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Capítulo 50

CAPÍTULO 50

Simonetta quis pular da cama do ultrassom e correr em direção à sua bolsa para pegar o colar de Ágatas de Fogo que ela e Asia fizeram. A sorte foi que a falsa Ágatha, mais conhecida como Stella, defendeu Asia e obrigou Simonetta a terminar o primeiro pré-natal. A escolha da nora de Asia foi justamente pelo que a cor vermelha significava naquele momento e pelo pseudônimo adotado pela melhor amiga. Além disso, a neta de Simão acreditava no poder das pedras e que estas iriam ajudar Gareth, independentemente do que viesse depois. Asia saiu da sala de ultrassom e vestiu-se devidamente para encontrar o filho. O rapaz parecia estar mais com a cabeça no lugar, diferente de uma semana antes, quando tentou suicídio.

– Como se sente, meu anjo? – Perguntou Asia, carinhosamente ao filho.

– Não é nada agradável acordar preso a uma cama nesse estado que eu estou, mas é melhor passar mal e está morrendo de sono do que não ter uma dor que possa competir com a que meu coração sente agora. – Respondeu Gareth. – Quantas horas se passaram?

– Eu podia pedir para o seu tio Américo fazer uma multiplicação rápida de 7x24, mas o melhor é resumir tudo que aconteceu. – Iniciou Asia. – Você ficou sete dias em coma, teve duas paradas cardiorrespiratórias, adquiriu pneumonia aqui no hospital e parece que, apesar de todos os anticonvulsivantes que tomou, sobreviveu por um único motivo.

– Como está a Simonetta? – Indagou o enamorado, que não parecia se importar com o inferno em que estivera uma semana.

– Nunca vi garota mais insistente e teimosa. – Comentou Asia. – O pai dela só falta fazer um show de horrores lá na recepção e ela simplesmente finge que não escuta ele. Também, ele pegou pesado demais com ela. Ele quer que ela aborte o neném de vocês.

– Definitivamente isso é algo que eu não quero, mas eu entendo a posição dele. – Disse Gareth. – No final das contas acredito que ele vai sair derrotado desse duelo, porque pelo que eu conheço da Simonetta, ela jamais rejeitaria um filho nosso. E eu não vou rejeitar também. Por isso que eu sobrevivi.

– Eu acho que vocês precisam conversar sem omissões. – Aconselhou Asia. – É importante que ambos digam um para o outro o que sentem em relação a essa situação. E, antes de tudo, eu te peço desculpas. Eu deveria, ao menos, ter mencionado o nome de teu pai.

– Não vou dizer que te entendo 100%, mas estou do teu lado. – Afirmou Gareth. – O buraco que tem do lado de lá parece que é bastante profundo e o Simão parece estar rodeado de cobras. Apesar de considerá-lo bastante e até gostar dele, um laço de sangue descoberto depois de 20 anos e sob essas condições não vai fazer eu sentir um amor por ele parecido com o que eu sinto por você. Por isso eu quero ser um pai presente na vida do meu filho ou da minha filha, mesmo sabendo que toda a história dele e da concepção dele, vai ser bem difícil de engolir. Mas, eu não me sinto filho do Simão.

– O Américo comentou comigo que ele quer fazer um teste de paternidade. E, como sua mãe,  eu aconselho que você aceite e faça.

– Seria mais fácil enterrar uma faca no meu peito. A dor seria menor. – Desabafou o geminiano – Mas eu vou tentar pensar racionalmente na proposta, se for possível. Por enquanto, eu devo explicações para a pessoa que está sofrendo nessa história tanto ou mais do que eu. Eu quero falar com a Simonetta.

****

Luís Cláudio devia ser um dos homens mais difíceis da história e, para Américo, o próprio historiador acreditava nisso. A única pessoa com que Luís Cláudio pegara amizade da família de Gareth fora ele e até com o próprio pai, o historiador mantinha um contato frio e distante. O primogênito do ex-amante de Asia não gostava muito de Matemática, área que Américo lecionava, mas, mesmo assim, fazia questão de puxar conversa sobre o assunto.

– A Samantha adora Matemática e essas coisas de conta e parece que ela e o Eden estão empenhados em acabar com o estereótipo que a família Garuzzo sempre segue o rumo das Ciências Humanas.

– Aquela sua irmã psicóloga parece um pouco desumana, mas eu não estou aqui para arranjar mais confusão para a sua família. – Comentou Américo. – Ah, o Gareth faz Economia e, em parte, você tem razão porque não se sabe se é a Economia é uma ciência exata ou humana. Tem alguns que defendem que está na interseção. Já a minha Alasca passou no vestibular para Matemática e, meu amigo, acredito que ela vai mais longe que eu.

– Não é querendo me intrometer, mas já me intrometendo, foi você que fez o teu sobrinho ganhar gosto por essa área híbrida de Humanas com Exatas? – Perguntou Luís Cláudio Garuzzo Agnesi. – A Helionora me falou que vocês são bem próximos.

– Não. O gosto de Gareth por Economia foi algo que partiu dele mesmo. – Contou Américo. – Há relatos que o Isaías Costa guardava livros de economia na UNIMES porque a finada esposa dele, a mãe da Marina, gostava muito da área e estava pretendendo fazer Economia. Eu cheguei a conhecer ela quando eu dei aulas beneficentes.

