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Capítulo 43

CAPÍTULO 43

Definitivamente, aquela foi a pior dor da vida de Gareth e ganhava, de todas, por unanimidade. Gareth preferia que dentro da sala de Simão Garuzzo estivessem Cássio e Nicholas, preparados para estuprá-lo como uma lição por deflorar a netinha do dono da S.V. Comunicações. Mas não. Aquilo era bem pior. Gareth tentou digerir o indigerível.

– O senhor e o Luís Cláudio foram longe demais. – Respondeu Gareth, com o ar faltando. – Essa história, de eu ser meio-irmão dele só pode ter sido a mente mais geniosa e cruel para inventar. Para mim não tem o mínimo de fundamento.

– Eu sei que o Luís pode ter sido grosso e ter julgado mal e até te ameaçado, mas ele não tem nada a ver com isso. – Disse Simão. – Ele veio todo estressado me alertar que você podia ser perigoso e daí acabei vendo o nome da nossa Asia. O nome dela é inconfundível.

– Pare de se referir à minha mãe como nossa. – Revidou o jovem. – Ou você pesquisou muito sobre a minha família ou tem uma lacuna enorme que eu não estou entendendo.

Nossa família... Você é meu filho e eu não pretendo negar isso.

– Pois eu pretendo. – Disse Gareth, tomando dimensão do impacto que aquela revelação teria na sua vida se fosse realmente verdadeira. – Eu gosto muito do senhor como patrão, mas... Se você foi realmente o cara que transou com minha mãe e acabou resultando em mim, me diga, com sinceridade: onde você estava esses quase 20 anos? Estava sumido? Lhe deu amnésia? Só veio lembrar do nome da minha mãe agora?

– Eu achei que ela estivesse morta. No dia 12 de dezembro de 94, um dia depois do meu casamento com a Maytê, eu fui procurá-la e soube que a casa que ela e os pais dela moravam estava queimada e todos foram dados como mortos.  Eu sabia que ela te esperava, porque chegou, para ela, uma carta com o teste de gravidez positivo. Daí, como ela tinha ido embora, eu recebi esta carta. Filho, você não sabe como foi angustiante pensar que você poderia ter nascido e não nasceu e que sua mãe tão linda, inteligente, cheia de alegria, tinha morrido.

– Eu preciso fazer algumas perguntas para saber se você é mesmo... meu pai. – Disse Gareth, engasgado. – Qual é o dia do nascimento da Asia?

– Ela nasceu em 22 de setembro de 1970. Nós dois somos virginianos. – Comentou Simão. – Não sei como chegou a dar certo.

– Qual é a religião dela? – Perguntou Gareth, com lágrimas nos olhos e mãos trêmulas.

– Wicca. Ela foi católica por um tempo, mas se tornou bruxa depois que descobriu os seus dons. – Detalhou o avô de Simonetta. – Foi a Edwirgens, irmã da Maytê, que descobriu ela.

– Quando ela se tornou uma bruxa? – Perguntou Gareth, cada vez mais desesperado.

– Ela já nasceu com o dom, mas só se converteu oficialmente aos 17 anos.

– Por fim, o senhor sabe como eu nasci? – Aquela indagação era crucial e revelaria se Simão pesquisou muito bem a vida de Gareth ou se realmente tivera um caso com sua mãe.

– Gareth, eu pensei que sua mãe tivesse morrido junto com seus avós no incêndio na casa deles. Ela já estava com um bebezinho de três meses na barriga. Eu esperava por você, meu filho... – Reafirmou Simão. – Quando eu pensei que a nossa Asia tivesse partido e levando você eu fiz vasectomia. Eu não queria correr o risco de ter um filho com a Maytê. Ela, com certeza, estava planejando ter um filho meu.

– Você fala da Maytê como se ela fosse um monstro, mas, mesmo assim, abandonou minha mãe grávida e se divorciou da Gina com uma filha de 11 anos e com a outra passando pelo tratamento de leucemia. – Disse Gareth. – Acho que o monstro aqui é o senhor.

