da bruxa Lua. Não. O que ela fez em seguida não foi só pela ganância de decifrar estes mistérios. Era sua oportunidade de deixar os fantasmas do passado para trás. E foi fitando os olhos curiosos do pequeno órfão, que Alasca deu o seu primeiro beijo.

****

Embora não fosse nenhuma santa, a filha do meio de Simão não merecia está passando por aquilo. Segundo os médicos e peritos no assunto, Marcelo provavelmente tinha injetado cianeto em sua caixa de bombons e ingerido eles logo em seguida. O motivo, no qual todos os especialistas concordavam, era a separação e discussões recentes com Maria Marta.

– Está bem. Eu me conformo com a perda dele. Eu mereço isso, eu sei! – Gritava Maria Marta em pleno velório. – Mas ele não se matou. Ele foi morto, eu tenho certeza, ele nunca faria isso.

– Marta, por favor, você não pode continuar assim desse jeito. – Interveio Helionora. – Se acalme, minha irmã!

– O amor da minha vida foi embora e ainda estão o culpando por algo que ele não fez. Como eu posso me acalmar? – Respondeu a beata.

De fato, mesmo Maria Marta parecendo está mais louca do que nunca, de uma coisa ela tinha razão: não podia se acalmar diante da perda do amor de sua vida. Simão tinha sentido, por crueldade de Maytê e Virgo, essa dor e entendia que tudo que a filha estava passando não era fácil.

– Eu não acho que o que esteja passando seja um carma, embora eu tenha certeza que ela se sinta culpada por todas coisas ruins que aconteceram na família dela, até pelo que aconteceu com o meu Gareth. – Conversou Asia, o eterno amor continente de Simão, que parecia está lendo os pensamentos do empresário. – Você precisa cuidar dela mais do que nunca.

– Não entendo, amore mio, sua preocupação comigo e minha família, mesmo com seu comportamento esquivo em relação a mim. – Confessou Simão.

– Enquanto vocês também fizerem parte da família do meu filho e da esposa dele ficarei de olho em vocês. – Respondeu a irmã de Américo. – Falando nisso, você viu Gareth ou Simonetta?

– Simona, foi buscar Eden, já Gareth não vejo está com meia hora. – Revelou o italiano. – Bem, Gareth querer se afastar de mim não é nenhuma novidade...

Para surpresa de Simão, Eden entrara no funeral acompanhado de Alasca, desta vez um pouco mais calmo. Eles não estavam com Simonetta.

– Alasca, você viu Gareth ou Simonetta? – Perguntou Asia para a sobrinha.

– Ela veio para cá faz uns dez minutos... Pedi para convencer a descer da estátua Eden no lugar dela.

Por alguns instantes Asia entrou em um desespero maior que Maria Marta, tamanho, que Simão decidiu deixar a sala do funeral e acompanhar a bruxa. Asia se encontrava em transe como se tivesse deduzido alguma coisa. Até que ela viu algo que parecia confirmar suas suspeitas.

– A fralda do Gabriel! – Gritou Asia apontando para a estátua de Santa Rita de Cássia, no jardim de Maria Marta. – E esse cheiro de feitiço, feitiço da Virgo! Ela levou nosso filho, Simão.

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