– Acredito que o método pelo qual o seu sobrinho conseguiu o livro não foi indo lá educadamente e pedindo. – Ironizou Luís Cláudio. – Me desculpe a sinceridade, mas a sua irmã deve ter colocado alguma coisa no chá desse menino.

– Por incrível que pareça, o Gareth acabou ganhando o livro do próprio Isaías, depois de quase dois anos pegando o livro lá e escondendo sem que o delegado percebesse. – Revelou Américo. –  Agora, não adianta querer humilhar minha irmã porque ela não segue tua religião. A Alasca ficou sabendo não sei como, talvez por Leônidas ou pela Stella, por que você tem raiva de bruxas. Ainda acredito que ela conseguiu descobrir de outra forma mais sofisticada, mas ela não me revelou isso.

– Não me leve a mal, mas eu aconselho sua filha a se afastar dessa Johana Stellium Darcano. Olhe só o que aconteceu com a minha.

– Transou e engravidou. – Resumiu Américo. – Pelo que sei as bruxas da Seita prezam por sua virgindade e só troca ela por algum benefício maior da Deusa. A minha irmã perdeu o benefício dela saindo com o seu pai.

– Então você quer dizer que a tua irmã e essa Johana aí não são más influências? – Questionou Luís Cláudio. – A líder desse grupo criminoso manteve a minha filha refém por 17 dias e queria usar ela para os rituais macabros em nome dessa deusa aí.

– A líder desse grupo matou meus pais e tentou matar minha irmã e meu sobrinho. – Defendeu-se Américo.

– Ah, você acredita que essa garota aí, a Stella, é uma amigona do peito saudável para Simonetta? Ela me enganou por um ano e meio dizendo que era professora de Filosofia e se nomeando por Ágatha. Eu quase caí na dela, até que descobri que ela é uma feiticeira. E pior: ela é filha da Virgo!

– Eu acho que você está com esse discurso contra a Stella porque se sentiu enganado e isso é compreensível. – Disse Américo. – Mas tem certeza que o que você sente por ela é mesmo raiva?

****

A Bíblia e a pregação pertinente de sua tia Maria Marta ensinara que um cristão de verdade não deveria ser morno na fé, porque o que é morno se vomita. E Simonetta tinha motivos de sobra para vomitar. Primeiro, estava grávida de onze semanas e o sem-noção do Luís Cláudio queria que ela abortasse o bebê. Segundo, o pai de seu filho era seu nipote. Agora, ele despertara do coma, graças à intervenção divina da Virgem e da Deusa. Pronto! Simonetta estava morna de novo na fé, mas em seu coração ela tinha a certeza que queria ser feliz até o último dia de sua vida com Gareth.

– Eu não sei por onde começar e talvez falando que eu não sei por onde começar seja um começo. – Disse Gareth ao ver Simonetta entrando no quarto do UTI, com o que parecia ser as roupas de Alasca. – Então, talvez um obrigado seja um bom início.

– O melhor início seria eu pegar um jarro e meter na sua cabeça, já que sua cabeça é dura e isso não faria efeito algum nela. – Respondeu Simonetta, tentando esconder as duas lágrimas que caíam de seu olho esquerdo. – Eu te trouxe um colar de Ágatas de Fogo. Eu sei que é loucura da minha parte, mas ela parece com um terço, só que um terço esotérico.

Após dizer estas palavras, Simonetta ensaiou um beijo no rosto de Gareth, que foi imediatamente negado pelo jovem.

– Eu acho melhor a gente dar um tempo para nós dois e para processar tudo isso. – Afirmou o mais jovem herdeiro de uma fortuna milionária. – Eu só queria te agradecer e te dizer que vou fazer o que for para que o seu pai não consiga permissão de abortar o nosso filho. Eu não sobrevivi por nada.

– Tudo bem, só fique com o colar de ágatas. – Pediu Simonetta. – Eu vou dar o tempo que a gente precisa. – Concluiu Simonetta, sentindo-se culpada pela primeira vez por amar Gareth.

****

Alasca se encantou quando conheceu Stella no hospital, quando foi saber notícias do primo. A gritaria exacerbada de Luís Cláudio só fez a garota escolher um caminho que ela sabia que era sem volta. A incrível melhor amiga da namorada de Gareth era uma bruxa muito poderosa e confessou ser fã número um de Joana d'Arc, santa guerreira francesa e possivelmente também bruxa. Sabido disto, Alasca foi para o hospital não apenas ver o primo, mas ter uma conversa séria com a tia.

– Tia Asia! – Gritou a moça na recepção ao avistar a tia. – Cadê a Stella? Eu preciso falar com ela!

– Saiu para tomar um ar com Leônidas. – Respondeu Asia Adams. – Por que você perguntou primeiro pela Stella? O Gareth finalmente saiu do coma e...

– Graças a Deus e à Deusa! – Disse a jovem, já passando a imitar os costumes da tia. – Eu me identifiquei com ela e adorei pelo fato dela ter crescido sendo criada na Wicca e ter uma certa devoção por Joana d'Arc.

– Toda guerreira que se preze é devota de Joana d'Arc. – Comentou Asia. – Se não estou enganada você veio aqui me perguntar muito mais coisas do que apenas  isso. – Concluiu Asia. – Vai, me conte o que tu queres de verdade.

– Eu quero saber se é muito arriscado fazer o ritual Wicca e se eu posso ser devota de Aparecida se não for mais católica. – Revelou Alasca. – Eu quero me tornar uma bruxa.


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