– Meu filho, eu posso te explicar com mais calma. – Implorou Simão.

– Não tenho mais tempo. – Disse Gareth, revoltado. – Já engoli coisa demais nesses últimos dias. Eu me demito.

****

Era a primeira vez, em muito tempo, que Asia pronunciava o nome dele em pensamento: Simão Virgínio (ou melhor, Simone Virginio, como em sua certidão de nascimento). A chuva fraca lá fora, tocava levemente as folhas verdes das árvores ao redor da Caverna de Cérbero, sua casa e local de trabalhoVerde era a cor dos olhos de Simão e também a cor dos olhos do filho deles: Gareth. Gareth havia se aproximado mais de Asia nos últimos dois anos, mesmo assim continuava misterioso sobre coisas particulares da sua vida. Asia não poderia culpá-lo: nunca sequer mencionou o nome do pai para o filho, aproveitando-se que as mulheres da Seita faziam inseminação natural, dando à luz ainda virgens. Gareth... Uma intuição dizia à bruxa que o rapaz não estava bem, como se tivesse sofrendo bastante. Uma imagem formou-se em sua mente e Asia viu o filho, em uma encruzilhada, tendo que escolher entre duas estradas igualmente difíceis.

– Hécate, perdoe meu filho pelos meus erros e os erros do pai dele. – Disse a bruxa, fazendo uma oração. – Perdoe ele também pelos próprios erros e por favor não me deixe perder meu filho!

****

Leônidas se sentia mal por Gareth e não podia fazer nada. Claro que se Simonetta tivesse escolhido dançar com ele naquela festa de fim do mundo e ele fosse o namorado de Leônidas, Leo ficaria extremamente feliz. Mas ele é o Gareth. E ele é o seu melhor amigo e já não era mais possível pensar em Gareth sem Simonetta e Simonetta sem Gareth. O problema é que Luís Cláudio não queria o namoro da primogênita com o ex-ladrão e os motivos do historiador eram plausíveis. Mas Gareth não merecia isso, não merecia sofrer como estava sofrendo por amor à Simonetta. Leônidas tinha a impressão que se o amigo fosse uma bomba explodiria em breve, deixando vários mortos e feridos com sequelas irreparáveis. Falando nele ele estava vindo em direção com a cara de absolutamente nenhum amigo, exceto Leônidas, que sempre seria seu melhor amigo.

– Leo... – Disse Gareth, perdendo a fala. – Eu preciso sair. Eu vou ficar na minha kitnet. Por favor, não me incomode. Depois eu te explico tudo.

– Gaetanio, mas a gente precisa trabalhar. – Observou Leônidas. – Ele descobriu aquilo lá, foi? Te demitiu?

– Eu não trabalho mais aqui e fui eu quem descobri certas... – Falou Gareth, com os olhos marejando. – Fui eu que me demiti. Não se preocupe, vai ficar tudo bem comigo.

****

Simonetta, definitivamente, não suportava mais os enjoos e muito menos a cara de Luís Cláudio. O pai da garota parecia ter sofrido de uma mal súbito e ter perdido a voz... porém perdeu a voz só para ela. Luís Cláudio conversava normalmente com Ruthy e Samantha e utilizara Dona Elisa de pombo correio para se comunicar com Simona. Estranhamente, o mais orgulhoso dos filhos de Simão Garuzzo, recuperou a voz com a finalidade de trocar farpas com a adolescente.

– Agora entendo por que você escolheu Ciências Sociais e pretende trabalhar com a assistência mesmo não sendo a sua especialidade. – Dizia Luís Cláudio, durante o jantar. – Sua missão no mundo é ajudar os pobres de caráter, certeza. – Ironizou.

– Não, papai. – Respondeu a moça em contrapartida. – Minha missão é ajudar qualquer tipo de pessoa, até mesmo as que nasceram num berço de ouro e se acham sabedores da verdade universal, como o senhor.

– Gente, o que está acontecendo aqui? – Perguntou Ruthy, mãe de Simonetta. – Eu perdi algum capítulo dessa novela, foi? O que atiçou essa rivalidade histórica?

– Você nem ao menos leu a sinopse, Ruthy. – Respondeu Luís Cláudio. – E se leu algum trecho e não gostou, vai gostar menos ainda nos próximos capítulos.

– É, mamãe. – Interferiu Simona. – Você vai descobrir que se casou com um homem machista, egoísta, egocêntrico, que prefere acreditar num manipulador como o Mikhael antes de pedir a opinião da filha dele.

Dito isto, Simonetta subiu as escadas de sua casa decidida que compraria o teste de gravidez e o faria na kitnet de Gareth. Confirmada ou não a gravidez, Simonetta se oficializaria como esposa de seu grande amor.

****

Gareth adorava forró, mas aquela música romântica na kitnet ao lado não estava o ajudando em nada. "É tanto amor que esqueço até de mim", cantava o rádio em Carta Branca, Magníficos. Porém, o geminiano preferia trocar os versos originais da música por "É tanto amor, que devo esquecer de mim, de você, de nós dois." Ele não sentia fome, nem sede, nem sono. Ele só queria uma coisa: não existir mais. Ou melhor: nunca ter existido. O garoto lembrou da frase de Simão Garuzzo e lembrou que seu pai tragicamente biológico pensara que ele havia morrido antes de nascer num incêndio. Fogo. Eram queimadas que deviam acabar a maior parte das roupas que Gareth usou nas transas com Simonetta. Mas ele precisava resistir e falar com Asia Adams e deixar uma explicação em uma carta, para Leônidas, à Simonetta. Antes de cair num curto sono, induzido pelo choro, no chão da kitnet, Gareth pegou uma foto de Simonetta e proferiu as seguintes palavras para a sua proibida amada:

– Eu te amo. Eu sempre vou te amar, até depois desta vida... para sempre, nesta e nas outras. Eu juro. – Prometeu o apaixonado.

****

Simonetta bateu à porta da kitnet de Gareth às 07h00 da manhã, com o bendito teste de gravidez na bolsa. Simona já imaginava tendo uma menininha com os olhos claros de Gareth e a personalidade dela. Ela esperava que Gareth ficasse contente com a notícia que seria papai e que lhe afirmasse que as ameaças de Luís Cláudio jamais diminuiriam o amor dos dois. Ledo engano.

– Amor, está tudo bem contigo? Que roupa é essa? – Perguntou Simonetta, vendo o namorado totalmente maltrapilho e desviando de um beijo dela.

– Está tudo ótimo. – Mentiu Gareth, desviando o olhar, tentando encarnar o papel de mentiroso. – Eu conversei com o teu pai e gostaria de ser sincero contigo. Você não merece que eu continue te enganando.

– Você está brincando, Gare. Só pode. – Respondeu Simonetta. – Não é possível que você tenha caído nas ameaças toscas do meu pai. Ele parece selvagem, mas ele só ladra. Ele nunca morde.

– Continuando: eu preciso ser sincero contigo. – Afirmou Gareth. – Eu senti uma leve atração por você, como todo homem sentiria por uma mulher bonita que é apaixonada por ele, mas eu me aproveitei do seu status de neta do meu patrão para não ter o meu passado revelado. Agora que todos sabem que eu sou um bandido, não tem mais para que eu enganar você. Eu não te amo.

– Gareth, você não me engana. Tem alguma coisa de muito errada acontecendo, eu sei... Não dá para você dizer que não me ama porque você simplesmente irradia amor por mim. Seja quais forem suas intenções iniciais ou o motivo pelo qual você está mentindo descaradamente, eu vou dar um tempo para a gente. – Discursou Simonetta, chorando. – Ah, eu te amo... acima de tudo, eu te amo.

Simonetta correu para um banheiro aleatório. Qualquer um, menos o da Stella, de Leônidas ou de Gareth, que, pela conversa estranha que tiveram, não receberia bem a notícia que o teste acabara de confirmar: Simonetta estava grávida de Gareth.


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